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Wild Nothing – Life Of Pause

Segunda-feira, 22.02.16

Depois de Gemini (2010) e Nocturnal (2012), já viu a luz do dia e através da insuspeita Carpak Records Life Of Pause, o terceiro registo de originais de Jack Tantum, um músico, artista e compositor norte americano, oriundo da Virgínia, que assina a sua música como Wild Nothing e que quando começou a pensar no conteúdo deste trabalho não imaginou a criação de mais um simples alinhamento de canções, mas num novo mundo audível, cheio de exuberância, cor, texturas e possibilidades ilimitadas que, distinguindo-se dos demais, proporcionasse ao ouvinte uma manancial de interpretações físicas, psiquicas e sensoriais, proporcionadas por onze canções abrigadas numa indie pop que sustenta versos confessionais que crescem em cima de massas acolhedoras de ruídos e agregados sonoros alegres e cheios de luz.

Com uma mão num noise vintage luxuriante que, no caso das guitarras e dos sintetizadores de Lady Blue, ofusca e atrai como um íman magnetizado, numa melodia que se cola aos nossos ouvidos sem qualquer pudor e outra numa indie pop mais clássica, que, como se percebe na riqueza instrumental de Reichpop e nos efeitos robustos e na percussão de A Woman’s Wisdom, nunca descura uma indisfarçavel grandeza e epicidade, Tantum é um verdadeiro prodígio na criação de canções que estando envolvidas por um embrulho melódico animado, debruçam-se sobre sentimentos plasmados em letras às vezes amarguradas, outras vezes felizes e confiantes, um pouco à imagem da dicotomia e do contraste agridoce de uma américa que nunca dorme e que, apesar de parecer viver em constante animação, também é conhecida por albergar histórias de vida trágicas e por nem sempre corresponder aos desejos de quem aí procura o sonho de uma vida.

Mas não se julgue que o clássico indie rock efervescente e visceral não faz parte do cardápio de Life Of Pause. Os amantes deste género sonoro poderão deliciar-se com a potência e rugosidade das guitarras de Japanese Alice e com os flashes inebriantes libertados pelo baixo impetuoso de TV Queen, duas canções para dançar de punhos cerrados e que encontram sequência em Life Of Pause, o tema homónimo, que abrandando no ritmo, recebe uma poderosa sintetização, nomeadamente no refrão, oferecendo-nos uma inevitável sensação positiva, mesmo em quem vive momentos de menor predisposição para apreciar música alegre, que nos faça abanar a anca quase sem nos apercebermos e que nos arranque um sorriso que terá de ser sempre espontâneo.

Estas onze novas canções de Wild Nothing não distorcem em nada a herança que o projeto deixou nos dois discos anteriores e sendo uma doce exaltação da dream pop que caminha de mãos dadas com a psicadelia e até com um certo experimentalismo, que temas como a extravagante Alien ou o piano e o saxofone de Whenever I claramente demonstram. São cerca de quarenta minutos cheios de boas melodias e de confissões, memórias que Tantum foi armazenando num espaço familiar e doce, transformado em disco por um dos vocalistas e compositores mais interessantes e promissores do cenário indie e alternativo atual. Espero que aprecies a sugestão... 

Wild Nothing - Life Of Pause

01. Reichpop
02. Lady Blue
03. A Woman’s Wisdom
04. Japanese Alice
05. Life Of Pause
06. Alien
07. To Know You
08. Adore
09. TV Queen
10. Whenever I
11. Love Underneath My Thumb

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publicado por stipe07 às 18:34






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