man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Wussy – Sure As The Sun
O rock envolvente, melancólico e algo sombrio dos norte-americanos Wussy está de regresso em dois mil e vinte e quatro com um disco intitulado Cincinnati Ohio e dois EPs,The Great Divide and Cellar Door, três lançamentos em simultâneo que vão ver a luz do dia a quinze de novembro e que terão a chancela da Shake It Records.
Sure As The Sun é o mais recente single divulgado do alinhamento de Cincinnati Ohio. Canção conduzida por uma guitarra com um timbre rugoso e cru, que vai acamando algumas cordas acústicas, uma distorção cavernosa e diversos efeitos que vão aumentando de intensidade, Sure As The Sun condensa todo o cardápio que sustenta o melhor adn deste quinteto formado por Chuck Cleaver, antigo líder dos Ass Ponys e Lisa Walker, Mark Messerly, Joe Klug e John Erhardt e que sempre buscou texturas sonoras abertas, melódicas e expansivas, mas onde o ruído e o pendor lo fi são também traves mestras da sua filosofia sonora. Confere...
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Cloud Nothings – Running Through The Campus
Como certamente se recrodam, em novembro último divulgámos um tema intitulado Final Summer, assinado pelos Cloud Nothings de Dylan Baldi, Jayson Gerycz e Chris Brown, um dos expoentes do punk, emo e hardcore norte-americanos. Três meses depois a banda de Cleveland, no Ohio, está de regresso com o anúncio de um novo álbum, um alinhamento de dez canções que se chamará exatamente Final Summer e que marcará a estreia do trio no catálogo da etiqueta Pure Noise Records.
Final Summer será o oitavo disco da carreira dos Cloud Nothings, irá ver a luz do dia a dezanove de abril e foi gravado com a ajuda do produtor Jeff Zeigler, habitual colaborador de Kurt Vile e dos War On Drugs e misturado por Sarah Tudzin.
Running Through The Campus é o primeiro single divulgado do alinhamento de Final Summer. É uma canção jovial e que plasma alguns dos melhores ingredientes daquele indie rock alternativo noventista, conduzido por guitarras cruas, encharcadas em efeitos metálicos exuberantes e com um forte pendor imediatista e orgânico. Além disso, esta canção está também imbebida numa indesmentível destreza melódica, enquanto procura, sem receios, uma elevada faceta radiofónica. Confere Running Through The Campus e o artwork e a tracklist de Final Summer...
01 Final Summer
02 Daggers of Light
03 I’d Get Along
04 Mouse Policy
05 Silence
06 Running Through The Campus
07 The Golden Halo
08 Thank Me For Playing
09 On The Chain
10 Common Mistake
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The Black Keys – Beautiful People (Stay High)
Ohio Players é o curioso título do novo disco dupla The Black Keys de Dan Auerbach e Patrick Carney, natural de Akron, no Ohio. Sucede a Delta Kream, um delicioso alinhamento de versões, que viu a luz do dia em maio de dois mil e vinte e um e que, à época, pretendeu homenagear grandes nomes do hill country blues do norte do Mississippi, nomeadamente R. L. Burnside e Junior Kimbrough, John Lee Hooker, Mississippi Fred McDowell, Big Joe Williams e Ranie Burnette, entre outros.
Décimo primeiro registo da carreira dos The Black Keys, Ohio Players, cujo nome é inspirado numa lendária banda funk de Dayton com esse nome, pretende, de acordo com a dupla, materializar e celebrar as raízes sonoras que fizeram com que este projeto nascesse há já duas décadas.
O álbum irá ver a luz do dia a cinco de abril, com a chancela da Nonesuch e Beautiful People (Stay High) é o primeiro tema divulgado de um alinhamento que irá ter como convidados especiais nomes tão proeminentes como Beck, Dan The Automator, que participam nesta canção Beautiful People (Stay High) e Noel Gallagher e Greg Kurstin.
No groove firme das guitarras, cada nota de Beautiful People (Stay High) e todos os seus acordes, plasmam o modo como diversão e entretenimento foram, certamente, sensações muito presentes no estúdio durante a gravação de um tema que replica um som maduro, quente, vibrante e enfumarado, como se exige a um tratado de blues rock com charme e personalidade. Confere...
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Sun Kil Moon – Christmas In New Orleans
Como tem sido hábito neste blogue nos últimos dias, temos vindo a apresentar temas relacionados com esta época tão especial que estamos já a viver, o Natal, sejam versões de clássicos, ou originais escritos propositadamente para a ocasião. Esta é já uma tradição porque vamos sempre, ano após ano, divulgando algumas das propostas mais interessantes do género, que podem também se materializar no formato programa de rádio deste blogue, que vai para o ar todas as semanas, na Paivense FM.
Para encerrar esta demanda natalícia, a proposta que temos hoje é da autoria de Sun Kil Moon, o projeto atual do cantor e compositor Mark Kozelek, que ficou conhecido por ter sido o líder dos carismáticos Red House Painters. Sun Kil Moon encontra então Kozelek ao volante de uma banda que se estreou em dois mil e três com o fabuloso disco Ghosts of the Great Highway, e que teve, há dois anos, um trabalho intitulado Welcome To Sparks, em alta rotação na nossa redação durante um longo período de tempo.
A canção de Natal que Sun Kil Moon incubou chama-se Christmas In New Orleans e, como é habitual em Kozelek, encarna um belíssimo compêndio de folk acústica onde a simplicidade melódica coexiste com uma densidade sonora suave que transborda uma majestosa e luminosa melancolia, que sabe tremendamente bem nesta altura do ano. Confere...
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Cloud Nothings – Final Summer
Dois anos e meio depois de The Shadow I Remember, o sétimo disco da carreira do grupo de Cleveland, no Ohio, os Cloud Nothings de Dylan Baldi, Jayson Gerycz e Chris Brown e um dos expoentes do punk, emo e hardcore norte-americanos, estão de regresso com um novo tema intitulado Final Summer, composição que marca a estreia do trio no catálogo da etiqueta Pure Noise Records.
Final Summer tem todos os ingredientes que caraterizam o adn dos Cloud Nothings. É uma canção conduzida por guitarras cruas e com um forte pendor imediatista e orgânico, mas também imbebidas numa indesmentível destreza melódica, que rapidamente resvala para um turbilhão de visceralidade e imponência únicos. É um hardcore efusiante e visceral, gravado em parceria com Jeff Zeigler, misturado por Sarah Tudzin e masterizado por Jack Callahan. Confere...
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Guided By Voices - Tremblers and Goggles by Rank
Os Guided By Voices de Robert Pollard não param de editar discos, principalmente desde que prometeram, há alguns anos atrás, que iriam oferecer aos ouvintes três álbuns por ano. Assim, têm já nos escaparates mais um registo de originais intitulado Tremblers and Goggles by Rank, um tomo de dez canções que é, imagine-se, o décimo quarto trabalho que esta banda icónica, natural do Ohio, lança desde mil novecentos e noventa e seis.
Robert Pollard e os Guided by Voices são, sem dúvida nenhuma, uma máquina extremamente bem oleada e que, dentro de um espetro sonoro que se pode caraterizar por uma espécie de súmula entre o garage rock e o art punk, continuam a provar ser dignos de relevância e merecedores de odes significativas, enquanto analisam e criticam, com uma angulosa assertividade poética, diga-se, esta contemporaneidade que é, para Pollard, um manancial crítico infindável.
Como seria de esperar, porque um dos grandes atributos dos Guided By Voices, são uma, quanto a mim, salutar previsibilidade e uma sempre ímpar coerência, é o rock no seu estado mais genuíno que sustenta o arquétipo sonoro de Tremblers and Goggles by Rank, como se percebe logo em Lizard on the Red Brick Wall, um portento de ruído e vigor, só ao alcance de verdadeiros mestres da arte de criar canções que conseguem manter à tona uma forte sensibilidade melódica, mesmo que estejam encharcadas em riffs de guitarra irascíveis e linhas de baixo quase descontroladas. É um rock que ganha luminosidade e um cunho nostálgico noventista colegial intenso em Alex Bell e que, em Unproductive Funk, atinge territórios ditos mais progressivos e até psicadélicos, mas sem nunca abafar a filosofia fundamental, quer do disco, quer do adn de quem o criou.
Tremblers and Goggles by Rank tem, como se percebe, um início auspicioso e ímpar, que eleva, desde o primeiro minuto, o registo para patamares qualitativos de excelência, que depois se mantêm firmes, à boleia do piscar de olhos aquele rock mais boémio e descontraído que é feito em Roosevelt Marching Band e que não se descontrola nunca, mesmo nas interseções rítmicas que abastecem o frenesim de Goggles by Rank. Outro tema curioso do disco é Cartoon Fashion (Bongo Lake), tema que sabe a uma descarada e feliz homenagem ao melhor catálogo de uma certa banda liderada por Eddie Vedder que fez furor na última década do século passado, canção que, juntamente com a falsa acusticidade de Boomerang, comprova que passado e futuro e etiquetas temporais são realidades desprezadas por Pollard na hora de compôr, sendo este, talvez, o elogio maior que se pode fazer a um disco que não merece, em nenhuma circunstância ser datado, a não ser quando fizer parte do catálogo dos grandes momentos discográficos de dois mil e vinte e dois. Espero que aprecies a sugestão...
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The Afghan Whigs – The Getaway
How Do You Burn? é o título do novo registo de originais dos The Afghan Whigs de Greg Dulli, o nono disco da banda norte-americana natural de Cincinnati, no Ohio, um estrondoso projeto em atividade desde mil novecentos e oitenta e seis e já com uma reputação mítica no universo sonoro indie e alternativo, das últimas quatro décadas.
How Do You Burn? irá ver a luz do dia a nove de setembro à boleia do consórcio Royal Cream/BMG e sucede aos registos Do To The Beast (2014) e In Spades (2017), álbuns que marcaram uma nova fase da banda depois de um longo hiato, durante parte da primeira década deste milénio. O disco contém dez canções que começaram a ganhar forma em setembro de dois mil e vinte, com a questão pandémica a ter um papel decisivo no modus operandi do processo de gravação.
As composições deste disco, cujos créditos assinalarão as participações especiais do falecido Mark Lanegan, de Susan Marshall, Van Hunt, Marcy Mays, Stevie Nicks e Lindsey Buckingham, foram gravadas em diferentes estúdios, nomeadamente na Califórnia, onde estiveram Dulli, o baterista Patrick Keeler e o produtor Christopher Thorn e em nova Jersey, Nova Orleães e Cincinnati, locais onde o guitarrista Jon Skibic, o baixista John Curley e o multi-instrumentista Rick Nelson, gravaram as suas contribuições para o posterior processo de mistura e produção.
The Getaway é o primeiro single revelado de How Do You Burn?, uma composição que assenta os seus pilares naquele rock eminentemente denso, mas com elevada sagacidade melódica, um rock carregado com guitarras poderosas e incisivas que não descuram uma faceta psicadélica que se aplaude e que é reforçada pela presença infatigável e marcante da clássica bateria. É, em suma, uma canção onde as cordas e a voz de Dulli ajudam a transportar-nos para paisagens áridas e quentes, como se exige a um bom tema dos The Afghan Whigs. Confere The Getaway e a tracklist de How Do You Burn?...
I’ll Make You See God
The Getaway
Catch A Colt
Jyja
Please, Baby, Please
A Line Of Shots
Domino and Jimmy
Take Me There
Concealer
In Flames
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Joshua Radin – Happy Christmas (War Is Over)
Natural de Cleveland, no Ohio, o norte-americano Joshua Radin tem já sete álbuns no seu catálogo, sendo um dos nomes mais proeminentes da folk contemporânea do outro lado do atlântico. Todos certamente se recordam de canções como Winter, I'd Rather Be With You, Brand New Day, ou Lovely Tonight, verdadeiros tratados de charme e emotividade e que deverão fazer parte de qualquer compilação da melhor folk norte-americana das últimas duas décadas.
Joshua Radin está por estes dias no nosso radar devido a uma fantástica versão que fez de Happy Christmas (War Is Over), uma canção da autoria cantor e compositor John Lennon. Este tema icónico do ex-Beatle foi lançado em mil novecentos e setenta e um como single do grupo Plastic Ono Band. Era originalmente uma canção de protesto sobre a Guerra no Vietname, mas tornou-se um popular tema de Natal e, através de um exemplar desempenho, quer vocal, quer instrumental, Joshua Radin conseguiu dar-lhe um cunho particularmente intimista e familiar. Confere...
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Cloud Nothings - The Shadow I Remember
Os Cloud Nothings de Dylan Baldi, Jayson Gerycz, TJ Duke e Chris Brown regressaram recentemente aos discos com The Shadow I Remember, o sétimo disco da carreira do grupo de Cleveland, no Ohio. O complicado período pandémico que vivemos tem inspirado com particular relevância este grupo, que lançou no último verão um trabalho intitulado The Black Hole Understands, alinhamento disponível em exclusivo na plataforma de streaming e compra digital bandcamp e que na altura sucedeu ao excelente Last Building Burning, um álbum datado de dois mil e dezoito e que nos ofereceu oito canções impregnadas com um excelente indie rock lo fi, abrigadas pela insuspeita Carpark Records e um regalo para os ouvidos de todos aqueles que, como eu, seguem com particular devoção este subgénero do indie rock.
Agora, em dois mil e vinte e um, um dos grupos mais relevantes do indie rock norte-americano da última década, volta a demonstrar com elevado nível de impressionismo a sua força criativa, num alinhamento de onze composições conduzidas pela crueza das guitarras, mas também por uma indesmentível destreza melódica, como se percebe logo em Oslo, canção que começa numa espécie de limbo entre epicidade e melancolia, mas que rapidamente resvala para um turbilhão de visceralidade e imponência únicos.
De facto, e dado esse mote, em pouco mais de trinta minutos, temos um disco repleto de distorções inebriantes, guitarras debitadas em camadas de rugosidade e amplitude elétrica, com Baldy a acomodar-se quase sempre às mesmas e à mestria percurssiva de Jayson Gerycz, à frente de uma bateria que não receia plasmar, em simultâneo, raiva e quietude, com um registo interpretativo vocal pleno de angústia, mas também rebeldia e ferocidade, enquanto desabafa conflitos interiores e experiências sentimentais. Esta trama não belisca, no entanto, uma faceta de acessibilidade e imediatismo que o disco contém, não sendo um trabalho de audição demasiado complicada ou intrigante.
The Shadow I Remember é, em suma, um cardápio feito de experimentações sujas que procuram conciliar uma componente lo fi com a surf music e o garage rock, numa embalagem caseira e íntima e que não coloca em causa o adn sonoro identitário dos Cloud Nothings, sendo também um compêndio onde pujança, crueza e até uma certa monumentalidade, caminham de mãos dadas e num patamar superior de maturidade, relativamente à herança do projeto. Espero que aprecies a sugestão...
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Saintseneca – All You’ve Got Is Everyone
Os norte americanos Saintseneca, uma banda natural de Columbus, no Ohio e liderada por Zac Little, não davam sinais de vida desde o single Winter Breaking, editado em dezembro de dois mil e dezanove. E quanto a discos, o último foi Pillar Of Na, já com três anos de existência. Agora, em fevereiro de dois mil e vinte e um, voltam à carga com umsingle intitulado All You've Got Is Everyone que, infelizmente, não traz atrelado o anúncio de um novo longa duração do projeto.
Um baixo vibrante e, além de percurssor rítmico, também o grande condutor melódico da composição, em redor do qual cordas acústicas, uma guitarra com um pronunciado timbre metálico e um piano insinuante deambulam, é o eixo central deste All You've Got Is Everyone, uma canção assente num rock rugoso e direto de primeira água, um delicioso exercício experimental, buliçoso e pleno de luz. Confere...