man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Future Islands – Glimpse
Cerca de quatro anos depois do excelente registo As Long As You Are, os norte-americanos Future Islands regressaram aos discos em fevereiro último com um novo trabalho intitulado People Who Aren’t There Anymore, um alinhamento de doze canções que tinha a chancela da 4AD e que foi produzido por Steve Wright.
Eram vários os momentos altos de People Who Aren’t There Anymore, com canções como King Of Sweden, Deep In The Night ou Peach, a serem trechos sonoros centrais de um registo que apontou algumas novas matrizes à já riquíssima carreira dos Future Islands que, juntando rock e eletrónica, jogaram, nesse álbum, com equilíbrio, perspicácia e elevado sentido criativo estes dois mundos que sempre pareceram como água e azeite, mas que afinal podem tocar-se, sem haver fronteiras claras, nessa simbiose.
Agora, pouco mais de meio ano depois do lançamento de People Who Aren’t There Anymore, a banda norte-americana sedeada em Baltimore, no Maryland formada por Samuel T. Herring, Gerrit Welmers, William Cashion e Michael Lowry, divulga um novo tema intitulado Glimpse, uma canção que foi incubada durante o processo de gravação de People Who Aren’t There Anymore, mas que ficou de fora do seu alinhamento. Glimpse versa sobre um incêndio numa moradia familiar e os percas emocionais, físicas e materiais subjacentes ao evento e, tendo já direito a um vídeo assinado por Jayla Smith, contém um perfil sonoro eminentemente radiofónico e apelativo, assente em sintetizadores com uma forte tonalidade nostálgica oitocentista, um baixo vigoroso e anguloso e um registo percussivo que, como é norma nos Future Islands, impressiona pelo vigor e pela majestosidade. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Future Islands – People Who Aren’t There Anymore
Cerca de quatro anos depois do excelente registo As Long As You Are, os norte-americanos Future Islands estão de regresso aos discos com um novo trabalho intitulado People Who Aren’t There Anymore, um alinhamento de doze canções que tem a chancela da 4AD e que foi produzido por Steve Wright.
Os Future Islands chegam ao sétimo disco já com a percepção clara de que fazem parte, com inteiro mérito, dos lugares de topo do panorama sonoro em que se movimentam. Com essa conquista no bolso, a tentação de acomodação e repetição da fórmula vencedora dos trabalhos antecessores poderia ser grande, mas People Who Aren't There Anymore não cai nessa esparrela, sendo, claramente, mais um passo evolutivo do projeto, num disco que, mais uma vez, reflete imenso as experiências pessoais de Herring, mas também a passagem do tempo pelos membros da banda que sentiram imenso a situação pandémica que todos vivemos. São, em síntese, doze canções sonorizadas através de inspiradas e felizes interseções entre uma componente sintética bem vincada e onde os sintetizadores são reis e uma secção rítmica fluída, como é apanágio deste grupo formado pelo já citado Samuel T. Herring e ao qual se juntam Gerrit Welmers, William Cashion e Michael Lowry.
De facto, quem estiver familiarizado com o catálogo dos Future Islands, escuta People Who Aren't There Anymore e sente, no geral, um clima mais intrincado, carregado e melancólico do que o habitual. Continuam a existir, sonoramente, um anguloso convite à dança ao longo da audição, com especial ênfase para Give Me the Ghost Back, uma canção em que curiosamente, mais se sente, liricamente, o peso das angústias e dilemas que hoje sobrevoam este quarteto e que comprova a mestria da escrita de Samuel Herring, um verdadeiro prodígio a cantar, mas também primoroso quando segura a caneta na mão.
Portanto, canções como King Of Sweden, um épico tema de abertura recheado de cascatas de sintetizações inebriantes, que versa sobre a relação de Herring com a atriz sueca Julia Ragnarsson, The Fight, uma canção com um perfil mais climático e intimista e que convida o ouvinte a desligar-se da realidade que o rodeia e a entrar num universo muito pessoal, já que, na canção, Samuel Herring disserta sobre alguns dos seus demónios interiores, ou Say Goodbye, um tema que fala sobre o amor e as inseguranças que provoca quando é vivido à distância e que, sonoramente, impressiona pelo vigor e majestosidade das sintetizações borbulhantes e dos diversos entalhes percurssivos que vão sendo adicionados e que sustentam uma batida frenética, são exemplos que plasmam uma mescla feliz entre o orgânico e o sintético, sempre com a herança da melhor pop oitocentista em declarado ponto de mira, aquela pop movida a néons e plumas, mas que também não descura um olhar em frente, ao abarcar detalhes e arranjos que definem muita da melhor eletrónica que se vai escutando atualmente.
Em suma, People Who Aren't There Anymore é mais um momento sonoro em que os Future Islands, abrigados por uma já longa e distinta carreira, apontam algumas novas matrizes e precisam a sua inédita definição de pop, que juntando rock e eletrónica, não renega o rico passado que esses espetros sonoros contêm. Ao mesmo tempo que este quarteto sedeado em Baltimore, no Maryland, joga este jogo com equilíbrio, perspicácia e elevado sentido criativo, conjugando dois mundos que sempre pareceram como água e azeite, mas que afinal podem tocar-se, os Future Islands continuam a envolver-nos e a emocionar-nos sem haver fronteiras claras, nessa simbiose, relativamente a cada um dos dois territórios referidos. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Future Islands – Say Goodbye
Os norte-americanos Future Islands não lançam nenhum álbum desde o excelente registo As Long As You Are, de dois mil e vinte. Mas, desde então, não têm vivido um hiato criativo, nem têm estado em pousio. Além de terem lançado os singles Peach, em dois mil e vinte e um e King Of Sweden, o ano passado, recentemente andaram em digressão com os Weezer e Samuel T. Herring, o vocalista e líder da banda, participou ativamente em canções assinadas por billy woods, os Algiers e R.A.P. Ferreira. No entanto, esta pausa nos discos tem os dias contados, porque na próxima semana irá chegar aos escaparates um novo trabalho do projeto intitulado People Who Aren’t There Anymore, um alinhamento de doze canções que terá a chancela da 4AD e que foi produzido por Steve Wright.
Do novo álbum da banda natural de Baltimore, no Maryland, já foram alvo de revisão neste nosso espaço de divulgação o referido tema King Of Sweden, que abrirá o alinhamento de People Who Aren’t There Anymore, o single The Tower, que divulgámos oportunamente, no início do passado mês de novembro e The Fight, a nona canção do alinhamento do trabalho, que foi destaque no início de dezembro, uma canção com um perfil mais climático e intimista que os singles anteriores e que convidava o ouvinte a desligar-se da realidade que o rodeia e a entrar num universo muito pessoal, já que, na canção, Samuel Herring disserta sobre alguns dos seus demónios interiores.
Agora, a poucos dias da chegada de People Who Aren’t There Anymore aos escaparates, é possível escutar a composição Say Goodbye. É um tema que fala sobre o amor e as inseguranças que provoca quando é vivido à distância e que, sonoramente, impressiona pelo vigor e majestosidade das sintetizações borbulhantes e dos diversos entalhes percurssivos que vão sendo adicionados e que sustentam uma batida frenética. O resultado final, como é hábito nos Future Islands, assenta numa mescla feliz entre o orgânico e o sintético, com a herança da melhor pop oitocentista em declarado ponto de mira. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Future Islands – The Fight
Os norte-americanos Future Islands não lançam nenhum álbum desde o excelente registo As Long As You Are, de dois mil e vinte mas, desde então, não têm vivido um hiato criativo, nem têm estado em pousio. Além de terem lançado os singles Peach, em dois mil e vinte e um e King Of Sweden, o ano passado, recentemente andaram em digressão com os Weezer e Samuel T. Herring, o vocalista e líder da banda, participou ativamente em canções assinadas por billy woods, os Algiers e R.A.P. Ferreira.
No entanto, esta pausa nos discos tem os dias contados, porque a vinte e seis de janeiro próximo, irá chegar aos escaparates um novo trabalho do projeto intitulado People Who Aren’t There Anymore, um alinhamento de doze canções que terá a chancela da 4AD.
Do novo álbum da banda natural de Baltimore, no Maryland, já se conhece o referido tema King Of Sweden, que abrirá o alinhamento de People Who Aren’t There Anymore e o single The Tower, que divulgámos oportunamente, no início do passado mês de novembro. Agora chega a vez escutarmos The Fight, a nona canção do alinhamento do trabalho.
Com um perfil mais climático e intimista que os singles anteriores, em The Fight Samuel Herring convida o ouvinte a desligar-se da realidade que o rodeia e a entrar num universo muito pessoal, já que, na canção, o artista disserta sobre alguns dos seus demónios interiores, com a sua voz, sempre plena de amplitude, emotividade e intensidade, a ser acamada por sedutoras sintetizações repletas de charme, trespassadas por algumas guitarras ecoantes, num resultado final brilhante e que, como é hábito nos Future Islands, assenta numa mescla feliz entre o orgânico e o sintético, com a herança da melhor pop oitocentista em declarado ponto de mira. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Panda Bear & Sonic Boom - Go On
Os Panda Bear e o projeto Sonic Boom têm já uma longa história de parcerias, mais ou menos profícuas. Recordo que Peter Kember misturou e masterizou o registo Tomboy, disco a solo de Noah Lennox, a grande trave mestra dos Panda Bear e fez também parte dos créditos de produção de disco de dois mil e quinze, Panda Bear Meets The Grim Reaper, que à época fez furor na nossa redação. Entretanto, por essa altura, Kember mudou-se para Lisboa, onde Lennox, natural de Baltimore, no Maryland, já vive há ainda mais tempo e os dois artistas têm cimentado ainda mais uma relação que vai, finalmente, materializar-se num disco intitulado Reset, que irá ver a luz do dia em novembro com a chancela da Domino Recordings.
Reset terá como grande inspiração a coleção de discos de Peter Kember das duas primeiras décadas da última metade do século passado e terá vários samples desse acervo. Aliás, a demora na publicação de Reset deve-se com o processo de obtenção das indispensáveis autorizações para a utilização de vários trechos de outros artistas, desses anos cinquenta e sessenta.
Go On é o primeiro single revelado de Reset, uma composição que contém um sample do clássico de mil novecentos e sessenta e sete, Give It To Me, dos míticos The Troggs, uma banda inglesa que era formada por Reg Presley, Chris Britton, Pete Staples e Ronnie Bond. Uma guitarra agreste, sempre firme no jogo de cintura que mantém com diversas sintetizações inebriantes e diversos elementos percussivos das mais diversas proveniências, é a grande pedra de toque de uma composição que impressiona, como é hábito nos Panda Bear, pelo inconformismo experimental e pelo modo buliçoso como se mantêm particularmente inventivos mesmo num espetro sonoro onde é fácil cair na redundância e num certo marasmo, ou então, pior do que isso, resvalar para uma exacerbada radiofonia e um vício comercial que acabe por tolher, absorver e, no final, asfixiar projetos. Confere Go On e a tracklist de Reset...
Gettin’ To The Point
Go On
Everyday
Edge Of The Edge
In My Body
Whirlpool
Danger
Livin’ In The After
Everything’s Been Leading To This
Autoria e outros dados (tags, etc)
Beach House - Once Twice Melody
Quase meia década depois de 7, os Beach House, um projeto sedeado em Baltimore, no Maryland, formado pela francesa Victoria Legrand e pelo norte americano Alex Scally, estão de regresso com Once Twice Melody, a sua obra mais grandiosa, um megalómano alinhamento de dezoito canções que duram mais de oitenta minutos verdadeiramente épicos e que comprovam que esta dupla nunca foi nem será nada timida a cortejar o infinito, porque não receia desafiá-lo.
Entre a luz e a escuridão é muitas vezes efémera a distância que separa estes dois mundos tão díspares. Mas a música dos Beach House consegue sublimar, quase sem se distinguir a fronteira entre duas realidades que, ao som desta dupla, parecem tudo menos distintas. De facto, este Once Twice Melody, que é, curiosamente, o primeiro registo que os próprios Beach House produzem, tem logo no tema homónimo esse perfume de interação, com os sintetizadores a fornecerem nuances predominantemente claras e reluzentes e o baixo e as guitarras a pintarem tonalidades mais obscuras, mas repletas de charme, numa composição que nos coloca de frente, sem apelo nem agravo, para a filosofia estilística que encharca todo o disco. Entre esses dois pontos efêmeros, Victoria Legrand e Alex Scally se deleitam na interação de sombra e luz, o perfume das flores desabrochando à noite, a rapsódia da própria sensação. Superstar, logo a seguir, dá um cariz ainda mais superlativo e sumptuoso, com Pink Funeral a dissolver definitivamente o nosso ouvido numa trama que tem também, diga-se, uma forte componente cinematográfica no seu âmago.
Já capturados e sem possibilidade de nos libertarmos de tais amarras, na ziguezagueante cosmicidade de Through Me, na languidez metálica de Runaway e no perfume aveludado de ESP prossegue este verdadeiro devaneio pop, que sem deixar de descrever a habitual marca registada dos oito registos que fazem já parte do cardápio dos Beach House, ganha, neste Once Twice Melody, laivos de superlativo requinte.
Até ao ocaso do registo, o caráter e o cenário nunca mudam, mesmo que no techno melódico de Only You Know, nos coros celestiais de Over And Over e em Illusion Of Forever pareça haver uma vontade de espreitar territórios um pouco mais agrestes e progressivos. Há guitarras acústicas repletas de vocoders mágicos, sintetizadores analógicos aquosos e mudanças de acordes que explodem como fogos de artifício contra o céu noturno, refrões crescentes e conjuntos sumptuosos de sintetizadores, mas a essência de som permanece sempre inabalável e suporta com distinção o natural desgaste dos minutos, dada a duração do alinhamento do disco.
Colocando Once Twice Melody em perspetiva, relativamente ao trajeto da banda, parece-me claro referir que toda a carreira dos Beach House sabe a um longo e gradual processo de transformação, um caminho lentamente sinuoso que levou a dupla até este ponto. Ao longo dos anos, eles fizeram ajustes subtis no lânguido modelo de slowcore que criaram para si desde o homónimo de dois mil e seis, passando pela veludez de Depression Cherry e o musculado shoegaze de 7, até chegarem a um ponto em que, tendo construído nesse longínquo disco de estreia a embarcação em que navegam, ao longo da viagem é como se tivessem substituido, gradualmente, todas as suas peças, desde o mastro, ao cordame, passando pelas velas e o casco, até não restar uma única peça original do barco, com o definitivo novo navio personificado neste Once Twice Melody a ser, no fundo, exatamente a mesma embaracação com que iniciaram a jornada. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Bill Callahan – Gold Record
Nascido em mil novecentos e sessenta e seis, Bill Callahan é um músico norte americano, natural de Silver Spring, no Maryland. A sua carreira musical começou na década de noventa com o bem sucedido projeto Smog e desde então Callahan não sabe o que é descanso. Depois de em dois mil e cinco ter lançado A River Ain’t Too Much To Love, o último disco nos Smog, começou a carreira a solo em 2007 com Woke on a Whaleheart, logo após ter assinado pela editora independente Drag City. Mas o melhor ainda estava para vir; Lançado em 2009, Sometimes I Wish We Were an Eagle resgatava toda a funcionalidade e beleza das composições da antiga banda do músico e figurou nas listas de alguns dos melhores lançamentos desse ano. Depois, em dois mil e onze, Apocalypse vinha embutido com a palavra paradoxo, devido à beleza e mistério de um álbum feito à base de guitarras eléctricas, mas embutidas em sonoridades folk, a roçarem o country e o jazz, nuances que foram determinantes para o esboço do conteúdo de Shepherd In A Sheepskin Vest, o álbum que o músico norte-americano lançou o ano passado e que já tem sucessor.
Mais do que um simples registo de canções avulsas e que procuram dissertar abstratamente e filosoficamente sobre o amor ou as agruras ou benesses deste mundo em que vivemos, Gold Record, o novo álbum de Bill Callahan, é um compêndio de histórias simples, mas cheias de brilho, intensidade e mérito, porque são concretas. Este novo alinhamento de Callahan demonstra que um grande disco não tem de ser liricamente intrincado e, além da componente sonora qualitativamente superior, não tem de ter poemas semanticamente elaborados, para ser classificado como tal. Às vezes, uma coleção bem pensada de histórias simples, contada com as palavras certas e acessíveis e sem desnecessárias preocupações estilísticas, é meio caminho andado para assegurar um registo discográfico de superior quilate. E este é, sem dúvida, o grande trunfo de Gold Record, um alinhamento de dez temas que escavam a cultura norte americana para encontrar um tesouro de raízes identitárias, fazendo-o, sonoramente, com a toada eminentemente acústica que define o adn do músico, plasmada num registo interpretativo que privilegia aquele formato canção que vai gradativamente agrupando novos elementos e sons distintos, até um final envolvente e, liricamente, feito com uma sucessão de histórias com as quais todos nós nos identificamos facilmente, já que certamente, apropriando-nos delas e dando-lhes um ou outro retoque, temos impressivos relatos de alguns momentos marcantes da nossa existência pessoal.
Assim, se Ry Cooder é, por exemplo, uma homenagem sentida de Callahan ao guitarrista de Los Angeles com esse nome e que já foi considerado um dos melhores da história da música contemporânea, em The Mackenzies conferimos o relato de alguém que tem um vizinho que sempre lhe suscitou enorme curiosidade e vontade de conhecer, faltando a coragem para a aproximação. Tendo um subito problema no carro, vê-se obrigado a contar com a sua ajuda, nascendo assim uma relação de amizade profunda entre duas pessoas que sempre se quiseram conhecer mas nunca conseguiram dar o primeiro passo e que envolve jantares em que abundam as trocas de experiências e memórias sobre o passado de cada um, nomeadamente as relações que ambos têem com os seus filhos. Depois, se Protest Song versa sobre a experiência pouco enriquecedora que é, na generalidade, visualizar nos dias de hoje televisão, já Another Song descreve aquele magnetismo de um casal que anseia pelo momento do reencontro
Disco com uma notável componente narrativa e que comprova, com enorme mestria e refinadíssima acusticidade, a superior capacidade interpretativa de Callahan aos comandos de uma viola, mas sem deixar de conter também instrumentação sofisticada e plural, Gold Record foi idealizado por uma espécie de trovador da era moderna, que sussura contos pessoais, enquanto comunica directamente connosco e, ao mesmo tempo, parece que fala consigo próprio. Espero que aprecies a sugestão...
01. Pigeons
02. Another Song
03. 35
04. Protest Song
05. The Mackenzies
06. Let’s Move To The Country
07. Breakfast
08. Cowboy
09. Ry Cooder
10. As I Wander
Autoria e outros dados (tags, etc)
Bill Callahan – Ry Cooder
Nascido em mil novecentos e sessenta e seis, Bill Callahan é um músico norte americano, natural de Silver Spring, no Maryland. A sua carreira musical começou na década de noventa com o bem sucedido projeto Smog e desde então Callahan não sabe o que é descanso. Depois de em dois mil e cinco ter lançado A River Ain’t Too Much To Love, o último disco nos Smog, começou a carreira a solo em 2007 com Woke on a Whaleheart, logo após ter assinado pela editora independente Drag City. Mas o melhor ainda estava para vir; Lançado em 2009, Sometimes I Wish We Were an Eagle resgatava toda a funcionalidade e beleza das composições da antiga banda do músico e figurou nas listas de alguns dos melhores lançamentos desse ano. O segundo disco, Sometimes I Wish We Were An Eagle chegou dois anos depois e, em dois mil e onze, Apocalypse vinha embutido com a palavra paradoxo, devido à beleza e mistério de um álbum feito à base de guitarras eléctricas, mas embutidas em sonoridades folk, a roçarem o country e o jazz, nuances que foram determinantes para o esboço do conteúdo de Shepherd In A Sheepskin Vest, o álbum que o músico norte-americano lançou o ano passado e que já tem sucessor.
Gold Record, o novo disco de Bill Callahan, chega aos escaparates no início do próximo mês de setembro, à boleia da Drag City. Terá dez canções, uma nova versão de Let’s Move to the Country, um dos momentos altos de Knock Knock (1999), para muitos a obra-prima dos Smog e outros temas que foram sendo revelados nas últimas semanas, Pigeons, Another Song, 35, Protest Song, The Mackenzies, Breakfast e, mais recentemente, Ry Cooder, composições que vão comprovando, com enorme mestria e refinadíssima acusticidade, a superior capacidade interpretativa de Callahan aos comandos de uma viola.
Mantendo a toada eminentemente acústica que define o adn do músico, Ry Cooder é uma homenagem sentida de Callahan ao guitarrista de Los Angeles com esse nome e que já foi considerado um dos melhores da história da música contemporânea. Rica em arranjos e tiques, dos quais sobressaiem alguns insinuantes metais e teclas de um piano longínquo, Ry Cooder é a canção mais divertida e também ritmicamente a mais afoita das que Callahan já divulgou do seu novo trabalho Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Bill Callahan – Breakfast
Nascido em mil novecentos e sessenta e seis, Bill Callahan é um músico norte americano, natural de Silver Spring, no Maryland. A sua carreira musical começou na década de noventa com o bem sucedido projeto Smog e desde então Callahan não sabe o que é descanso. Depois de em dois mil e cinco ter lançado A River Ain’t Too Much To Love, o último disco nos Smog, começou a carreira a solo em 2007 com Woke on a Whaleheart, logo após ter assinado pela editora independente Drag City. Mas o melhor ainda estava para vir; Lançado em 2009, Sometimes I Wish We Were an Eagle resgatava toda a funcionalidade e beleza das composições da antiga banda do músico e figurou nas listas de alguns dos melhores lançamentos desse ano. O segundo disco, Sometimes I Wish We Were An Eagle chegou dois anos depois e, em dois mil e onze, Apocalypse vinha embutido com a palavra paradoxo, devido à beleza e mistério de um álbum feito à base de guitarras eléctricas, mas embutidas em sonoridades folk, a roçarem o country e o jazz, nuances que foram determinantes para o esboço do conteúdo de Shepherd In A Sheepskin Vest, o álbum que o músico norte-americano lançou o ano passado e que já tem sucessor.
Gold Record, o novo disco de Bill Callahan, chega aos escaparates no início do próximo mês de setembro, à boleia da Drag City. Terá dez canções, uma nova versão de Let’s Move to the Country, um dos momentos altos de Knock Knock (1999), para muitos a obra-prima dos Smog e outros temas que foram sendo revelados nas últimas semanas, Pigeons, Another Song, 35, Protest Song, The Mackenzies e, mais recentemente, Breakfast, composições que vão comprovando, com enorme mestria e refinadíssima acusticidade, a superior capacidade interpretativa de Callahan aos comandos de uma viola.
Mantendo a toada eminentemente acústica que define o adn do músico, Breakfast é, possivelmente, a canção mais intrincada de todas as que Callahan já divulgou do seu novo trabalho, um agregado de diversas camadas instrumentais e soberbos e charmosos arranjos e entalhes, que têm primazia nas cordas, com particular ênfase no registo interpretativo sublime das guitarras. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Bill Callahan – The Mackenzies
Nascido em mil novecentos e sessenta e seis, Bill Callahan é um músico norte americano, natural de Silver Spring, no Maryland. A sua carreira musical começou na década de noventa com o bem sucedido projeto Smog e desde então Callahan não sabe o que é descanso. Depois de em dois mil e cinco ter lançado A River Ain’t Too Much To Love, o último disco nos Smog, começou a carreira a solo em 2007 com Woke on a Whaleheart, logo após ter assinado pela editora independente Drag City. Mas o melhor ainda estava para vir; Lançado em 2009, Sometimes I Wish We Were an Eagle resgatava toda a funcionalidade e beleza das composições da antiga banda do músico e figurou nas listas de alguns dos melhores lançamentos desse ano. O segundo disco, Sometimes I Wish We Were An Eagle chegou dois anos depois e, em dois mil e onze, Apocalypse vinha embutido com a palavra paradoxo, devido à beleza e mistério de um álbum feito à base de guitarras eléctricas, mas embutidas em sonoridades folk, a roçarem o country e o jazz, nuances que foram determinantes para o esboço do conteúdo de Shepherd In A Sheepskin Vest, o álbum que o músico norte-americano lançou o ano passado e que já tem sucessor.
Gold Record, o novo disco de Bill Callahan, chega aos escaparates no início do próximo mês de setembro, à boleia da Drag City. Terá dez canções, sendo uma delas uma nova versão de Let’s Move to the Country, um dos momentos altos de Knock Knock (1999), para muitos a obra-prima dos Smog. São vários quatro os singles divulgados de Gold Record; Começámos por apreciar Pigeons, depois foi a vez de Another Song, 35 e Protest Song, temas que foram comprovando, com enorme mestria e refinadíssima acusticidade, a superior capacidade interpretativa de Callahan aos comandos de uma viola.
Agora, no ocaso de julho, chega a vez de nos rendermos a The Mackenzies, mais uma história que Callahan nos conta, como é hábito nas suas letras, que contêm sempre uma impressiva componente narrativa, feita muitas vezes na primeira pessoa. Desta vez escutamos o relato de alguém que tem um vizinho que sempre lhe suscitou enorme curiosidade e vontade de conhecer, faltando a coragem para a aproximação. Tendo um subito problema no carro, vê-se obrigado a contar com a sua ajuda, nascendo assim uma relação de amizade profunda entre duas pessoas que sempre se quiseram conhecer mas nunca conseguiram dar o primeiro passo e que envolve jantares em que abundam as trocas de experiências e memórias sobre o passado de cada um, nomeadamente as relações que ambos têem com os seus filhos. Sonoramente, a canção tem um travo blues bastante covincente, desenvolvendo-se lentamente e com as cordas a absorver, como é hábito, soberbos e charmosos arranjos e entalhes, das mais diversas proveniências. Confere..