man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Mint Julep – Holding On
Quase década e meia depois do registo Save Your Season, a dupla norte-americana Mint Julep, natural de Portland, no Oregon e formada pelos irmãos Hollie e Keith Kenniff, está de regresso ao nosso radar devido a Holding On, um novo single desta dupla entusiasta da eletrónica, mas que também não renega a inclusão de alguns elementos acústicos nas suas criações sonoras.
É neste mescla feliz entre o orgânico e o sintético que assenta Holding On, tema alimentado por batidas sintéticas que mobilizam um delicioso fluxo dançante, apimentado pelo tom sóbrio da voz de Hollie e pelas guitarras e sintetizadores nebulosos de Keith, num resultado final suave e algo lisérgico, mas também bastante assertivo e cativante. Confere...
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ARK IDENTITY – Oh My God
ARK IDENTITY é o nome do projeto a solo liderado por Noah Mroueh, um músico natural de Toronto e que, de modo bastante cinematográfico, emotivo e realista, é exímio a criar música pop que parece servir para banda sonora de uma representação retro de um futuro utópico e imaginário, enquanto se serve do catálogo de nomes tão díspares como Tame Impala, Oasis, Bon Iver, Foster the People ou os The Beatles, para materializar tão singular propósito.
Oh My God, o quarto tema que o músico canadiano revela este ano e que foi produzido por Giordan Postorino, é a mais recente criação sonora de ARK IDENTITY. Segundo o próprio artista, Oh My God surgiu a partir de um momento de reflexão sobre a sua própria vida, escolhas passadas e arrependimentos, um exercício autoreflexivo alimentado por som atmosférico com uma elegância ímpar e plena de groove, sustentado em sintetizações cósmicas, abrasivas e planantes, um baixo exemplarmente arritmado e cordas charmosas, uma luminosidade intensa e sedutora que, num registo ecoante e esvoaçante, coloca em sentido todos os alicerces da nossa dimensão pessoal mais frágil e ternurenta. Confere...
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Ben Kweller – Cover The Mirrors
Natural de São Francisco, na Califórnia, o músico, cantor e compositor norte-americano Ben Kweller está finalmente de regresso aos discos com um alinhamento de doze canções intitulado Cover The Mirrors, um álbum que irá ver a luz do dia a trinta de maio, com a chancela da The Noise Company.
Se muitas vezes a música funciona para os ouvintes como uma terapia emocional, não é menos verdade que para os músicos e os artistas é, também com frequência, uma forma de exorcizar de mónios, desabafar angústias e descobrir um novo modo de seguir em frente depois de um evento pessoal que foi de algum modo negativo, ou traumático. Na história da música indie, que na sua génese é, sonoramente, de contornos geralmente mais melancólicos e reflexivos, que em outros géneros musicais, abundam exemplos deste género, aos quais pode agora ser adionado este novo registo de Ben Kweller, que conta com várias participações especiais de renome, nomeadamente Waxahatchee, MJ Lenderman, os The Flaming Lips e os Coconut Records de Jason Schwartzman, sendo o primeiro trabalho lançado pelo artista de quarenta e três anos, depois da morte do seu filho, Dorian Zev, num acidente de viação em dos mil e vinte três, com a data de lançamento do álbum, a coincidir com o dia em que Zev faria dezanove anos de idade.
Cover The Mirrors é, portanto, um álbum intenso no modo como exala sentimentos profundos e marcantes, com o piano primeiro e os violinos depois, logo em Going Insane, a tocarem-nos bem no fundo do âmago e a revelar-nos, de imediato e com exatidão, o que nos espera nos próximos quarenta e três minutos. Os convidados especiais que vamos escutando, canção após canção, nomes importantes do indie americano contemporâneo e exímios a compôr canções sentimentalmente ricas, aprimoram ainda mais um alinhamento repleto de belíssimas interseções entre o orgânico e o sintético, buriladas com minúcia e astúcia, como sucede logo de seguida, em Dollar Store, canção em que uma guitarra ligeiramente eletrificada primeiro e épica e vibrante depois, acama a voz sempre singela de Waxahatchee, num resultado final que não deixa de ser sentido como uma espécie de raio de luz reconfortante.
Cover The Mirrors prossegue e, tema após tema, os nossos sentidos são continuamente atiçados e convidados a conferir imensos detalhes, nuances e sobreposições, que demonstram o elevado adn criativo e amplamente reconhecido, diga-se, de Ben Kweller. Os violinos regressam em força em Trapped, amplificando a angústia perfeitamente normal de um pai que perdeu a pessoa mais importante da sua vida, de forma inesperada, uma incursão à escuridão do nosso eu, que na viola acústica de Park Harvey Fire Drill, ganha contornos de magnificiência, através do modo como pretende provar que não há palavras que venham de fora que possam atenuar tal dor. Essa impressão ganha ainda maior projeção em Depression, uma canção que conta com o contributo do acima referido Jason Schwartzman aka Coconut Records, amigo de infância de Ben e que tem também um clima condizente com a temática marcante do álbum, concentrando-se no triste evento que marca o período existencial mais recente de Ben, já que é um profundo e emotivo exercício de exorcização, assente num perfil sonoro eminentemente sintético.
No entanto, pouco depois, Optimystic, volta a inclinar o nosso âmago para o lado da luz, à boleia de uma efusiante composição, que coloca na linha da frente do seu edifício melódico a herança daquele garage rock noventista que nunca renega uma sempre indispensável radiofonia e que tem na salutar aspereza lo fi das guitarras e no vigor da bateria os seus grandes trunfos. Depois Killer Bee, tema que conta com a participação especial dos The Flaming Lips, os grandes responsáveis pela componente sonora da canção, apagam de novo as luzes, através de uma balada tremendamente intimista e emotiva, que pretende homenagear um outro evento trágico relacionado com um atropelamento, neste caso da artista canadiana Nell Smith, que faleceu com dezassete anos. Melodicamente intensa e inspirada, sonoramente, Killer Bee assenta num perfil eminentemente acústico, mas com origem em instrumentos eletrónicos, como seria de esperar numa criação assinada pela banda de Wayne Coyne.
É neste vaivém constante entre esperança e acomodação, aceitação e rejeição e luta e desespero, que desfila um verdadeiro festim de canções pop, umas vezes mais límpidas, noutros momentos ruidosas, mas sempre exemplarmente picotadas e fragmentadas, de modo a penetrarem, sem hesitação, no mais profundo no nosso subconsciente. Cover The Mirrors prova que Kweller comunica connosco através de um código específico, tal é a complexidade e a criatividade que estão plasmadas nas suas canções, usando como principal ferramenta alguns dos típicos traços identitários de uma espécie de folk psicadélica, com uma considerável vertente experimental associada, mas com a eletrónica sempre muito presente, servindo até para reproduzir muitos dos sons mais orgânicos que podemos escutar neste álbum. Além das guitarras, sintetizadores e teclados são também a matriz do arsenal bélico com que o artista nos sacode, enquanto materializa, na forma de música, visões alienadas de uma mente criativa que parece, em determinados períodos, ir além daquilo que ele vê, pensa e sente, algo perfeitamente natural tendo em conta a temática específica de um disco que certamente vai encher de orgulho Dorian Zev, esteja ele onde estiver. Espero que aprecies a sugestão...
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Hallelujah The Hills – It’s Undeniable
Os Hallelujah The Hills são uma banda indie de Boston, no Massachusetts, formada em dois mil e cinco por Ryan Walsh, ao qual se juntam atualmente, na formação, Elio DeLuca, Joe Marrett, Matt Brown, Eric Meyer, Brian Rutledge, Ryan Connelly. Estrearam-se em dois mil e sete com Collective Psychsis Begone, dois anos depois o sempre difícil segundo disco chamou-se Colonial Drones e chamaram a atenção da nossa redação em dois mil e doze com o registo No One Knows What Happens Next, um álbum que teve sucessor no dia treze de maio de dois mil e catorze, um trabalho intitulado Have You Ever Done Something Evil?, que contou com as participações especiais de Madeline Forster e Dave Drago e que também foi dissecado por cá.
Há cerca de um ano os Hallelujah The Hills regressaram ao nosso radar devido a Here Goes Nothing, um tema que contava com a participação especial vocal de Patrick Stickles aka Titus Andronicus e que encarnou uma contribuição do grupo para o seu projeto DECK, um compêndio de cinquenta e duas canções que teriam como propósito dar origem a quatro álbuns, com cada tema a corresponder a uma carta de um baralho convencional.
Agora, novamente em maio, mas de dois mil e vinte e cinco, o grupo reafirma a intenção de incubar DECK, registo que vai chegar aos escaparates a treze de junho com a chancela do consórcio Discrete Pageantry Records/Best Brother Records e, depois de no início do mês nos ter impressionado com Crush All Night, um single desse extenso e exaustivo trabalho, que contava com a participação especial vocal de Sad13, o projeto paralelo de Sadie Dupuis, líder dos Speedy Ortiz, volta a fazê-lo dias depois à boleia de It's Undeniable, uma canção vibrante, visceral, crua e imponente, conduzida por um baixo contundente, sobre o qual se acamam diversas guitarras, que, exalando um muito apetecível fuzz garageiro, oscilam entre efeitos metálicos ecoantes e distorções encharcadas em rugosidade e nostalgia, num resultado final que encarna uma espetacular simbiose entre garage rock, pós punk e rock clássico. Confere...
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Preoccupations – Ill At Ease
Pouco mais de dois anos depois do espetacular registo Arrangements, o projeto canadiano Preoccupations, formado por Matt Flegel, Mike Wallace, Scott Munro e Daniel Christiansen, que já se chamou Viet Cong ainda nesta vida e que tem estado permanentemente na linha da frente da reinvenção do rock, volta a distribuir jogo em dois mil e vinte e cinco com Ill At Ease, um alinhamento de oito canções que viu ontem a luz do dia, com a chancela da Born Losers, a etiqueta do próprio grupo, que cessou a sua ligação à Jagjaguwar.
Mestres em replicar um som de forte cariz urbano e industrial, um perfil interpretativo que ali, algures entre o apogeu do punk rock oitocentista e o enganador ocaso daquele krautrock que ganhou forma e sustento na década anterior, encarnado, à época, num vaivem transatlântico entre Berlim e a costa leste dos Estados Unidos, os Preoccupations são, claramente, um dos projetos mais excitantes da atualidade dentro do espetro sonoro em que se movimentam.
Neste seu novo álbum, logo no frenesim enleante e hipnótico de Focus, um tema vibrante, efusivo e repleto de efeitos sintéticos de forte cariz retro e com uma ímpar tonalidade abrasiva, os canadianos mostram, com vigor, ao que vêm e de que tempero se coze Ill At Ease, um alinhamento de oito canções que mostram o modo impressivo como os Preoccupations voltam a querer estar na vanguarda da indução de novas nuances e conceitos estilísticos a um género sonoro demasiado abrangente para se poder dizer que são diminutas as possibilidades de lhe acrescentar algo de novo e diferente.
De facto, logo nos diversos entalhes percurssivos que dão vida a Bastards, uma rapidinha rebelde encharcada em nostalgia e no modo como Ill At Ease, uma canção que reflete sobre aquela sensação que todos já experimentámos de acordarmos e ainda não sabermos muito bem se já acabámos de sonhar e que assenta a sua base melódica, apelativa e radiofónica, numa batida sintética abrasiva, que vai recebendo minuciosamente vários efeitos de elevado travo metálico e guitarras com elevada inspiração oitocentista, como convém a um projeto que coloca o pós punk na linha da frente, deixamos de duvidar que os Preoccupations estão de facto na vanguarda do renascimento de um tipo de sonoridade que diz muito à minha geração, mas que também encantará, certamente, todos aqueles que, não tendo vivido esses tempos, apreciam o modo como hoje também é possível transformar rispidez visceral em algo de extremamente sedutor e apelativo.
Até ao ocaso de Ill At Ease, as cordas ecoantes de Retrograde, inflamadas por diversos efeitos cavernosos, a epicidade fulgurante das guitarras abrasivas que sustentam Andromeda, a bateria seca e os entalhes metálicos que marcam Panic e as primorosas sintetizações que dão indispensável tempero às cordas efervescentes que sustentam dois prodígios melódicos encarnados chamados Sken e Krem2, ficamos convencidos da imponência de um disco transcendente e que fere porque atinge o âmago, mesmo que, a espaços, se sirva de uma matriz sonora algo esquizofrénica e fortemente combativa, mas que, no fundo, purifica e frutifica novos detalhes, nessa tal mistura exemplar entre post punk e shoegaze.
Não há, na música dos Preoccupations, uma busca pela indução no ouvinte de estados de alma límpidos, puros e aconchegantes e esse é, mesmo que alguns discordem, um dos grandes atributos deste projeto de Calgary. Ill At Ease é mais uma marca qualitativa de superior calibre desta permissa, porque traduz um saudável experimentalismo, feito à boleia de um exercício sonoro catárquico, onde reina uma certa megalomania e uma saudável monstruosidade agressiva, tudo isto aliado a um curioso sentido de estética, que fascina e seduz. Espero que aprecies a sugestão...
01. Focus
02. Bastards
03. Ill At Ease
04. Retrograde
05. Andromeda
06. Panic
07. Sken
08. Krem 2
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mutu - Estado Novo
Projeto bracarense formado em 2020, mutu é um quarteto heterogéneo no que respeita aos gostos e influências dos seus elementos. Da electrónica à música tradicional, passando pelo jazz, o psicadelismo, o fado e o post-rock, tudo se combina num tecido musicalmente moderno e minimalista encimado por uma voz evocativa de uma portugalidade de outrora, transmitindo mensagens que apelam a um sentido crítico sobre importantes problemáticas sociais.
Os mutu estrearam-se nos discos com o registo A Morte do Artista, que levaram a várias salas míticas do país, nomeadamente o Teatro Circo, o gnration, a Casa da Música e também constaram, o ano passado, do cartaz de vários festivais, nomeadamente o Paredes de Coura e o Primavera Sound, no Porto.
Agora, e já com promessa de disco novo para dois mil e vinte e seis, os mutu estão de regresso à estrada com uma digressão que passou há alguns dias pelo Festival Desecentrar em Este, nos arredores de Braga e que tem como próximos capítulos, o Maus Hábitos no Porto, a dezasseis de maio, Famalicão, no dia trinta de maio, Marinha Grande no dia cinco de setembro e, no dia seguinte, Ourém.
Para esta nova fornada de espetáculos os mutu levam na bagagem um novo single intitulado Estado Novo, que deverá fazer parte do segundo disco do grupo. Canção enleante, com um ímpar perfil clássico, mas sem dispensar uma salutar rugosidade e crueza e tendo como eixo central um piano hipnótico que depois vai recebendo sintetizações inebriantes e outros arranjos das mais variadas proveniências instrumentais, quer orgânicas, quer sintéticas, Estado Novo é um convite à resistência, de um discurso que os mutu consideram que se está a repetir nos dias de hoje por cá e que plasma um crescimento do ultranacionalismo e do fascismo vestido de novas cores, mas a carregar a mesma essência: medo, divisão e manipulação. Sem recursos de censura ou de uma polícia política, a propaganda espalha-se pelas redes sociais e pelos meios de comunicação, num discurso encoberto pelo patriotismo e pelo ódio ao diferente e às ideias novas. Confere...
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facebook @mutu.fb
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live @ primavera sound porto youtu.be/uA1_GezOHm0
showcase @ porta253 https://youtu.be/IHOGTCUdOVs
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Jaguar Sun – Thousand Down
Tem sido presença assídua recente neste espaço de crítica e divulgação sonora, um projeto a solo chamado Jaguar Sun, com origens em Ontário, no Canadá e encabeçado pelo multi-instrumentista Chris Minielly. É um músico que navega nas águas serenas de uma indie pop apimentada por paisagens ilidíacas e que começou por impressionar esta redação no verão de dois mil e vinte com This Empty Town, o disco de estreia, um trabalho que teve sucessor no ano seguinte, um disco com onze canções intitulado All We've Ever Known e que tinha a chancela da Born Losers Records.
Agora, cerca de quatro anos após o sempre dificil segundo disco, e já depois de ter divulgado os alguns singles nos últimos dois anos, nomeadamente os temas I Feel It, For You e Nothing Ever Stops Me, Jaguar Sun está de regresso ao nosso radar com uma nova canção intitulada Thousand Sun que carrega consigo o anúncio de um novo EP a lançar em breve breve e o terceiro disco do projeto, com data prevista de lançamento para dois mil e vinte e seis.
Thousand Sun é uma canção intensa e que tanto exala intimidade como expansividade e vigor. Melodicamente feliz, nela linhas de guitarra com um timbre texturalmente rico, intenso e impressivo e sintetizações simultaneamente cósmicas e delicadas, sustentam um instante de indie pop ecoante e psicadélico, que ressoa nos nossos ouvidos como uma espécie de celebração da persistência nas nossas convicções, um longo, revigorante e relaxante arfar, depois de um momento de esforço intenso e exaustivo. Confere...
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Night Moves – Hold On To Tonight
A dupla norte-americana Night Moves é formada por Micky Alfano e John Pelant, sendo este último o principal responsável pela escrita das canções neste projeto. Sedeados em Minneapolis, apostam todas as fichas numa espécie de mistura entre um country cósmico e o típico rock psicadélico, um caldeirão improvável, mas perfeito para incubar canções texturalmente ricas e que acabam por encarnar deliciosos tratados de epicidade e lisergia.
Essa deverá ser a filosofia sonora de Double Life, o novo disco do projeto, produzido por Jarvis Taveniere, um alinhamento de onze canções que vai chegar aos escaparates já a vinte e cinco de abril, com a chancela da Domino Recordings e que sucede ao álbum Can You Really Find Me que o projeto lançou em dois mil e dezanove.
Hold On To Tonight, a terceira canção do alinhamento de Double Life, é o mais recente avanço retirado do registo em formato single. Hold On To Tonight coloca a doce herança da melhor pop dos anos oitenta do século passado em declarado ponto de mira, principalmente no modo como melodicamente exala uma intensa radiofonia. Além disso, diversos efeitos de guitarra trespassam sintetizações ecoantes, num resultado final simultaneamente vibrante e acolhedor, onde não falta uma harmónica a dar um cunho ainda mais genuíno a uma verdadeira orgia lisérgica que nos catapulta também, e em simultâneo, para duas direções aparentemente opostas, a indie folk psicadélica e o rock experimental. Confere Hold On To Tonight e o artwork e a tracklist de Double Life...
Trying To Steal A Smile
Daytona
Hold On To Tonight
Almost Perfect
State Sponsored Psychosis
Ring My Bell
The Judge
White Liquor
The Abduction
This Time Tomorrow
Desperation
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Ben Kweller – Killer Bee
Natural de São Francisco, na Califórnia, o músico, cantor e compositor norte-americano Ben Kweller está finalmente de regresso aos discos com um alinhamento de doze canções intitulado Cover The Mirrors, um álbum que irá ver a luz do dia a trinta de maio, com a chancela da The Noise Company.
Cover The Mirrors conta com várias participações especiais de renome, nomeadamente Waxahatchee, MJ Lenderman, os The Flaming Lips e os Coconut Records de Jason Schwartzman. Será o primeiro disco lançado pelo artista de quarenta e três anos, depois da morte do seu filho, Dorian Zev, num acidente de viação em dos mil e vinte três, com a data de lançamento do álbum acima referida, a coincidir com o dia em que Zev faria dezanove anos de idade.
Optimystic, a sétima canção do alinhamento de Cover The Mirrors, foi o primeiro single revelado do disco, uma canção que esteve por cá em alta rotação no início do ano. Tratava-se de uma efusiante composição, que colocava na linha da frente do seu edifício melódico a herança daquele garage rock noventista que nunca renegava uma sempre indispensável radiofonia, mas que tinha na salutar aspereza lo fi das guitarras e no vigor da bateria os seus grandes trunfos.
No início de março partilhámos Depression, o quinto tema do alinhamento de Cover The Mirrors, uma canção que contava com o contributo do acima referido Jason Schwartzman aka Coconut Records, amigo de infância de Ben e que tinha um clima infelizmente mais condizente com a temática marcante do álbum e que se concentra no triste evento que marca o período existencial mais recente de Ben, já que era um profundo e emotivo exercício de exorcização, assente num perfil sonoro eminentemente sintético.
Agora, em pleno mês de abril, temos a possibilidade de escutar Killer Bee, tema que conta com a participação especial dos The Flaming Lips, os grandes responsáveis pela componente sonora da canção. Killer Bee é uma balada tremendamente intimista e emotiva, que pretende homenagear um outro evento trágico relacionado com um atropelamento, neste caso da artista canadiana Nell Smith, que faleceu com dezassete anos. Melodicamente intensa e inspirada, sonoramente, Killer Bee assenta num perfil eminentemente acústico, mas com origem em instrumentos eletrónicos, como seria de esperar numa criação assinada pela banda de Wayne Coyne. Confere...
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Black Moth Super Rainbow - Open The Fucking Fantasy
Sedeados na Pensilvânia, os norte-americanos Black Moth Super Rainbow são um dos nomes fundamentais do rock psicadélico deste milénio. Chamaram a nossa atenção em dois mil e dezoito com o registo Panic Blooms e estão de regresso com o sucessor, um alinhamento de dez canções intitulado Soft New Magic Dream, que vai ver a luz do dia em junho com a chancela da Rad Cult Recordings.
Open The Fucking Fantasy, a canção que abre o alinhamento de Soft New Magic Dream, é o primeiro single retirado de um disco que a banda descreve como uma coleção de canções de amor estranhas. É uma inebriante e lisérgica canção, alimentada por teclados cósmicos, um efeito vocal ecoante pleno de acidez e guitarras que consomem um combustível eletrificado que inflama raios flamejantes que cortam a direito, sem dó nem piedade. Confere Open The Fucking Fantasy e o artwork e a tracklist de Soft New Magic Dream...
Open The Fucking Fantasy
All 2 Of Us
Tastebud
Demon’s Glue
The Dripping Royalty
Brain Waster
The Eyes In Season
Unknown Potion
Wet Spot Dare
Sea Of Hair