man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Vundabar – Life Is A Movie
Oriundos de Boston, no Massachusetts, os Vundabar são uma dupla formada por Brandon Hagen e Drew McDonald e um caso sério no panorama alternativo da costa leste dos Estados Unidos da América. Algo desconhecidos do lado de cá do atlântico, têm, no entanto, já excelentes álbuns em carteira. A saga discográfica iniciou-se em dois mil e treze com o registo Antics. Dois anos depois viu a luz do dia Gawk e, no dealbar de dois mil e dezoito, Smell Smoke, um trabalho que viu sucessor em dois mil e vinte e dois, um disco chamado Either Light, que teve a chancela da Gawk Records e que era bastante inspirado pela personagem Tony Soprano, da série Os Sopranos, interpretada pelo malogrado ator James Gandolfini.
Dois anos depois desse álbum, a dupla regressou ao nosso radar no passado mês de julho, à boleia de uma canção intitulada I Got Cracked, a primeira com a chancela da Loma Vista Recordings, a nova etiqueta dos Vundabar. Era uma canção incisiva, com uma cadência frenética, explosiva e com uma indesmentível toada garageira, que oscilava entre o épico e o hipnótico, o lo-fi e o hi-fi, receita que se repete novamente em Life Is A Movie, o tema que a dupla divulgou muito recentemente.
Uma guitarra encharcada num fuzz ziguezaguente, trespassada por diversas distorções abrasivas e uma bateria simultaneamente frenética e imponente são as traves mestras de Life Is A Movie, canção imponente, que debita um travo punk particularmente incisivo e que, juntamente com I Got Cracked, faz adivinhar que estará finalmente para breve o anúncio do sucessor de Either Light. Confere Life Is A Movie e o vídeo da canção assinado pelo projeto Goood.Dylan...
Autoria e outros dados (tags, etc)
bombazine - Pouca Dura
Formados em dois mil e vinte e dois, os bombazine são uma banda lisboeta de indie pop rock, formada por Filipe Andrade (baixo), Manuel Figueiredo (teclas), Manuel Granate (bateria), Manuel Protásio (guitarra) e Vasco Granate (voz/guitarra). Estrearam-se em abril do ano passado com um EP intitulado Grã-Matina e estão prestes a lançar o seu primeiro longa duração, um alinhamento de nove canções produzido e misturado por João Sampayo, masterizado por Miguel Pinheiro Marques e com data de lançamento prevista para quinze de novembro.
Já foram revelados alguns singles do registo que, de acordo com os bombazine, materializa uma procura consciente por novos horizontes estéticos, sem nunca perder de vista os elementos de um tecido sonoro vincado pelo groove. O mais recente é Pouca Dura, uma canção que mergulha na batida energética, constante e despreocupada do disco, temperando as raízes harmónicas tropicalistas com o grafismo sonoro dos sintetizadores e a melancolia dos arranjos de cordas, abrindo, assim, caminho para aquela que é a estética dominante do álbum.
Pouca Dura é, em suma, uma bela amostra de um álbum que consolida as raízes e influências da banda, pintando-as na tela de um Portugal moderno. Confere Pouca Dura e o vídeo do tema realizado por Luís Brito e filmado no Bairroup Studios, local onde decorreram as gravações do EP de estreia da banda e do disco...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Villagers – Mountain Out Of A Molehill
Os irlandeses Villagers são, neste momento, praticamente monopólio da mente criativa de Conor O'Brien e estão já na linha da frente do universo indie folk europeu, pelo modo criativo e carregado com o típico sotaque irlandês, como replicam o género, ainda por cima oriundos de um país com fortes raízes e tradições neste estilo musical. Com um trajeto musical bastante profícuo nos últimos anos, além de intenso e rico, com momentos discográficos significativos do calibre de Becoming a Jackal (2010), {Awayland} (2013), Darling Arithmetic (2015), The Art Of Pretending To Swim (2018), e The Fever Dream (2021), entre outros, os Villagers ofereceram-nos em maio um álbum intitulado That Golden Time, dez canções que, como certamente se recordam, estavam recheadas de trechos sonoros instrumentalmente irrepreensíveis e com uma delicadeza e um charme inconfundíveis.
Quase meio ano depois do lançamento de That Golden Time, os Villagers estão de regresso ao nosso radar à boleia de Mountain Out Of A Molehill, um novo single com forte pendor cinematográfico, sustentado em cordas luminosas e exuberantes, teclados insinuantes e o já habitual registo sussurrante vocal de Conor O'Brien, sempre emotivo e profundo, mas também notavelmente doce.
Mountain Out Of A Molehill é uma extraordinária porta de entrada que nos escancara para um universo em que, sem dúvida nenhuma, poderemos vivenciar diferentes sensações que nos levarão da alegria contagiante à tristeza contemplativa num abrir e fechar de olhos e quase sem darmos por isso, de um modo otimista e festivo, mas tambêm cândido e aconchegante, como é norma no catálogo dos Villagers, cada vez mais maduro e estiisticamente rico. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Warhaus – No Surprise
Dois anos depois do registo Ha Ha Heartbreak, o projeto belga Warhaus, o alterego artístico de Maarten Devoldere, um dos líderes dos belgas Balthazar e uma das coqueluches da PIAS, está de regresso aos discos com Karaoke Moon, um álbum que vai ver a luz do dia já a vinte e dois de novembro com a chancela da Play It Again Sam.
Pic Titus Simoens
Produzido por Jasper Maekelberg e com a participação vocal especial de Sylvie Kreusch, antiga companheira de Devoldere, No Surprise é o mais recente single retirado do alinhamento de Karaoke Moon. Trata-se de uma composição que exala um elevado travo boémio, que viaja, com eloquência, nos sempre incautos caminhos de um rock melancólico e minimal, melodicamente irressistível e encharcado com um groove muito anguloso, feito também com uma tremenda sensibilidade pop.
Artista sem a preocupação clara em seguir determinados cânones e regras pré-estabelecidas, Maarten veste nos Warhaus uma capa que despreza a busca de um caminho rumo ao estrelato ou ao sucesso comercial, preferindo, neste projeto paralelo, encarnar um marco de ruptura com o catálogo dos Bathazar, através de canções que exalam uma elevada maturidade, quer melódica quer instrumental, um caso evidente em No Surprise, tema cujo acerto criativo não pode ser colocado em causa. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Mount Eerie - I Saw Another Bird
O cantor e compositor norte-americano Phil Elverum é uma das personagens mais fascinantes do indie rock alternativo contemporâneo do lado de lá do atlântico e lidera o fantástico projeto Mount Eerie, que tem pronto para chegar aos escaparates um novo e monumental cardápio de vinte e seis canções intitulado Night Palace, álbum que irá ver a luz do dia a um de novembro com a chancela da P.W. Elverum & Sun, etiqueta do próprio músico.
Sucessor do registo Lost Wisdom pt. 2, que Mount Eerie lançou em dois mil e dezanove e que contava com a participação especial da cantora Julie Doiron, Night Palace será, certamente, um disco recheado de teclados efervescentes, guitarras abrasivas mas também repletas de efeitos planantes e com uma filosofia rítmica feita de salutar incoerência e heterogeneidade, os grandes eixos condutores do processo sonoro que cimenta I Walk, um dos singles já divulgados do registo, um tema com uma tonalidade muito crua, intuitiva, orgânica e experimental e que divulgámos há algumas semanas.
Poucos dias depois desse primeiro contacto com o alinhamento de Night Palace, escutámos Broom Of Wind, a sexta composição do alinhamento do álbum, um tema que, mantendo a tónica nas guitarras, exalava um clima um pouco mais íntimo e melancólico, que o antecessor. Agora chega a vez de escutarmos I Saw Another Bird, a décima quarta composição do alinhamento do disco, que também tem nas cordas a grande força motriz. É uma canção vigorosa e com um curioso clima lo-fi particularmente incisivo, conduzida por guitarras encharcadas em aspereza e eletrificação, uma canção plena de nostalgia, nos remete para a herança de algumas propostas que fizeram furor no panorama indie e alternativo de final do século passado. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Temples – Day Of Conquest
Etá por estes dias a comemorar dez anos de existência Sun Structures, o disco de estreia dos britânicos Temples, um álbum com doze canções, que teve a chancela da Fat Possum e que colocou este quarteto formado por James Edward Bagshaw (vocalista e guitarrista), Thomas Edison Warsmley (baixista), Sam Toms (baterista) e Adam Smith (teclista e guitarrista), na primeira liga daquela estética sonora que vive de uma conexão feliz entre alguns dos tiques fundamentais do indie psicadélico dos anos sessenta e a alma e a essência daquele rock muito britânico.
Para comemorar a efeméride, este grupo natural de Kessering, acaba de lançar um EP com cinco temas intitulado Other Structures, composições que foram gravadas nessa época, mas que acabaram por ficar de fora do alinhamento de Sun Structures, além de b-sides de alguns dos singles do disco. Uma dessas canções é Day Of Conquest, um tema encorpado, que impressiona pelo vigor percurssivo vitaminado e pela rugosidade das guitarras, uma canção que nos oferece um assertivo desfilar de electricidade e de fuzz, enquanto nos leva, como é habitual nos Temples e com grande eficácia, numa viagem no tempo, do presente ao passado. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Wild Pink – Dulling The Horns
Liderado por John Ross e sedeado entre Brooklyn e Queens, o grupo de indie rock Wild Pink tem vindo a chamar a atenção da nossa redação este ano, com o lançamento de alguns singles que irão fazer parte de um novo disco do projeto intitulado Dulling The Horns, um alinhamento de dez canções que irá ver a luz do dia dentro de dias, com a chancela da Fire Talk, a nova etiqueta dos Wild Pink.
Depois de já termos conferido os singles Sprinter Brain, Air Drumming Fix You e The Fences Of Stonehenge, hoje temos para escutar o tema homónimo e sexto do alinhamento de Dulling The Horns. É uma canção com um clima mais rugoso e contemplativo do que as restantes propostas, com o fuzz cavernoso da guitarra e o ritmo lento, mas compassado e hipnótico da bateria, acomodada com alguns efeitos planantes a conferirem à composição uma identidade bastante vincada, que encontra reminiscências em algumas das melhores propostas do garage rock noventista e que fez furor no final do século passado.
Recordo, já agora, que os Wild Pink estrearam-se nos discos em dois mil e dezassete com um excelente homónimo que tinha a chancela da Tiny Engines. Entretanto lançaram mais dois álbuns e regressaram a esse formato em outubro de dois mil e vinte e dois com um novo longa duração intitulado ILYSM, o último álbum do catálogo da banda, antes deste anunciado Dulling The Horns. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Real Estate - Daniel (Elton John Cover)
Pouco mais de meio ano depois da edição do disco Daniel, um tomo de onze canções produzidas por Daniel Tashian, os Real Estate de Martin Courtney, Alex Bleeker, Matt Kallman, Julian Lynch e Sammi Niss, estão de regresso com uma fantástica cover que incubaram para o clássico Daniel, assinado por Elton John e que abria o disco Don't Shoot Me I'm Only the Piano Player que o músico britânico lançou em mil novecentos e setenta e três, com a chancela da DJM Records.
Esta versão de Daniel assinada pelos Real Estate, oferece-nos quase quatro minutos com um salutar e acochegante polimento melódico, ampliado pelo modo como o típico efeito das guitarras do projeto de Nova Jersei busca eficazmente uma luminosidade efusiva que era, curiosamente, uma das imagens de marca do tema original, uma das canções pop mais emblemáticas da década de setenta do século passado e um elemento sonoro essencial do riquíssimo catálogo de Elton John. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
shego - ¡Viva! (Los Punsetes cover)
As muchachas shego, lideradas por Ariadna Paniagua, acabam de chegar ao nosso radar à boleia de uma cover que assinam com mestria para ¡Viva!, a canção que abria o disco com o mesmo nome que os conterrâneos Los Punsetes lançaram em dois mil e dezassete.
Esta versão das shego, ainda mais suja e ríspida do que o original, é uma forma que o quarteto exclusivamente feminino encontrou de homenagear os vinte anos de carreira do projeto formado por Manuel Sánchez, Ariadna Paniagua, Chema González, Jorge García e Gonzalo Prada. Os Los Punsetes também têm origens na capital espanhola, formaram-se em dois mil e quatro e o nome do grupo é uma homenagem ao falecido político, comunicador científico e apresentador de televisão Eduard Punset. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Illiterate Light – Payphone
Com origens em dois mil e quinze, no estado da Virginia, a dupla norte-americana Illiterate Light é formada por Jeff Gorman e Jack Cochran e está de regresso aos discos no próximo dia um de novembro, à boleia de Arches, um tomo de nove canções, que terá a chancela da Thirty Tigers.
Canção contagiante e enérgica, Payphone é o tema que abre o disco e o primeiro single retirado do alinhamento de Arches. É uma obra sonora luminosa e enérgica, que mescla com mestria o clássico indie rock tipicamente norte-americano com algumas nuances sintéticas, com o baixo a ter um papel fundamental no modo como sustenta um apurado sentido melódico, algo frenético e hipnótico e com um apreciável travo radiofónico.
Confere Payphone e o artwork e a tracklist de Arches...
Payphone
Dead Nettles
All The Stars Are Burning Out
Montauk
Black Holes
Norfolk Southern
I Ride Alone
No Way Out
Bloodlines