man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
His Name is Alive - Tecuciztecatl
Liderados por Warren Defever, o único elemento do grupo que se mantém desde a formação, os norte americanos His Name Is Alive são uma banda de rock experimental oriunda de Livonia, uma pequena cidade no estado do Michigan. Depois de algumas cassetes gravadas em nome próprio, estrearam-se nos discos no início da década de noventa, através da conceituada 4AD Records e, de então para cá, entre EPs e álbuns, nunca ficaram muito tempo sem gravar, durante duas décadas de apreciável consistência e forte identidade, com Warren a conseguir manter a sonoridade do grupo, apesar da enorme variedade de músicos que têm passado pelo projeto.
No passado dia vinte e oito de outubro chegou aos escaparates Tecuciztecatl, via HNIA, o novo disco dos His Name Is Alive, um trabalho descrito por Warren como um compêndio de ópera rock que serviu para exorcizar alguns demónios que vinha carregando consigo. Sendo este um projeto que aposta no revivalismo do glam e do rock progressivo e psicadélico, com uma forte componente experimental, que começou a fazer escola nas décadas de sessenta e de setenta, tal temática conceptual de Tecuciztecatl acaba por encaixar que nem uma luva nessa sonoridade e o disco é feliz no modo como nos permite aceder a uma outra dimensão musical com uma assumida pompa sinfónica e inconfundível, sem nunca descurar as mais básicas tentações pop e na forma como aparentes equívocos não são mais do que conscientes estratégias para a junção de vários espetros sonoros, ficando para segundo plano o hipotético grau de psicotropia em que germinam. Basta escutar, logo no início, os nove minutos de The Examination para ficar claro em cada um de nós o modo como estes His Name His Alive são mestres em subverter qualquer lógica, apresentando uma composição que funciona como uma espécie de medley de tudo aquilo que vamos conferir a seguir, numa colagem consideravelmente aditiva e psicotrópica de vários fragmentos, oriundos das mais diversas latitudes e épocas sonoras, cheios de variações de ritmos e que projetam inúmeras possibilidades e aventuras ao ouvinte, num misto de psicadelia, rock progressivo e orquestral, soul e blues.
Pouco conhecidos no resto do mundo, os His Name is Alive são acompanhados com particular devoção no país de origem e considerados como uma das mais inovadoras bandas norte americanas, pela forma como conjugam a tradicional tríade baixo, guitarra e bateria com a tecnologia e a eletrónica que hoje prolifera na música e que permite aos grupos alargar o seu cardápio instrumental, fazendo, simultaneamente, uma ode às fundações do universo musical alternativo contemporâneo, enquanto adicionam também novas e belíssimas texturas ao seu já extenso cardápio sonoro, que não se desviam, naturalmente, do cariz fortemente experimental que faz parte do ADN do grupo.
Além do já referido tema inicial extenso mas obrigatório, outro meu grande destaque deste disco é a elevadíssima dose de psicadelia em que assenta See You In A Minute, uma canção que impressiona pelo fuzz das guitarras e que evidencia o modo como a voz de Warren assenta na perfeição neste registo, merecendo também amplo destaque e audições repetidas, pelos mesmos motivos, a hipnótica Reflect Yourself, uma canção com variações de ritmo estonteantes e um tiro certeiro no melhor rock dos anos setenta. Atenção também para os violinos da épica e marcadamente experimental I Will Disappear You, um tema cantado com uma voz em eco que se vai entrelaçando com uma lindíssima melodia, feita com uma guitarra plena de distorção, dois detalhes que conferem à canção um enigmático e sedutor cariz vintage.
Um curioso dedilhar de cordas em The Essence Of Your Power Is An Eye That Darkens The Light que volta, mais à frente a surgir no single African Violet Casts a Spell, uma canção preenchida com arranjos que têm tanto de lindíssimo como de bizarro, numa espécie de mistura entre a folk clássica e uma pop luxuriante e sem paralelo, são também dois instantes fabulosos de Tecuciztecatl, que impressionam pela beleza utópica, assim como pelas belas orquestrações que vivem e respiram, nestas e noutras canções, lado a lado, com distorções e arranjos mais agressivos. .
Tecuciztecal arruma estes já veteranos His Name Is Alive na prateleira do psicadelismo de forte raiz experimentalista e ligado ao rock progressivo que convém visitar frequentemente e com particular devoção, devido a um trabalho que funcionando assumidamente como uma ópera rock, está dotado com uma maturidade particular, com canções que pretendem hipnotizar, com a firme proposta de olhar para o som que foi produzido no passado e retratá-lo com novidade, com os pés bem fixos no presente. Espero que aprecies a sugestão...
The Examination
Hold On To Your Half
See You in a Minute
I’m Getting Alone
Reflect Yourself
I Will Disappear You
The Essence Of your Power Is An Eye That Darkens The Light
I Believe Your Heart Is No Longer Inside This Room
Vampire List
African Violet Casts a Spell
Reciprocal Tensions And Polarized Components
Yes Yes Yesterday
The Cup
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His Name Is Alive - African Violet Casts A Spell
Liderados por Warren Defever, o único elemento do grupo que se mantém desde a formação, os norte americanos His Name Is Alive são uma banda de rock experimental oriunda de Livonia, uma pequena cidade no estado do Michigan. Depois de algumas cassetes gravadas em nome próprio, estrearam-se nos discos no início da década de noventa, através da conceituada 4AD Records e, de então para cá, entre EPs e álbuns, nunca ficaram muito tempo sem gravar, durante duas décadas de apreciável consistência e forte identidade, com Warren a conseguir manter a sonoridade do grupo, apesar da enorme variedade de músicos que têm passado pelo projeto.
No próximo dia vinte e oito de outubro chegará aos escaparates Tecuciztecatl, via HNIA, o novo disco dos His Name Is Alive e descrito por Warren como um compêndio de ópera rock que serviu para exorcizar alguns demónios que vinha carregando consigo. African Violets Cast A Spell, o primeiro single divulgado, é uma canção preenchida com arranjos que têm tanto de lindíssimo como de bizarro, uma espécie de mistura entre uma folk clássica com uma pop luxuriante e sem paralelo. Confere...