
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
GUM – Race To The Air
No passado mês de abril, GUM, um projeto a solo liderado pelo australiano Jay Watson, músico com ligações estreitas aos POND e aos Tame Impala, juntou-se a Ambrose Kenny-Smith, um dos rostos do fabuloso grupo King Gizzard and the Lizard Wizard, para incubarem um par de canções, Minor Setback e Old Transistor Radio, que deu origem a um single de sete polegadas, editado no âmbito da efeméride Record Store Day. Agora, quase no final de maio, Jay Watson faz faísca no nosso radar devido a Race To The Air, canção com a chancela da Spinning Tod Records e o primeiro single que o músico divulga depois do disco Out In The World, que lançou em dois mil e vinte.
Canção que inicialmente se chamava Running to The Cure, porque se inspirou num concerto que o músico viu da banda britânica Cure em Glastonbury, em dois mil e dezanove, Race To The Air é uma composição que coloca todas as fichas num baixo vigoroso e num registo vocal de forte cariz lisérgico, duas imagens de marca daquele que é o habitual registo psicadélico dos projetos conterrâneos acima referidos e que contém no seu adn ambientes sonoros com enorme sentido melódico e uma certa essência pop, sempre numa busca de acessibilidade e abrangência. Sem dúvida que a Austrália é um manancial deste espetro sonoro do indie rock e GUM é mais um nome a ter em conta, até porque Jay já divulgou que tem novas canções na forja, mas sem ainda ter confirmado um novo disco do projeto. Confere...
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Wye Oak – Every Day Like The Last
Depois de uma viragem de década bastante ativa que culminou, há dois anos, com a divulgação do single Its Way With Me, na primavera de dois mil e vinte e um, após o EP No Horizon, os infatigáveis Wye Oak, uma dupla de Baltimore formada por Jenn Wasner e Andy Stack, estão de regresso com uma nova canção intitulada Every Day Like The Last. Este novo tema dos Wye Oak marca o arranque de uma nova filosofia comercial da dupla, que irá apostar durante este ano no lançamento isolado de seis singles, num espaço temporal mais alargado que o habitual antes do lançamento de um disco, que serão mais tarde agregados num registo que terá o nome desta canção Every Day Like The Last.
Mestres da folk e do indie rock, mas com um cardápio sonoramente cada vez mais eclético, suportado por uma sólida carreira de pouco mais de uma década cujos maiores trunfos são a belíssima voz de Jenn e o magnífico trabalho instrumental de Andy, os Wye Oak oferecem-nos, com esta Every Day Like the Last, mais uma bela canção que, num cruzamento ímpar entre a pop e a eletrónica e enquanto se debruça sobre as cedências s que todos temos que fazer para que o amor funcione, impressiona pelo modo como está exemplarmente ornamentada com uma vasta miríade de efeitos acústicos e sintetizações encharcadas de charme, mas também de sobriedade. Confere...
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Bdrmm - Pulling Stitches
Ryan Smith, Jordan Smith, Joe Vickers, Danny Hull e Luke Irvin são os bdrmm, um projeto natural de Hull, em Inglaterra e que começou a fazer furor com If Not, When?, um EP de seis canções que viu a luz do dia à boleia da Sonic Cathedral Recordings e que foi gravado e masterizado por Alex Greaves. Em dois mil e vinte estrearam-se no formato longa duração com um intrigante registo intitulado Bedroom, que tem finalmente sucessor, um disco que irá chegar aos escaparates em junho e que se irá chamar I Don't Know.
Há cerca de um mês demos conta neste espaço do conteúdo sonoro de Be Careful, o primeiro single divulgado de I Don't Know, uma composição de forte cariz ambiental e climático, assente num timbre de guitarra com uma forte tonalidade progressiva. Agora chega a vez de contemplarmos Pulling Stitches, tema ainda mais majestoso e ruidoso, uma canção ímpar, com um refrão imparável em termos de imponência e amplitude sonora, devido a um guitarra nua de rédeas e que se atira ao exeprimentalismo sem qualquer receio. No fundo e à semelhança das mais recentes propostas do projeto, se bem que de forma ainda mais convincente e crua, Pulling Stitches exala uma suja nostalgia, enquanto nos conduz a um amigável confronto entre o rock alternativo de cariz mais lo fi e shoegaze com aquela psicadelia particularmente luminosa que atingiu o êxtase nas décadas finais do século passado e que, graças a projetos como este, se mantém mais atual do que nunca. Confere...
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The Japanese House - Sunshine Baby (feat. Matt Healy)
O projeto The Japanese House de Amber Bain está de regresso em dois mil e vinte e três com In The End It Always Does, um disco que irá chegar aos escaparates a trinta de junho com a chancela da Dirty Hit. In The End It Always Does será o segundo álbum da carreira da autora, compositora e cantora britânica, depois do disco de estreia Good At Falling, que viu a luz do dia em março de dois mil e dezanove.
Composição luminosa e tremendamente convidativa, Sunshine Baby é o último single retirado do alinhamento de In The End It Always Does, depois de há algumas semanas ter sio revelado a composição Sad To Breathe. Com a participação especial de Matt Healy, líder dos The 1975, é uma canção que, nos diversos arranjos de sopros que vão deambulando em redor de cordas e teclas deslumbrantes, exala, claramente, uma certa sensação de libertação, de abertura de uma janela arejada e, ao mesmo tempo, contemplativa e esperançosa, sensações indeléveis numa canção que é dedicada nada mais nada menos do que ao cão de Amber. Confere...
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Lloyd Cole – Warm By The Fire
Será no próximo dia vinte e três de junho que irá chegar ao escaparates On Pain, o décimo segundo e novo registo a solo do mítico cantor britânico Lloyd Cole, um trabalho que irá contar nos créditos com as participações especiais de Blair Cowan e Neil Clark, antigos colegas de Cole nos The Commotions, dois músicos que repartiram com o protagonista a escrita de alguns dos temas de um álbum produzido por Chris Merrick Hughes.
Warm By The Fire, uma irónica alegoria de uma Los Angeles que implode e arde de dentro para fora, inspirada nos fogos que têm assolado constantemente nos últimos anos os arredores desssa cidade da costa oeste dos Estados Unidos da América, é o título do primeiro single retirado do alinhamento de On Pain, umtrabalho gravado nos estúdios do artista em Massachussets. Sonoramente é uma canção de forte cariz radiofónico, como seria de esperar em Lloyd Cole. Confere Warm By The Fire e o artwork e a tracklist de On Pain...

On Pain
Warm by the Fire
I Can Hear Everything
The Idiot
You are Here Now
This Can’t Be Happening
More of What You Are
Wolves
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Blur - The Narcissist
The Ballad Of Darren tem data de lançamento prevista para vinte e um de julho próximo, com a chancela da Parlophone e será o primeiro álbum dos britânicos Blur de Graham Coxon, Damon Albarn, Alex James e Dave Rowntree, desde o extraordinário The Magic Whip de dois mil e quinze. Este novo alinhameno de dez canções dos Blur é o tão badalado regresso à ribalta de uma banda fundamental da música ocidental das últimas três décadas, liderada pelo melancólico e sempre genial, brilhante, inventivo e criativo Damon Albarn, personagem central da cultura pop britânica contemporânea.
O curioso nome deste disco, The Ballad Of Darren, foi inspirado em Darren Smoggy Evans, guarda costas da banda há vários anos e ajudante pessoal de Damon Albarn. Com uma capa também bastante original, feita a partir de uma fotografia captada em dois mil e quatro por Martin Parr e que ilustra a piscina de uma localidade chamada Gourock, na Escócia, este registo funciona como uma espécie de tributo a essa personalidade sempre dedicada e leal e tem como single de avanço uma espetacular canção intitulada The Narcissist.
Inspirada na figura do Pierrot que se olha ao espelho e procura encontrar e descrever o seu próprio ego, The Narcissist é um portento de pop rock, assente numa inspirada e repetitiva linha de guitarra assinada por Coxon, que vai recebendo diferentes nuances instrumentais e rítmicas, à medida que a canção cresce em charme e majestosidade e, simultaneamente, em abrangência e ecletismo. Confere The Narcissist e o artwork e a tracklist de The Ballad Of Darren...
1. The Ballad
2. St. Charles Square
3. Barbaric
4. Russian Strings
5. The Everglades (For Leonard)
6. The Narcissist
7. Goodbye Albert
8. Far Away Island
9. Avalon
10. The Heights
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Sea Shapes – Find The Way
Conforme demos conta há cerca de uma semana, do cenário indie e alternativo nova iorquino começa a emergir, de modo bastante sugestivo, um novo projeto intitulado Sea Shapes, com origem no bairro de Queens da cidade que nunca dorme e que lançou muito recentemente um EP de quatro canções chamado A Question Of Balance.
Chronically Online foi o tema que serviu para introduzirmos este projeto Sea Shapes no catálogo sonoro da nossa redação, uma canção que não fazia parte do alinhamento de A Question Of Balance. Se tal facto significava que este projeto está numa fase criativa bastante profícua, essa evidência amplia-se com a divulgação de mais uma nova canção intitulada Find The Way, dois tratados sonoros que poderão originar um longa duração, com lançamento previsto para muito em breve.
Find The Way é mais um excelente aperitivo para quem quiser conhecer este projeto que coloca todas as fichas naquela pop suja e nostálgica que conduz a um amigável confronto entre o rock alternativo de cariz mais lo fi com aquela pop particularmente luminosa, enquanto não renega aproximações mais ou menos declaradas à herança do melhor garage rock de final do século passado. Nestes Sea Shapes, sombra, rugosidade e monumentalidade, misturam-se entre si com intensidade e requinte superiores, através da crueza orgânica de guitarras repletas de efeitos e distorções inebriantes e de um salutar experimentalismo percurssivo em que baixo e bateria atingem, juntos, um patamar interpretativo particularmente turtuoso. Confere...
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Albert Hammond Jr. – Old Man
Meia década após o excelente Francis Trouble, álbum que foi cuidadosamente dissecado por esta redação há exatamente cinco anos, Albert Hammond Jr., músico norte americano e uma das faces mais visíveis dos The Strokes, está de regresso aos discos com Melodies On Hiatus, o quinto e novo trabalho do artista, um alinhamento de dezanove canções masterizadas por Dave Cooley (Paramore, Spoon, Tame Impala) e misturadas por Tony Hoffer (Beck, Air, M83), que chegará em junho com a chancela da Red Bull Records e que inclui nos seus créditos as participações especiais de nomes com o calibre de Matt Helders, baterista dos Arctic Monkeys, Rainsford, Matt Helders, GoldLink e Steve Stevens.
Como certamente se recordam, divulgámos há algiumas semanas o primeiro single retirado do alinhamento de Melodies On Hiatus, um tema intitulado100-99 e que contava com a participação especial do rapper GoldLink. Agora chega a vez de escutarmos Old Man, uma canção fantástica e bastante aditiva, que nos deixa cheios de vontade de abanar a anca de modo angulodo. Old Man é rápida, vigorosa e intensa, conduzida pelo já habitual efeito metálico agudo de uma guitarra, que é imagem de marca deste músico que se prepara para lançar um disco que poderá muito em ser um dos melhores do ano. Confere...
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The Drums – Plastic Envelope vs Protect Him Always
Desde que Jonny Pierce tomou nas suas mãos as rédeas do projeto the Drums, tornando-o, praticamente, num projeto a solo, já editou dois registos; Abysmal Thoughts, em dois mil e dezassete e Brutalism, quase três anos depois. Após este último álbum, que foi dissecado por esta redação e que assentou numa sonoridade que deu ênfase naquela pop sintetizada que dialoga promiscuamente com o rock oitocentista, Pierce entrou numa espécie de hiato, apesar de ter lançado alguns temas avulsos em dois mil e vinte, uma pausa que chegou ao fim há algumas semanas com a divulgação de I Want It All, uma nova canção dos The Drums que, de acordo com a nossa redação, poderia antecipar um novo disco da banda ainda este ano.
Pic - Qiao Meng
Esta possibilidade de um disco dos The Drums em dois mil e vinte e três ainda não está confirmada, mesmo depois de Pierce ter revelado mais duas novas canções nos últimos dias, chamadas Plastic Envelope e Protect Him Always. A primeira, Plastic Envelope, é um tema que aposta numa acelerada guitarra com um timbre metálico intenso e um registo percurssivo igualmente frenético, numa curiosa simbiose entre o indie surf rock e a eletrónica chillwave; A canção versa sobre a dor que todos sentimos quando alguém coloca em causa a confiança que depositámos nessa pessoa. Já Protect Him Always debruça-se sobre algumas memórias da infância de Jonny Pierce, nomeadamente um desejo permanente de auto proteção que o músico se recorda de sentir muitas vezes quando era criança. Confere...
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Local Natives – NYE
Quase quatro anos depois do excelente disco Violet Street e dois do EP Sour Lemon, os Local Natives de Taylor Rice regressaram em dois mil e vinte e dois com novas canções. Começaram a safra em julho com os temas Desert Snow e Hourglass, que não traziam ainda atrelado o anúncio de um novo disco da banda de Los Angeles, uma incógnita que se manteve ainda no final de outubro com Just Before The Morning, o último tema divulgado pelo projeto californiano. No entanto, o novo disco da banda norte-americana é já, para gaúdio da nossa redação, uma certeza. É um registo intitulado, Time Will Wait for No One, que foi produzido por John Congleton e que irá ver a luz do dia a sete de julho com a chancela da Loma Vista.
Time Will Wait for No One foi, de acordo com o próprio Taylor Rice, incubado num período de metamorfose dos Local Natives. É um disco muito marcado pela questão pandémica e em que, além de importantes eventos familiares no seio do grupo, já que alguns membros da banda experimentaram a paternidade, exprime um elevado desejo de mudanças sonoras e de experimentar novas abordagens instrumentais no seio da banda, depois do sucesso que foi Violet Street.
NYE, o primeiro single revelado do alinhamento de Time Will Wait For No One, tem, realmente, um cunho sonoramente mais impactante do que o habitual, já que é uma canção que aposta, como é norma nos Local Natives, nas cordas como grande elemento agregador, quer da melodia, quer do andamento, mas fá-lo de um modo algo frenético. Depois, o fuzz imponente das guitarras elétricas, nomeadamente no refrão, amplia ainda mais este cariz de ineditismo e de busca de novos horizontes, num resultado final que é, sem dúvida, mais rápido e agreste do que o habitual catálogo do conjunto de Los Angeles. Confere NYE e o alinhamento de Time Will Wait for No One...
01 Time Will Wait for No One
02 Just Before the Morning
03 Empty Mansions
04 Desert Snow
05 Paper Lanterns
06 Featherweight
07 Hourglass
08 Ava
09 NYE
10 Paradise