man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
ARK IDENTITY – Deluxe Nightmare EP
ARK IDENTITY é o nome do projeto a solo liderado por Noah Mroueh, um músico natural de Toronto e que, de modo bastante cinematográfico, emotivo e realista, é exímio a criar música pop que parece servir para banda sonora de uma representação retro de um futuro utópico e imaginário, enquanto se serve do catálogo de nomes tão díspares como Tame Impala, Oasis, Bon Iver, Foster the People ou os The Beatles, para materializar tão singular propósito.

O projeto está de regresso aos lançamentos discográficos, em formato EP, com um alinhamento de seis canções intitulado Deluxe Mightmare, um título bastante sugestivo e apropriado para este dias.
Produzido por Giordan Pastorino e com a guitarra na linha da frente do processo de construção melódica dos temas, Deluxe Nightmare impressiona os ouvintes mais incautos pelo modo como Noah, um artista introvertido, melancólico e introspetivo, recria uma atmosfera algo inquietante, mas sem ser incómoda, enquanto reflete sobre a sua própria vida e, ao mesmo tempo, recria e descreve alguns eventos que o marcaram.
Oh My God é um tema exemplar neste contexto específico, já que surgiu a partir de um momento de reflexão sobre a sua própria vida, escolhas passadas e arrependimentos, um exercício autoreflexivo alimentado por som atmosférico com uma elegância ímpar e plena de groove, sustentado em sintetizações cósmicas, abrasivas e planantes, um baixo exemplarmente arritmado e cordas charmosas, uma luminosidade intensa e sedutora que, num registo ecoante e esvoaçante, coloca em sentido todos os alicerces da nossa dimensão pessoal mais frágil e ternurenta.
Depois, Still In Love já nos oferece uma perspetiva mais optimista e luminosa, tratando-se de um tema sonoramente luxuriante e riquíssimo em nuances e detalhes, vacilando algures entre um rock lisérgico e progressivo de forte pendor setentista e a tal pop atmosférica acima referida. Já I'm Still The Same volta a um registo mais imersivo, feito com cordas metálicas acústicas vibrantes, que vão recebendo diversos adornos subtis sintéticos e, no refrão, uma vasta pafernália de entalhes que conferem ao tema um ligeiro toque de epicidade, que acaba por ampliar o cariz emotivo da mensagem que o autor pretende transmitir, num tema que se debruça sobre o modo como devemos todos prestar mais atenção aos pequenos detalhes e às coisas simples da vida.
Deluxe Nightmare é, em suma, uma excelente proposta para quem quer escutar um naipe de canções inspiradas, reforçando a estética poética e não convencional de um projeto que sempre habitou a fronteira entre som e narrativa e que continua a expandir um catálogo que deambula constantemente entre o grotesco, o íntimo e o inclassificável. Confere...

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ARK IDENTITY – I’m Still The Same
ARK IDENTITY é o nome do projeto a solo liderado por Noah Mroueh, um músico natural de Toronto e que, de modo bastante cinematográfico, emotivo e realista, é exímio a criar música pop que parece servir para banda sonora de uma representação retro de um futuro utópico e imaginário, enquanto se serve do catálogo de nomes tão díspares como Tame Impala, Oasis, Bon Iver, Foster the People ou os The Beatles, para materializar tão singular propósito.

Depois de quase no ocaso de maio ter rodado por cá com insistência Oh My God, o quarto tema que o músico canadiano revelou este ano e que foi produzido por Giordan Postorino, no início de julho escutámops Still In Love, um tema sonoramente luxuriante e riquíssimo em nuances e detalhes, vacilando algures entre um rock lisérgico e progressivo de forte pendor setentista e aquela pop atmosférica, feita com uma elegância ímpar e plena de groove. Desde riffs de guitarras abrasivas e charmosas, até sintetizações cósmicas, Still In Love continha uma luminosidade intensa e sedutora, enquanto versava sobre a dificuldade que todos sentimos em deixar de amar alguém que não nos quer ao seu lado.
Agora, quase três meses depois, temos a oportunidade de contemplar mais um tema assinado por este projeto ARK Identity. Trata-se de I'm Still The Same, mais uma paisagem sonora bastante imersiva, feita de cordas metálicas acústicas vibrantes, que vão recebendo diversos adornos subtis sintéticos e, no refrão, uma vasta pafernália de entalhes que conferem ao tema um ligeiro toque de epicidade, que acaba por ampliar o cariz emotivo da mensagem que o autor pretende transmitir, num tema que se debruça sobre o modo como devemos todos prestar mais atenção aos pequenos detalhes e às coisas simples da vida. Confere...

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Octoberman – We Used To Talk Of Death
Cerca de treze anos depois do registo Waiting In The Well, os canadianos Octoberman, de Marc Morrissette, Marshall Bureau, Tavo Diez de Bonilla, J.J. Ipsen e Annelise Noronha, estão volta ao nosso radar à boleia de We Used To Talk About Death, o primeiro tema que o projeto sedeado em Toronto revela desde o disco There You Were, lançado em dois mil e vinte e três.

Gravado nos estúdios Little Bullhorn, em Otava, com a ajuda de um habitual colaborador dos Octoberman, o produtor Jarrett Bartlett (Howe Gelb, The Acorn, Jim Bryson), o tema We Used To Talk of Death ainda não traz atrelado o anúncio de um novo disco do quinteto. Seja como for, a canção oferece-nos uma sonoridade algo melancólica e reflexiva que, algures entre uma mistura sagaz entre a melhor herança dos Wilco e de Tom Petty, assenta em belíssimos arranjos de cordas, numa ímpar delicadeza vocal e num ritmo constante, nuances que fazem deste tema um instante de indie folk que vai certamente satisfazer os fãs de sempre dos Octoberman e os amantes deste género musical sempre ávidos por bons lançamentos. Espero que aprecies a sugestão...

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ARK IDENTITY – Oh My God
ARK IDENTITY é o nome do projeto a solo liderado por Noah Mroueh, um músico natural de Toronto e que, de modo bastante cinematográfico, emotivo e realista, é exímio a criar música pop que parece servir para banda sonora de uma representação retro de um futuro utópico e imaginário, enquanto se serve do catálogo de nomes tão díspares como Tame Impala, Oasis, Bon Iver, Foster the People ou os The Beatles, para materializar tão singular propósito.

Oh My God, o quarto tema que o músico canadiano revela este ano e que foi produzido por Giordan Postorino, é a mais recente criação sonora de ARK IDENTITY. Segundo o próprio artista, Oh My God surgiu a partir de um momento de reflexão sobre a sua própria vida, escolhas passadas e arrependimentos, um exercício autoreflexivo alimentado por som atmosférico com uma elegância ímpar e plena de groove, sustentado em sintetizações cósmicas, abrasivas e planantes, um baixo exemplarmente arritmado e cordas charmosas, uma luminosidade intensa e sedutora que, num registo ecoante e esvoaçante, coloca em sentido todos os alicerces da nossa dimensão pessoal mais frágil e ternurenta. Confere...

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PONY - Freezer
Toronto, no Canadá, é o poiso do projeto PONY, uma dupla formada por Sam Bielanski e Matty Morand e que impressionou fortemente a crítica especializada o ano passado com Velveteen, o disco de estreia. A dupla está de regresso e com isso acaba de chamar a nossa atenção à boleia de Freezer, uma nova canção do grupo, que tem a chancela da Take This To Heart Records e que deverá ser o prenúncio de que os PONY já trabalham no sempre difícil segundo disco.

Freezer é um verdadeiro tratado de radiofonia, uma ruidosa canção, vibrante e animada, de forte travo noventista e que nos faz planar em redor de um indie surf pop, de elevado cariz lo fi. Freezer está repleta de guitarras vigorosas, que também dão, em alguns instantes, primazia ao baixo no apuro melódico, sendo tudo rematado por um registo vocal reverberizado charmoso e por alguns arranjos proporcionados por um teclado insinuante.
Mantendo a bitola em lançamentos próximos, os PONY arriscam-se vir a fazer parte dos compêndios futuros que compilarem nomes e bandas que serviram de referência essencial ao desenvolvimento da pop e do rock alternativo desta década. Confere...
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Tokyo Police Club – Just A Scratch vs Catch Me If You Can
Sedeados em Toronto, os canadianos Tokyo Police Club de Graham Wright, Dave Monks, Greg Alsope e Josh Hook, anunciaram no início deste ano o fim das hostilidades, mas isso não significa que tenham encerrado o processo criativo, porque acabam de revelar dois inéditos e novas datas para a extensa digressão de despedida que têm planeada e que vai ocorrer do lado de lá do Atlântico, durante dois mil e vinte e quatro.

Just A Scratch e Catch Me If You Can são as duas novas canções dos Tokyo Police Club, ambas gravadas nos estúdios Taurus Recording, em Toronto, com a ajuda do produtor Jesse Turnbull. Ambas apostam num indie rock direto, cru e efusiante. No entanto, se Just A Scratch coloca todas as fichas naquelas guitarras que têm em declarado ponto de mira um irrepreensível travo noventista, em que surf punk e garage rock se confundem, sem apelo nem agravo, já Catch Me If You Can aposta numa tonalidade eminentemente pop, com teclados e alguns arranjos sintéticos a conferirem ao tema uma notável abrangência e sagacidade. Confere...
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Born Ruffians - Squeeze
Os Born Ruffians de Luke Lalonde, Mitch DeRosier e Steve Hamelin provam estar no momento maior de forma de uma já irrepreensível e astuta carreira de quinze anos, uma evidência que ficou bem assente nas nove canções de Juice, o sexto e novo disco deste projeto canadiano e que chegou aos escaparates na passada primavera. Este momento de elevada criatividade acaba de ser reforçado com o anúncio surpreendente de um novo álbum dos Born Ruffians intitulado Squeeze, escrito e composto durante o período de confinamento e que acaba por ser uma espécie de segundo tomo de um olhar fortemente crítico à nossa contemporaneidade.

A filosofia de Squeeze terá sido mesmo a de, conforme indica o título, espremer ao máximo o conceito intepretativo e o modus operandi que conduziram o processo de criação do antecessor Juice, mas dando mais importância à vertente instrumental, do que propriamente à diomensão lírica. Aliás, a voz de Lalonde é utilizada em algumas composições como um recurso eminentemente instrumental, no que concerne aos sons que debita. Por exemplo, em Rainbow Superfriends é notória essa permissa vocal, neste caso num espetro algo humorístico, o modo como o cantor versa sobre e fama e a amizade, mas os efeitos vocais presentes em Leaning on You, que contribuem para o acerto melódico da canção, também atestam a teoria.
Seja como for, e um pouco à semelhança do que sucedeu com Juice, o ouvinte é anestesiado com um indie rock vibrante, afoito e jovial, muito também devido ao excelente trabalho de produção de Graham Walsh, que, mais uma vez, foi fundamental para o eclodir de um som polido e confiante e com fortes reminiscências no período mais aúreo daquele experimentalismo setentista que tanto dava enorme ênfase ao vigor das cordas, como à opção por arsenais instrumentais de proveniências menos orgânicas.
Temas como 30th Century War, uma ritmada e divertida canção, assente em exuberantes cordas, das quais sobressai o timbre metálico reluzente da viola e um riff de guitarra efusiante, a epicidade funk de Noodle Soup, a subtileza melódica de Sentimental Saddle e a intimista e reflexiva Albatross, uma composição de elevado travo Radioheadiano, que vale pela delicadeza dos seus arranjos, principalmente os que são assegurados pelos teclados, por uma secção de sopros que vai ganhando imponência e brilho à medida que o tema progride e, de um modo geral, pelo seu elevado cariz emocional, assumem o nobre papel de fiéis sustentáculos de uma permissa revivalista plena de atitude e firmeza, num disco pleno de consistência corrosiva e atualidade. Espero que aprecies a sugestão...

01. Sentimental Saddle
02. 30th Century War
03. Waylaid (Feat. Hannah Georgas)
04. Rainbow Superfriends
05. Sinking Ships
06. Death Bed
07. Leaning On You
08. Noodle Soup
09. Albatross
10. Waylaid (Feat. Hannah Georgas) (Edit)
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Born Ruffians – 30th Century War vs Albatross
Os Born Ruffians de Luke Lalonde, Mitch DeRosier e Steve Hamelin provam estar no momento maior de forma de uma já irrepreensível e astuta carreira de quinze anos, uma evidência que ficou bem assente nas nove canções de Juice, o sexto e novo disco deste projeto canadiano e que chegou aos escaparates na passada primavera. Este momento de elevada criatividade acaba de ser reforçado com o anúncio surpreendente de um novo álbum dos Born Ruffians já para outubro, um trabalho intitulado Squeeze, escrito e composto durante o período de confinamento e do qual já se conhecem dois dos seus temas, 30th Century War, canção que abre o alinhamento do registo e Albatross.

Assim, se 30th Century War é uma ritmada e divertida canção, assente em exuberantes cordas, das quais sobressai o timbre metálico reluzente da viola e um riff de guitarra efusiante, já Albatross, uma composição mais intimista e reflexiva e de elevado travo Radioheadiano, vale pela delicadeza dos seus arranjos, principalmente os que são assegurados pelos teclados, por uma secção de sopros que vai ganhando imponência e brilho à medida que o tema progride e, de um modo geral, pelo seu elevado cariz emocional. Confere...
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Wildlife – No Control
Sedeados em Toronto, os Wildlife têm vindo a captar desde o início desta década a atenção da crítica e de uma cada vez mais vasta legião de fãs, quer no Canadá, quer nos Estados Unidos, devido a um já interessante catálogo de propostas sonoras que gravitam em torno de um indie rock bastante inspirado e atual e que o projeto replica de modo efusiante. Tal também sucede, pelos vistos, nas prestações ao vivo da banda, sempre bastante dramáticas enérgicas e já emblemáticas.

Em dois mil e três o disco On The Heart, dos Wildlife, uma mistura de suor, gritos e lágrimas, ou seja de difícil incubação e de aturado trabalho de estúdio, foi produzido por Peter Katis (The National, Interpol) e Gus Van Go (The Stills) e ganhou enorme relevo também devido ao facto de ser um trabalho conceptual, porque com ele os Wildlife quiseram escrever uma espécie de carta de amor aos corações de todos nós e à capacidade que esse músculo tem de nos proporcionar os mais belos sentimentos. Três anos depois, Age of Everything catapultou definitivamente a banda para o mainstream e agora, perto do ocaso de dois mil e dezanove, os Wildlife preparam-se para lançar aquele que é, de acordo com o grupo, o álbum mais conciso e vibrante do cardápio do projeto.
Produzido por Dave Schiffman e por Mike Keire e gravado durante três semanas neste verão nos estúdios Threshold Studio, Take The Light With You é o nome desse novo registo de originais dos Wildlife, um compêndio de canções assentes num punk rock bastante cru e direto, mas também com momentos mais nostálgicos e etéreos e dos quais já foi retirado o single No Control, uma canção que antecipa um alinhamento que terá tudo para ser uma das melhores surpresas do ano. Confere...

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Indoor Voices – Gaslight Ephemera
Foi há já quase uma década, em 2011, com Nevers e um ano depois com um EP intitulado S/T, que o projeto Indoor Voices de Jonathan Relph, chamou a atenção da crítica com um naipe de canções iluminadas por uma fragilidade incrivelmente sedutora, que tiveram sequência há cerca de três anos com um outro EP, intitulado Auratic, que vê finalmente sucessor, um registo de oito canções intitulado Gaslight Ephemera, todas escritas por Relph, que contou com as participações especiais vocais de Sandra Vu em Breathe, Barely, Kate Rogers em I'm Sorry, Maja Thunberg em Punch Me in the Face, Always the Same e Shit World e ainda Alisha Erao em You're My.

Disponivel no bandcamp do projeto, Gaslight Ephemera flui algures entre um aditivo intimismo e uma indisfarçável epicidade de forte cariz lo fi, carateristicas marcantes do adn de um projeto que tem como principais permissas uma elevada fluidez nas guitarras, sempre acompanhadas por um baixo e uma bateria que seguem a dinâmica natural de temas que não receiam assumir uma faceta algo negra e obscura, para criar um cenário musical implicitamente rock, esculpido com cordas ligas à eletricidade, mas com uma certa timidez que não é mais do que um assomo de elegância contida, uma exibição consciente de uma sapiência melódica.
Este desígnio é logo audível na imponência de Breathe, Barely e burilado com louvável sensibilidade no clima etéreo de I'm Sorry, uma composição de forte cariz orquestral, onde deliciosos acordes e melodias minusiosamente construídas com diversas camadas de instrumentos, carregam uma sobriedade sentimental esplendorosa e única. Depois, o clima mais progressivo de Punch Me In The Face é outro exemplo feliz do modo como nestes Indoor Voices conferem, através do sintetizador, leves pitadas de punk ou o garage, aquilo que é, no fundo, uma simbiose entre shoegaze e post rock, amplificada com superior requinte no clima pop de A Little Slow e feita, neste caso, sem excesso de ruído ou de modo demasiado experimental, apesar do cariz pouco imediato e radiofónico não só desta, mas também das restantes composições do registo.
Na verdade, todos os temas de Gaslight Ephemera têm uma toada eminentemente tranquila e algo de épico e sedutor. Há uma sonoridade muito implícita em relação à herança da melhor pop dos anos oitenta e destacam-se os belos instantes sonoros em que a instrumentação é colocada em camadas e a voz manipulada como uma espécie de eco, criando uma atmosfera geral contemplativa e que atinge um elevado pico de magnificiência em Always The Same, o meu destaque maior do trabalho, uma sinuosa e eloquente canção, difícil de desbravar, mas tremendamente narcótica.
Além de manter intacta a aura melancólica e mágica de um projeto que se aproxima cada vez mais de algumas referências óbvias de finais do século passado, Gaslight Ephemera exala o contínuo processo de transformação de uns Indoor Voices que procuram sempre mostrar, com a marca do indie shoegaze muito presente e com uma dose de experimentalismo equilibrada, uma rara sensibilidade e uma explícita habilidade para conceber texturas e atmosferas sonoras que transitam, muitas vezes, entre a euforia e o sossego, de modo quase sempre impercetível, mas que inquietam todos os poros do nosso lado mais sentimental e espiritual. Espero que aprecies a sugestão...
01. Gaslight Ephemera
02. Breathe, Barely
03. I’m Sorry
04. Punch Me In The Face
05. A Little Slow
06. You’re My
07. Always The Same
08. I Dunno, Kid
09. Shit World
