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Soft Kill – Metta World Peace

Quarta-feira, 07.06.23

Depois de terem surpreendido a crítica em outubro do ano passado com o registo Canary Yellow, o projeto Soft Kill está de regresso aos discos com o seu sétimo alinhamento de originais, um espetacular alinhamento de nove canções intitulado Metta World Peace. Este novo trabalho dos Soft kill foi gravado por Tobias Grave, o grande mentor do projeto, em Portland, a sua terra natal e em Chicago, mas também em outros locais durante uma travessia do país que o músico levou a cabo no início deste ano.

An Interview with Tobias Grave of Soft Kill — Rock In:flux

Com as participações especiais de nomes como Evil Pimp, N8NOFACE, Andres Chavez e Adam Klopp, Metta World Peace tem a sua génese no hip-hop, o território sonoro de excelência para Tobias Grave, mas é um disco de portas e janelas escancaradas para universos tão díspares como o jazz, a eletrónica ambiental, o rock alternativo, o rock progressivo e o post punk. O experimentalismo livre de constrangimentos esteve na génese do seu conteúdo e não existiram entraves no momento de criar e de selecionar o arsenal instrumental, essencialmente de origens sintéticas, materializando um modo muito peculiar e sui generis e até quase marginal de criar música e de a expôr ao grande público, com Tobias Grave a plasmar até uma interessante dose de sarcasmo e de fina ironia, em canções como Past Life II ou Molly.

Depois de um inquietante e cósmico piano sustentar diversos devaneios sintéticos na introdutória Rat Poison, o rock toma conta do disco no clima glam de Trouble e, principalmente, de Molly. Depois, o tratado de soft rock Past Life II mantém-nos numa bastante impressiva máquina do tempo, da qual não saímos, pelo meio, ao som da espetacular ode ao melhor catálogo dos Cure que é possível conferir em Behind The RainParanoid, canção em que o rapper Evil Pimp mostra todas as suas credenciais como exímio trovador contemporâneo de uma certa urbanidade marginal e corrosiva, inflete Metta World Peace numa guinada inesperada, mas corajosa, colocando o ouvinte na rota de territórios mais intrincados, ao som de uma lisergia cósmica repleta de têmpora e invulgarmente pop que, nos teclados e no baixo vigoroso de Veil Of Pain acaba por mover-se nas areias movediças de uma psicadelia lisérgica particularmente narcótica.

Ao sétimo álbum, o projeto Soft Kill amplia e renova com indiscutível contemporaneidade o já rico catálogo destes verdadeiros mestres do punk rock experimental que, curiosamente e como já foi acima referido, sempre tiveram no hip-hop a grande matriz. De facto, Metta World Peace impressiona pelo modo como é banhado por uma psicadelia ampla e elaborada, sem descurar um lado íntimo e resguardado que dá a todo um disco um inegável charme, firme, definido e bastante apelativo. Esta forma de aproximação ao ouvinte, instigando-o ou afagando-o, também se define pelo modo como a vasta miríade de efeitos, sons, ruídos e cosmicidades são plantadas ao longo das nove canções, sem se tornarem sinónimo de amálgama ou ruído intencional. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 17:15

Generationals – Heatherhead

Terça-feira, 06.06.23

Heatherhead, um alinhamento de onze canções, é o fantástico título do novo registo de originais que a dupla Generationals, natural de Nova Orleães, no Louisiana e formada por Ted Joyner e Grant Widmer, um trabalho que chegou aos escaparates a dois de junho, com a chancela da Polyvinyl Records.

Generationals - Eutropius (Give Me Lies) vs Hard Times For Heatherhead -  man on the moon

Heatherhead foi incubado em Athens, na Georgia e, de acordo com a dupla, é o álbum que a banda sempre quiz fazer na década e meia que já leva de carreira. O disco resultou de um aturado e difícil processo de busca de composições que realmente fossem ao encontro de uma plena satisfação de ambos relativamente ao processo de criação musical e não apenas a incubação de um naipe de canções pensadas para o airplay fácil. E, de facto, se o propósito era criar um catálogo de composições vibrante e efusivas, mas também intrincadas, o objetivo foi plenamente atingido porque Heatherhead é um extraordinário registo de indie rock vigoroso e, qual cereja no topo do bolo, repleto de impressivas reminiscências oitocentistas.

Além de uma escrita bastante apelativa e inspirada e de uma base melódica muito elaborada e coesa, o frenesim das guitarras, repletas de fuzz em canções como Dirt Diamond, o modo como o baixo sustenta ritmícamente Eutropius (Give Me Lies) e o protagonismo dos teclados em Hard Times For Heatherhead, são composições que reforçam a tonalidade acima descrita de um disco onde também abundam certeiras e felizes sintetizações, que além de adornarem Heatherhead com um espírito vintage delicioso, oferecem ao disco um anguloso travo pop que é incisivo e feliz no modo como nos faz dançar e despertar em nós aquela alegria e boa disposição que muitas vezes buscamos na música e raramente encontramos com este acerto criativo. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 17:38

The KVB – Artefacts (Reimaginings From The Original Psychedelic Era)

Segunda-feira, 05.06.23

Os londrinos The KVB construiram na última meia década um firme reputação que permite afirmar, com toda a segurança, que são, atualmente, uma das melhores bandas a apostar na herança do krautrock e do garage rock, aliados com o pós punk britânico dos anos oitenta. Formados pela dupla Nicholas Wood e Kat Day, os The KVB deram nas vistas em dois mil e dezoito com o registo Only Now Forever, criaram semelhante impacto no ano seguinte com o EP Submersion e agora, no verão de dois mil e vinte e três, enriquecem ainda mais o seu catálogo à custa de Artefacts (Reimaginings From The Original Psychedelic Era), um disco que chegou aos escaparates a doze de maio com a chancela da Cleopatra Records, uma etiqueta independente sedeada em Los Angeles.

The KVB | English | Metal Magazine

Conforme o próprio nome indica, Artefacts (Reimaginings From The Original Psychedelic Era) tem um alinhamento de canções, neste caso onze, que encarnam versões de alguns dos temas preferidos da dupla e que fizeram parte do catálogo do melhor rock psicadélico dos anos sessenta do século passado, período em que esse género musical muito peculiar e caraterístico explodiu definitivamente, à sombra de composições volumosas e conduzidas por um som denso, atmosférico e sujo, que encontrava o seu principal sustento nas guitarras, na bateria e nos sintetizadores, instrumentos que se entrelaçam na construção de canções que espreitavam perigosamente uma sonoridade muito próxima da pura lisergia. Para os The KVB terá sido certamente um gosto reinterpretar estas canções, porque a trajetória desta banda entronca, claramente, em termos de influências fundamentais do sem adn, nesta sonoridade que amiúde também exala uma voluptuosa epicidade, climas hipnóticos, ecoantes e enleantes.

Nomes como os Status Quo, os Them, The Troggs e The Pretty Things são, portanto, homenageados e superiormente decaldados neste espetacular mergulho que os The KVB dão no melhor rock psicadélico de há meio século, sempre com as cordas na linha da frente de um registo interpretativo que tem um perfume de contemporaneidade e nostalgia inseparáveis e cuja gravidade exala ânsia, rispidez e crueza, devido a uma produção cuidada, arranjos subtis e uma utilização bastante assertiva da componente maquinal. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:36

Meltt – Soak My Head

Domingo, 04.06.23

Como os mais atentos certamente se recordam, a semana passada a nossa redação deu grande ênfase aos Meltt de Chris Smith, Jamie Turner, James Porter e Ian Winkler, por causa de um ep chamado Another Quiet Sunday, pouco mais de dezoito minutos de pura magia, etérea e psicadélica, que nos transportou para um universo sonoro com um adn muito vincado e que encontrava as reminiscências estruturais no melhor rock clássico dos anos oitenta. Poucos dias depois de nos deixarmos maravilhar por esse magnífico ep, já estamos de volta à banda canadiana para escutarmos Soak My Head, o primeiro single divulgado pelos Meltt do seu novo disco, um trabalho ainda sem título ou data de lançamento anunciados e que também terá algumas canções de Another Quiet Sunday no seu alinhamento.

Soak My Head" By Meltt - Northern Transmissions

Soak My Head versa sobre a ansiedade de que padecem todos aqueles que passam demasiado tempo online e são viciados em tecnologia e nas redes sociais. É uma canção sonoramente ímpar, com um registo percussivo marcante e vigoroso, induzido por uma bateria omnipresente e um baixo insinuante, cordas de uma viola radiantes e que exalam um espetacular timbre metálico tremendamente orgânico e, para rematar, diferentes arranjos planantes charmosos, onde não faltam inspiradas teclas de um piano. Uma grande canção, que também o é pela simplicidade e bom gosto melódico que contém, a fazer lembrar, por exemplo, o período inicial fulgurante dos conterrâneos Arcade Fire. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:29

Beach Fossils – Bunny

Sexta-feira, 02.06.23

Seis anos depois do espetacular registo Somersault, um dos discos essenciais do catálogo da redação deste blogue e dos mais escutados nos últimos anos, tendo a primeira audição ocorrido há exatamente seis anos, no dia dois de junho de dois mil e dezassete, os Beach Fossils de Dustin Payseur, ao qual se juntaram, entretanto, Tommy Davidson, Anton Hochheim e Jack Doyle Smith, estão de regresso aos álbuns em dois mil e vinte e três com Bunny, onze extraordinárias canções que chegaram aos escaparates com a chancela da Bayonet e da Captured Tracks.

Beach Fossils - 'Bunny' album review

Banda muito querida da nossa redação desde que em dois mil e onze nos debruçámos no conteúdo do ep What a Pleasure, os Beach Fossils são exímios a oferecer-nos catálogos de indie rock alternativo, com leves pitadas de surf pop, eletrónica e garage rock, tudo embrulhado com um espírito vintage marcadamente oitocentista e que se escuta de um só trago, enquanto sacia o nosso desejo de ouvir algo descomplicado mas que deixe uma marca impressiva firme e de simples codificação.

De facto, Bunny é mais um exercício tremendamente bem conseguido de construção de canções simples, mas bastante reflexivas, emotivas e até intensas. O seu alinhamento aprimora um receituário que tem sido bem sucedido, não só devido ao modo como os Beach Fossils manuseiam as guitarras e lhes induzem efeitos e distorções que apelam, quase sempre, a uma certa cosmicidade e luminosidade etéreas, mesmo quando replicadas com um forte espírito orgânico e imediato, sempre ampliado por exemplares arranjos de elevado pendor acústico, mas também porque a voz geralmente ecoante de Payseur é, sem sombra de dúvida, um veículo privilegiado para nos levar ao encontro de sensações como fragilidade e doçura, algo estranhas num indie rock que não coloca completamente de lado o lo fi, mas particularmentes impressivas e revigorantes quando concebidas por este projeto. Portanto, escutar Bunny é ter a possibilidade de colocar momentaneamente de lado problemas, dúvidas e inquietações, para mergulhar num universo otimista, positivo e revigorante, mesmo que a grande maioria das onze canções do álbum se debrucem sobre os dilemas existenciais em que vive a juventude americana atualmente, dores de amor mal curadas, memórias de tempos difíceis e o alastrar vigoroso de uma preocupante psicotropia em praticamente todo o país, potenciada pela falta de perspetivas risonhas quanto ao futuro, numa América cada vez mais confusa

Logo no timbre metálico de Sleeping On My Own e no modo como Payseur se acomoda a um registo melódico que prende e afaga, percebemos que Bunny tem algo de especial e único e que o rock também pode ser contundente sem haver a necessidade de ser agreste, ruidoso e imponente. Aliás, a força do rock estará sempre no modo como mexe com as nossas emoções e os Beach Fossils sabem, melhor como ninguém, como justificar esta constação. O charme divagante de Run To The Moon, o frenesim corpulento do baixo que acomoda um inconfundível timbre metálico em Don't Fade Away, o registo progressivo e simultaneamente cósmico de (Just Like The) Setting Sun, a suave psicadelia pop relaxante que exala de Anything Is Anything, o corropio eletrificado de Tough Love ou a aspereza empolgante de Seconds, comprovam esta filosofia criativa que toca, em simultâneo, no âmago e na anca, muitas vezes sem haver uma definição concreta de fronteiras concetuais ou anatómicas, imagine-se, entre estes dois pólos, o orgânico e o sensível.

Bunny é, em suma, um refúgio luminoso e aconchegante, um recanto sonoro sustentado por guitarras melodicamente simples, mas com um charme muito próprio e intenso. É um disco intuitivo, mas que sacia, enquanto eleva a carreira discográfica dos Beach Fossils a um patamar criativo superior, com as canções a funcionarem de modo indivisível e a criarem uma peça única enquanto, individualmente, oferecem vinhetas climáticas que vão servindo para marcar o ambiente e a cadência de um álbum soberbo. Espero que aprecies a sugestão...

 

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publicado por stipe07 às 16:40

NAPA - Luz do Túnel

Quinta-feira, 01.06.23

Os NAPA nasceram na cave de uma avó no Funchal há uma década, conforme demos conta há cerca de quatro anos quando divulgámos este projeto, que começou por se chamar Men On The Couch. Os contornos da banda foram-se formando entre a energia dos Red Hot Chili Peppers, a criatividade dos Beatles e a sensibilidade de Caetano Veloso e Tom Jobim. A fórmula amadora e inocente das primeiras composições da banda (em inglês) cativou a atenção de amigos, família e não só. Trocaram o inglês pela língua materna, e a cave da avó pelo estúdio. Em dois mil e dezanove gravaram o seu primeiro disco Senso Comum nos conhecidos Black Sheep Studios em Sintra, ainda sob o primeiro nome Men On The Couch.

Os NAPA antecipam novo disco Logo Se Vê com segundo single "Luz do Túnel" -  Descla

Agora, quase meia década depois e com um novo nome e imagem, os NAPA estão de regresso ao formato longa duração à boleia de Logo Se Vê, um alinhamento de onze canções, com uma roupagem mais madura, mas um espírito sempre moço, trazendo para cima da mesa maior complexidade e inventividade na estrutura das canções. A veia pop romântica continua a pulsar no corpo do disco, mas a fome de descobrir novos ritmos e texturas musicais é evidente ao longo do álbum.

Luz do Túnel é o mais recente single retirado do alinhamento de Logo Se Vê. Com Luz do Túnel os NAPA convidam o público a dançar ao som de um casamento feliz entre teclados e guitarras contagiantes. A batida certeira não deixa o pé do ouvinte ficar no chão, seguindo as percussões e harmonias vocais espalhadas ao longo da canção. Em contraste, a letra fala de desespero, acompanhando a frustração e desconsolo do autor nas suas voltas à vida. Quando da luz ao fundo do túnel parece vislumbrar uma esperança, o mundo acaba por desabar novamente em escuridão. O defraudar incessante das expectativas reforça a desorientação do autor e deixa poucas soluções no horizonte.

O videoclip realizado por André Moniz Vieira, produzido por Andreia Miranda e protagonizado por Andreas Sidenius, captura esse sentimento tão comum de desespero. O personagem vive preso num túnel, limitado a uma cama individual e a poucas peças de roupa, não tendo outro ponto de escape que não o seu trabalho monótono como mordomo numa quinta. Encontra-se preso na rotina de um trabalho que odeia, rodeado de pessoas que o desprezam. O vídeo retrata o deslizar gradual do protagonista à loucura, enquanto os convidados da quinta se deliciam com tudo a seu redor. Confere...

https://www.instagram.com/os_napa/

https://www.facebook.com/osnapa/

https://www.tiktok.com/@_napa_napa

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publicado por stipe07 às 16:09

Portugal. The Man – Summer Of Luv

Quarta-feira, 31.05.23

Conforme já demos conta por cá há algumas semanas atrás, Chris Black Changed My Life é o fantástico título do novo disco dos norte americanos Portugal. The Man, de John Baldwin Gourley, um trabalho que irá chegar aos escaparates a vinte e três de junho com a chancela da Atlantic Records e que terá nos créditos da produção Jeff Bhasker, colaborador de longa data de nomes como Beyoncé, Harry Styles e SZA.

Portugal the Man shares 'Summer of Luv' - The Music Universe

Chris Back Changed My Life será o nono disco da carreira desta banda natural de Portland, no Oregon. É dedicado a Chris Black, antigo membro do grupo que faleceu há quase quatro anos e teve já alguns singles revelados, como Dummy ou What, Me Worry?, que nos foram mostrando que este novo álbum dos Portugal. The Man será um excelente tratado de pop psicadélica, ágil e rápida. Summer Of Lov, composição que conta nos créditos com a participação especial dos neozelandeses Unknown Mortal Orchestra, amplia essa certeza, já que se trata de uma canção agradável, rica em detalhes e texturas, com um forte apelo às pistas de dança e com uma atmosfera eminentemente pop que, estreitando os laços entre a psicadelia e o R&B, contém a impressão firme da sonoridade típica das duas bandas, uma simbiose feliz e bem sucedida que vai catapultar Chris Back Changed My Life para uma estética bastante abrangente. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:55

Teenage Fanclub – Foreign Land

Segunda-feira, 29.05.23

Trinta anos após o registo de estreia e quatro do excelente disco Here, os icónicos veteranos escoceses Teenage Fanclub, formados por Norman Blake, Raymond McGinley, Francis Macdonald, Dave McGowan e Euros Childs, voltaram em dois mil e vinte e um ao ativo e mais efusivos e luminosos do que nunca, com Endless Arcade, doze canções de um projeto simbolo do indie rock alternativo e que provou, nesse registo, que ainda tem um lugar reservado, de pleno direito, no pedestal deste universo sonoro.

Teenage Fanclub share "Foreign Land" alongside new album announcement | The  Line of Best Fit

Um ano depois desse belíssimo regresso, ou seja, o ano passado, o projeto escocês voltou a dar sinais de vida com uma nova composição intitulada I Left A Light On, que poderia ser a primeira amostra de um novo trabalho dos Teenage Fanclub, novidade que se confirma agora, em dois mil e vinte e três, com o anúncio de um novo disco dos Teenage Fanclub intitulado Nothing Lasts Forever. É um trabalho que irá chegar aos escaparates a vinte e dois de setembro com a chancela da Merge Records e que incluirá no seu alinhamento de dez canções esse tema I Left A Light On.

Juntamente com o anúncio do título, da tracklist e da data de lançamento de Nothing Lasts Forever, os Teenage Fanclub revelam o tema que vai abrir o disco. É uma espetacular canção, animada e optimista, intitulada Foreign Land. Nela, piano, cordas e uma bateria incrivelmente aditiva, conjuram entre si, para dar vida a uma composição melodicamente irrepreensível e com aquele cariz fortemente radiofónico que sempre caracterizou os Teenage Fanclub. Confere Foreign Land e a tracklist e o artwork de Nothing Lasts Forever...

Foreign Land
Tired Of Being Alone
I Left A Light On
See The Light
It’s Alright
Falling Into The Sun
Self-Sedation
Middle Of My Mind
Back To The Light
I Will Love You

Teenage Fanclub Share 'Foreign Land' Video To Announce New Album  ::antiMusic.com

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publicado por stipe07 às 16:27

GUM – Race To The Air

Domingo, 28.05.23

No passado mês de abril, GUM, um projeto a solo liderado pelo australiano Jay Watson, músico com ligações estreitas aos POND e aos Tame Impala, juntou-se a Ambrose Kenny-Smith, um dos rostos do fabuloso grupo King Gizzard and the Lizard Wizard, para incubarem um par de canções, Minor Setback e Old Transistor Radio, que deu origem a um single de sete polegadas, editado no âmbito da efeméride Record Store Day. Agora, quase no final de maio, Jay Watson faz faísca no nosso radar devido a Race To The Air, canção com a chancela da Spinning Tod Records e o primeiro single que o músico divulga depois do disco Out In The World, que lançou em dois mil e vinte.

Tame Impala's Jay Watson on his imaginative new solo album as GUM

Canção que inicialmente se chamava Running to The Cure, porque se inspirou num concerto que o músico viu da banda britânica Cure em Glastonbury, em dois mil e dezanove, Race To The Air é uma composição que coloca todas as fichas num baixo vigoroso e num registo vocal de forte cariz lisérgico, duas imagens de marca daquele que é o habitual registo psicadélico dos projetos conterrâneos acima referidos e que contém no seu adn ambientes sonoros com enorme sentido melódico e uma certa essência pop, sempre numa busca de acessibilidade e abrangência. Sem dúvida que a Austrália é um manancial deste espetro sonoro do indie rock e GUM é mais um nome a ter em conta, até porque Jay já divulgou que tem novas canções na forja, mas sem ainda ter confirmado um novo disco do projeto. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:53

Meltt – Another Quiet Sunday EP

Sábado, 27.05.23

Oriundos de Vancouver, no Canadá, os Meltt têm já uma assinalável reputação no país natal, como uma das bandas que melhor replica aquele rock majestoso e de forte cariz progressivo, enquanto não renega contactos mais ou menos estreitos com outros espetros sonoros, com particular destaque para a eletrónica ambiental, a música de dança e o próprio R&B. Já com um vasto catálogo em mãos, acabam de nos surpreender com Another Quiet Sunday, um EP com cinco canções que vale bem a pena destrinçar.

Meltt Releases New Single “Blossoms” Off Forthcoming EP “Another Quiet  Sunday” Out March 3rd | S.L.R. Magazine

Another Quiet Sunday são dezoito minutos de pura magia, etérea e psicadélica, que nos transporta para um universo sonoro com um adn muito vincado e que encontra as reminiscências estruturais no melhor rock clássico dos anos oitenta. As canções do EP exalam uma sensação de espaço única, aprimorada por um registo vocal leve e arejado, que dá vida a letras propositadamente vagas, permitindo que cada um de nós as interprete do modo que entender.

Guitarras com elevada amplitude, quer ao nível dos efeitos, quer da distorção, explodem em energia e vão ganhando tonalidade e progressão à medida que as canções avançam, sendo esse o arquétipo sonoro essencial de canções que criam paisagens sonoras intensas e onde não falta imensa diversidade, principalmente ao nível das orquestrações e do conteúdo melódico. É uma espécie de odisseia altiva e afirmativa, uma breve, mas intensa, caminhada filosófica e estilística, em que canções do calibre da sumptuosa e planante Blossoms, da vibrante e insinuante Only In Your Eyes, da nostálgica, delicada e contemplativa Within You, Within Me, da orgulhosamente pop It Could Grow Anywhere e da sentimental e cavernosa homónima, justificam todas as odes que se possa oferecer a um registo eminentemente experimental e que tem nas sensações que exala a sua grande força motriz. Espero que aprecies a sugestão...

 

 

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publicado por stipe07 às 16:02






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