man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Sharon Van Etten And The Attachment Theory – Southern Life (What It Must Be Like)
A norte-americana Sharon Van Etten é uma das vozes mais queridas da atualidade, uma mulher apaixonada, persistente e impulsiva e que, nos seus discos, com uma mão na indie folk e a outra no rock alternativo, letra após letra, verso após verso, foi-se abrindo connosco ao longo de quase duas décadas, enquanto discute consigo mesma, colocando-nos na primeira fila de uma vida, a sua, que vem acontecendo mesmo ali, diante de nós.
Em pleno mês de outubro, a artista natural de Nova Jersei, apanhou-nos a todos de surpresa com o anúncio de um projeto colaborativo intitulado Sharon Van Etten & The Attachment Theory. Nele, Van Etten dá as mãos a Jorge Balbi, Devra Hoff e Teeny Lieberson e juntos já têm pronto um disco de estreia, um trabalho homónimo que irá ver a luz do dia a sete de fevereiro próximo, com a chancela da Jagjaguwar.
Afterlife foi, nessa altura, o primeiro single retirado do alinhamento de Sharon Van Etten And The Attachment Theory, um álbum gravado em Londres, no antigo estúdio dos Eurythmics e que conta com Marta Salogni nos créditos da produção. Tratava-se de um tema vibrante, épico e emocionante, revestido de modo charmoso com uma vasta miríade de elementos sintéticos, que se cruzavam com um registo percussivo bem vincado e com diversos detalhes de cordas eletrificados.
Agora, quase no final de dois mil e vinte e quatro, é revelado o conteúdo de Southern Life (What It Must Be Like), a oitava composição do alinhamento de Sharon Van Etten And The Attachment Theory. Trata-se de um tema vibrante e épico, mais uma vez sustentado por uma mescla feliz entre o orgânico e o sintético, com a herança do melhor punk rock sombrio dos anos oitenta do século passado em declarado ponto de mira, enquanto reflete sobre as dificuldades de criar um filho num ambiente familiar desruptivo. Confere Southern Life (What It Must Be Like) e o vídeo da canção que foi filmado, dirigido e editado por Ethan Dawes, na mítica sala de espetáculos The Viper Room, em Los Angeles...
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The Horrors – Lotus Eater
Sete anos depois de V, o último registo de originais do projeto, editado em dois mil e dezassete, os britânicos The Horrors estão finalmente de regresso aos nosso radar, com uma nova formação e o anúncio de um novo álbum da banda para o início da primavera de dois mil e vinte e cinco. A banda que mantém da formação original o líder e vocalista Faris Badwan e o baixista Rhys Webb, aos quais se juntam atualmente a teclista Amelia Kidd e o baterista Jordan Cobb, tem na forja um novo alinhamento de nove canções intitulado Night Life, que irá ver a luz do dia vinte e um de março, com a chancela da Fiction e da Universal.
The Horrors / Cal Moores
The Silence That Remains foi, no início de outubro, o primeiro single que divulgámos do alinhamento de Night Life. Era uma canção que marcava o regresso dos The Horrors ao período inicial da sua carreira, já que punha todas as fichas num shoegaze experimental e lo-fi, que originou um excelente rock sombrio, experimental e gótico, de forte cariz oitocentista. Depois, há pouco mais de um mês, conferimos o conteúdo sonoro de Trial By Fire, o segundo single do álbum, um tema com um clima bastante rugoso, vincadamente cavernoso, mas também com uma curiosa tonalidade enleante e até sensual.
Agora, em pleno mês de dezembro, chega a vez de escutarmos Louts Eater, a terceira composição que é possivel já conferir de Night Life. Marcada por uma vigorosa batida marcial sintética, que vai sendo adornada por diversas sintetizações cósmicas e planantes, Lotus Eater foi produzida por Yves Rothman e versa sobre a rapidez com que a vida passa por todos, reforçando a ideia de que não devemos ficar demasiado amarrados ao passado, em vez de usufruir do presente. Sonoramente, num misto de melancolia, euforia e epicidade, Lotus Eater é um tema com um clima progressivo e particularmente elaborado que, no modo como ao longo dos seus mais de sete minutos apresenta diferentes variações e aproximações à eletrónica setentista e ao rock progressivo e experimental, acaba por exalar um nível de psicadelia e de experimentalismo salutarmente incomuns. Confere...
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Tunng – Deep Underneath
Cinco anos depois do excelente Songs You Make At Night, disco que chegou aos escaparates em dois mil e dezanove, à boleia da insuspeita Full Time Hobby, o coletivo britânico Tunng, que está a comemorar duas décadas de uma respeitável carreira, onde tem misturado, com uma ímpar contemporaneidade e bom gosto, eletrónica e folk, volta a dar notícias com o anúncio de um novo álbum intitulado Love You All Over Again, um registo que o coletivo formado por Mike Lindsay, Sam Genders, Ashley Bates, Phil Winter, Becky Jacobs e Martin Smith, vai lançar a vinte e quatro de janeiro de dois mil e vinte e cinco.
Impressionando pela exuberância percussiva, com metais, tambores e outros arranjos e samples à primeira vista tendencialmente agrestes e ruidosos, mas que acabaram por induzir ao tema uma curiosa luminosidade, Didn't Know Why foi o primeiro single retirado do alinhamento de Love You All Over Again. Agora, alguns dias depois, chega a vez de escutarmos Deep Underneath, o segundo avanço do disco. Trata-se de um radiante e luminoso tratado de acusticidade intimista, em que cordas dedilhadas com vibrante astúcia, vão acomodando diversos entalhes sintéticos, algumas teclas de um piano insinuante e vários sopros, com as vozes de Mike e Ashley a conjurarem entre si continuamente, num resultado final pleno de subtileza, charme e encantamento. Confere...
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Villagers - A Matter Of Taste
Os irlandeses Villagers são, neste momento, praticamente monopólio da mente criativa de Conor O'Brien e estão já na linha da frente do universo indie folk europeu, pelo modo criativo como replicam o género, carregando-o com o típico sotaque irlandês, ainda por cima oriundos de um país com fortes raízes e tradições neste estilo musical. Com um trajeto musical bastante profícuo nos últimos anos, além de intenso e rico, com momentos discográficos significativos do calibre de Becoming a Jackal (2010), {Awayland} (2013), Darling Arithmetic (2015), The Art Of Pretending To Swim (2018), e The Fever Dream (2021), entre outros, os Villagers ofereceram-nos em maio um álbum intitulado That Golden Time, dez canções que, como certamente se recordam, estavam recheadas de trechos sonoros instrumentalmente irrepreensíveis e com uma delicadeza e um charme inconfundíveis.
Quase meio ano depois do lançamento de That Golden Time, os Villagers estão de regresso ao nosso radar à boleia de um par de singles que podem muito bem servir de antecipação a um nvo lançamento discográfico do projeto. O primeiro tema desta fornada foi Mountain Out Of A Molehill, canção com forte pendor cinematográfico que, como certamente se recordam, esteve em alta rotação na nossa redação há algumas semanas.
Agora, quase um mês depois de Mountain Out Of A Molehill, temos a oportunidade de escutar A Matter Of Taste, uma canção vibrante e com um groove bastante apelativo, em que sopros e cordas reluzentes, sustentam um edifício melódico de forte travo jazzístico, adocicado pelo já habitual registo sussurrante vocal de Conor O'Brien, sempre emotivo e profundo, mas também notavelmente doce.
À semelhança do que sucedia com Mountain Out Of A Molehill, A Matter Of Taste é mais uma extraordinária porta de entrada que nos escancara para um universo em que, sem dúvida nenhuma, poderemos vivenciar diferentes sensações, de um modo otimista e festivo, mas tambêm cândido e aconchegante, como é norma no catálogo dos Villagers, cada vez mais maduro e estilisticamente rico. Confere...
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Interpol – Live At Third Man Records
Enquanto não chega o sucessor de The Other Side Of Make-Believe, o disco que os Interpol de Banks, Fogarino e Kessler lançaram em dois mil e vinte e dois, a banda nova-iorquina volta a dar sinais de vida no final do presente ano com um espetacular registo ao vivo intitulado Interpol - Live At Third Man Records. Trata-se de um alinhamento de oito canções gravadas em apenas um take, num concerto de quarenta minutos que a banda deu na sala Third Man Records, em Nashville, no Tennessee, no dia treze de junho deste ano.
Interpol - Live At Third Man Records vê a luz do dia pouco tempo depois da espetacular reedição de Antics, o segundo álbum de estúdio lançado pela banda em vinte e sete de setembro de dois mil e quatro e a poucos dias de começar uma extensa digressão que pretende comemorar os vinte anos da edição desse álbum. Acaba por ser uma espécie de aperitivo e de aquecimento para os espetáculos que aí vêm, mas as suas oito canções não terão sido escolhidas ao acaso, já que acabam por fazer uma espécie de súmula da carreira dos Interpol, contendo temas de Turn on the Bright Lights, Antics, Our Love to Admire, Interpol e El Pintor, cinco discos essenciais do catálogo do grupo.
A audição deste pequeno concerto é obrigatória para todos os fãs dos Interpol, e não só, permitindo apreciar o Banks incisivo de sempre, não só na voz mas também no modo como toca aquela guitarra baixo agreste, agudizada pelo efeito identitário dos Interpol. Aliás, além do modo como Fogarino improvisa na bateria, dando-lhe corpo e enriquecendo a rugosidade de grande parte das canções, em especial, em Say Hello To The Angeles e Not Even Jail, é exemplar o modo como Kessler, aos comandos da guitarra, respeita as diferentes distorções e efeitos que dão alma a cada composição e definem a sua identidade, sem colocar em causa a indispensável crueza e imediatismo, ampliando a alma e o vigor daquele indie rock genuíno que abraça um post punk revivalista que, a partir de Nova Iorque, tem conquistado meio mundo desde o início deste século. Espero que aprecies a sugestão...
01. Pioneer To The Falls
02. Say Hello To The Angels
03. Narc
04. My Desire
05. All The Rage Back Home
06. Lights
07. NYC
08. Not Even Jail
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Foreign Air – Save Us
Jesse Clasen e Jacob Michael são os Foreign Air, uma dupla sedeada em Brooklyn, Nova Iorque e que começou a chamar a atenção da crítica desde dois mil e quinze, ano em que lançaram o single Free Animal, que encabeçou o EP For The Light, editado em setembro do ano seguinte. Essa canção, que foi banda sonora de vários anúncios comerciais, spots televisivos e até trailers cinematográficos, deu uma inesperada visibilidade aos Foreign Air que acabaram por ser convidados para tocar em vários festivais norte-americanos e para abrir concertos de bandas como os Phantogram, BORNS ou Bishop Briggs.
No início de dois mil e dezanove, os Foreign Air voltam a chamar a si alguns holofotes, incluindo os nossos, à boleia de Wake Me Up, o primeiro avanço para o disco de estreia, um trabalho intitulado Good Morning Stranger, que a banda editou em outubro de dois mil e vinte e com um alinhamento de quinze canções que nos oferecia um rock progressivo de elevado calibre. o novo single da dupla, que sucede ao segundo registo dos Foreign Air, um trabalho intitulado Hello Sunshine, lançado em dois mil e vinte e dois.
Agora, cerca de meia década depois, a dupla voltou ao ativo com uma fornada de singles que têm chamado a atenção da nossa redação. Como certamente se recordam, há alguns dias atrás partilhámos o conteúdo de Awkard Bones, uma canção que impressionava pelos violoncelos tocados por um quarteto de cordas e que depois se encadeavam com alguns arranjos sintéticos. Agora chega a vez de escutarmos Save Us, uma canção gravada com a ajuda de John Tranium nos estúdios Spacebomb Studios, em Richmond, na Virginia.
Ao contrário do tema anterior e apesar da presença das guitarras também se fazer notar, assim como da bateria, repleta de variações rítmicas, Save Us aposta principalmente numa toada mais futurística e retro, com diversas camadas de sintetizações exuberantes e ecoantes batidas marcantes e algo abrasivas a conduzirem uma canção em que euforia e epicidade se conjugam instrumental e vocalmente sem qualquer tipo de reservas. Confere Save Us e o surreal vídeo do tema assinado por Josh Thomas e filmado na Carolina do Norte...
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Half Moon Run - Loose Ends
Devon Portielje, Conner Molander e Dylan Phillips, são os Half Moon Run, um projeto canadiano oriundo de Montreal e que já faz música desde dois mil e nove. Estrearam-se nos discos três anos depois com Dark Eyes e em dois mil e quinze chamaram a atenção desta redação devido a Sun Leads Me On, um disco que tinha o selo Glassnote Records. Em dois mil e dezanove adicionaram ao seu catálogo o álbum A Blemish in the Great Light e no verão do ano passado voltaram a ser escutados por cá à boleia de Salt, o último disco do projeto, um compêndio de onze canções que navegavam nas águas turvas de um indie rock que em determinados momentos tanto infletia para a folk como para a própria eletrónica.
Agora, quase no ocaso de dois mil e vinte e quatro, os Half Moon Run voltam a chamar a atenção do nosso radar por causa de Loose Ends, uma canção que foi incubada durante o processo de gravação de Salt, mas que não fez parte do seu alinhamento. Trata-se de um solarengo e otimista instante sonoro, em que um buliçoso piano e uma viola acústica exemplarmente dedilhada, vão-se cruzando entre si no processo de construção melódica de uma composição tocante, feliz e detalhisticamente rica, mesmo assentando a sua base sonora numa filosofia interpretativa eminentemente acústica. Confere...
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Luke Sital-Singh – Saint And Thief
O britânico Luke Sital-Singh, um artista muito querido para a nossa redação e agora radicado na costa oeste do outro lado do Atlântico, lançou em setembro de dois mil e vinte e dois um excelente disco intitulado Dressing Like A Stranger, disponivel no bandcamp do artista, um alinhamento de onze canções que plasmavam de modo tremendamente fiel o espírito intimista e profundamente reflexivo deste artista e o habitual misticismo a a inocência da sua filosofia sonora.
Enquanto não chega um sucessor para esse registo, Luke Sital-Singh oferece-nos como aperitivo um novo single intitulado Saint And Thief. Trata-se de uma composição melodicamente rica e sonoramente bastante luminosa e emotiva. Em Saint And Thief, um baixo vigoroso e uma guitarra intensa, entrelaçam-se com algumas sintetizações ecoantes, com o autor a servir-se de um arsenal instrumental faustoso para, numa simbiose entre folk, eletrónica ambiental e alguns dos melhores detalhes da pop contemporânea, criar uma canção com um clima quente e descontraído, mas que atinge, na nossa opinião, um elevado grau de brilhantismo. Confere...
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Freddy Locks - Freedom Is My God
Nascido em mil novecentos e setenta e sete, Frederico Oliveira pertence a uma geração de músicos que surgiram de Alvalade, um bairro da cidade de Lisboa que fez história na cena musical do punk-rock em Portugal. Na juventude esteve ligado aos movimentos anarquistas e de ocupação em Espanha e em Portugal. No verão de mil novecentos e noventa e cinco teve algumas experiências que mudaram sua vida, encontrando a sua luz íntima, o segredo da realidade positiva, aquilo que as pessoas chamam de 'Deus' e vive dentro de cada ser vivo. Isso aconteceu depois de sentir as muitas revelações sobre os lugares que visitou, as pessoas que conheceu e a música reggae.
Nasceu, assim, o projeto Freddy Locks, encabeçado por um artista conhecido pela sua paixão pela música africana e pelas suas poderosas mensagens, continuando, hoje, a cativar audiências em todo o mundo com sua autenticidade e talento inegável, enquanto comemora vinte anos de uma carreira que começou em plena década de noventa no Metropolitano de Lisboa e que rapidamente descolou tocando concertos para a abertura dos espetáculos das lendas do reggae.
Para comemorar as duas décadas do projeto, Frederico Oliveira incubou o álbum Infinite Roots, onde revisita alguns dos maiores sucessos da sua carreira. São dez canções co-produzidas por Mighty Drop e Dynamike, habituais companheiros de Freddy Locks em palco e em colaboração com o produtor holandês Jori Collignon.
Uma das composições que faz parte do registo é Freedom Is My God, tema selecionado para apresentar o mesmo. O tema foi composto no diário do músico no ano em que o projeto nasceu, em mil novecentos e noventa e cinco, mantendo-se guardado na sua intimidade até dois mil e doze, quando o gravou pela primeira vez, numa versão acústica, para o álbum Rootstation.
Agora, em dois mil e vinte e quatro, Freedom is My God renasce com novos arranjos e uma abordagem renovada, expressando a essência musical de Freddy Locks, enquanto reflete uma mensagem intemporal de Liberdade. Hoje, essa mensagem ganha ainda mais relevância ao ser associada à luta pela independência da Palestina. Confere...
Youtube: https://www.youtube.com/@TheInfiniteroots
Instagram : https://www.instagram.com/freddylocksofficial/
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Soundcloud : https://soundcloud.com/freddylocksofficial
Bandcamp : https://freddylocks.bandcamp.com/
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Dope Lemon – Golden Wolf
Pouco mais de um ano depois do registo Kimosabé, o projeto Dope Lemon, encabeçado por Angus Stone, um cantor, compositor e produtor australiano, nascido a vinte e sete de abril do já longínquo ano de mil novecentos e oitenta e seis e que também se tem notabilizado com a sua irmã com o duo Angus & Julia Stone, está de regresso ao nosso radar com um novo single intitulado Golden Wolf, ainda bem a tempo de fazer furor nas novidades sonoras de dois mil e vinte e quatro.
Simultaneamente lisérgico e hipnótico, Golden Wolf assenta numa bateria com uma indelével toada jazzística, que se cruza com sintetizações cósmicas ondulantes e guitarras efervescentes com um ímpar travo psicadélico e que se espraiam de modo particularmente solarengo, sustentando toda esta trama instrumental um instante melódico de pura subtileza, sensualidade e encantamento. Confere...