man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Yes I´m Leaving - Slow Release
Billy, Boyer e Cook são os Yes I'm Leaving, um trio australiano oriundo de Sidney e que se prepara para conquistar um lugar ao sol no universo sonoro indie com Slow Release, um disco que chegou aos escaparates a vinte e nove de setembro por intermédio da Homeless.
A cartilha insana do indie rock alternativo dos anos noventa está mais viva do que nunca e estes Yes I'm Leaving parecem exímios a remexer nessa época em que nomes como os Nirvana, Smashing Pumpkins, Soundgarden ou Pearl Jam, Offspring ou Green Day, pegaram nas guitarras e no baixo e testaram os limites das pedaleiras em canções eminentemente curtas e diretas que versavam, quase sempre, sobre os tipicos dilemas juvenis ou questões politicas e ambientais. Este trio navega um pouco em redor destes nomes distintos com Fear, por exemplo, a ser um tema cheio de detalhes típicos do grupo de Bryan "Dexter" Holland e Alchemy a chamar a si a herança mais noise de Eddie Vedder, só para citar dois exemplos concretos. Seja como for, em termos gerais, Slow Release soa a uma espécie dá vida a um som de marca e marcante que, algures entre Pavement e Smashing Pumpkins, numa espécie de encontro improvável entre Corgan e Malkmus, faz deste trio já um nome a ter em conta no último terço deste ano.
O álbum é um festim inebriante, feito com guitarras distorcidas, uma voz que ruge sem desafinar e que exala um espírito jovem e bastante beliçoso. Fica logo claro que os Yes I'm Leaving não cairam na tentação de complicar, já que ao longo do alinhamento deste trabalho não há quebras, nem momentos pouco ruidosos que os pudessem levar para territórios ponde se pudessem sentir, para já, menos cómodos. Os Yes I'm Leaving têm urgência em se mostrar e fazem-no com uma crueza avasssaladora mas, sem perder nunca o norte, nem sem se deixarem levar por experimentalismos e arranjos desnecessários. E quando, em Husk, perdem um pouco o norte, mas sem descarrilar e se desviam ligeiramente da rota, fazem-no em busca de alguns detalhes do rock mais progressivo e do próprio metal e não num sentido mais brando ou melancólico.
Há uma componente melódica particularmente assertiva em todas as canções, apesar do cariz particular da sonoridade que replicam, sendo Careless a canção que melhor explana este vertente. O baixo é mu instrumento essencial na forma como aconchega e domina as guitarras e a bateria e Salt e o fuzz visceral de Manic serão talvez os tema em que o red line é posto à prova com maior intensidade pelas cordas e simultaneamente aqueles em que o baixo tem maior destaque. A partir deste tema ficamos constantemente à espera que surja nos nossos ouvidos algo de imprevisível e inédito, na forma como as cordas são manuseadas e produzidas e, sendo um disco de guitarras, quem aprecia o baixo e a bateria irá certamente sentir-se deliciado com a quantidade de efeitos que vai descobrir neste álbum e querer replicar.
Independentemente do grau de acidez e de rudeza destes Yes I'm Leaving, Slow Release é um remate certeiro e um marco significativo na discografia atual que se inspira no período aúreo do rock alterativo norte americano, através de canções plenas de originalidade e com uma elevada bitola qualitativa e que devemos guardar com reverência para que sejam levadas para a linha da frente do nosso airplay particular quando nos apetece ouvir algo completamente distinto e único e longe da habitual limpidez sonora que geralmente nos cerca. No Bandcamp da banda podes escutar outros temas dos Yes I'm Leaving. Espero que aprecies a sugestão...
One
Puncher
Fear
Alchemy
Timer
Salt
Care Less
Manic
Funny
Secret
Husk