man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Sweet Serenades – Animals
Os suecos The Sweet Serenades são uma dupla natural de Estocolmo, formada em 2002 por Martin Nordvall e Mathias Näslund, mas já se conhecem há vários anos, sendo amigos de longa data desde 1991. Depois de terem editado quase no ocaso de 2012 o estrondoso Help Me!, através da Leon Records, um selo da própria banda, estão de regresso com Animals, um alinhamento de dez canções que viu a luz do dia no início do passado mês de outubro. O grupo estreou-se nos discos em 2009 com Balcony Cigarettes, rodela que continha On My Way, Mona Lee e Die Young, três canções que, à época, fizeram furor no universo musical indie e alternativo. Esse último tema fez parte da banda sonora da Anatomia de Grey e reza a lenda que gastaram os royalties muito bem gastos; Martin foi ao dentista, Mathias comprou um cão e investiram numa rouloute, para passar o tempo, escrever canções e discutir assuntos pertinentes relacionados com a existência humana.
Um dos atributos maiores desta dupla sueca é ser dona de uma sonoridade muito própria e estilisticamente vincada, apropriando-se de algumas das melhores caraterísticas da pop nórdica oitocentista e do indie rock de século passado, com um toque identitário muito próprio e impregnado com uma beleza e uma complexidade tal que merece ser apreciado com devoção. Escuta-se When The Man Calls e testemunha-se com exatidão todos os atributos que esta dupla tem cultivado na sua discografia, através de uma canção que contém a impressão firme de todas as nuances que caraterizam o som do grupo e que são transversais a toda a sua discografia.
Assim, um baixo com um groove e um efeito muito próprio, que, neste Animals, coloca todas as fichas na condução de temas como Fireworks ou In The Dark e uma guitarra enérgia mas cativante e abraçando diferentes géneros e estilos, já que é irrepreensível no modo como ilumina, por exemplo, Come Out And Play e como aproxima os The Sweet Serenades do punk rock mais obscuro e contemplativo em Ready For War, são os dois grandes alicerces desta matriz particularmente intensa e sem paralelo. No entanto, sintetizadores aditivos, inspirados em canções como In The Dark ou no homónimo e uma bateria enérgica e indomável, são outros ingredientes de que esta dupla se serve para nos oferecer melodias cativantes, alegres, aditivas, divertidas e luminosas, daquelas que se colam facilmente aos nossos ouvidos e que nos obrigam a mover certas partes do nosso corpo. Mesmo em momentos mais soturnos e melancólicos, como Too Late To Dance, canção que ocnta com a participação especial de Karolina Komstedt na voz, os The Sweet Serenades não se entregam por completo à tristeza e também criam canções que apesar de poderem ser fortemente emotivas e se debruçar em sonhos por realizar, não colocam em causa o espírito cativante de uma música simples e intrigante, feita de intimismo romântico e que integra uma espantosa solidez de estruturas, num misto de euforia e contemplação.
O que aqui temos é, no fundo, uma pop despretensiosa, que apenas pretende levar-nos a sorrir e a ficar leves e bem dispostos e que, por esse e tantos outros motivos que só uma audição dedicada explica, reforçam a justeza da obtenção por parte destes The Sweet Serenades de uma posição de maior relevo, reconhecimento e abrangência junto do público em geral. Espero que aprecies a sugestão...
01. Come Out And Play
02. Fireworks
03. In The Dark
04. Ready For War
05. When The Man Calls
06. Never Gonna Stop
07. Too Late To Dance
08. Echoes
09. Animals
10. Stand By Me