man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
LCD Soundsystem – X-Ray Eyes
Oito anos depois de American Dream, os norte-americanos LCD Soundystem de James Murphy, vão regressar aos discos no próximo ano com o quinto registo de estúdio da carreira, ainda sem nome divulgado e que, de acordo com Murphy, ainda está em pleno processo de incubação.
Seja como for, já é possível escutar X-Ray Eyes, o novo single desse álbum que deverá chegar aos escaparates ainda no primeiro trimestre de dois mil e vinte cinco. Produzido pelo próprio James Murphy e escrito com a ajuda de Al Doyle e Nancy Whang, X-Ray Eyes é um tema que nos recorda, com renovada e justificada excitação, aquela fórmula clássica, contagiante e lasciva que era e, pelos vistos, felizmente, ainda é, a imagem de marca de uma banda sempre disposta a levar o garage rock numa direção eminentemente dançável e psicadélica. O fuzz da percussão, o vigor do baixo e a cosmicidade selvagem das sintetizações são ingredientes fulgurantes de quase cinco minutos de um indie dance post punk rock algo minimal, mas com uma assinatura muito identitária e que nos possibilita usufruir novamente de um mosaico declarado de referências, que se centram, essencialmente, numa mescla entre a típica eletrónica underground nova iorquina e o colorido neon dos anos oitenta, como é apanágio das melhores canções do catálogo dos LCD Soundsystem. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Trace Mountains – Into The Burning Blue
Sedeado em Nova Iorque, o projeto Trace Mountains liderado por Dave Benton, já tem sucessor para o extraordinário registo House Of Confusion, editado em dois mil e vinte e um. Into The Burning Blue é o nome do novo álbum do projeto, um alinhamento de nove canções produzidas por Craig Hendrix, misturadas por J. Ryan Francis e masterizadas por Ryan Schwabe, que chegou aos escaparates no dia vinte e sete de setembro com a chancela da Lame-O.
Quinto disco da carreira deste projeto Trace Mountains, Into The Burning Blue contém trinta e sete minutos efusiantes que deambulam entre a folk, o indie rock e a psicadelia e que são bem capazes de oferecer a este grupo nova iorquino um lugar de destaque no que concerne aos álbuns mais influentes, inspirados e inspiradores e acolhedores de dois mil e vinte e quatro. É um registo muito intimista e reflexivo, como se percebe logo em In A Dream, o tema de abertura, bastante inspirado no fim de uma relação amorosa do músico, que durou oito anos, uma rutura que deixou marcas em Benton. A canção ilustra um passeio noturno de bicicleta feito pelo autor, durante o qual, enquanto olha pelas janelas das casas por onde passa, reflete sobre o seu lugar numa América cada vez mais capitalista e isolada sobre si mesma.
Friend, a terceira composição do alinhamento de Into Burning Blue, uma canção que versa sobre a solidão e que conta com a participação especial de Craig Hendrix, dos Japanese Breakfast, que também produz o disco, como foi referido acima, cimenta essa tónica filosófica, enquanto mostra os melhores atributos sonoros do alinhamento, impressionando pelo modo como algumas cordas reluzentes são dedilhadas com belíssima complacência, juntamente com um perfil vocal emotivo e intimista e diversas texturas percussivas, mais ou menos implícitas.
Hard To Accept, o segundo tema do alinhamento de Into Burning Blue, é outra composição algo sombria, contemplativa e enigmática, caraterísticas habituais de algumas das propostas sonoras mais intimistas dos Trace Mountains e que colocam a herança da melhor pop oitocentista em declarado ponto de mira, nuance bem patente nas diversas camadas sintéticas planantes que, juntamente com uma guitarra com um efeito metálico curioso, sustentam uma canção que também não deixa de ser contagiante e exalar os cânones fundamentais daquele indie rock tipicamente americano e com uma certa tonalidade folk.
Disco inspirado no modo como devemos optar sempre pela resiliência face ao desespero, este disco é, no fundo, uma espécie de odisseia romântica, materializada numa jornada longa e emocionalmente grandiosa, amiúde absurdamente épica até, porque embora se sustente em letras que parecem verdadeiros clichés, a verdade é que resultam e têm este efeito renovador e soporífero.De facto, quando escutamos o baixo avassalador de Crawling Back To You e os belíssimos arranjos de cordas das enleantes Ponies e Shelter Gone & Done, vivenciamos aquela sensação metafísica de conetividade entre o nosso âmago e a obra sonora. No meio, a ligar os dois pólos com astúcia, Dave Benton, que ocupa, assim, o nosso espaço e o nosso tempo com um indie rock que encarna uma verdadeira vibe psicadélica e, como se percebe, poeticamente melancólica. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Wild Pink – Dulling The Horns
Liderado por John Ross e sedeado entre Brooklyn e Queens, o grupo de indie rock Wild Pink está de regresso ao formato longa duração com um novo disco do projeto intitulado Dulling The Horns, um alinhamento de dez canções que viu recentemente a luz do dia, com a chancela da Fire Talk, a nova etiqueta dos Wild Pink.
Projeto que aposta numa sonoridade direta, de forte pendor elétrico e lo-fi, mas também descomprometida e apimentada com pequenos delírios acústicos, os Wild Pink estão, aos poucos, a transformar-se numa referência incontornável do melhor indie rock clássico e tipicamente americano. Logo no timbre da guitarra de The Fences Of Stonehenge, vindo-nos à memória a herança de nomes tão proeminentes como Bruce Springsteen ou, de modo mais efusivo, John Mellencamp, também percebemos que Ross sabe como dar a um modelo sonoro considerado por muitoa como já algo gasto e marginal no mainstream, um efeito renovador e soporífero, enquanto personifica, em letras que parecem verdadeiros clichés, mas que resultam, uma espécie de odisseia romântica, materializada numa jornada longa e emocionalmente grandiosa e amiúde até absurdamente épica.
De facto, Dulling The Horns é um álbum que enche as medidas aos verdadeiros amantes daquele rock direto e que não renega abraçar alguns dos detalhe fundamentais de outros subgéneros sonoros, nomeadamente a folk, o college rock e o garage, sem perder a sua identidade. Por exemplo, se o tema homónimo do disco contém um clima eminentemente rugoso e contemplativo, com o fuzz cavernoso da guitarra e o ritmo lento, mas compassado e hipnótico da bateria, acomodada com alguns efeitos planantes a conferirem à composição uma identidade bastante vincada, que encontra reminiscências em algumas das melhores propostas do garage rock noventista e que fez furor no final do século passado, já em Sprinter Brain temos um clima mais efusiante, encarnado por um ritmo frenético, acamado por cascatas de guitarras acústicas e eletrificadas, onde não faltam riffs abrasivos, com um piano insinuante a dar um toque clássico a uma composição com uma forte tonalidade oitocentista. Depois, Air Drumming Fix You, uma lindíssima canção de amor, que encontra fortes reminiscências na herança da melhor pop oitocentista, nomeadamente no modo como sintetizações e sopros se entrecruzam entre si e depois numa guitarra com uma distorção com uma filosofia soul impressiva, serve para demonstrar a sagacidade melódica de um músico que deambulando entre o melhor de duas décadas que foram marcantes para a história do rock do outro lado do atlântico, é bem capaz de nos ter oferecido com este Dulling The Horns, um dos álbuns mais influentes, inspirados e acolhedores de dois mil e vinte e quatro.
Disco com uma progressão interessante e onde, ao longo das canções, vão sendo adicionados diversos arranjos inéditos que adornam as guitarras e a voz, com um resultado muito atrativo e cativante para o ouvinte, Dulling The Horns é mais um exemplo concreto de um indisfarçável impressionismo. É um compêndio de várias narrativas onde convive uma míriade alargada de sentimentos que, da angústia à euforia, conseguem ajudar-nos a conhecer melhor a essência filosófica do grupo e, principalmente, de John Ross, artista que não se importa minimamente, mesmo à boleia de outras pesonagens, de partilhar conosco as perceções pessoais daquilo que observa enquanto a sua vida vai-se desenrolando e ele procura não se perder demasiado na torrente de sonhos que guarda dentro de si e que nem sempre são atingíveis. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Wild Pink – Dulling The Horns
Liderado por John Ross e sedeado entre Brooklyn e Queens, o grupo de indie rock Wild Pink tem vindo a chamar a atenção da nossa redação este ano, com o lançamento de alguns singles que irão fazer parte de um novo disco do projeto intitulado Dulling The Horns, um alinhamento de dez canções que irá ver a luz do dia dentro de dias, com a chancela da Fire Talk, a nova etiqueta dos Wild Pink.
Depois de já termos conferido os singles Sprinter Brain, Air Drumming Fix You e The Fences Of Stonehenge, hoje temos para escutar o tema homónimo e sexto do alinhamento de Dulling The Horns. É uma canção com um clima mais rugoso e contemplativo do que as restantes propostas, com o fuzz cavernoso da guitarra e o ritmo lento, mas compassado e hipnótico da bateria, acomodada com alguns efeitos planantes a conferirem à composição uma identidade bastante vincada, que encontra reminiscências em algumas das melhores propostas do garage rock noventista e que fez furor no final do século passado.
Recordo, já agora, que os Wild Pink estrearam-se nos discos em dois mil e dezassete com um excelente homónimo que tinha a chancela da Tiny Engines. Entretanto lançaram mais dois álbuns e regressaram a esse formato em outubro de dois mil e vinte e dois com um novo longa duração intitulado ILYSM, o último álbum do catálogo da banda, antes deste anunciado Dulling The Horns. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Matt Pond PA – Those Wings
O projeto Matt Pond PA, encabeçado pelo norte-americano Matt Pond, regressa aos discos em janeiro do próximo ano com um registo intitulado Winged Horse, que estará repleto de participações especiais, nomeadamente Erin Rae, Humbird, Anya Marina e Jonathan Russell, que participa vocalmente no tema Those Wings, o primeiro single revelado do disco.
Hudson Valley, uma zona florestal nos arredores de Nova Iorque, foi a inspiração de Matt Pond para Those Wings, uma composição com todos os ingredientes que sustentam um verdadeiro tratado de indie folk rock, nomeadamente, cordas exuberantes e diversos arranjos das mais diversas proveniências. O resultado final é uma composição encharcada em cor e melancolia, que espelha na perfeição o habitual ambiente emotivo e honesto que carateriza a música deste cantautor que nunca perde o espírito nostálgico e sentimental que carateriza o seu modus operandi. Confere..
Autoria e outros dados (tags, etc)
Trace Mountains – Friend
Sedeado em Nova Iorque, o projeto Trace Mountains liderado por Dave Benton, já tem sucessor para o extraordinário registo House Of Confusion, editado em dois mil e vinte e um. Into The Burning Blue é o nome do novo álbum do projeto, um alinhamento de nove canções que chega aos escaparates no dia vinte e sete de setembro com a chancela da Lame-O.
Pic - Alyx Soard
In A Dream, a composição que abre o alinhamento de Into Burning Blue, foi o primeiro singe retirado de um disco muito intimista e reflexivo, bastante inspirado no fim de uma relação amorosa do músico, que durou oito anos, uma rutura que deixou marcas em Benton. A canção, que divulgámos neste espaço no início do presente mês de agosto, ilustra um passeio noturno de bicicleta feito pelo autor, durante o qual, enquanto olha pelas janelas das casas por onde passa, reflete sobre o seu lugar numa América cada vez mais capitalista e isolada sobre si mesma.
Agora chega a vez de conferirmos Friend, a terceira composição do alinhamento de Into Burning Blue. Trata-se de uma canção que versa sobre a solidão e que conta com a participação especial de Craig Hendrix, dos Japanese Breakfast. Cordas reluzentes, dedilhadas com belíssima complacência, um perfil vocal emotivo e intimista e diversas texturas percussivas, mais ou menos implícitas, sustentam Friend, canção com um perfil sonoro bastante atrativo e acolhedor, que abraça os cânones fundamentais daquele indie rock tipicamente americano e com elevada tonalidade folk. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Wild Pink – Sprinter Brain
Liderado por John Ross e sedeado entre Brooklyn e Queens, o grupo de indie rock Wild Pink tem vindo a chamar a atenção da nossa redação este ano, com o lançamento de alguns singles que irão fazer parte de um novo disco do projeto intitulado Dulling The Horns, um alinhamento de dez canções, que irá ver a luz do dia a quatro de outubro com a chancela da Fire Talk, a nova etiqueta dos Wild Pink.
Hoje temos para escutar Sprinter Brain, o quinto tema do alinhamento de Dulling The Horns. É uma canção efusiante, com um ritmo frenético acamado por cascatas de guitarras acústicas e eletrificadas, onde não faltam riffs abrasivos, com um piano insinuante a dar um toque clássico a uma composição com uma forte tonalidade oitocentista e em que a herança de nomes tão proeminentes como Bruce Springsteen, ou, de modo mais impressivo, John Mellencamp, nos assaltam de imediato a memória durante a sua audição.
Recordo, já agora, que os Wild Pink estrearam-se nos discos em dois mil e dezassete com um excelente homónimo que tinha a chancela da Tiny Engines. Entretanto lançaram mais dois álbuns e regressaram a esse formato em outubro de dois mil e vinte e dois com um novo longa duração intitulado ILYSM, o último álbum do catálogo da banda, antes deste anunciado Dulling The Horns. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Mercury Rev – A Bird Of No Address
Os Mercury Rev são, como todos sabemos, uma banda norte-americana de rock alternativo formada em mil novecentos e oitenta e quatro em Buffalo, nos arredores de Nova Iorque e já com um extenso catálogo discográfico em carteira que vai ter uma nova adição já em setembro. O nono e novo álbum da banda formada atualmente por Jonathan Donahue, Sean “Grasshopper” Mackowiak, Jeff Mercel, Carlos Anthony Molina,Dave Fridmann e Jason Miranda, chama-se Born Horses, chega aos escaparates no dia seis do próximo mês e o seu alinhamento de oito canções terá a chancela da Bella Union.
Já são conhecidos vários singles do alinhamento de Born Horses, todos disponíveis para audição nas plataformas digitais habituais, incluindo a página bandcamp dos Mercury Rev. O single revelado mais recentemente é A Bird Of No Adress, a quinta composição do alinhamento do registo. É uma composição com um perfil sonoro bastante dramático e emotivo, com as vozes, o piano e diversos arranjos sintéticos a conferirem a um perfil melódico planante e lisérgico, uma sensação de beleza e de espiritualidade únicos. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Ra Ra Riot – Friendly Neighbor
Cinco anos depois do disco Superbloom, que foi minuciosamente dissecado à época pela nossa redação, os Ra Ra Riot de Wes Miles e ao qual se juntam atualmente Mathieu Santos, Milo Bonacci, Rebecca Zeller e Kenny Bernard, surpreenderam o nosso radar em maio último com uma nova canção intitulada The Wish, que foi produzida por Rostam Batmanglij, membro dos Vampire Weekend, que partilha com Wes Miles o projeto paralelo Discovery.
Agora, cerca de três meses depois de The Wish, a banda natural de Siracusa, nos arredores de Nova Iorque, acaba de divulgar uma nova canção, intitulada Friendly Neighbor. Trata-se de um tema orquestralmente rico e intenso, que começa por impressionar pelas nuances sintéticas que introduzem a canção, que são depois trespassadas por um piano clemente, violinos esplendorosos e um vasto naipe de entalhes percussivos, uma lindíssima composição que, infelizmente, ainda não é acompanhada pelo anúncio de um novo disco dos Ra Ra Riot. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Sea Shapes – Dream Karma
Desde o transato ano de dois mil e vinte e três que temos estado muito atentos a um projeto oriundo do cenário indie e alternativo nova iorquino, que começa a emergir de modo bastante sugestivo e que captu definitivamente o nosso interesse com um EP de quatro canções chamado A Question Of Balance. Eram os Sea Shapes, com origem no bairro de Queens da cidade que nunca dorme e que estão de regresso ao nosso radar em dois mil e vinte e quatro devido a uma série de singles que têm revelado na sua página bandcamp.
Assim, depois de há algumas semanas ter passado por cá uma canção destes Sea Shapes intitulada SHOCK, agora chega a vez de nos deliciarmos com um tema intitulado Dream Karma. Esta novidade dos Sea Shapes é um soporífero com forte travo lisérgico, uma composição em que a robustez do baixo e a delicadeza ecoante e hipnótica do timbre metálico das guitarras, aliadas a um sofisticado bom gosto melódico, com forte impressão oitocentista, resultam num fantástico tratado de indie punk rock que espreita perigosamente uma sonoridade muito próxima da pura lisergia. Confere...