man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Horrors – Trial By Fire
Sete anos depois de V, o último registo de originais do projeto, editado em dois mil e dezassete, os britânicos The Horrors estão finalmente de regresso aos nosso radar, com uma nova formação e o anúncio de um novo álbum da banda para o início da primavera de dois mil e vinte e cinco. A banda que mantém da formação original o líder e vocalista Faris Badwan e o baixista Rhys Webb, aos quais se juntam atualmente a teclista Amelia Kidd e o baterista Jordan Cobb, tem na forja um novo alinhamento de nove canções intitulado Night Life, que irá ver a luz do dia vinte e um de março, com a chancela da Fiction e da Universal.
Composição com um clima bastante rugoso, vincadamente cavernoso, mas também com uma curiosa tonalidade enleante e até sensual, Trial By Fire é o segundo single retirado do alinhamento de Night Life, tendo sido produzida por Yves Rothman. A canção impressiona pelo vigor do baixo, pela robustez da bateria, pelo clima algo sinistro das sintetizações e pelo modo abrasivo e potente como a guitarra distorce, principalmente no refrão, num resultado final que remete para aquele rock sombrio, experimental e gótico, de forte cariz oitocentista, que é, também, uma das imagens de marca deste projeto. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
LCD Soundsystem – X-Ray Eyes
Oito anos depois de American Dream, os norte-americanos LCD Soundystem de James Murphy, vão regressar aos discos no próximo ano com o quinto registo de estúdio da carreira, ainda sem nome divulgado e que, de acordo com Murphy, ainda está em pleno processo de incubação.
Seja como for, já é possível escutar X-Ray Eyes, o novo single desse álbum que deverá chegar aos escaparates ainda no primeiro trimestre de dois mil e vinte cinco. Produzido pelo próprio James Murphy e escrito com a ajuda de Al Doyle e Nancy Whang, X-Ray Eyes é um tema que nos recorda, com renovada e justificada excitação, aquela fórmula clássica, contagiante e lasciva que era e, pelos vistos, felizmente, ainda é, a imagem de marca de uma banda sempre disposta a levar o garage rock numa direção eminentemente dançável e psicadélica. O fuzz da percussão, o vigor do baixo e a cosmicidade selvagem das sintetizações são ingredientes fulgurantes de quase cinco minutos de um indie dance post punk rock algo minimal, mas com uma assinatura muito identitária e que nos possibilita usufruir novamente de um mosaico declarado de referências, que se centram, essencialmente, numa mescla entre a típica eletrónica underground nova iorquina e o colorido neon dos anos oitenta, como é apanágio das melhores canções do catálogo dos LCD Soundsystem. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Blossoms – I Wanna Dance With Somebody (Whitney Houston cover)
Quase cinco anos após o lançamento de Cool Like You, um registo que sucedeu ao disco homónimo de estreia editado no verão de dois mil e dezasseis e que à época causou forte impacto na crítica generalizada, muito por culpa de canções como Charlemagne, Honey Sweet ou Getaway, o quinteto britânico Blossoms, oriundo de Stockport e formado por Tom Ogden, Charlie Salt, Josh Dewhurst, Joe Donovan e Myles Kellock, regressou em abril do ano passado ao formato longa duração, com um disco intitulado Ribbon Around The Bomb, um registo que teve uma forte influência setentista.
Ultimamente os Blossoms têm andado no nosso radar à boleia de alguns temas que têm lançado, apesar de ainda não terem atrelado o anúncio de um novo disco da banda. Dessa safra de novas canções dos Blossoms, que começou em outubro do ano passado com o tema To Do List (After The Breakup), uma composição que contava com a colaboração especial vocal da artista conterrânea Findlay, também natural de Stockport e que continuou na primavera com What Can I Say After I’m Sorry?, um tema produzido pela dupla J Lloyd dos Jungle e James Skelly dos The Coral, temos hoje para divulgar I Wanna Dance With Somebody, uma espetacular cover de um original de Whitney Houston, que todos conhecemos certamente e que fazia parte do segundo disco, com o mesmo nome, da carreira da cantora norte-americana, um verdadeiro ícone da década de oitenta do século passado.
A nova roupagem que os Blossoms criaram para este marco imprescindível da música pop, impressiona pelos detalhes percussivos que se vão escutando ao longo da canção e pelo bom gosto dos arranjos, que deram ao tema um perfil mais contemporâneo. O resultado é uma luminosa e divertida canção, com um assinalável groove e detalhisticamente rica, que consegue equilibrar sintetizações cósmicas e diversos efeitos que se vão insinuando, com o vigor do baixo e a delicadeza da guitarra. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Cold War Kids – Meditations
A comemorar vinte anos de carreira com uma digressão interna, os norte-americanos Cold War Kids de Nathan Willett estão de regresso ao nosso radar quase dez anos depois do disco Hold My Home, lançado em dois mil e catorze e que foi, nessa época, dissecado minuciosamente na nossa redação. Tal acontece devido a um novo single intitulado Meditations, gravado já este mês de outubro com a ajuda de Jonathan Rado e que sucede ao álbum homónimo que a banda de Silverlake, nos arredores de Los Angeles, lançou o ano passado.
Meditations é uma canção intensa e com um registo percussivo dominante. Depois, a envolvência dos teclados e o modo como se cruzam sagazmente com guitarras que mudam constantemente de sonoridade e distorção, são outra nuance importante de um tema em que o ritmo sempre bem marcado da bateria é o suporte ideal destes dois edifícios sonoros enérgicos e intencionalmente meticulosos. A tensão permanente entre a intepretação vocal de Willett e o solo de guitarra criam na melodia de Meditations, um elevado sentido de urgência e de impetuosidade, num resultado final poderoso e orquestral. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Wussy – Sure As The Sun
O rock envolvente, melancólico e algo sombrio dos norte-americanos Wussy está de regresso em dois mil e vinte e quatro com um disco intitulado Cincinnati Ohio e dois EPs,The Great Divide and Cellar Door, três lançamentos em simultâneo que vão ver a luz do dia a quinze de novembro e que terão a chancela da Shake It Records.
Sure As The Sun é o mais recente single divulgado do alinhamento de Cincinnati Ohio. Canção conduzida por uma guitarra com um timbre rugoso e cru, que vai acamando algumas cordas acústicas, uma distorção cavernosa e diversos efeitos que vão aumentando de intensidade, Sure As The Sun condensa todo o cardápio que sustenta o melhor adn deste quinteto formado por Chuck Cleaver, antigo líder dos Ass Ponys e Lisa Walker, Mark Messerly, Joe Klug e John Erhardt e que sempre buscou texturas sonoras abertas, melódicas e expansivas, mas onde o ruído e o pendor lo fi são também traves mestras da sua filosofia sonora. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Dehd - Mr Grieves (Pixies cover)
Como os leitores e ouvintes mais atentos certamente se recordam, um dos grandes discos da última primavera, e que esteve em alta rotação na nossa redação, foi Poetry, um alinhamento de catorze canções assinado pelos norte-americanos Dehd, de Emily Kempf, Jason Balla e Eric McGrady. Poetry sucedeu, na altura, ao também excelente álbum Blue Skies, de dois mil e vinte e dois e tinha a chancela da insuspeita Fat Possum.
Agora, em pleno outono, os Dehd estão de regresso ao nosso radar devido a uma cover que assinam para Mr Grieves, tema que, como todos certamente sabem, é um clássico dos Pixies e que fazia parte do disco Doolittle que a banda liderada por Black Francis editou em abril de mil novecentos e oitenta e nove, ainda a tempo de se tornar num verdadeiro clássico dessa década.
Nesta nova roupagem de Mr Grieves, os Dehd apostaram todas as fichas num registo interpretativo um pouco mais minimal e orgânico do que o original, que impressionava pelo seu cariz abrasivo e garageiro. Assim, o trio sedeado em Chicago, no Illinois, incubou uma cover que encarna uma curiosa mistura entre soul, blues e ska, apimentada pelo sempre teatral e dramático registo vocal de Emily Kempf, uma das imagens de marca dos Dehd. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Tom Meighan – White Lies
Vocalista dos Kasabian, o britânico Tom Meighan tem também uma profícua carreira a solo que vai ter em breve um novo capítulo, um tomo de onze canções intitulado Roadrunner, prestes a ver a luz do dia e que terá a chancela da Blue Rocket Records.
White Lies, o segundo tema do alinhamento do registo, é um dos destaques maiores de Roadrunner. A canção começa com um riff de guitarra algo sinistro e misterioso, mas também tremendamente aditivo, que o baixo acama, pouco depois, com mestria. São cordas que, no refrão, soltam as amarras num inebriante esplendor de eletrificação festiva, com o registo vocal de Meighan, num misto de vulnerabilidade e desafio, a ser o complemento perfeito de uma composição que nos oferece um rock pulsante, bem vincado e visceral e pleno de emotividade e de têmpera. Confere White Lies e o artwork e a tracklist de Roadrunner...
1. Use It Or Lose It
2. White Lies
3. Silver Linings
4. We Can Do It
5. Better Life
6. High On You
7. Headcase
8. Exorcist
9. Sneaky One
10. Do Your Thing
11. Would You Mind
Autoria e outros dados (tags, etc)
Father John Misty – She Cleans Up
Dois anos depois do extraordinário registo Chloë And The Next 20th Century, Josh Tillman, que assina a sua música como Father John Misty, está de regresso aos discos ainda antes do ocaso de dois mil e vinte e quatro com Mahashmashana, o sexto disco da carreira do músico norte-americano, um álbum produzido pelo próprio Father John Misty e por Drew Erickson. São oito canções que vão ver a luz do dia a vinte e dois de novembro, com a chancela do consórcio Bella Union e Sub Pop Records.
Das oito composições que fazem parte do alinhamento de Mahashmashana, (महामशान) uma palavra em sânscrito que significa grande campo de cremação, escutámos, há cerca de um mês, duas, os temas Screamland e I Guess Time Just Makes Fools Of Us All, duas faustosas canções, com uma orquestralidade vigorosa e empolgante.
Agora chega a vez de conferirmos She Cleans Up, o segundo tema do alinhamento de Mahashmashana. Trata-se de uma composição com uma tonalidade mais rugosa e roqueira do que os dois temas anteriores. Esta canção impressiona pelo efeito ecoante da voz, que se entrelaça com mestria com uma guitarra encharca em decibéis e que, no refrão, recebe uma inebriante distorção, amplificada por alguns sopros enleantes, mostrando uma faceta mais arrojada, crua e imediata do que as propostas habituais de Misty, uma nova nuance do novo álbum do músico que claramente se saúda. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Trace Mountains – Into The Burning Blue
Sedeado em Nova Iorque, o projeto Trace Mountains liderado por Dave Benton, já tem sucessor para o extraordinário registo House Of Confusion, editado em dois mil e vinte e um. Into The Burning Blue é o nome do novo álbum do projeto, um alinhamento de nove canções produzidas por Craig Hendrix, misturadas por J. Ryan Francis e masterizadas por Ryan Schwabe, que chegou aos escaparates no dia vinte e sete de setembro com a chancela da Lame-O.
Quinto disco da carreira deste projeto Trace Mountains, Into The Burning Blue contém trinta e sete minutos efusiantes que deambulam entre a folk, o indie rock e a psicadelia e que são bem capazes de oferecer a este grupo nova iorquino um lugar de destaque no que concerne aos álbuns mais influentes, inspirados e inspiradores e acolhedores de dois mil e vinte e quatro. É um registo muito intimista e reflexivo, como se percebe logo em In A Dream, o tema de abertura, bastante inspirado no fim de uma relação amorosa do músico, que durou oito anos, uma rutura que deixou marcas em Benton. A canção ilustra um passeio noturno de bicicleta feito pelo autor, durante o qual, enquanto olha pelas janelas das casas por onde passa, reflete sobre o seu lugar numa América cada vez mais capitalista e isolada sobre si mesma.
Friend, a terceira composição do alinhamento de Into Burning Blue, uma canção que versa sobre a solidão e que conta com a participação especial de Craig Hendrix, dos Japanese Breakfast, que também produz o disco, como foi referido acima, cimenta essa tónica filosófica, enquanto mostra os melhores atributos sonoros do alinhamento, impressionando pelo modo como algumas cordas reluzentes são dedilhadas com belíssima complacência, juntamente com um perfil vocal emotivo e intimista e diversas texturas percussivas, mais ou menos implícitas.
Hard To Accept, o segundo tema do alinhamento de Into Burning Blue, é outra composição algo sombria, contemplativa e enigmática, caraterísticas habituais de algumas das propostas sonoras mais intimistas dos Trace Mountains e que colocam a herança da melhor pop oitocentista em declarado ponto de mira, nuance bem patente nas diversas camadas sintéticas planantes que, juntamente com uma guitarra com um efeito metálico curioso, sustentam uma canção que também não deixa de ser contagiante e exalar os cânones fundamentais daquele indie rock tipicamente americano e com uma certa tonalidade folk.
Disco inspirado no modo como devemos optar sempre pela resiliência face ao desespero, este disco é, no fundo, uma espécie de odisseia romântica, materializada numa jornada longa e emocionalmente grandiosa, amiúde absurdamente épica até, porque embora se sustente em letras que parecem verdadeiros clichés, a verdade é que resultam e têm este efeito renovador e soporífero.De facto, quando escutamos o baixo avassalador de Crawling Back To You e os belíssimos arranjos de cordas das enleantes Ponies e Shelter Gone & Done, vivenciamos aquela sensação metafísica de conetividade entre o nosso âmago e a obra sonora. No meio, a ligar os dois pólos com astúcia, Dave Benton, que ocupa, assim, o nosso espaço e o nosso tempo com um indie rock que encarna uma verdadeira vibe psicadélica e, como se percebe, poeticamente melancólica. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
The Wombats – Sorry I’m Late, I Didn’t Want To Come
Dois anos depois de Fix Yuorself Not The World, os ingleses The Wombats de Matthew Murphy, Daniel Haggis e Tord Øverland-Knudsen, estão de regresso ao nosso radar com um novo single intitulado Sorry I’m Late, I Didn’t Want To Come, o primeiro tema retirado de Oh! The Ocean, o novo disco do trio, qiue irá ver a luz do dia a vinte e um de fevereiro do próximo ano, com a chancela da AWAL Recordings.
Composição extremamente dançante e luminosa, que impressiona logo pelo travo anguloso da batida e pelo modo com a guitarra se insinua, enquanto é acompanhada por diversas texturas sintéticas futuristas, Sorry I’m Late, I Didn’t Want To Come materializa uma charmosa relação dos The Wombats próxima com a pop, concentrando-se na questão do ritmo, num resultado final de forte cariz radiofónico, mas bastante recomendável, principalmente no modo como essa opção pelo apelo ao grande público se mistura com alguns dos aspetos mais relevantes do típico indie rock alternativo. Confere...