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Sun Kil Moon – Wolves

Sexta-feira, 25.04.25

Natural da pequena localidade de Massillon, no Ohio, Sun Kil Moon é o nome do projeto atual a solo do cantor e compositor Mark Kozelek, que ficou conhecido por ter sido o líder dos carismáticos Red House Painters. Este é um dos projetos que constam na listagem da melhor indie folk contemporânea e um dos mais queridos para a nossa redação. Cada novidade de Sun Kil Moon é tragada por cá com delícia e minúcia, algo a que não foge à regra Wolves, um novo single do artista, que surge no nosso radar pouco mais de um mês depois de termos conferido Birthday Girl, um delicioso compêndio de três canções, em formato EP, que tinha a chancela da Caldo Verde Records.

Sun Kil Moon Tickets, 2025 Concert Tour Dates | Ticketmaster

Assim que começamos a escutar a guitarra e a bateria que introduzem Wolves, composição incubada a meias com o coletivo Amoeba, ficamos boquiabertos com o perfil tremendamente jazzístico, boémio e claramente experimental de uma canção que, logo nos primeiros acordes e batidas, se percebe que é, na sua génese, angulosa, quente e visceral.

Com essa experiência ímpar e curiosa que marca os primeiros acordes de Wolves,  somos abanados e convidados, sem aviso prévio, a um subtil abanar de ancas, conduzidos por uma hipnótica e inebriante composição que, sendo algo inquietante, também nos oferece sensações acolhedoras, à medida que as cordas e o sintetizador travam uma amigável luta enleante, enquanto carimbam um tema impregnado, do início ao fim, com um charmoso e indesmentível bom gosto sonoro. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:44

The Ophelias - Cicada

Quinta-feira, 03.04.25

Produzido por Julien Baker e com a chancela da Get Better Records, Spring Grove é o nome do novo registo de originais dos The Ophelias, um alinhamento de treze canções assinado por este projeto norte-americano sedeado em Cincinnati, no estado do Ohio e formado por Spencer Peppet, Andrea Gutmann Fuentes, Mic Adams e Jo Shaffer.

pic by Mikko Castaño

Cumulonimbus e Salome foram os primeiros temas retirados do alinhamento de Spring Grove em formato single. No entanto, a canção que chamou definitivamente a atenção da nossa redação foi Cicada. Trata-se de uma curiosa composição que, de acordo com Spencer Peppet, a líder da banda, se inspira no facto de alguns dos seus anteriores namorados não usarem redes sociais e isso causar-lhe uma certa angústia, por não saber como é a vida deles neste momento. Um tema carregado de sarcasmos e ironia, portanto.

Sonoramente, Cicada é um tema instrumentalmente exuberante, sobressaindo o modo arritmado como diversas cordas e a bateria jogam entre si, com diversos arranjos, quer orgânicos, quer sintéticos, muitos algo abrasivos, a conferirem à canção uma arquitetura sonora encorpada, mas também majestosa, sobressaíndo, no final, um certo perfil lo fi que se saúda particularmente. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:45

Foxy Shazam – Pink Sky

Segunda-feira, 03.03.25

Sedeados em Cincinnati, no Ohio, os Foxy Shazam abriram as hostilidades em dois mil e quatro e são atualmente formados pelos vocalista Eric Nally, o pianista Sky White, o trompetista Alex Nauth, o baixista The Persistent Savage, o guitarrista Devin Williams e o baterista Teddy Aitkins. Estrearam-se nos discos em dois mil e cinco com o registo The Flamingo Trigger e vão voltar ao formato longa duração no final deste mês de março com o nono trabalho da carreira, um álbum intitulado Animality Opera.

New Album - “Animality Opera” : r/foxyshazam

Depois de há poucas semanas atrás ter sido revelado o single Rhumbatorium, agora chega a vez de conferirmos Pink Sky, o segundo tema conhecido do alinhamento de Animality Opera. É uma canção com um elevado travo punk, em que uma bateria assertiva e frenética, uma guitarra vibrante e diversos arranjos de sopros e cordas orientados por experimentações sujas que procuram conciliar uma componente lo fi com o garage rock, criam uma espécie de embalagem caseira e íntima, que acaba por, no seu todo, exalar um clima sonoro orelhudo, anguloso e até radiofónico. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:54

Wussy – Sure As The Sun

Segunda-feira, 28.10.24

O rock envolvente, melancólico e algo sombrio dos norte-americanos Wussy está de regresso em dois mil e vinte e quatro com  um disco intitulado Cincinnati Ohio e dois EPs,The Great Divide and Cellar Door, três lançamentos em simultâneo que vão ver a luz do dia a quinze de novembro e que terão a chancela da Shake It Records.

Sure As The Sun é o mais recente single divulgado do alinhamento de Cincinnati Ohio. Canção conduzida por uma guitarra com um timbre rugoso e cru, que vai acamando algumas cordas acústicas, uma distorção cavernosa e diversos efeitos que vão aumentando de intensidade, Sure As The Sun condensa todo o cardápio que sustenta o melhor adn deste quinteto formado por Chuck Cleaver, antigo líder dos Ass Ponys e Lisa Walker, Mark Messerly, Joe Klug e John Erhardt e que sempre buscou texturas sonoras abertas, melódicas e expansivas, mas onde o ruído e o pendor lo fi são também traves mestras da sua filosofia sonora. Confere...

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publicado por stipe07 às 19:41

Cloud Nothings – Running Through The Campus

Quarta-feira, 06.03.24

Como certamente se recrodam, em novembro último divulgámos um tema intitulado Final Summer, assinado pelos Cloud Nothings de Dylan Baldi, Jayson Gerycz e Chris Brown, um dos expoentes do punkemo e hardcore norte-americanos. Três meses depois a banda de Cleveland, no Ohio, está de regresso com o anúncio de um novo álbum, um alinhamento de dez canções que se chamará exatamente Final Summer e que marcará a estreia do trio no catálogo da etiqueta Pure Noise Records.

Final Summer será o oitavo disco da carreira dos Cloud Nothings, irá ver a luz do dia a dezanove de abril e foi gravado com a ajuda do produtor Jeff Zeigler, habitual colaborador de Kurt Vile e dos War On Drugs e misturado por Sarah Tudzin.

Running Through The Campus é o primeiro single divulgado do alinhamento de Final Summer. É uma canção jovial e que plasma alguns dos melhores ingredientes daquele indie rock alternativo noventista, conduzido por guitarras cruas, encharcadas em efeitos metálicos exuberantes e com um forte pendor imediatista e orgânico. Além disso, esta canção está também imbebida numa indesmentível destreza melódica, enquanto procura, sem receios, uma elevada faceta radiofónica. Confere Running Through The Campus e o artwork e a tracklist de Final Summer...

01 Final Summer
02 Daggers of Light
03 I’d Get Along
04 Mouse Policy
05 Silence
06 Running Through The Campus
07 The Golden Halo
08 Thank Me For Playing
09 On The Chain
10 Common Mistake

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publicado por stipe07 às 17:48

The Black Keys – Beautiful People (Stay High)

Domingo, 21.01.24

Ohio Players é o curioso título do novo disco dupla The Black Keys de Dan Auerbach e Patrick Carney, natural de Akron, no Ohio. Sucede a Delta Kream, um delicioso alinhamento de versões, que viu a luz do dia em maio de dois mil e vinte e um e que, à época, pretendeu homenagear grandes nomes do hill country blues do norte do Mississippi, nomeadamente R. L. Burnside e Junior Kimbrough, John Lee Hooker, Mississippi Fred McDowell, Big Joe Williams e Ranie Burnette, entre outros.

The Black Keys Preview New Album 'Ohio Players' With New Single

Décimo primeiro registo da carreira dos The Black Keys, Ohio Players, cujo nome é inspirado numa lendária banda funk de Dayton com esse nome, pretende, de acordo com a dupla, materializar e celebrar as raízes sonoras que fizeram com que este projeto nascesse há já duas décadas.

O álbum irá ver a luz do dia a cinco de abril, com a chancela da Nonesuch e Beautiful People (Stay High) é o primeiro tema divulgado de um alinhamento que irá ter como convidados especiais nomes tão proeminentes como Beck, Dan The Automator, que participam nesta canção Beautiful People (Stay High) e Noel Gallagher e Greg Kurstin.

No groove firme das guitarras, cada nota de Beautiful People (Stay High) e todos os seus acordes, plasmam o modo como diversão e entretenimento foram, certamente, sensações muito presentes no estúdio durante a gravação de um tema que replica um som maduro, quente, vibrante e enfumarado, como se exige a um tratado de blues rock com charme e personalidade. Confere...

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publicado por stipe07 às 08:57

Sun Kil Moon – Christmas In New Orleans

Sábado, 23.12.23

Como tem sido hábito neste blogue nos últimos dias, temos vindo a apresentar temas relacionados com esta época tão especial que estamos já a viver, o Natal, sejam versões de clássicos, ou originais escritos propositadamente para a ocasião. Esta é já uma tradição porque vamos sempre, ano após ano, divulgando algumas das propostas mais interessantes do género, que podem também se materializar no formato programa de rádio deste blogue, que vai para o ar todas as semanas, na Paivense FM.

Mark Kozelek sees $uicideboy$ poster for 'I Want To Die In New Orleans,'  retitles his LP 'I Also Want To Die In New Orleans'

Para encerrar esta demanda natalícia, a proposta que temos hoje é da autoria de Sun Kil Moon, o projeto atual do cantor e compositor Mark Kozelek, que ficou conhecido por ter sido o líder dos carismáticos Red House Painters. Sun Kil Moon encontra então Kozelek ao volante de uma banda que se estreou em dois mil e três com o fabuloso disco Ghosts of the Great Highway, e que teve, há dois anos, um trabalho intitulado Welcome To Sparks, em alta rotação na nossa redação durante um longo período de tempo.

A canção de Natal que Sun Kil Moon incubou chama-se Christmas In New Orleans e, como é habitual em Kozelek, encarna um belíssimo compêndio de folk acústica onde a simplicidade melódica coexiste com uma densidade sonora suave que transborda uma majestosa e luminosa melancolia, que sabe tremendamente bem nesta altura do ano. Confere...

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publicado por stipe07 às 20:54

Cloud Nothings – Final Summer

Sexta-feira, 10.11.23

Dois anos e meio depois de The Shadow I Remember, o sétimo disco da carreira do grupo de Cleveland, no Ohio, os Cloud Nothings de Dylan Baldi, Jayson Gerycz e Chris Brown e um dos expoentes do punk, emo e hardcore norte-americanos, estão de regresso com um novo tema intitulado Final Summer, composição que marca a estreia do trio no catálogo da etiqueta Pure Noise Records.

Cloud Nothings: “Final Summer” - Música Instantânea

Final Summer tem todos os ingredientes que caraterizam o adn dos Cloud Nothings. É uma canção conduzida por guitarras cruas e com um forte pendor imediatista e orgânico, mas também imbebidas numa indesmentível destreza melódica, que rapidamente resvala para um turbilhão de visceralidade e imponência únicos. É um hardcore efusiante e visceral, gravado em parceria com Jeff Zeigler, misturado por Sarah Tudzin  e masterizado por Jack Callahan. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:33

Guided By Voices - Tremblers and Goggles by Rank

Quinta-feira, 25.08.22

Os Guided By Voices de Robert Pollard não param de editar discos, principalmente desde que prometeram, há alguns anos atrás, que iriam oferecer aos ouvintes três álbuns por ano. Assim, têm já nos escaparates mais um registo de originais intitulado Tremblers and Goggles by Rank, um tomo de dez canções que é, imagine-se, o décimo quarto trabalho que esta banda icónica, natural do Ohio, lança desde mil novecentos e noventa e seis.

Guided By Voices: Tremblers and Goggles By Rank review – a fine addition to  an illustrious indie legacy | Guided By Voices | The Guardian

Robert Pollard e os Guided by Voices são, sem dúvida nenhuma, uma máquina extremamente bem oleada e que, dentro de um espetro sonoro que se pode caraterizar por uma espécie de súmula entre o garage rock e o art punk, continuam a provar ser dignos de relevância e merecedores de odes significativas, enquanto analisam e criticam, com uma angulosa assertividade poética, diga-se, esta contemporaneidade que é, para Pollard, um manancial crítico infindável.

Como seria de esperar, porque um dos grandes atributos dos Guided By Voices, são uma, quanto a mim, salutar previsibilidade e uma sempre ímpar coerência, é o rock no seu estado mais genuíno que sustenta o arquétipo sonoro de Tremblers and Goggles by Rank, como se percebe logo em Lizard on the Red Brick Wall, um portento de ruído e vigor, só ao alcance de verdadeiros mestres da arte de criar canções que conseguem manter à tona uma forte sensibilidade melódica, mesmo que estejam encharcadas em riffs de guitarra irascíveis e linhas de baixo quase descontroladas. É um rock que ganha luminosidade e um cunho nostálgico noventista colegial intenso em Alex Bell e que, em Unproductive Funk, atinge territórios ditos mais progressivos e até psicadélicos, mas sem nunca abafar a filosofia fundamental, quer do disco, quer do adn de quem o criou.

Tremblers and Goggles by Rank tem, como se percebe, um início auspicioso e ímpar, que eleva, desde o primeiro minuto, o registo para patamares qualitativos de excelência, que depois se mantêm firmes, à boleia do piscar de olhos aquele rock mais boémio e descontraído que é feito em Roosevelt Marching Band e que não se descontrola nunca, mesmo nas interseções rítmicas que abastecem o frenesim de Goggles by Rank. Outro tema curioso do disco é Cartoon Fashion (Bongo Lake), tema que sabe a uma descarada e feliz homenagem ao melhor catálogo de uma certa banda liderada por Eddie Vedder que fez furor na última década do século passado, canção que, juntamente com a falsa acusticidade de Boomerang, comprova que passado e futuro e etiquetas temporais são realidades desprezadas por Pollard na hora de compôr, sendo este, talvez, o elogio maior que se pode fazer a um disco que não merece, em nenhuma circunstância ser datado, a não ser quando fizer parte do catálogo dos grandes momentos discográficos de dois mil e vinte e dois. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 15:45

The Afghan Whigs – The Getaway

Quarta-feira, 11.05.22

How Do You Burn? é o título do novo registo de originais dos The Afghan Whigs de Greg Dulli, o nono disco da banda norte-americana natural de Cincinnati, no Ohio, um estrondoso projeto em atividade desde mil novecentos e oitenta e seis e já com uma reputação mítica no universo sonoro indie e alternativo, das últimas quatro décadas.

The Afghan Whigs lançam novo single… “The Getaway” – Glam Magazine

How Do You Burn? irá ver a luz do dia a nove de setembro à boleia do consórcio Royal Cream/BMG e sucede aos registos Do To The Beast (2014) e In Spades (2017), álbuns que marcaram uma nova fase da banda depois de um longo hiato, durante parte da primeira década deste milénio. O disco contém dez canções que começaram a ganhar forma em setembro de dois mil e vinte, com a questão pandémica a ter um papel decisivo no modus operandi do processo de gravação.

As composições deste disco, cujos créditos assinalarão as participações especiais do falecido Mark Lanegan, de Susan Marshall, Van Hunt, Marcy Mays, Stevie Nicks e Lindsey Buckingham, foram gravadas em diferentes estúdios, nomeadamente na Califórnia, onde estiveram Dulli, o baterista Patrick Keeler e o produtor Christopher Thorn e em nova Jersey, Nova Orleães e Cincinnati, locais onde o guitarrista Jon Skibic, o baixista John Curley e o multi-instrumentista Rick Nelson, gravaram as suas contribuições para o posterior processo de mistura e produção.

The Getaway é o primeiro single revelado de How Do You Burn?, uma composição que assenta os seus pilares naquele rock eminentemente denso, mas com elevada sagacidade melódica, um rock carregado com guitarras poderosas e incisivas que não descuram uma faceta psicadélica que se aplaude e que é reforçada pela presença infatigável e marcante da clássica bateria. É, em suma, uma canção onde as cordas e a voz de Dulli ajudam a transportar-nos para paisagens áridas e quentes, como se exige a um bom tema dos The Afghan Whigs. Confere The Getaway e a tracklist de How Do You Burn?...


I’ll Make You See God
The Getaway
Catch A Colt
Jyja
Please, Baby, Please
A Line Of Shots
Domino and Jimmy
Take Me There
Concealer
In Flames

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publicado por stipe07 às 15:40






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