man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Palace – Greyhound
Sedeados em Londres, os Palace são, desde dois mil e vinte e dois, ano em que nos ofereceram um grande momento discográfico intituladoShoals, uma das bandas mais queridas da nossa redação. Desde então têm estado aqui presentes, esporadicamente, com canções novas que vão divulgando com uma interessante frequência e que deram origem, o ano pasado, a dois EPs, Part I - When Everything Was Lost e Part II – Nightmares & Ice Cream, alinhamentos que catapultaram os Palace para territórios sonoros orquestralmente ainda mais ricos e intensos do que Shoals, o já referido registo de estreia.
Agora, no início de dois mil e vinte e cinco, os Palace voltam às luzes da ribalta com um novo single intitulado Greyhound, que marca o arranque de um editora da própria banda, uma etiqueta independente chamada Palace Presents, que vai passar a chancelar os futuros lançamentos do projeto londrino e de outros grupos que os Palace considerem que partilham alguns dos seus ideais.
Greyhound é também uma canção importante, porque assinala um outro anúncio, mais um EP dos Palace, que vai ver a luz do dia ainda este ano, mas ainda sem título ou alinhamento anunciados. Sonoramente, Greyhound é uma canção encharcada em emotividade, texturalmente rica, com várias nuances, induzidas por guitarras com um timbre metálico pronunciado, um registo percussivo eminentemente jazzístico e diversas sintetizações, pormenores que oferecem ao tema uma atraente e orgânica sensação de polimento e de charme, que não deixa o ouvinte indiferente. Confere...
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The Horrors – More Than Life
Sete anos depois de V, o último registo de originais do projeto, editado em dois mil e dezassete, os britânicos The Horrors estão finalmente de regresso aos nosso radar, com uma formação renovada e o anúncio de um novo álbum da banda para o início da primavera. O grupo, que mantém da formação original o líder e vocalista Faris Badwan e o baixista Rhys Webb, aos quais se juntam atualmente a teclista Amelia Kidd e o baterista Jordan Cobb, tem na forja um novo alinhamento de nove canções intitulado Night Life, que irá ver a luz do dia vinte e um de março, com a chancela da Fiction e da Universal.
The Silence That Remains foi, no início de outubro, o primeiro single que divulgámos do alinhamento de Night Life. Era uma canção que marcava o regresso dos The Horrors ao período inicial da sua carreira, já que punha todas as fichas num shoegaze experimental e lo-fi, que originou um excelente rock sombrio, experimental e gótico, de forte cariz oitocentista. Depois, há quase dois meses, conferimos o conteúdo sonoro de Trial By Fire, o segundo single do álbum, um tema com um clima bastante rugoso, vincadamente cavernoso, mas também com uma curiosa tonalidade enleante e até sensual.
Em dezembro chegou a vez de escutarmos Louts Eater, a terceira composição retirada do alinhamento de Night Life. Era uma canção marcada por uma vigorosa batida marcial sintética, que ia sendo adornada por diversas sintetizações cósmicas e planantes e que versava sobre a rapidez com que a vida passa por todos, reforçando a ideia de que não devemos ficar demasiado amarrados ao passado, em vez de usufruir do presente.
Agora, em pleno de janeiro, temos a oportunidade escutar a canção mais imponente, crua e abrasiva de todas aquelas que já foram revelados deste novo registo dos The Horrors. O tema chama-se More Than Life e impressiona pelo vigor percussivo, pelo modo enleante como as guitarras, de modo intenso, direto e envolvente, se acamam e se revezam no protagonismo, em mais de cinco minutos vibrantes, épicos e que aproximam o projeto de um salutar punk rock, além da já habitual tonalidade psicadélica e exeprimental que faz parte do adn deste projeto natural de Southend, no leste de Inglaterra e que More Than Life também exala. Confere...
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Califone – Every Amnesia Movie
Califone é o curioso nome com que foi batizada, há já cerca de duas décadas, uma das bandas mais interessantes do indie rock experimental norte-americano contemporâneo. Liderado por Tim Rulli, este projeto natural de Chicago ganhou enorme projeção quando em dois mil e nove criou, de raíz e integralmente, uma banda sonora e um filme que se complementavam, ambos intitulados All My Friends Are Funeral Singers. O argumento do filme e a realização do mesmo tiveram, portanto, a assinatura do próprio Tim Rulli e a história girava em torno de uma mulher que vivia sozinha numa floresta, atormentada por diversos problemas psíquicos.
Em dois mil e vinte e três os Califone entraram no nosso radar devido a villagers, um registo do projeto que teve a chancela da Jealous Butcher Records e que tem finalmente sucessor. Trata-se de um álbum intitulado The Villagers Companion, nove canções que vão ver a uz do dia a vinte e um de fevereiro e que, como o próprio nome do disco indica, deverão ser, tematicamente, uma espécie de continuação da saga sonora iniciada com o álbum editado há dois anos.
Every Amnesia Movie, o tema que abre o alinhamento de The Villagers Companion, é o primeiro single editado do registo. Trata-se de uma curiosa e algo hipnótica composição, com um perfil minimalista bastante orgânico, apimentadamente jazzístico e algo cru e que não deixa de exalar um perfil sonoramente bastante rico, já que, nos seus pouco mais de três minutos, dançam entre si e se misturam com destreza, variadas nuances, essencialmente percussivas, ora eletrónicas ora acústicas. É uma interação instrumental de forte cariz experimental, como é típico nos Califone e que também impressiona pelo clima simultaneamente lisérgico e nostálgico. Confere...
Every Amnesia Movie
Burn The Sheets.Bleach The Books
A Blood Red Corduroy 3 Piece Suit
Jaco Pastorius
Gas Station Roller Doggs
Antenna Mtn Death Blanket
The Bullet B4 The Sound
Family Swan
Crazy As A Loon
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bdrmm – Infinity Peaking
É já a vinte e oito de fevereiro que chega aos escaparates Microtonic, o terceiro disco de originais dos britânicos bdrmm de Ryan Smith, Jordan Smith, Joe Vickers, Danny Hull e Luke Irvin. Microtonic irá suceder ao álbum I Don't Know, que a banda natural de Hull lançou no verão de dois mil e vinte e três, depois de se terem estreado no formato longa duração com o registo Bedroom, em dois mil e vinte.
pic by Stew Baxter
Gravado com a ajuda de Alex Greaves, habitual colaborador dos bdrmm, Microtonic terá a chancela da Rock Action, etiqueta dos Mogwai e conta com os contributos de nomes como Sydney Minsky Sargeant dos Working Men’s Club e Olivesque dos Nightbus. John On The Ceiling foi, como certamente se recordam, o primeiro single divulgado do alinhamento de dez canções do disco, um tema que esteve em alta rotação por cá no passado mês de novembro e que assentava em diversas camadas de sintetizações, loopings e uma batida frenética, que se entrelaçavam e se sobrepunham, criando um clima dançante e algo distinto daquela suja nostalgia que marcou as primeiras propostas do projeto.
Agora, em pleno janeiro de dois mil e vinte e cinco, chega a vez de conferirmos o single Infinite Peaking, uma canção que, algures entre o dramático e o épico, nos oferece mais de cinco minutos exemplarmente burilados com guitarras ecoantes, sintetizadores cósmicos e repletos de detalhes e nuances muitas vezes quase indecifráveis e um registo percussivo vibrante, oferecendo ao nosso ouvido mais um amigável confronto entre o rock alternativo de cariz mais lo fi e o chamado shoegaze psicadélico. Confere...
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Frog Eyes – I See The Same Things
Os canadianos Frog Eyes de Carey Mercer, Melanie Campbell e Shyla Seller estrearam-se nos lançamentos discográficos em dois mil e dez com o registo Paul's Tomb, que foi aclamado pela crítica, mas surpreenderam negativamente os seus fãs em dois mil e dezoito quando anunciaram a separação. No entanto, voltaram a juntar-se quatro anos depois, na ressaca da pandemia, tendo lançado em dois mil e vinte e dois o disco The Bees. Quase no ocaso de dois mil e vinte e quatro, voltam a dar sinal de vida com um novo single intitulado E-E-Y-O-R-E (That’s Me!), tema que, como certamente se recordam, chamou a atenção da nossa redação.
Algumas semanas depois de E-E-Y-O-R-E (That’s Me!), este grupo natural de Vitória acaba de anunciar o sucessor de The Bees. É um disco intituado The Open Up, que chegará aos escaparates a sete de março próximo, com a chancela da Paper Bag Recordings e que terá um alinhamento de dez canções. Nelas figurará E-E-Y-O-R-E (That’s Me!) e I See The Same Things, a mais recente composição retirada do álbum em formato single.
I See The Same Things é uma composição de forte pendor experimental, que coloca o projeto nos trilhos de um indie rock melancólico e algo satírico no modo como, tematicamente, aborda o mundo digital. É uma canção com uma considerável tonalidade psicadélica, conferida por guitarras com um forte travo metálico, um piano insinuante que induz à canção um curioso perfil charmoso e uma bateria ímpar no modo como oferece ao tema diversas variações, quer de ritmo, quer de intensidade. O resultado final é envolvente e não deixa de exalar uma eficaz sensação reflexiva. Confere I See The Same Things e a tracklist de The Open Up...
Television, A Ghost In My Head
E-E-Y-O-R-E (That’s Me!)
I Walk Out Of There (Ambulance Song)
Put A Little Light On The Wretch That Is Me
I’m A Little At A Loss
I See the Same Things
Adam Is My Brother’s Friend
Chin Up
Trash Crab
The Open Up Dream On A Lost Receipt
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Destroyer – Bologna (feat. Simone Schmidt)
O projeto canadiano Destroyer, encabeçado por Dan Bejar, foi uma das sensações discográficas da primavera de dois mil e vinte e dois com, imagine-se, o décimo quarto registo discográfico do projeto, um álbum intitulado Labyrinthitis, que teve a chancela da Merge Records e que figurou na décima sétima posição da lista dos vinte melhores álbuns desse ano para a nossa redação.
Agora, quase três anos depois de Labyrinthitis, Dan Bejar volta à carga com o anúncio de um novo álbum com nove canções intitulado Dan's Boogie, um registo que irá chegar aos escaparates em março e que tem em Bologna, a quinta canção do seu alinhamento, o primeiro single retirado do registo.
Com a participação especial vocal de Simone Schmidt, cantora no projeto Fiver, Bologna é uma canção que sobrevive há custa de uma elevada riqueza detalhística, ora abrasiva e cavernosa, ora cósmica e que, tendo origens orgânicas e sintéticas, deambula em redor de uma bateria enleante, um piano que se vai insinuando amiúde, mas sempre no momento certo e na frieza de um baixo que acama e sustenta toda uma trama instrumental intrincada e com indisfarçável travo jazzístico. Bologna é, em suma, uma obra muito orgânica, repleta de contrastes, nuances e amálgamas exemplarmente tricotadas e agregadas e que encarna aquela filosofia enigmática e intrincada, tão do agrado deste autor canadiano. Confere Bologna e o artwork e a tracklist de Dan's Boogie...
01 The Same Thing as Nothing at All
02 Hydroplaning Off the Edge of the World
03 The Ignoramus of Love
04 Dan’s Boogie
05 Bologna (ft. Fiver)
06 I Materialize
07 Sun Meet Snow
08 Cataract Light
09 Travel Light
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Wallows – Your New Favorite Song
Os Wallows têm a sua génese em Los Angeles há pouco mais de meia década e são atualmente formados por Dylan Minnette, Braeden Lemasters e Cole Preston. Logo em dois mil e dezassete começaram a divulgar música com o single Pleaser, que alcançou centenas de milhar de audições nas plataformas digitais, o que lhes valeu a atenção de Atlantic Records e um contrato com essa editora. Spring foi o título do EP de estreia do projeto, em dois mil e dezoito e o primeiro longa duração, Nothing Happens, chegou no ano seguinte, tendo como grande destaque do seu alinhamento o single Are You Bored Yet?.
A sequência discográfica ganhou nova vida em dois mil e vinte com o EP Remote, do qual fazia parte uma melancólica canção intitulada Wish Me Luck e que encerrava o alinhamento do registo. No início do outono de dois mil e vinte e um, os Wallows voltaram à carga com um single intitulado I Don’t Want to Talk, uma canção sobre inseguranças, que antecipou o segundo registo dos Wallows, um trabalho intitulado Tell Me That It's Over, que chegou aos escaparares a vinte e cinco de março desse ano e que teve sucessor o ano passado com Model, o terceiro álbum dos Wallows, um registo produzido por John Congleton e que teve a chancela da Atlantic Records.
Agora, no arranque de dois mil e vinte e cinco, o trio volta à carga com um novo single intitulado Your New Favorite Song. É um tema que sonoramente assenta num indie rock de superior calibre, que tem a sua génese num guitarra metálica vibrante, que depois recebe um trompete faustoso e uma bateria complacente, com o piano a ser a cereja no topo do bolo de uma canção solarenga e, ao mesmo tempo, intimista e tremendamente acolhedora. Confere...
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bombazine - Até três
Formados em dois mil e vinte e dois, os bombazine são uma banda lisboeta de indie pop rock, formada por Filipe Andrade (baixo), Manuel Figueiredo (teclas), Manuel Granate (bateria), Manuel Protásio (guitarra) e Vasco Granate (voz/guitarra). Estrearam-se em abril do ano passado com um EP intitulado Grã-Matina e lançaram há algumas semanas atrás o seu primeiro longa duração, um alinhamento de nove canções intitulado Samba Celta, produzido e misturado por João Sampayo, masterizado por Miguel Pinheiro Marques e que conta com a participação dos músicos Fernão Biu (sopros), Sofia Ribeiro de Faria (violinos), Inérzio Macome (violoncelo) João Sampaio (percussões, coros) e Quica Granate (coros).
Já foram extraídos vários singles do alinhamento de Samba Celta. O mais recente é Até Três, o terceiro tema do alinhamento do álbum. É uma canção alegre e festiva, que conta com as participações especiais de Fernão Biu (Zarco, Conjunto Cuca Monga) no clarinete e Sofia Ribeiro de Faria, nos violinos. Até Três contém um registo percussivo eminentemente sintético, que encarna um groove revigorante, com uma guitarra vibrante e diversos sopros e cordas a fazerem mergulhar o ouvinte numa atmosfera sonora simultaneamente despreocupada e reflexiva.
Confere Até Três e se quiseres ver os bombazine ao vivo tens a portunidade o fazer no Musicbox, em Lisboa, no dia oito de fevereiro, no Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural, na cidade do Porto no dia vinte e um de fevereiro, na SHE em Évora, no dia cinco de abril, no Texas Bar em Leiria, no dia doze de abril e na Casa do Artista Amador, em Famalicão, no dia dezasseis de maio. Pelo meio a banda vai participar nas meias-finais do Festival da Canção, no dia um de março.
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Panda Bear – Ferry Lady
Será a vinte e oito de fevereiro que vai chegar aos escaparates Sinister Grift, o sétimo álbum de estúdio do músico norte-americano Panda Bear, registo que sucede ao aclamado Buoys, de dois mil e dezanove e que será, certamente, mais um vigoroso passo em frente na carreira a solo de Noah Lennox, um músico natural de Baltimore, no Maryland e a residir em Lisboa e um dos nomes obrigatórios da indie pop e daquele rock mais experimental e alternativo que se deixa cruzar por uma elevada componente sintética, sempre com uma ímpar contemporaneidade e enorme bom gosto.
Chris Shonting
Produzido por Josh “Deakin” Dibb, colega de Noah nos Animal Collective, Sinister Grift terá a chancela da Domino Recordings e Defense foi, como certamente se recordam, o primeiro single retirado do seu alinhamento de dez canções, tendo estado em alta rotação nesta redação e neste espaço de crítica musica durante o passado mês de outubro. Era uma canção que contava com a participação especial do canadiano Cindy Lee e que nos ofereceu um verdadeiro tratado de indie pop que, não deixando de exalar um certo travo cósmico, continha também um charme e um travo sedutor marcantes.
Agora chega a vez de conferirmos Ferry Lady, o sexto tema do alinhamento de Defense. É uma composição que reflete sobre o fim das relações e a necessidade de olhar em frente e com um perfil sonoro eminentemente psicadélico. Diversas sintetizações abrasivas e imponentes trompetes, cruzam-se com curiosos elementos percussivos com um travo tribal insinuante e com algumas cordas com um dedilhar vibrante, num resultado final algo inquietante e, ao mesmo tempo, hipnótico. Confere Ferry Lady e o vídeo da canção assinado por Danny Perez...
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Luke Sital-Singh – Still Young
O britânico Luke Sital-Singh, um artista muito querido para a nossa redação, lançou em setembro de dois mil e vinte e dois um excelente disco intitulado Dressing Like A Stranger, disponivel no bandcamp do artista, um alinhamento de onze canções que plasmavam de modo tremendamente fiel o espírito intimista e profundamente reflexivo deste artista e o habitual misticismo e inocência da sua filosofia sonora.
Agora, pouco mais de três anos depois desse registo, Luke Sital-Singh está de regresso aos discos com um alinahmento de onze canções intitulado Fool's Spring, que vai ver a luz do dia a vinte e um de fevereiro próximo, com a chancela da Nettwerk Music.
Já passaram por esta redação alguns dos temas que irão fazer parte do alinhamento de Fool's Spring, nomeadamente Saint And Thief, uma composição melodicamente rica e sonoramente bastante luminosa e Santa Fe, um tema que conta com a participação especial de Lisa Hannigan. Agora chega a vez de conferirmos Still Young, a canção que abre o alinhamento do álbum. Still Young tem o seu sustento em cordas acústicas dedilhadas com astúcia, que depois recebem uma explosão sónica sintética, que rapidamente se retira para voltar a oferecer o protagonismo do tema à viola e ao inconfundível falsete adocicado de Luke. Confere...