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Man On The Moon faz hoje 25 anos.

Terça-feira, 21.11.17

Clássico intemporal e, no meu caso, um lema e um manual existencial, Man On The Moon, a canção da minha vida, viu a luz do dia, em formato single, a vinte e um de novembro de mil novecentos e noventa e dois, faz precisamente hoje, dia vinte e um de novembro de dois mil e dezassete, vinte e cinco anos. Composição que dá nome a este blogue e ao respetivo programa de rádio na Paivense FM e para alguns uma espécie de alcunha minha, já que é rápida a associação que fazem entre esta música e a minha pessoa, tem um significado muito próprio para a minha história pessoal, já que foi e ainda é a banda sonora principal dos últimos vinte e cinco anos da minha vida.

Recentemente, à publicação New Musical Express, Bill Berry, o baixista dos R.E.M., explicou de modo muito detalhado toda a história que envolve esta canção, desde o modo como ela nasceu e foi concebida, até ao ideário que pretende transmitir, terminando na descrição sobre o modo como o icónico vídeo dessa canção foi idealizado e concebido.

Resultado de imagem para r.e.m. 1992

Terminada no último dia de gravações de Automatic For The People num estúdio em Seattle, Man On The Moon, uma obra de arte índie, começou por ser uma demo instrumental intitulada C to D Slide, criada numa guitarra pelo baterista Bill Berry, á qual Michael Stipe juntou, mais tarde, uma das suas melhores letras. E fê-lo por exigência dos restantes membros da banda que achavam que aquela melodia tinha uma história muito significativa para contar.

Assim, com conceitos como crença, jogo, dúvida, conspiração e verdade na mente e com Andy Kaufman, um entertainer famoso e controverso na América dos anos setenta que Stipe admira profundamente, a servir de fio condutor de todos eles, Michael colocou-nos a todos a pensar no que seria a nossa vida hoje se Charles Darwin não tivesse tido a coragem de colocar em causa algumas verdades insofismáveis ou se, no pacote das mesmas e de modo mais alegórico, se a aterragem na lua, a passagem de Moisés por um mar vermelho seco ou a morte de Elvis e do próprio Kaufman, realmente sucederam. E ele fez isso com o propósito claro de nos mostrar que mais importante que a aleatoriedade do jogo (Monopoly, twenty-one, checkers, and chess... Let's play Twister, let's play Risk) todas essas teorias ou questões metafísicas que muitas vezes nos turvam a visão e nos tolhem a mente, é aquilo que guardamos dentro de nós e a força que temos para acreditar nas nossas virtudes e, desse modo, nunca desistirmos de atingir os nossos maiores sonhos que define o nosso destino.

If you believe there's nothing up his sleeve, then nothing is cool.

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publicado por stipe07 às 20:26

Music Go Music - Inferno

Sexta-feira, 01.08.14

Music Go Music

Oriundos de Los Angeles, os norte americanos Music Go Music são um excitante trio formado Gala Bell, Kamer Maza e Torg, que vai lançar já em outubro Impressions, o novo trabalho da banda, através da Secretly Canadian.

Acabado de divulgar e disponibilizado gratuitamente pelos Music Go Music, o single Inferno é mais um avanço promissor relativamente ao conteúdo desse álbum, um tema predominantemente sintético, mas feito de alegria e com sabor a Verão, divertido, dançante, um groove que resgata todo o espírito dos setentas e dos oitentas, com um certo travo à soul típica da motown, mas com corpo de século XXI. Confere...

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publicado por stipe07 às 11:37

Air - Le Voyage Dans La Lune

Terça-feira, 07.02.12

O novo disco dos Air, editado hoje através da Virgin e com direito a site oficial, chama-se Le Voyage Dans La Lune e faz uma homenagem ao filme do compatriota francês George Méliès, um dos percussores do cinema, que lançou em 1902 o filme experimental Viagem à Lua. A importância de tal obra cinematográfica, de apenas catorze minutos, é enorme porque pode ser considerado como o primeiro filme de ficção da história do cinema, num tempo em que essa forma de arte retratava, na maioria das vezes, o quotidiano. Méliès conseguiu oferecer uma fantasia que almejava o entretenimento puro e simples e abriu as portas do fantástico no cinema.

Diversão e entretenimento puro e simples não são bem o DNA dos Air, mas a banda tem a qualidade e o charme suficientes para embarcar numa viagem deste género. O disco tem algumas participações especiais, nomeadamente de Victoria Legrand, a diva dos Beach House, em Seven Stars e da banda Au Revoir Simone, em Who Am I Now?, que interrompem ambientes digitais e funk, já que a viagem é quase toda instrumental. O primeiro avanço é mesmo Seven Stars e a participação de Victoria encaixa como uma luva no universo electro dream pop do duo francês. A sonoridade do álbum mantém a mesma dose de mistério e fantasia que o filme, não faltando os foguetes espaciais, os curiosos em terra alheia e os alienígenas que se descobrem antes do regresso à Terra. As onze canções são construídas de forma bastante orgânica, carregadas de piano, bateria e outros elementos que nos tiram do chão em direção ao espaço.

Acaba por ser um álbum que abarca todas as influências plasmadas na discografia dos Air; Não é a primeira vez que a dupla francesa se arrisca numa banda sonora e acabam por haver aqui, naturalmente, alguns tiques sonoros em comum com o The Virgin Suicides. Mas a melhor novidade durante a audição deste Le Voyage Dans La lune é perceber que aproxima a banda dos primeiros discos, nomeadamente o Moon Safari.   

A lua sempre foi uma das minhas maiores confidentes, confunde-se com a minha personalidade , moldou-a e sempre me disse muito. Por isso, se um disco relacionado com a lua já se tornaria obrigatório para mim, um álbum que pretende servir de banda sonora para um filme incrível e que retrata de forma fantástica e sonhadora uma viagem a esse astro, ganha um cariz absolutamente fundamental na minha discoteca particular, ainda mais quando nela pode ser encontrada toda a discografia desta dupla francesa.

Se nos últimos álbuns perdeste o contato com Godin e Dunckel, este Le Voyage Dans La Lune pode ser o bilhete de retorno necessário para reencontrares de novo os Air que aprecias, porque a viagem à lua será garantida! O lançamento terá uma edição especial que acompanha um DVD com a íntegra da versão do filme sonorizada pela dupla. Espero que aprecies a sugestão...

Air - Le Voyage Dans La Lune

01. Astronomic Club
02. Seven Stars
03. Retour Sur Terre
04. Parade
05. Moon Fever
06. Sonic Armada
07. Who Am I Now?
08. Décollage
09. Cosmic Trip
10. Homme Lune
11. Lava

 
E o filme... 

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www.ilike.com/artist/Air

www.youtube.com/airofficial

www.thevinylfactory.com

twitter.com/airofficial

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publicado por stipe07 às 19:06

R.E.M. Gone Wrestling...

Quinta-feira, 22.09.11

Ontem, dia 21 de setembro, os R.E.M. anunciaram ao mundo o fim de uma grande aventura com mais de 30 anos no site oficial da banda. Estava sentado no sofá de casa a ouvir a primeira faixa de Rumspringa, o disco mais recente do projeto Canon Blue, quando oportal Stereogum, através da rede social Facebook, surgiu-me perante o olhar com uma atualização onde se lia R.E.M. quits. Muito sinceramente, tenho uma dificuldade imensa em descrever o que senti naquele preciso momento, o enorme vazio que instantaneamente se apoderou de mim! Fiquei sem vontade nenhuma de abrir o link e ler o conteúdo e senti uma necessidade imensa de abrir bem os meus olhos e respirar fundo para não me deixar abater emocionalmente pelo que iria ler. Carreguei então no dito link que de imediato me remeteu para o comunicado oficial da banda e que ontem transcrevi neste blogue.

À medida que os anos vão passando, crescemos, a nossa vida evolui e avança, passamos por experiências boas e amargas e, se tudo for correndo bem, atingimos sonhos e objetivos. E ao longo dessa caminhada há sempre marcas, pessoas, circunstâncias e factos da nossa vida, ideias, sonhos e desejos que nos acompanham e marcam a nossa identidade, como se fossem um carimbo ou uma tatuagem invisivel, que não se vê, mas que nós e os que connosco convivem sabem que existe e que está lá. E os R.E.M. são, sem a mínima hesitação, uma marca na minha vida, um descritor essencial da minha identidade, algo indissociável da meu eu enquanto pessoa, doa a quem doer, como sabem todos aqueles que porventura me conhecem minimamente e possam estar a ler este texto.

Poderá haver quem me ache demasiado sentimental e lamechas (só eu sei o quanto algumas músicas dos R.E.M. contribuiram ao longo da minha vida para alimentar esta marca da minha personalidade) em determinados momentos e situações da minha existência; Neste facto concreto, o fim dos R.E.M. enquanto banda, tenho todo o direito de o ser e de extravasar a minha imensa mágoa, exatamente porque eles são, como referi, uma caraterística essencial da minha identidade!

Sei que pode haver quem ache um exagero falar assim, mas sinto que ontem perdi um bom amigo e que ele deixou um vazio cá dentro que ninguém (neste caso uma banda) poderá colmatar! Foi como se tivesse deixado de ter ao meu lado um ser que estava sempre ali, que me ouvia quando colocava um disco deles a tocar, com quem falava nos meus passeios e viagens, nos meus momentos de solidão e mais pessoais e por quem esperava avidamente por notícias e novidades! Agora ficam-me apenas as recordações desse amigo, na vasta discografia que guardo lá em casa, como se fossem cartas que me escreveu e me deixou para eu ler sempre que queira!

Não há neste momento aquele sentimento de luto até porque hoje já sorri imenso por causa dos R.E.M.. Mas a tristeza invade-me e não tenho vergonha de o confessar! No fundo e dentro do orgulho que sinto por eles, confesso que entendo a escolha que fizeram e como até, neste momento final, conseguiram manter a sua integridade intata.
Musicalmente, acompanharam-me desde a minha infância, os seus álbuns foram fundamentais na minha formação pessoal e, tal como tantos outros fãs que conheço, foram juntamente com os Radiohead e os Sigur Rós a banda que até hoje mais me marcou.
Quando, em 1989, vi pela primeira vez na RTP 2 os videos de The One I Love e Stand, colaram-se logo no meu ouvido e no meu ser, numa época em que ainda não havia internet ou cds e tinha-se de fazer figas para conseguir visualizar de novo algo que nos marcasse devido à inexistência do youtube. Um tempo em que encontrar uma cassete dos R.E.M. obrigava a uma viagem de comboio ao Porto e a uma procura exaustiva em lojas que hoje, infelizmente , já não existem. Recordo-me, como se fosse ontem, da excitação que senti quando comprei o Automatic For The People em 1992, numa loja de discos que conhecia de fio a pavio, no centro comercial Oita em Aveiro e depois desse, sempre essa mesma excitação enorme e feliz que palpitava cá dentro, por saber que iria explorar, descobrir e ouvir os outros catorze, além dos DVD's, coletaneas e cd singles que fui adquirindo ao longo de quase vinte anos. Esse disco é hoje um marco decisivo na minha existência, um dos meus objetos mais valiosos, o número um de uma coleção musical física felizmente já extensa e da qual me orgulho.
Os R.E.M. pontuaram toda a minha vida pessoal, serviram de banda sonora para vários momentos lindíssimos (tenho, na minha cabeça, vários vídeos pessoais que eu próprio filmei de algumas músicas deles), serviram para encontrar amigos e criei com aqueles aquela relação fã / ídolos, que quase não existe nos jovens de hoje, criados nas facilidades e na transitoriedade própria da internet e desta aldeia cada vez mais global.
Assisti a dois concertos da banda! Ambos no Pavilhão Atlântico e dos quais destaco o primeiro, em 1999, pela enorme surpresa que me foi proporcionada e pela companhia de um grande amigo, dos poucos que entendem esta minha devoção e que fará sempre parte da minha vida.
Poderia escrever também sobre as letras que mais me marcaram, sobre a voz inconfundível do meu guru, Michael Stipe, uma das poucas pessoas com quem não desdenharia trocar de pele por alguns dias, mas esta despedida é apenas um modo de dizer, porque as canções, essas estarão sempre aqui!
Obrigado R.E.M. pelo legado de quinze discos que guardo religiosamente na solarenga escadaria de minha casa, todos eles para mim intemporais e que continuarei a ouvir com o mesmo prazer de sempre!
Obrigado pelas letras de cerca de duzentas músicas que me ficaram no ouvido e de algumas melodias nostálgicas que jamais me deixarão, pela escrita e presença de Michael Stipe em palco, pelo virtuosismo e discrição do verdadeiro líder da banda, Peter Buck, pelos falsetes, baixo e pianos inesquecíveis de Mike Bills, um dos melhores baixistas que tive a oportunidade de ouvir tocar e, não me esqueço dele, pelo Bill Berry, que apesar de não integrar a banda há cerca de treze anos, escreveu a magnífica Perfect Circle e é um dos bateristas mais virtuosos que alguma vez ouvi tocar!
No comunicado oficial a banda refere que se despede com enorme sentido de gratidão e de deslumbramento por tudo o que conseguiram. Eu é que agradeço com enorme sentido de gratidão e deslumbramento por tudo o que consegui por vossa causa! Sem vocês não teria nunca feito Djing, não teria iniciado a coleção de discos que agora tenho, não teria criado este blogue, não teria convencido os extintos The Otherside a fazerem uma versão acústica de I've Been High, não me teria privado de bens que gosto para poder segui-los e adquirir a sua discografia e não teria feito tantas outras coisas que agora não me consigo recordar...
É óbvio que eles nunca se venderam a ninguém e foram sempre, como referem no dito comunicado, uma banda no verdadeiro sentido da palavra, irmãos que se respeitavam e amavam e que talvez este fosse mesmo o momento certo, sem mágoas, porque, de acordo com Michal Stipe, tudo tem um fim.
Ontem foi então o fim de uma banda que foi da garagem até à lua e que me levou nessa viagem com eles... Portanto, se alguém quiser saber onde me encontrar de agora em diante, é lá em cima que eu estou! É que depois de, também devido a eles, ter atingido este estado de alma em que vivo hoje e ser a pessoa que sou, não exigo menos para o resto dos meus dias!
Queridos R.E.M.: Vocês criaram a banda sonora da minha vida! Entre tantas e tantas outras que decorei e me emocionam sempre que as ouço, escreveram Be Mine com a qual amo Smartieees e escreveram Man On The Moon que me faz querer todos os dias ser um bocadinho de Andy Kaufman e dizer umas piadas, mesmo sem graça, e ser uma pessoa sorridente, bem disposta, alegre e feliz para todos aqueles que me rodeiam, além de nunca querer desistir dos meus sonhos, por mais inacessíveis que eles pareçam! Um dia, com um imenso orgulho, hei-de passar para alguém quase igual a mim este legado que vocês me deixaram...
Obrigado R.E.M.
Vamo-nos vendo por aí... ;)

Deixo agora um vídeo da NASA que mostra como há alguns dias atrás Michal Stipe entrou em direto com alguns astronautas da última missão do Space Shuttle Atlantis para partilhar com eles Man On The Moon e (decisão difícil), por ordem cronológica, algumas das minhas mais...
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
 

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publicado por stipe07 às 20:33

Música do dia...

Sábado, 14.05.11

1/2 vida na maioridade...

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publicado por stipe07 às 09:58

Despicable Me

Quarta-feira, 20.10.10

Sempre adorei filmes de animação e quem acompanha Man On The Moon, sabe que raramente deixo escapar uma estreia. E com o aproximar da quadra natalícia, fico ansiosamente à espera de conhecer os novos lançamentos, porque geralmente os maiores estúdios de animação guardam os grandes trunfos para esta época. Em 2010 parece que as boas novidades começam mais cedo!

 

 

Estreia amanhã por cá Gru - O Maldisposto (Despicable Me), o filme de estreia da Illumination Entertainment, um estúdio de animação recente, criado em 2007 e que tem nesta obra a sua grande prova de fogo. A história gira à volta de Gru, o segundo maior super-vilão do mundo, ajudado pelo simpático e inventivo Dr. Nefario, o seu braço-direito! Os seus planos maléficos estão sempre a ser ultrapassados por Vector, este sim, o maior super-vilão do mundo!

Gru vive num feliz bairro suburbano, rodeado por pequenas cercas brancas, com roseiras floridas, mas numa casa negra com a relva morta e rodeado por um pequeno exército de Mínimos. Neste vasto esconderijo secreto ele planeia o maior golpe na história do mundo... roubar a Lua! Armado com o seu arsenal de raios de encolher, raios de congelar e veículos de guerra para terra e ar, ele arrasa todos aqueles que se atravessam no seu caminho! Mas um dia encontra três pequenas orfãs, Margo, Edith e Agnes, que vêm nele algo que ninguém mais viu: um potencial Pai. Portanto, parece-me que o (ainda) segundo maior vilão do mundo encontra nestas crianças o seu maior desafio: SuperBad vs SuperDad.

Estou curioso para descobrir se Gru vai conseguir roubar a Lua, para aprender como se faz e copiar! Já que lá vou frequentemente, nada melhor do que trazê-la um dia para casa...

O trabalho de realização foi dividido a meias por Pierre Coffin e Chris Renaud, ambos sem anteriores obras cinematográficas de relevo. Coffin tinha realizado uma curta de animação, em 2003, intitulada, Gary's Fall e Renaud uma outra, também de animação, No Time For Nuts, em 2006.

O filme conta, na versão portuguesa, com as vozes de Nicolau Breyner e David Fonseca, entre outros e tornou-se esta semana no mais visto nos EUA, destronando o vampiresco e dispensável Eclipse.

Acho que estamos perante uma proposta de cinema muito divertida e para toda a família! E parece-me que a tecnologia 3-D dá mais um passo em frente, devido ao aspecto inovador e engraçado dos bonecos, apesar de usar a mesma técnica vista em The Incredibles, da Pixar.

Aqui acedes ao divertido e bastante interactivo site oficial do filme, para Portugal. E deixo o meu trailer preferido... Simples, mas de morrer a rir!

 

Título Original: Despicable Me

Intérpretes: Steve Carell, Jason Segel, Russell Brand

Realização: Pierre Coffin, Chris Renaud

Género: Animação

Site Oficial: Internacional

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publicado por stipe07 às 21:55

Perseids

Sexta-feira, 27.08.10

Apaixonado que sempre fui pela astronomia, desde muito novo tive predilecção pelo céu e por observar a sua beleza natural. Na idade em que tudo parece possível e o sonho e a realidade confundem-se tantas vezes durante o processo de percepção e entendimento do mundo que nos rodeia, quis ser um astronauta só para poder ir lá acima, tocar nas estrelas e pisar a Lua. Uns anos depois, ao ler O Principezinho de Saint- Exupéry, senti o conforto dessa viagem, razão pela qual este é, sem dúvida, o livro da minha vida!

 

 

Todas as pessoas grandes começaram por ser crianças, embora poucas se lembrem disso. (...) Os olhos são cegos. É preciso procurar com o coração.

 

O mês de Agosto é, no hemisfério norte, o melhor mês do ano para observar o céu, desde que as condições atmosféricas o permitam! E este ano, Agosto tem tido noites excepcionais, anormalmente límpidas e que têm permitido avistar fenómenos espectaculares. Saliento a fantástica Lua Cheia que tem sido possível visualizar há algumas noites. Estou sempre particularmente atento ao período da Lua Cheia; É o período do mês em que gosto mais de observar esta minha confidente e asseguro que não guardo na memória uma fase tão deslumbrante como a desta semana.

Entretanto, e mais uma vez guiado pela música, neste caso dos Sigur Rós, descobri outro fenómeno astronómico anual e que assumiu proporções espectaculares em 2010; Refiro-me à chuva de meteoritos de Perseides, observável anualmente no hemisfério norte.

A chuva de meteoritos de Perseides está associada ao cometa Swift Tuttle. Consiste em partículas e poeiras deixadas por esse cometa, cuja viagem sucede numa órbita de 130 anos. O fenómeno foi baptizado assim porque é visível junto à constelação de Perseus, em plena via láctea. A chuva de meteoritos começa a ser visível a partir de meados de Julho, mas o pico da actividade acontece sempre na segunda semana de Agosto, atraindo a atenção de astrónomos e simples curiosos... como eu!

Este ano, alguém observou o fenómeno nos Estados Unidos, entre os dias 12 e 15 de Agosto, no famoso parque nacional Joshua Tree e fez um vídeo, com banda sonora dos Sigur Rós. Vale a pena espreitar...

 

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publicado por stipe07 às 14:13

O Menino Que Sonhava Chegar À Lua - Sally Nicholls

Sábado, 29.05.10

Sam tem 11 anos e uma leucemia em estado terminal. A mãe deixou de trabalhar para ficar em casa onde a Sra. Willis prossegue com Sam um programa de estudos que Félix, o seu grande amigo que conheceu no hospital, compartilha. Juntos têm momentos excitantes de puro divertimento e, porque são apenas crianças, cada dia é para eles uma nova aventura. sam sabe que vai morrer mas lida com isso de forma positiva, sabendo que tem de fazer as suas coisas sem perder tempo. Confrontado com a eminência da morte, inicia o projecto de escrever um livro onde guarda imagens, onde vai apontando perguntas a que ninguém sabe responder, os desejos que ainda pretende realizar, listas de factos curiosos sobre a família, os seus amigos e sobre o mundo que o rodeia e até mesmo listas que o projectam para além da sua morte. este livro é também a sua história. Contada do ponto de vista de uma criança que enfrenta corajosamente a sua doença, é uma história intensa e comovente que evita todas as armadilhas do sentimentalismo, que diverte e que, acima de tudo, deixa nos leitores um sentimento de grande exaltação. O segredo do seu êxito reside numa profunda honestidade e na sua simplicidade comovente, fazendo dele um daqueles livros que podem ser lidos por leitores de todas as idades. É o primeiro romance da autora que contava apenas 23 anos quando o escreveu.

 

Adorei ler este livro. Foi uma experiência curta, mas bastante enriquecedora; O livro agarra-nos logo no início e ficamos com vontade de o ler de uma vez só. Estórias como esta, ainda por cima baseadas em factos reais, dão-nos sempre alguma luz sobre a nossa vida, os nossos sonhos e como conseguir atingi-los. Sam foi à lua, literalmente, de uma forma bastante simples e até comum, o que me fez perceber, mais uma vez, que o grande segredo da vida, enquanto dádiva, é o usufruto e a simplicidade. Deixar que o coração nos guie...

Em 11 anos Sam viveu muito, não desperdiçou um único dia e foi feliz.

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publicado por stipe07 às 13:54

Moon (the movie)

Segunda-feira, 02.11.09
A 12 de Novembro estreia nas salas de cinema um filme à medida deste espaço e do seu autor... Moon.

Moon é uma co-produção entre o Reino Unido e os Estados Unidos e resgata as histórias de ficção científica dos anos 70, assim como o uso de maquetes na elaboração dos efeitos especiais.

No ano de 2025, o Astronauta Sam Bell é enviado pela Lunar Industries numa missão com a duração de três anos, até ao lado escuro da Lua, para uma base chamada Sarang. Aí terá de vigiar e explorar uma mina de Helium-3, o químico que se tornou a principal fonte de energia do planeta Terra. A determinada altura, Sarang perde a comunicação com a Terra e Sam fica completamente isolado. A partir daí passa a viver solitariamente, apenas com o robot GERTY como companhia e à espera que termine o contrato.
Este período de solidão total vai permitir a Sam reflectir na sua vida e nos erros que cometeu no passado, enquanto sonha com o regresso à Terra, para junto da sua esposa Tess e da pequena filha Eve.
Duas semanas antes do seu regresso, Sam começa a ter alucinações, a ouvir sons e a sentir-se estranho. Numa extracção rotineira de Helium-3, algo corre mal e o astronauta descobre que Lunar tem os seus próprios planos para o substituir; Um novo recruta bastante familiar. Afinal, a mais de um milhão de quilómetros de casa, o mais difícil de encarar poderá ter de ser encarar-se a si próprio...
O argumento de Moon foi escrito por Nathan Parker e a realização esteve a cargo de Duncan Jones, um antigo executivo de publicidade que se tornou realizador após ter assinado uma curta-metragem chamada Whistle  e principalmente por ser filho do cantor David Bowie. Esta é, pelos vistos, a sua primeira experiência numa longa metragem, mas Moon irá lançar definitivamente a sua carreira.
Quanto ao elenco, parece que o filme irá finalmente elevar o actor  Sam Rockwell à condição de estrela e confirma brilhantes interpretações suas em filmes como ChoKe, Confessions Of a Dangerous Mind ou Frost/Nixon, onde venceu vários prémios.
Pela interpretação em MoonSam Rockwell já ganhou prémios de melhor actor no Festival de Sitges - Barcelona, no reputado Sundance Film Festival, no Seattle International Film Festival e no CIFF - Cairo International Film Festival. Também esteve nomeado para o prémio de melhor actor, na categoria Sci-Fi (ficção científica) na mais recente edição dos prestigiados Scream Awards.
De referir também a participação de Kevin Spacey (21, American Beauty, Se7en, LA Confidential) na voz de GERTY.
 
 O filme, também já recebeu vários galardões; Depois de no início do ano ter sido premiado no Sundance Film Festival, no Edinburgh International Film Festival ganhou o  Best New British Feature Film e o prémio de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Fantástico de Sitges. Moon foi mesmo o grande vencedor deste festival de cinema fantástico da Catalunha pois, além de arrebatar o prémio de Melhor Filme Melhor Actor, também ganhou os prémios de Melhor Argumento para Nathan Parker  e Melhor Desenho de Produção para Tony Noble. Estes prémios ganham ainda maior relevo porque o Festival Internacional de Cinema Fantástico de Sitges é considerado o mais importante do cinema fantástico.

Onde foi exibido, Moon tem arrebatado os espectadores! Parece-me ser uma obra cinematográfica com um profundo cariz filosófico, muito ao estilo da obra prima de Stanley Kubrick 2001: Odisseia no EspaçoMoon deve conter a delicadeza de um drama e a tensão de um suspense num contexto de ficção-científica, algo não muito habitual neste género de filmes. Deve ser um filme que nos convida a contemplar a face mais oculta da Lua, onde um homem descobre a face mais oculta de si mesmo. Por tudo isto e pela própria temática, aguardo  Moon com natural expectativa!

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publicado por stipe07 às 14:24

Água na Lua...

Quinta-feira, 08.10.09

 

Três missões lunares encontraram claras evidências de água na lua, possivelmente formada por ventos solares. Os autores da investigação terão utilizado dados fornecidos por um instrumento da Nasa, o Moon Mineralogy Mapper, mais conhecido como M3, que foi colocado na órbitra lunar em 2008, a bordo do satélite indiano Chandrayyan-1. O M3 foi concebido como um instrumento de cartografia mineralógica da Lua, através da análise da reflexão da luz do sol na superfície lunar para determinar a sua composição.

É sabido que a luz reflecte-se em comprimentos de ondas diferentes de acordo com a natureza dos minerais; Assim, os investigadores estão a utilizar estas variações para determinar a composição da camada superior do solo da Lua. Há uns dias o M3 detectou um comprimento de onda luminoso que indica um elemento químico que liga o hidrogénio e o oxigénio, o que poderá provar a presença de água. No entanto não estamos a falar em lagos, oceanos ou poças, mas de moléculas de água e hidroxilo (hidrogénio e oxigénio) que interagem com as rochas e poeira.

A existência de água na lua poderia viabilizar a construção e manutenção de uma estação lunar, abrindo novas perspectivas para a exploração espacial. O hidrogénio liquido poderia ser usado como combustível para as naves espaciais e o oxigénio, como se sabe, é indispensável à vida do homem. A autonomia das naves aumentaria consideravelmente, porque a maior parte do combustível que elas transportam é gasto só para se afastarem do campo de gravidade da Terra, muito maior que o da Lua e essas naves poderiam ser reabastecidas numa estação lunar.

Antes desta descoberta, a teoria mais plausível, mas ainda não provada, defendia a presença de gelo em zonas de obscuridade permanente, nos pólos da Lua, estando a mesma totalmente seca, na superfície restante.

Apesar desta descoberta fascinante, haver alguma forma de vida na lua é uma hipótese que está completamente descartada... excepto quando eu lá vou!

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publicado por stipe07 às 14:51






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