man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Real Estate - Daniel (Elton John Cover)
Pouco mais de meio ano depois da edição do disco Daniel, um tomo de onze canções produzidas por Daniel Tashian, os Real Estate de Martin Courtney, Alex Bleeker, Matt Kallman, Julian Lynch e Sammi Niss, estão de regresso com uma fantástica cover que incubaram para o clássico Daniel, assinado por Elton John e que abria o disco Don't Shoot Me I'm Only the Piano Player que o músico britânico lançou em mil novecentos e setenta e três, com a chancela da DJM Records.
Esta versão de Daniel assinada pelos Real Estate, oferece-nos quase quatro minutos com um salutar e acochegante polimento melódico, ampliado pelo modo como o típico efeito das guitarras do projeto de Nova Jersei busca eficazmente uma luminosidade efusiva que era, curiosamente, uma das imagens de marca do tema original, uma das canções pop mais emblemáticas da década de setenta do século passado e um elemento sonoro essencial do riquíssimo catálogo de Elton John. Confere...
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No Good With Secrets - Tour Tape EP
Madison James é um profícuo músico norte-americano, natural de New Jersey, membro da banda de Ogbert The Nerd, que lançou recentemente um disco intitulado What You Want, mas também o grande responsável por um curioso projeto a solo chamado No Good With Secrets, que acaba de divulgar um EP com seis canções na plataforma bandcamp, depois do registo de originais Another Side, que editou há pouco mais de um mês.
Os seis temas de Tour Tape EP distribuem-se por três originais e o mesmo número de versões, Casual, um original de Chappell Roan, Kelly, um dos temas fundamentais do catálogo dos The Pains Of Being Pure At Heart e Kiss Me, uma canção assinada por Sixpence None The Richer, em mil novecentos e noventa e sete.
Madison James é um artista que domina diferentes vertentes e se expressa em múltiplas linguagens artísticas e culturais, sendo a música mais um dos códigos que ele utiliza para expressar o mundo próprio em que habita e dar-lhe a vida e a cor, as formas e os símbolos que ele idealizou. E basta ouvir estas seis canções para perceber que, realmente, Madison comunica connosco através de um código específico, tal é a complexidade e a criatividade que estão plasmadas nas suas canções, usando como principal ferramenta alguns dos típicos traços identitários de uma espécie de punk folk psicadélico, com uma considerável vertente experimental associada.
Esta filosofia sonora aventureira ganha forma e estilo através de um arsenal sintético bastante diversificado, mas que também não dispensa cordas e diferentes recursos percussivos, mas é mesmo a eletrónica o terreno onde este artista se move com maior conforto, utilizando-a até para reproduzir muitos dos sons mais orgânicos que podemos escutar neste EP.
Tour Tape EP é, em suma, uma representação feliz das diferentes colagens de experiências assumidas pelo ideário sonoro pretendido para este projeto No Good With Secrets e que parece ter o propósito de materializar uma espécie de súmula do cardápio que preenche o âmago de Madison. Assim, o que temos é, basicamente, um espetacular festim de canções pop ruidosas, exemplarmente picotadas e fragmentadas e que penetram profundamente no nosso subconsciente. Tour Tape EP é eclético, complexo e de audição verdadeiramente desafiante, mas altamente recompensadora. Espero que aprecies a sugestão...
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Real Estate – Haunted World
Pouco mais de três anos após o registo The Main Thing, os Real Estate de Martin Courtney, Alex Bleeker, Matt Kallman, Julian Lynch e Sammi Niss, estão de regresso com Daniel, o seu quinto disco da carreira, um alinhamento de onze canções que foi produzido por Daniel Tashian (Kacey Musgraves, Demi Lovato) e que irá ver a luz do dia a vinte e três de fevereiro do próximo ano, com a chancela da Domino Records.
Water Underground, o terceiro tema do alinhamento de Daniel, foi, no início do passado mês de novembro, o primeiro single retirado deste novo álbum do grupo natural de Ridgewood, em Nova Jerséi. Era uma curiosa canção, suave e aconchegante, em que intimidade e acessibilidade se confundiam, à boleia de cordas reluzentes e arranjos luminosos, num resultado final com um travo surf intenso e harmonioso, banhado pelo sol dos subúrbios e com um certo toque psicadélico.
Agora, cerca de mês e meio depois, Haunted World, a segunda canção do alinhamento do disco, é quem ganha protagonismo e direito a lançamento em formato single. Haunted World reforça as permissas estilísticas acima discriminadas relativamente a Water Underground mas, encharcada em guitarras vibrantes, aposta numa toada mais íntima e etérea. Confere...
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Real Estate – Water Underground
Pouco mais de três anos após o registo The Main Thing, os Real Estate de Martin Courtney, Alex Bleeker, Matt Kallman, Julian Lynch e Sammi Niss, estão de regresso com Daniel, o seu quinto disco da carreira, um alinhamento de onze canções que foi produzido por Daniel Tashian (Kacey Musgraves, Demi Lovato) e que irá ver a luz do dia a vinte e três de fevereiro do próximo ano, com a chancela da Domino Records.
Water Underground, o terceiro tema do alinhamento de Daniel, é o primeiro single retirado deste novo álbum do grupo natural de Ridgewood, em Nova Jerséi. Water Underground é uma curiosa canção, suave e aconchegante, em que intimidade e acessibilidade se confundem, à boleia de cordas reluzentes e arranjos luminosos, num resultado final com um travo surf intenso e harmonioso, banhado pelo sol dos subúrbios e com um certo toque psicadélico.
Confere Water Underground, canção já com direito a um vídeo inspirado numa série do canal por cabo Nickelodeon chamada The Adventures of Pete & Pete e que conta com a participação especial dos atores Danny Tamberelli e Michael C. Maronna, que fazem parte dos créditos dessa série e o artwork e a tracklist de Daniel...
01 Somebody New
02 Haunted World
03 Water Underground
04 Flowers
05 Interior
06 Freeze Brain
07 Say No More
08 Airdrop
09 Victoria
10 Market Street
11 You Are Here
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The Natvral – Summer Of Hell
Natural de Nova Jersey, no estado de Princeton, Kip Berman é o líder do projeto que se estreou em dois mil e vinte e um com um aclamado disco intitulado Tethers, que incluía no seu alinhamento de nove canções, vários momentos altos como Why Don't you Come Out Anymore ou Sun Blisters, que chamaram desde logo a atenção da crítica especializada e deixaram o músico norte-americano na retina.
Agora, em dois mil e vinte e três, Kip Berman vai voltar à carga com o seu segundo disco à sombra da banda The Natvral, que conta também na sua composição com os músicos Brian Alvarez (bateria), Josh Rumble (baixo), Kyle Forester (teclados) e Mike Brenner (sintetizações). Será um trabalho intitulado Summer Of No Light, um alinhamento de nove canções que irá ver a luz do dia a um de setembro, com a chancela da Painbow Music.
Já foram divulgados alguns singles do alinhamento de Summer Of No Light, nomeadamente Lucifer’s Glory, A Glass Of Laughter e, o mais recente e que chamou a atenção da nossa redação, Summer Of Hell, um excelente tratado de indie folk tipicamente americana. Summer Of Hell exala uma luminosidade ímpar enquanto encarna um piscar de olhos feliz ao catálogo de nomes como Bruce Springsteen ou Paul Simon, abraçando, assim, todos os ingredientes da melhor herança sonora que sustenta o adn sonoro mais caraterístico do outro lado do atlântico. Confere...
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Yo La Tengo – This Stupid World
Depois de os Yo La Tengo terem andado em dois mil e vinte a divulgar uma música por dia durante uma semana, uma sequência que culminou com a edição de um EP instrumental intitulado We Have Amnesia Sometimes e de, no ocaso do mês de agosto desse ano, terem editado um outro EP intitulado Sleepless Night, um alinhamento de sete canções com um original e covers de Bob Dylan, The Flying Machine, The Delmore Brothers, Ronnie Lane e os The Byrds, agora, em pleno arranque dois mil e vinte e três, a banda que nasceu em mil novecentos e oitenta e quatro pelas mãos do casal Ira Kaplan e Georgia Hubley (voz e bateria) e James McNew e que me conquistou definitivamente há quase uma década com o excelente Fade, volta às luzes da ribalta com um novo álbum intitulado This Stupid World, um alinhamento de nove estupendas canções que viu a luz do dia hoje mesmo, com a chancela da Matador Records.
São poucas as bandas que se podem dar ao luxo de beneficiarem da proteção imaculada de uma longa e bem sucedida carreira, para chegarem a um determinado ponto da mesma e, embrenhando-se na composição, terem o privilégio de poderem deixar de lado qualquer preocupação radiofónica ou comercial relativamente ao conteúdo do que criam. Partindo dessa permissa, todos aqueles que estão menos familiarizados com o catálogo deste projeto de Hoboken, nos arredores de Nova Jersey e que escutarem This Stupid World, o (imagine-se) décimo sétimo disco da carreira do trio, serão certamente assaltados pela ideia de estarem na presença de uma banda que foi, registo após registo, consolidando um estatuto e que agora, numa fase de plena maturidade, nada mais têm a provar e podem usufruir do gozo pleno que lhes dará poderem entrar em estúdio livres de amarras ou constrangimentos criativos e, mesmo assim, terem a certeza que o produto que colocarem nas lojas será um sucesso garantido.
No entanto, quem conhece bem os Yo La Tengo acaba por ter uma impressão mais ampla. This Stupid World é, na verdade, mais um capítulo eufórico e radiante numa epopeia estilística sonora que privilegiou, desde a estreia em mil novecentos e oitenta e seis com o registo Ride The Tiger, de completa e absoluta liberdade criativa, ou seja, o modus operandi foi, realistícamente, sempre este. Não houve aqui uma espécie de crescendo naquilo que foi a bitola qualitativa dos discos que foram sendo colocados nas prateleiras, apenas ligeiras e naturais oscilações estilísticas que, passando pelo rock clássico, o surf rock, o lo fi, o indie puro e duro, a new wave, o punk rock, o rock progressivo e o psicadélico, a country, a folk, a eletrónica e até o jazz, colocaram sempre o melhor indie rock alternativo em declarado ponto de mira. E, na minha modesta opinião, está errado quem não considera que o melhor indie rock alternativo não é nada mais nada menos do que este rock que consegue agregar pitadas daqui e de acolá, com subtileza, arrojo, desenvoltura e superior habilidade criativa, algo que sucede neste álbum dos Yo La Tengo com ímpar sabedoria.
Portanto, This Stupid World é esse tipo de disco. Contém nove composições que têm como principal atributo conseguirem, umas vezes com indisfarcável subtileza e outras com esplendoroso requinte, unir, congregar, construir e desconstruir e sublinhar todo um universo de géneros e estilos que também demarcam, e não será certamente por acaso, as fronteiras do melhor cancioneiro norte americano de igual período.
Logo a abrir o registo, o baixo encorpado e a rispidez das guitarras que a longa epopeia cósmico-hipnótica Sinatra Drive Breakdown exala, são dois trunfos instrumentais que afagam e acamam o ouvinte, independentemente do seu grau de familiariedade com o grupo e, cereja no topo do bolo, também com naquele adn algo imediato e cru que formata a sensibilidade típica da banda e que foi já , no fundo, amplamente dissecado acima. A seguir, segue-se o período mais acessível do disco, com o garage efusivo de Fallout e, no pólo oposto, a sensibilidade acústica country-folk descaradamente noventista de Aselestine e, num registo mais subtilmente entrelaçado com tiques da melhor tropicália, de Until It Happens, a projetarem a personalidade ímpar de um ecletismo que também sabe como enfeitiçar e enlear, mesmo os mais resistentes. Pelo meio, o toque jazzístico enevoado e empolgante de Tonight's Episode e a sobriedade melancólica de Apology Letter, acrescentam uma faceta ainda mais ambiental e intimista a um alinhamento que, se terminasse aqui em formato EP, era, desde já, justamente descrito como memorável e único.
A partir daí e até ao ocaso de This Stupid World, o frenesim sintetizado borbulhante de Brain Capers, a gloriosa indiferença experimental em que assentou, certamente, a criação do tema homónimo e o apurado sentido cândido e profundo de Miles Away, um tratado de eletro rock ambiental intratável, carimbam, sem apelo nem agravo, a certeza de que este disco merece ser um estrondoso sucesso comercial ou, pelo menos (já que agora esta questão do sucesso comercial não se mede propriamente pela quantidade de discos vendidos), ser escutado por todos aqueles que têm nos cânones essenciais do rock alternativo das últimas quatro décadas pilares fundamentais do seu gosto musical. De certeza que não se vão arrepender e que, no final, depois do modo repeat ter sido ativado instantaneamente, se vão sentir ainda mais enriquecidos por terem a possibilidade de, quatro décadas depois da estreia, ainda poderem escutar e saberem que está no ativo uma banda tão rica, vigorosa, inspiradora, independente, dinâmica e fluída, como são os Yo La tengo. Espero que aprecies a sugestão...
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Yo La Tengo – Aselestine
Depois de os Yo La Tengo terem andado em dois mil e vinte a divulgar uma música por dia durante uma semana, uma sequência que culminou com a edição de um EP instrumental intitulado We Have Amnesia Sometimes e de, no ocaso do mês de agosto desse ano, terem editado um outro EP intitulado Sleepless Night, um alinhamento de sete canções com um original e covers de Bob Dylan, The Flying Machine, The Delmore Brothers, Ronnie Lane e os The Byrds, agora, em pleno outono de dois mil e vinte e dois, a banda que nasceu em mil novecentos e oitenta e quatro pelas mãos do casal Ira Kaplan e Georgia Hubley (voz e bateria) e James McNew e que me conquistou definitivamente há quase uma década com o excelente Fade, volta às luzes da ribalta com o anúncio de um novo álbum intitulado This Stupid World, com lançamento previsto para o dia dez de Fevereiro, com a chancela da Matador Records.
This Stupid World, o décimo sexto disco da carreira dos Yo La Tengo, foi integralmente gravado e produzido pela banda natural de Hoboken, em Nova Jersey e Fallout foi, como repararam em novembro os leitores mais assíduos deste blogue, o primeiro single divulgado do seu alinhamento de nove canções.
Agora chega a vez de conferirmos o tema Aselestine. É uma composição que tem em Georgia Hubley a grande protagonista vocal e que entronca na habitual bitola sonora do projeto, que ultimamente se tem abrigado numa espiral contemplativa e particularmente intimista, sem deixar de dialogar com as tendências mais atuais do indie rock. Tem um clima sonoro que, não deixando de entroncar naquele adn algo imediato e cru que formata a sensibilidade típica da banda, contém um toque de modernidade, sendo uma canção melodicamente amigável e imperdível. Confere...
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Yo La Tengo – Fallout
Depois de os Yo La Tengo terem andado em dois mil e vinte a divulgar uma música por dia durante uma semana, uma sequência que culminou com a edição de um EP instrumental intitulado We Have Amnesia Sometimes e de, no ocaso do mês de agosto desse ano, terem editado um outro EP intitulado Sleepless Night, um alinhamento de sete canções com um original e covers de Bob Dylan, The Flying Machine, The Delmore Brothers, Ronnie Lane e os The Byrds, agora, em pleno outono de dois mil e vinte e dois, a banda que nasceu em mil novecentos e oitenta e quatro pelas mãos do casal Ira Kaplan e Georgia Hubley (voz e bateria) e James McNew e que me conquistou definitivamente há quase uma década com o excelente Fade, volta às luzes da ribalta com o anúncio de um novo álbum intitulado This Stupid World, com lançamento previsto para o dia dez de Fevereiro do próximo ano, com a chancela da Matador Records.
This Stupid World, o décimo sexto disco da carreira dos Yo La Tengo, foi integralmente gravado e produzido pela banda natural de Hoboken, em Nova Jersey e Fallout é o primeiro single divulgado do seu alinhamento de nove canções. Fallout é uma composição que entronca na habitual bitola sonora do projeto, que ultimamente se tem abrigado numa espiral contemplativa e particularmente intimista, sem deixar de dialogar com as tendências mais atuais do indie rock. Tem um clima sonoro que, não deixando de entroncar naquele adn algo imediato e cru que formata a sensibilidade típica da banda, contém um toque de modernidade, sendo uma canção melodicamente amigável e até algo psicadélica, principalmente devido a gtuitarras que plasmam, ao longo dos seus mais de quatro minutos, um subtil jogo de cordas sobrepostas em diversas camadas melódicas ecoantes. Depois, o já famoso registo vocal sussurrante de Hubley, outra das marcas identitárias deste grupo mítico, dá o toque de lustro final numa canção que consideramos imperdível. Confere Fallout e o alinhamento e o artwork de This Stupid World...
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Real Estate – Days (Television cover)
Os Real Estate de Alex Bleeker estão a comemorar por estes dias o décimo aniversário do lançamento de Days, o segundo registo de originais da banda norte-americana e que viu a luz do dia em dois mil e onze. E estão a fazê-lo tocando o disco na íntegra em alguns concertos no país natal e também com a divulgação de uma cover do tema Days, um original dos Television que faz parte do mítico álbum Marquee Moon e que acabou por inspirar o nome desse que foi o segundo disco da carreira dos Real Estate, que, recordo, lançaram na passada primavera o EP Half A Human.
A nova roupagem que o grupo natural de Rodgewood, em Nova Jersey, dá ao original dos Television é bastante feliz e merece audição dedicada, porque a canção consegue captar a essência das duas bandas. Assim, enquanto escutamos a canção absorvemos a luminosidade simultaneamente orgânica e intimista dos Real Estate, assim como o pendor mais lo fi e psicadélico do grupo nova iorquino que liderou Tom Verlaine nos anos setenta e que tem aquele que é, para muitos, um dos melhores discos da história da música, esse Marquee Moon que continha o tema Days no seu alinhamento. Confere...
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Sharon Van Etten – Silent Night vs Blue Christmas
A dez dias do Natal, continuamos hoje a fazer o levantamento de alguns lançamentos discográficos alusivos a esta qudra festiva tão especial, tendo como proveniência bandas, artistas e projetos do universo sonoro indie e alternativo. E hoje a safra natalícia de dois mil e vinte leva-nos até Belleville, nos arredores de Nova Jersey, nos Estados Unidos da América, ao encontro de Sharon Van Etten, uma das vozes mais queridas da atualidade, uma mulher apaixonada, persistente e impulsiva e que, nos seus discos, com uma mão na indie folk e a outra no rock alternativo, letra após letra, verso após verso, foi-se abrindo connosco enquanto discutia consigo mesma, colocando-nos na primeira fila de uma vida, a sua, que vem acontecendo mesmo ali, diante de nós.
Esta cantora e compositora acaba de divulgar e disponibilizar para audição duas versões da sua autoria de dois verdadeiros clássicos de Natal. Uma delas é Silent Night, uma composição criada em mil oitocentos e dezoito por Franz Xaver Gruber, com letra de Joseph Mohr e um dos temas mais recriados da história da música, que Sharon Van Etten gravou há já dois anos para a curta-metragem The Letter assinada por Eric Paschal Johnson, dando-lhe um cunho pessoal algo denso e até intrigante, através de um sintetizador . A outra é Blue Christmas, um tema escrito por Billy Hayes e Jay W. Johnson, popularizado pelo Rei Elvis nos anos cinquenta do século passado, mas que foi gravado pela primeira vez por Doye O'Dell em mil novecentos e quarenta e oito. Sharon Van Etten recriou esta versão de Blue Christmas graciosamente, com a ajuda de uma viola acústica, há já onze anos, com o intuíto de fazer parte de um disco de beneficiência intitulado Do You EAR what I Ear, cujas receitas revertiam para a Association to Benefit Children, uma associação sedeada em Nova Iorque que luta contra o abuso, a negligência, a doença e a falta de habitação de crianças carentes. Confere...