man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
My Morning Jacket – Feeling Sorry
Aproxima-se o natal e, como é hábito, algumas bandas aproveitam para gravar temas relacionados com esta época tão especial, sejam versões de clássicos, ou originais escritos propositadamente para a ocasião. E nós, como também é habitual, cá estamos, ano após ano, para ir divulgando algumas das propostas mais interessantes do género, que podem dar um colorido diferente a esta época tão especial e que também se costumam materializar no formato programa de rádio deste blogue, que vai para o ar todas as semanas, na Paivense FM.
A terceira proposta que temos para assinalar as novidades deste ano relacionadas com esta época festiva é Feeling Sorry, a canção que abre Happy Holiday, o EP que os My Morning Jacket de Jim James prepararam para este natal e que, incluindo clássicos como I’ll Be Home For Christmas, Have Yourself A Merry Little Christmas ou Oh My Christmas Tree, de Scott McMicken, delicia-nos com uma mistura eclética de country rock, indie rock, funk e rock psicadélico, um som cheio de reverberações, que não destoam nem desfiguram os originais que o álbum inclui.
No que diz respeito a Feeling Sorry, o original que os My Morning Jacket incluiram neste EP, é um tema que reproduz um casamento perfeito entre o acústico e o elétrico, devido ao modo como o piano se insinua pela soul indistinta de uma guitarra, reproduzindo um indie rock experimental com forte vibe setentista. Feeling Sorry são quase três minutos em que cosmicidade, fuzz e lisergia são traves mestras de um enredo sonoro que mantém intocável a vontade e a capacidade criativa dos My Morning Jacket, assim como as permissas essenciais que identificam e tipificam canções que personofiquem o mais genuíno espírito natalício. Confere...
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Futurebirds & Carl Broemel – Buffet Days
Figuras de destaque do rock psicadélico norte-americano, os Futurebirds deram as mãos aos guitarrista e produtor Carl Broemer, figura de relevo dos My Morning Jacket, para, juntos, incubarem um EP com sete canções intitulado Bloomin' Too, que irá ver a luz do dia a nove de setembro com a chancela da No Coincidence Records.
Buffet Days é o primeiro single revelado do EP Bloomin' Too. É uma canção melodicamente belíssima, em que majestosidade e cor são evidências concretas, assente num variado arsenal instrumental, do qual se destaca uma guitarra sempre disponível a debitar diversos efeitos planantes e distorções repletas de fuzz, um piano radiante e uma bateria rica em variações rítmicas, conforme se exige a uma canção lisergicamente apelativa e que contém uma profundidade reflexiva e intimista, plena de sensibilidade. Confere...
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My Morning Jacket – My Morning Jacket
Já chegou aos escaparates e à boleia da ATO Records, My Morning Jacket, o novo trabalho dos My Morning Jacket de Jim James. Este homónimo é o nono álbum do projeto oriundo de Louisville, no Kentucky e que desde mil novecentos e noventa e oito nos delicia com uma mistura eclética de country rock, indie rock, funk e rock psicadélico, um som cheio de reverberações e que potenciam as sempre energéticas e entusiasmantes performances ao vivo do grupo.
Em My Morning Jacket Jim James e os seus companheiros encharcam-nos, durante pouco mais de uma gora, com um exercício doutrinal que apela à nossa conversão a uma forma de criação musical repleta de especificidades e que. no fundo, funde aquela que é, por excelência, a melhor escola folk sulita norte-americana, com alguns dos cânones fundamentais da indie pop contemporânea, que puxa para o enredo o sintético, muitas vezes em doses nada regradas, de modo a criar composições em que majestosidade e cor são evidências concretas, mas que trazem sempre consigo aquela profundidade reflexiva e intimista, plena de sensibilidade, que o outro lado do atlântico sempre estimou na hora de compôr.
Logo a abrir o disco, Regularly Scheduled Programming é um exemplo claro desta cartilha, com guitarras vigorosas e samples esvoaçantes a tocarem-nos atè à medula para, logo depois, ainda sem estarmos refeitos do safanão, Love Love Love, uma composição assente num indie rock experimental com forte vibe setentista, potenciado por riffs de guitarras intensos, trespassados por efeitos cósmicos com elevado teor psicadélico e um registo percussivo algo hipnótico, nos deixar, de vez, absorvidos por um disco em que cosmicidade, fuzz e lisergia são também traves mestras de um enredo que tem, claramente, uma relação direta com a vida do músico, como se ele fosse uma personagem que se transforma em matéria-prima audível.
O piano que se insinua pela soul indistinta da guitarra que sustenta In Color, o casamento perfeito que se estabelece entre o acústico e o elétrico em Least Expected, o rock boémio, fumarento e negro que cintila em Never In The Real World ou o travo rugoso e abrasivo de Complex , assim como a ode setentista que inflama por todos os poros de Penny For Your Thoughts, são outros momentos obrigatórios de um registo que pode ser visto como uma espécie de country alternativo, mas que encanta, acima de tudo, por ser, no fundo, um tratado de rock clássico, puro e duro e por conter inúmeros instantes de nostalgia, dissolvidos ao longo de um alinhamento naturalmente clássico, como é norma neste quinteto de Louisville, no Kentucky, mas que foi construído em cima de referências atuais e futuristas, que mantêm intocável a vontade e a capacidade criativa dos criadores, assim como as permissas essenciais que identificam e tipificam o seu som específico. Espero que aprecies a sugestão...
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My Morning Jacket – Big Decisions
Os norte americanos My Morning Jacket de Jim James já têm sucessor para o aclamado Circuital (2011) e regressam aos discos a quatro de maio próximo com The Waterfall, um trabalho produzido novamente por Tucker Martine (The Decemberists, Modest Mouse, Neko Case).
Gravado maioritariamente em Stinson Beach, na Califórnia, mas também noutros locais como Portland ou a cidade natal da banda e com a luz do dia a ser possível com a chancela da insuspeita ATO Records, em parceria com a Capitol Records, The Waterfall será certamente mais um marco obrigatório na carreira desta banda já veterana mas ainda fundamental no universo sonoro norte americano. O indie rock psicadélico de Big Decisions, o primeiro single divulgado do disco, comprova claramente que este quinteto de Louisville, no Kentucky, deve continuar a merecer a nossa atenção. Confere...
Stinson Beach was so psychedelic and focused. It was almost like we lived on our own little moon out there. It feels like you’re up in the sky. - Jim James
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Jim James – Regions Of Light And Sound Of God
Depois de ter editado, nos My Morning Jacket, Circuital, em 2011, Jim James, um músico dessa banda e natural de Louisville, no Kentucky, está de regresso com Regions of Light and Sound of God, disco lançado a cinco de fevereiro pela ATO.
Regions Of Light And Sound Of God foi produzido, composto e gravado com base no solitário trabalho de Jim James e, por isso, o álbum acaba por ser, de maneira bastante natural, um reflexo da alma e da mente dele. Desde a forma como as guitarras são enquadradas nas melodias, até à escrita dos versos, tudo plasma uma atmosfera de perfeita solidão. Dentro desse propósito, cada instante ao longo do retrato de nove composições tem uma relação direta com a vida do músico, como se ele fosse uma personagem que se transforma na matéria-prima audível em Regions Of Light And Sound Of God.
Circuital era um disco um pouco confuso, fruto de uma fase dos My Morning Jacket em que não queriam rejeitar as melodias orgânicas e bucólicas que deram vida aos trabalhos iniciais dessa banda e, ao mesmo tempo, fundi-las com acabamentos mais atuais e futurísticos. Digamos que foi uma busca pelo chamado country alternativo, onde o campo se transformam na cidade e os agregados de distorção que se adicionaram às cordas, tornaram-se na base funcional do conteúdo do disco.
Regions of Light and Sound of God também flutua entre o passado e esse futuro bem exemplificado na capa, com James a caminhar num cenário minimalista delineado pelas cores, uma metáfora para a matéria urbana desta sua primeira obra a solo. Da voz que remete para a folk da década de setenta, passando pela ponderação sonora, tudo se organiza de forma contrastante e cada realce musical abordado pelo disco não deixa de transparecer uma visita ao passado. O velho e o novo, o futurístico e arcaico, a simplicidade de uma corda e a excentricidade de um sintetizador, balançam entre si e dividem protagonismos, com coerência e bom gosto.
Num artista iniciante, esta fórmula difusa talvez resultasse num exercício cheio de antagonismos desligados e incoerências; Nas mãos de Jim James, um veterano nestas andanças, o casamento desta bipolaridade sonora resulta na perfeição, porque há ordem na forma como, em cada composição, as guitarras se dissolvem nas típicas propostas ambientais acústicas, ao mesmo tempo que são adornadas por distorções orgânicas e eletrónicas. Assim, temas que à partida poderiam ter um conteúdo mais simplista, acabaram por aflorar num cenário de arranjos, versos e sensações naturalmente grandiosas, um reforço necessário para a boa forma da obra.
Diferente de tantos outros registos que até brincam com as mesmas perceções musicais do artista, Regions Of Light and Sound of God é um trabalho que encanta justamente pelos instantes de nostalgia dissolvidos pelo álbum. A dor e as pequenas interpretações quotidianas de James são universais, fator que converte o álbum num trabalho naturalmente clássico e construído em cima de referências vintage, mas atuais. Espero que aprecies a sugestão...
01. State of the Art (A.E.I.O.U)
02. I Didn’t Know Til Now
03. Dear One
04. A New Life
05. Exploding
06. Of The Mother Again
07. Actress
08. All Is Forgiven
09. God’s Love To Deliver
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Nerves Junior – As Bright As Your Night Light
Os Nerves Junior são uma de banda de indie rock de Louisville no início de carreira. O empurrão para o quinteto foi este álbum de estréia, As Bright As Your Night Light, que chegou ao mercado no dia seis de setembro do ano passado pelo selo Sonabast! Records. Kale é uma das faixas que estão nesse álbum, carregado com uma sonoridade melancólica, etérea e bonita, capaz de te teletransportar para um mundo imaginário, feita com guitarras melódicas e um bom uso dos sintetizadores. A voz lembra Richard Ashcroft e soam um pouco a Interpol. É sempre complicado fazer este tipo de comparações mas, de qualquer forma, vale a pena ouvir o disco de estreia destes Nerves Junior, que logo desde o início colocam bem alta a bitola qualitativa musical pela qual poderão reger a restante carreira.
01. Champagne And Peaches
02. Swimmer’s Ear
03. As Bright As Your Night Light
04. Nails To Scratch With
05. In Absentia
06. Get Left In The Dark
07. Kale
08. Luciferin
09. Downtown Lament
10. As Bright As Your Night Light (Radio Version)