man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Still Corners – Summer Nights
Pouco mais de meio ano depois do single The Creeps, a dupla britânica Still Corners está de regresso ao nosso radar com um novo tema intitulado Summer Nights, que poderá ser muito bem um declarado sinal de que está prestes o anúncio de um sucessor do excelente disco Dream Talk, que o projeto encabeçado por Greg Hughes e Tessa Murray lançou na primavera de dois mil e vinte e quatro.
Um baixo encorpado, uma bateria imponente e diversos arranjos eminentemente sintéticos, sustentam Summer Nights, canção assente num registo interpretativo ecoante e bastante envolvente, leve e sonhador, com um travo muito luminoso e sedutor, que acaba por ter um forte efeito lisérgico, ao mesmo tempo que nos convida a um anguloso abanar de ancas ao som de um recanto sonoro aconchegante, que pode muito bem ser a banda sonora perfeita para os finais de tarde de um verão que se tem revelado, dia após dia, esplendoroso. Confere...
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Blood Orange – The Field (Feat. The Durutti Column, Tariq Al-Sabir, Caroline Polachek, & Daniel Caesar)
Dev Hynes, aka Blood Orange, não é particularmente conhecido e apreciado pelos seus originais, tendo, ao longo da carreira, merecido mais relevo pela qualidade das remisturas que produz. No entanto, este músico, cantor, compositor e produtor musical inglês, mas que mora na cidade de Nova York, está ema alta na nossa redação devido a um inédito da sua autoria, um tema intitulado The Field, que conta com as participações especiais da cantora e compositora Caroline Polachek, dos cantores Tariq Al-Sabir, Daniel Caesar e Vini Reilly, líder dos The Durutti Column.
Pic by Vinca Peterson
The Field versa sobre a saudade e a melancolia, enquanto se debruça sobre o quanto é difícil superar um momento de dor profunda. É um extraordinário instante sonoro, que impressiona pelo modo arritmado como uma batida sintética se deixa envolver por teclados exageradamente felizes, vozes em coro que potenciam uma emotividade indisfarçável e, qual cereja no topo do bolo, uma secção de cordas recheada de arranjos esplendorosos de pianos e violoncelos e uma viola acústica que, quase sem se dar por isso, está aos comandos da construção melódica da composição que, se fecharmos os olhos durante a sua escuta, nos oferece aquele clima leve de fim de tarde de verão, rodeados dos melhores amigos, num cenário inspirador. Confere...
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Old Sea Brigade – If Love Was The Answer
Natural de Atlanta, na Georgia, mas a residir em Nashville, no Tennessee, Ben Cramer encabeça o projeto Old Sea Brigade, um dos nomes fundamentais da indie folk do lado de lá do atlântico. O artista prepara-se para lançar um novo EP intitulado If Only I Knew (Pt. 2), que irá ver a luz do dia a oito de agosto e que sucede ao registo 5am Paradise, que Cramer editou em dois mil e vinte e dois.
(pic by Laura Partain)
Deste novo EP de Old Sea Brigade já foram divulgados vários temas, nomeadamente According to Planned, Distant Skies e Green Tea, canção que contava com a contribuição especial vocal de Katie Pruitt, uma cantora que também é natural de Atlanta e que se debruçava sobre a força interior que todos precisamos de ter para seguir em frente sempre que perdemos alguém.
No ocaso de maio escutámos Speaking Of You, composição intimista, mas também com um perfil sonoro solarengo e encorajador e agora, cerca de cinco semanas depois, propomos a audição de If Love Was The Answer, mais um tema melodicamente intrincado, mas também bastante sedutor, como é norma em Cramer, que tem nos fundamentos da sua arquitetura interpretativa e estilística uma coabitação eficaz entre a melhor herança do cancioneiro norte-americano e a ascenção de uma instrumentação que também não coloca de parte um arsenal tecnológico sempre diversificado e sofisticado. Confere...
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Message To Bears – Half Light
Message To Bears é o nome do projeto a solo do cantor, compositor e multi-instrumentista inglês Jerome Alexander. Esta banda de um homem só estreou-se em 2007 com um EP que chamou a atenção pelo conteúdo um pouco confuso, com algumas distorções tímidas, violinos, ecos e susurros. Message To Bears encontrou um rumo mais definido no álbum seguinte, The Soul's Release, com uma sonoridade que passava pela pop atmosférica, a folk e o post rock, com destaque para as canções Joy Leaves, Cathing Fireflies e principalmente Where the Trees are Painted White. A esta promissora estreia nos álbuns sucedeu, em dois mil e nove, Departures, um disco ainda mais sólido, com melhor definição sonora e bastante hipnótico e, três anos depois, Jerome brindou-nos com Folding Leaves, um álbum surpreendente, rústico e orgânico, lançado pela Dead Pilot Records. Nessa altura Jerome mudou-se de Bristol para Londres, lançou mais dois discos e em dois mil e dezanove, já de regresso a Bristol, chamou a nossa atenção com Constants, o seu quinto longa duração, um alinhamento de onze canções emocionalmente poderosas e que foram um marco discográfico desse ano dentro do espetro sonoro em que se situa.
Agora, mais de meia década depois, Message to Bears está de regresso ao nosso radar com Half Light, um novo single, um lindíssimo instrumental que nos abre de par em par um portal de luz, magia e cor, incomparável a algo que faça parte do mundo concreto em que vivemos, tal é a magia, a força e o poder das sensações que espevita no mais íntimo de nós.
Em Half Light, canção claramente pensada com o intuíto de não passar despercebida, mesmo aos ouvidos mais incautos, Jerome combinou um piano sublime e diversas camadas de cordas, com elementos percurssivos eminentemente orgânicos e uma melodia sintetizada única, criando, assim, um ambiente aconchegante, difícil de definir, mas pleno de graciosidade, religiosidade e misticidade. Confere...
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Ólafur Arnalds e Talos – Bedrock (feat. Sandrayati)
Natural da belíssima Islândia, o compositor Ólafur Arnalds estreou-se em dois mil e sete com o disco Eulogy For Evolution, sendo um dos mais reputados compositores da atualidade. Combina música de orquestra com eletrónica, sempre com elevada elegância e com um cunho sentimental intenso. Estas serão certamente permissas muito presentes em A Drawning, um registo que vai chegar aos escaparates a onze de julho com a chancela do consórcio OPIA / Mercury KX.
A Drawing resultou de uma colaboração do músico irlandês com Eoin French, que assinava a sua música como Talos e que faleceu subitamente em agosto do ano passado, depois de doença prolongada. Ólafur e French tinham começado a incubar as oito canções de A Drawing no início de dois mil e vinte e três, quando ambos se conheceram no Safe Harbour Festival, que se realizou na cidade irlandesa de Cork, por intermédio de Mary Hickson, um amigo comum, que os incitou a comporem juntos.
O esqueleto das canções de A Drawning ficou pronto ainda antes do desaparecimento de French e Ólafur deu-lhes os retoques finais, que poderão ser contemplados por todos nós num álbum que vai ser, com toda a certeza, um marco discográfico do ano, no espetro da música clássica de perfil mais eletrónico e ambiental.
Essa certeza ficou logo patente em Signs, a segunda composição do alinhamento de A Drawning, o primeiro tema que os dois artistas criaram juntos e escolhido como single de apresentação do disco. Agora, cerca de três semanas depois de termos escutado Signs, uma canção sonoramente muito complexa e encantadora, desenvolvida dentro de uma ambientação essencialmente experimental e que exalava uma sensação única de beleza e de efeitos contrastantes dentro de nós, temos a possibilidade de conferir Bedrock, o terceiro tema do alinhamento de A Drawning e que conta com a participação especial de Sandrayati.
Bedrock é uma canção carregada de contrastes, um sereno, comovente e encantador minimalismo, feliz no modo como a voz da filipina Sandrayati se entranha com ímpar destreza no falsete imperturbável de Talos, em quase cinco minutos que enquanto nos convidam à reflexão e à interioridade, nos transportam para um oásis de sonho e tranquilidade. Confere...
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Mint Julep – Holding On
Quase década e meia depois do registo Save Your Season, a dupla norte-americana Mint Julep, natural de Portland, no Oregon e formada pelos irmãos Hollie e Keith Kenniff, está de regresso ao nosso radar devido a Holding On, um novo single desta dupla entusiasta da eletrónica, mas que também não renega a inclusão de alguns elementos acústicos nas suas criações sonoras.
É neste mescla feliz entre o orgânico e o sintético que assenta Holding On, tema alimentado por batidas sintéticas que mobilizam um delicioso fluxo dançante, apimentado pelo tom sóbrio da voz de Hollie e pelas guitarras e sintetizadores nebulosos de Keith, num resultado final suave e algo lisérgico, mas também bastante assertivo e cativante. Confere...
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Dan Mangan – Natural Light
O canadiano Dan Mangan está de regresso aos discos com Natural Light, o sétimo registo da carreira deste músico e compositor natural de Vancouver, que viu a luz do dia a dezasseis de maio com a chancela da Arts & Crafts. Trata-se, de acordo com o próprio autor, de uma coleção de canções de amor, pensadas para dar alguma cor e alento a um mundo claramente à beira do colapso.
Natural Light foi gravado integralmente, durante seis dias, numa cabana no meio de uma floresta, a sul de Ontário, com as contribuições especiais de Jason Haberman, Mike O’Brien and Don Kerr, habituais colaboradores de Mangan e que dividem com o protagonista os créditos da produção de um registo que foi misturado em Toronto.
Em treze canções, Natural Light oferece-nos um intimista, impressivo e tocante tratado de indie folk, repleto de canções melodicamente inspiradas e que têm no registo vocal rugoso, mas tremendamente realista de Mangan e na guitarra acústica, quase sempre enredada com diversos entalhes percussivos, de pendor essencialmente orgânico, as suas grandes traves mestras. Logo em It Might Be Raining fica bem impressa esta trama interpretativa, que depois mostra duas faces aparentemente opostoas, mas claramente complementares, no clima algo jazzístico de Diminishing Returns, dominado por uma guitarra encharcada com um delicioso travo blues e na infinita complacência tocante de I Hated Love Songs.
Natural Light pressegue e, canção após canção, o amor está sempre muito presente, sendo continuamente exaltado como algo demasiado precioso para ser desperdiçado, quando surge, com ou sem aviso. No Such Thing as Wasted Love contém esse apelo franco ao apego ao melhor dos sentimentos sem receios e My Dreams Are Getting Weirder, plasma as consequências do desperdício. Pelo meio, em Melody, enquanto Dan Mangan apoia-se na guitarra acústica para colocar todas as fichas num registo interpretativo que coloca em primeiro plano o adn que sustenta hoje a melhor indie folk contemporânea, oferecendo-nos uma composição melodicamente atraente e repleta de arranjos e orquestrações de cariz classicista, somos, uma vez mais inspirados a nunca duvidar do que sentimos, principalmente quando aquilo que nos move é genuíno e nasceu do mais profundo do nosso ser.
Quase sempre com a viola a dar o pontapé de saída das canções, à medida que Natural Light se desenvolve fica explícita a riqueza de ideias e a destreza e vigor dos arranjos que vão cirandando por pouco mais de quarenta e cinco minutos claramente reveladores da singularidade de um artista sonoramente inspirado e inspirador e que irradia uma luz que cativa instantaneamente qualquer ouvinte mais incauto. Espero que aprecies a sugestão...
01. It Might Be Raining
02. Diminishing Returns
03. I Hated Love Songs
04. Contained Free (Interlude)
05. No Such Thing As Wasted Love
06. Melody
07. My Dreams Are Getting Weirder
08. Soapbox
09. Cut The Brakes
10. For Him
11. Sound The Alarm
12. Proximity
13. Hit The Wall
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Old Sea Brigade – Speaking Of You
Natural de Atlanta, na Georgia, mas a residir em Nashville, no Tennessee, Ben Cramer encabeça o projeto Old Sea Brigade, um dos nomes fundamentais da indie folk do lado de lá do atlântico. O artista prepara-se para lançar um novo EP intitulado If Only I Knew (Pt. 2), que irá ver a luz do dia a oito de agosto e que sucede ao registo 5am Paradise, que Cramer editou em dois mil e vinte e dois.
(pic by Laura Partain)
Deste novo EP de Old Sea Brigade já foram divulgados vários temas , nomeadamente According to Planned, Distant Skies e, mais recentemente, Green Tea, canção que contava com a contribuição especial vocal de Katie Pruitt, uma cantora que também é natural de Atlanta e que se debruçava sobre a força interior que todos precisamos de ter para seguir em frente sempre que perdemos alguém.
Hoje temos para escutar Speaking Of You, composição intimista, mas também com um perfil sonoro solarengo e encorajador, com o piano e as cordas a tomarem as rédeas de um edifício melódico algo intrincado, mas também bastante sedutor, com a harmónica a ser a cereja no topo do bolo de uma canção que , como é norma em Cramer, tem nos fundamentos da sua arquitetura uma coabitação eficaz entre a melhor herança do cancioneiro norte-americano e a ascenção de uma instrumentação que também não coloca de parte um arsenal tecnológico sempre diversificado e sofisticado. Confere...
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Ólafur Arnalds e Talos – Signs
Natural da belíssima Islândia, o compositor Ólafur Arnalds estreou-se em dois mil e sete com o disco Eulogy For Evolution, sendo um dos mais reputados compositores da atualidade. Combina música de orquestra com eletrónica, sempre com elevada elegância e com um cunho sentimental intenso. Estas serão certamente permissas muito presentes em A Drawning, um registo que vai chegar aos escaparates a onze de julho com a chancela do consórcio OPIA / Mercury KX.
A Drawing resultou de uma colaboração do músico irlandês com Eoin French, que assinava a sua música como Talos e que faleceu subitamente em agosto do ano passado, depois de doença prolongada. Ólafur e French tinham começado a incubar as oito canções de A Drawing no início de dois mil e vinte e três, quando ambos se conheceram no Safe Harbour Festival, que se realizou na cidade irlandesa de Cork, por intermédio de Mary Hickson, um amigo comum, que os incitou a comporem juntos.
O esqueleto das canções ficou pronto ainda antes do desaparecimento de French e Ólafur deu-lhes os retoques finais, que poderão ser contemplados por todos nós num álbum que vai ser, com toda a certeza, um marco discográfico do ano, no espetro da música clássica de perfil mais eletrónico e ambiental. Essa é a ideia que nos sugere Signs, a segunda composição do alinhamento de A Drawing e o primeiro tema que os dois artistas criaram juntos. Signs é uma canção sonoramente muito complexa e encantadora, desenvolvida dentro de uma ambientação essencialmente experimental e que exala uma sensação única de beleza e de efeitos contrastantes dentro de nós. É um tema carregado de contrastes, no modo como as sintetizações e alguns elementos orgânicos se organizam e interagem num edifício melódico bastante inspirado e comovente, mas que nunca deixa de seguir uma linha condutora homogénea e coerente. Confere Signs e o artwork e a tracklist de A Drawing...
Shared Time
Signs
Bedrock feat. Sandrayati
west cork, 12 feb
Borrowed Time feat. Alexi Murdoch
A Dawning
for Steph
We Didn’t Know We Were Ready feat. Niamh Regan and Ye Vagabonds
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Old Sea Brigade – Green Tea (feat. Katie Pruitt)
Natural de Atlanta, na Georgia, mas a residir em Nashville, no Tennessee, Ben Cramer encabeça o projeto Old Sea Brigade, um dos nomes fundamentais da indie folk do lado de lá do atlântico. O artista prepara-se para lançar um novo EP intitulado If Only I Knew (Pt. 2), que irá ver a luz do dia a oito de agosto e que sucede ao registo 5am Paradise, que Cramer editou em dois mil e vinte e dois.
(pic by Laura Partain)
Deste novo EP de Old Sea Brigade já foram divulgados os temas According to Planned e Distant Skies. No entanto, o que nos chamou definitivamente a atenção foi o mais recente, uma composição intitulada Green Tea, que conta com a contribuição especial vocal de Katie Pruitt, uma cantora que também é natural de Atlanta. Debruçando-se sobre a força interior que todos precisamos de ter para seguir em frente sempre que perdemos alguém, Green Tea é uma canção intensa, envolvente e comovente, com cordas vibrantes e luminosas a conduzirem uma melodia que sabe à melhor indie folk que se pode ouvir atualmente, porque tem nos fundamentos da sua arquitetura uma coabitação eficaz entre a melhor herança do cancioneiro norte-americano muito sustentado nas cordas e a ascenção de uma instrumentação que também não coloca de parte um arsenal tecnológico cada vez mais diversificado e sofisticado. Confere...