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Throwing Muses - Moonlight Concessions

Sexta-feira, 14.03.25

Os Throwing Muses acabam de lançar, hoje mesmo, um novo disco intitulado Moonlight Concessions, o décimo primeiro registo de originais da banda de Newport, em Rhode Island e que está em atividade desde mil novecentos e oitenta e um. Produzido pela própria Kristin Hersh nos estúdios Stable Sound Studio, de Steve Rizzo, em Portsmouth, Rhode Island, Moonlight Concessions tem um alinhamento de nove canções e viu a luz do dia com a chancela da Fire Records.

Throwing Muses Announce Tour and New Album Moonlight Concessions, Share  Video for New Song: Watch | Pitchfork

Os norte-americanos Throwing Muses de Kristin Hersh, David Narcizo e Bernard Georges são, sem qualquer dúvida, um nome fundamental do rock alternativo contemporâneo. Sempre disponíves para acompanhar as novas tendências e conseguindo um equilíbrio perfeito entre o seu adn e algumas nuances mais recentes, vão, disco após disco, mantendo uma vitalidade criativa apreciável, que ganha novo fôlego nesta coleção de canções que encontram o seu sustento no rock lo fi, no garage e também naquele punk rock mais sujo e visceral e, talvez por isso, o mais genuíno e eficaz.

De facto, composições como Drugstore Static, três minutos e meio de acusticidade crua e abrasiva, que encarnam uma curiosa conversa entre alguém sóbrio e uma personagem sob o efeito de alguma substância psicotrópica, ou, em alternativa, Libretto, e Summer Of Love, dois temas que têm o seu sustento melódico na aspereza vibrante de uma viola acústica, exemplarmente acompanhada por um violoncelo pleno de subtileza e diversos detalhes percussivos insinuantes, num resultado final bastante orgânico e cheio de personalidade, são duas faces de uma mesma moeda em que persiste, independentemente do estilo de cada composição, um frenesim sempre latente e um forte cariz lo fi, com as cordas a serem dedilhadas com uma aúrea de aspereza e rugosidade únicas, mas também com ímpar subtileza e charme, num disco que é, no seu todo, algo inebriante e que exala um salutar experimentalismo garage livre de constrangimentos.

A rugosidade das diversas camadas de cordas que se entrelaçam e se sobrepôem em South Coast, enquanto são entrelaçadas por diversos metais algo sombrios, a profunda delicadeza orgânica que exala de Theremini e a comoção ardente que transpira de Sally's Beauty, são outros momentos altos de um álbum pleno de poder e de fúria, mas também de subtileza e charme e onde uma Kristin Hersh nada poupada a debitar letras surrealistas, é, sem sombra de dúvida, o sustentáculo maior, enquanto nos leva a testemunhar mais uma leiva de delírios, daquela que é a grande mentora deste projeto que, reforçamos uma vez mais, é único e influente no panorama alternativo contemporâneo. Espero que aprecies a sugestão...

Throwing Muses - Sun Racket

01. Summer Of Love
02. South Coast
03. Theremini
04. Libretto
05. Albatross
06. Sally’s Beauty
07. Drugstore Drastic
08. You’re Clouds
09. Moonlight Concessions

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publicado por stipe07 às 16:48

Weatherday - Ripped Apart By Hands

Sábado, 08.03.25

O músico sueco Sputnik tem um outro projeto a solo em que cria deliciosos tratados de indie noise pop lo fi, intitulado Weatherday e que está a chamar atenção da crítica mais atenta, devido a Hornet Disaster, o novo álbum do projeto, um alinhamento de dezanove canções que vai ver a luz do dia muito em breve, a chancela da Topshelf.

São conhecidos já vários temas do alinhamento de Hornet Disaster e o divulgado mais recentemente pelo autor e que chamou a nossa atenção chama-se Ripped Apart By Hands. É um tema curioso, que exala um indesmentível dramatismo e que tem como base inicial um trecho hipnótico de elevado perfil acústico, conferido por uma viola vibrante, que depois recebe diversos entalhes sintéticos, com a voz emotiva de Weatherday a ser o chamariz que faz como que os instrumentos mudem de tonalidade e de amplitude, ao longo de mais de três minutos que nos remetem, com mestria, para a melhor herança do indie rock alternativo da década final do século passado. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:50

Sea Shapes – I Can’t Go Back

Quarta-feira, 12.02.25

Desde dois mil e vinte e três que temos estado muito atentos a um projeto oriundo do cenário indie e alternativo nova iorquino, que começa a emergir de modo bastante sugestivo e que captou definitivamente o nosso interesse com um EP de quatro canções chamado A Question Of Balance. Eram os Sea Shapes, com origem no bairro de Queens da cidade que nunca dorme e que estiveram no nosso radar em dois mil e vinte e quatro devido a uma série de singles que revelaram na sua página bandcamp.

Uma das canções que este curioso e algo misterioso grupo editou ainda o ano passado mas só agora aterrou na nossa redação chama-se I Can't Go Back. É uma canção vibrante, impulsiva, enleante e hipnótica. Com um perfil rítmico frenético, I Can't Go Back é mais um soporífero com forte travo lisérgico, uma composição em que a robustez do baixo e a aspereza do timbre metálico das guitarras, com forte identidade oitocentista, incubaram um fantástico tratado de indie punk rock que espreita perigosamente uma sonoridade muito próxima da pura psicadelia. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:37

Sea Shapes – SHOCK

Segunda-feira, 29.07.24

No transato ano de dois mil e vinte e três estivemos muito atentos a um projeto oriundo do cenário indie e alternativo nova iorquino, que começava, à época, a emergir, de modo bastante sugestivo e que culminou com um EP de quatro canções chamado A Question Of Balance. Eram os Sea Shapes, com origem no bairro de Queens da cidade que nunca dorme e que estão de regresso ao nosso radar devido a um novo tema intitulado SHOCK.

Disponível no bandcamp do projeto, com a possibilidade de doares um valor pelo download da canção, SHOCK coloca todas as fichas naquela pop retro, eminentemente sintética e deliciosamente nostálgica, que busca, no travo rugoso das guitarras inebriantes e na imponência do baixo, um amigável confronto com o rock alternativo de cariz mais lo fi. Nestes Sea Shapes, sombra, rugosidade e monumentalidade, misturam-se entre si com intensidade e requinte superiores, materializando, em SHOCK, um registo interpretativo particularmente tortuoso e hipnótico. Confere...

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publicado por stipe07 às 20:39

Frans Asthma – Wait Outside EP

Sexta-feira, 03.05.24

Uma das boas surpresas que entrou nos ouvidos da nossa redação por estes dias chama-se Wait Outside, o novo EP de Frans Asthma, um músico norte-americano, natural do Arizona e que se move tranquilamente em territórios sonoros assentes num indie rock atmosférico, com um elevado travo lo fi e um espírito shoegaze ímpar.

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Em pouco mais de oito minutos é possível absorver tranquilamente as quatro canções de Wait Outside, um EP em que sedução e melancolia se confundem e se arrastam, no bom sentido, tranquilamente, nas asas de uma guitarra crua, dedilhada com uma delicadeza muitas vezes surreal e uma simplicidade estonteante e que resulta, mas sem deixar de exalar um vigor e uma energia que mexe com os nossos sentimentos mais íntimos.

Tratam-se, portanto, de quatro temas que expandem no catálogo deste músico novos horizontes no campo da experimentação sonora, enquanto materializa um exercício comunicacional ávido com o lado mais indecifrável do ouvinte, o seu âmago, já que existe um travo cinematográfico intenso nestes oito minutos e um convite claro à introspeção, algo que, garantimos, acaba por suceder inconscientemente. De facto, estas quatro canções têm esse efeito mágico sobre quem as escuta e não se sai incólume da audição de um EP cheio de melodias harmoniosas e luminosas e que não deixam ninguém indiferente à sua passagem. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 18:50

DIIV - Everyone Out

Quinta-feira, 18.04.24

Meia década depois de Deceiver, os DIIV de Zachary Cole-Smith, Andrew Bailey, Colin Caulfield e Ben Newman estão de regresso aos discos com Frog In Boiling Water, o quarto compêndio de originais da carreira da banda nova-iorquina que se estreou em dois mil e doze com o extraordinário álbum Doused. Com Chris Coady nos créditos da produção, Frog In Boiling Water terá dez canções e irá ver a luz do dia a vinte e quatro de maio, com a chancela da Fantasy.

DIIV - Music Farm

Há precisamente dois meses conferimos na nossa redação, Brown Paper Bag, o primeiro single retirado do alinhamento de Frog In Boiling Water, uma composição imponente e rugosa, que se ia arrastanto à boleia de um baixo encorpado que acamava cascatas de guitarras intensas, abrasivas e sujas. Agora chega a vez de escutarmos Everyone Out, o quinto tema do alinhamento de Frog In Boiling Water.

Everyone Out é uma composição com um perfil sonoro menos ruidoso que o primeiro tema revelado do disco. Diversos arranjos acústicos das guitarras, com uma crueza e um imediatismo irrepreensíveis, acamam um trecho melódico algo hipnótico, que vai recebendo diversos detalhes e arranjos, quase sempre com origem em cordas ou em subtis nuances sintéticas, num resultado final de elevado travo lo fi, que oferece ao ouvinte um perfil mais intimista e emotivo do que o usual nas propostas dos DIIV, mas que não deixa, por isso, de ser, como sempre, tremendamente criativo, vibrante e acolhedor. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:39

+/- {Plus/Minus} – Borrowed Time

Quarta-feira, 10.04.24

Dez anos depois de Jumping The Tracks, a dupla norte-americana +/- {Plus/Minus} de James Baluyut e Patrick Ramos está de regresso aos discos em dois mil e vinte e quatro à boleia de Further Afield, um alinhamento de dez canções que vai ver a luz do dia a trinta e um de maio, com a chancela da Ernest Jenning Record Company.

Plus Minus) announce first new album in a decade, Further Afield - Treble

Borrowed Time é o primeiro single divulgado deste novo catálogo de canções do projeto sedeado em Nova Iorque. Como já é norma nas propostas sonoras dos +/- {Plus/Minus}, é uma canção que agrega elementos tecnológicos, com a tradicional instrumentação assente na tríade guitarra, baixo e bateria, num resultado final que nos embarca numa viagem contundente rumo a um indie eletrorock de elevado perfil lo fi e psicadélico, uma demanda que nota-se claramente que foi cuidadosamente planeada e cuidada.

De facto, Borrowed Time impressiona pelo improviso e pelo imprevisto. Ao longo de mais de três minutos repletos de diversas nuances e variações rítmicas, o ouvinte sente uma permanente sensação de inquietude porque nunca sabe que instrumento ou som poderão surgir a qualquer instante. Guitarras com distorções com elevado timbre metálico, perdem, de repente, a primazia para teclados encharcados em efeitos cósmicos e vice-versa, enquanto somos enleados com uma amálgama sinfónica algo incomum, mas prodigiosa. Confere Borrowed Time e o artwork e o alinhamento de Further Afield...

Intentionally Left Blank
Borrowed Time
Gondolier
Driving Aimlessly (Redux)
Where I Hope We Get Lost
The Pull From Both Sides
Calling Off The Rescue
Contempt
Redrawn
It Is Over Now

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publicado por stipe07 às 16:57

Lionlimb - Hurricane

Quarta-feira, 27.03.24

Amigos desde os tempos de escola, Stewart Bronaugh e Joshua Jaeger são o núcleo duro do projeto Lionlimb, que se estreou em dois mil e dezasseis com um disco intitulado Shoo. Dois anos chegou aos escaparates Tape Recorder e em dois mil e vinte e um Spiral Groove, um registo que já tem sucessor. Trata-se de um alinhamento de dez canções intitulado Limbo, que conta com a participação especial vocal de Angel Olsen em alguns temas e que irá ver a luz do dia a vinte e quatro de maio, com a chancela da Bayonet.

The backing band turned main event – Lionlimb's fresh take on nostalgia -  Loud And Quiet

Hurricane, a segunda composição do alinhamento, é o primeiro single retirado de Limbo, um álbum produzido pelo próprio Stewart Bronaugh e gravado em Nova Iorque, cidade onde a dupla está sedeada, com a ajuda do produtor Robin Eaton. Hurricane é uma canção sobre o desafio constante em que cada um de nós vive, pela busca de algo que nos leve além das fragilidades inerentes à nossa condição humana. Também versa sobre as despedidas constantes e a eterna insatisfação em que todos vivemos. Sonoramente, Hurricane é um frenético tratado de indie pop rock, com sintetizações etéreas a acamarem um registo percussivo vigoroso e guitarras ziguezagueantes de forte pendor lo fi, num resultado final bastante imersivo e de forte travo psicadélico. Confere Hurricane e o artwork e a tracklist de Limbo...

Sun
Hurricane
Underwater
Hiss
Dream Of You (Feat. Angel Olsen)
Runaway
Two Kinds of Tears
Nowhere to Hide
Til It’s Gone
You Belong To Me

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publicado por stipe07 às 18:44

DEHD – Light On

Quinta-feira, 14.03.24

Dois anos depois do excelente registo Blue Skies, a banda norte-americana Dehd, formada por Emily Kempf, Jason Balla e Eric McGrady, está de regresso aos discos em dois mil e vinte e quatro com Poetry, um alinhamento de catorze canções, que irá ver a luz do dia a dez de maio com a chancela da insuspeita Fat Possum.

Aspereza melódica e sagacidade lo fi são dois conceitos transversais ao conteúdo de Light On, o mais recente single retirado, em jeito de antecipação, deste novo registo do trio de Chicago. Light On é uma canção enleante e de elevado pendor nostálgico, instrumentalmente assente numa guitarra insinuante, adornada por uma percussão hipnótica, nuances que enredilhadas numa embalagem algo caseira, intíma e imediatista, criam uma criativa e luminosa composição, recheada com uma combinação de referências, assentes num revigorante indie surf rock, que rapidamente nos fazem recordar o melhor catálogo de outros nomes dotados da mesma identidade, como os Wavves ou os Beach Fossils. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:39

Cassettes On Tape – Lost Filter vs Are You There

Quarta-feira, 28.02.24

Os Cassettes On Tape são uma banda post punk de Chicago formada por Joe Kozak (guitarras e voz), Greg Kozak (baixo e voz), Shyam Telikicherla (guitarras e voz) e Chris Jepson (bateria), que deram o pontapé de saída há cerca de uma década com os eps Cathedrals (2012) e Murmurations (2014). Estrearam-se nos lançamentos discográficos em formato longa duração em dois mil e dezassete com Anywhere, dez canções produzidas e misturadas por Jamie Carter no Atlas Studio e na Pie Holden Suite, em Chicago e masterizadas por Carl Saff.

Alright Already | Cassettes on Tape

Cinco anos após essa auspiciosa estreia, os Cassettes On Tape regressaram em dois mil e vinte e dois ao processo criativo, começando por divulgar, no início do verão desse ano, duas novas canções que, já na altura, lançaram rumores de poder estar para breve um novo disco do grupo. Os temas chamavam-se Pinks And Greys e Summer In Three e ambos assentavam numa receita assertiva que, olhando com gula para a simbiose de legados deixados por nomes como Ian Curtis ou Robert Plant e não descurando a habitual cadência proporcionada pela tríade baixo, guitarra e bateria e uma outra tendência mais virada para a psicadelia, primavam por um sofisticado bom gosto melódico, com forte impressão oitocentista.

Depois, já em pleno outono desse mesmo ano, os Cassettes On Tape voltaram às luzes da ribalta com um naipe de novas canções. Começaram por divulgar um novo tema intitulado Hopeful Sludge, dias depois voltaram à carga com High Water e, já em dois mil e vinte e três, há precisamente um ano, chegou à nossa redação Summer Ghost e Alright Already.

Agora, já em dois mil e vinte e quatro, e sem a confirmação de um novo álbum, os Cassettes On Tape, voltam a revelar uma dupla de composições, os temas Lost Filter e Are You There. São duas composições com um forte pendor nostálgico, que olham com gula para o melhor rock alternativo noventista. Guitarras com um delicioso travo lo fi, que tanto replicam um perfil sonoro quase acústico, no caso de Lost Filter, como debitam cascatas de distorções rugosas e impulsivas, imponentes em Are You There, uma produção crua e um perfil interpretativo melódico inspirado, são o modus operandi essencial destes dois temas, que exemplificam o modo vigoroso como este quarteto dá uma elevada primazia aos detalhes e, mesmo no meio do ruído, não descuram um considerável cariz etéreo. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:43






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