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King Hannah – Blue Christmas

Terça-feira, 17.12.24

Aproxima-se o natal e, como é hábito, algumas bandas aproveitam para gravar temas relacionados com esta época tão especial, sejam versões de clássicos, ou originais escritos propositadamente para a ocasião. E nós, como também é habitual, cá estamos, ano após ano, para ir divulgando algumas das propostas mais interessantes do género, que podem dar um colorido diferente a esta época tão especial e que também se costumam materializar no formato programa de rádio deste blogue, que vai para o ar todas as semanas, na Paivense FM.

Katie Silvester

Damos o pontapé de saída na safra natalícia de dois mil e vinte e quatro com a versão que o duo britânico King Hannah, sedeado em Liverpool e que no início deste ao lançou o excelente disco Big Swimmer, criou para o clássico Blue Christmas, um original de mil novecentos e cinquenta e sete, assinado pelo king Elvis Presley. Sem beliscar a essência de um original que versa sobre a solidão que muitos sentem nesta altura por não poderem passar o natal com quem mais amam, esta versão dos King Hannah impressiona pela base acústica em que assenta, oferecendo-nos um maravilhoso instante sonoro natalício, profundamente intimista e revelador acerca do verdadeiro espírito fraterno que deve dominar nesta época tão especial. Confere...

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publicado por stipe07 às 13:52

Dan Croll - Slip Away

Sexta-feira, 27.01.23

Daniel Francis Croll é um cantor e compositor britânico que assina a sua música como Dan Croll e que se estreou nos discos em dois mil e catorze com o resigto Sweet Disarray, que tinha a chancela da Deram Records/Decca Records (UK) e da Capitol Records (US), subsidiárias do império Universal Music Group. Após essa auspiciosa estreia seguiram-se os registos Emerging Adulthood, em dois mil e dezassete e Grand Plan, três anos depois, tendo pelo meio, em dois mil e dezoito, ido viver para o outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos da América.

It's Good To Gather Moss: A Young Artist On Missing 'Home' : NPR

Agora, em dois mil e vinte e três, Dan Croll prepara-se para regressar aos discos com Fools, um trabalho que irá ver a luz do dia a dezanove de maio abirgado pela etiqueta Communion Records.

Slip Away é o primeiro single divulgado de Fools. É uma charmosa canção, assente numa bateria sintética plena de groove, um piano insinuante, vários efeitos cósmicos e diversas camadas de cordas vibrantes, num resultado final pleno de cor e contemporaneidade, apimentado por um delicioso travo jazzístico. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:23

All We Are – Eden

Quinta-feira, 28.10.21

Depois de no ano passado terem subido à ribalta com Providence, o terceiro disco de uma já interessante carreira, os ingleses All We Are têm um novo tema intitulado Eden, que pode muito bem vir a ser o pronúncio de um novo alinhamento do trio de Liverpool.

All We Are cover Caribou's 'Can't Do Without You' | News | DIY Magazine

Produzida por Al Doyle e Joe Goddard dos Hot Chip, Eden é uma estrondosa canção, que nos remete, no imediato, através do registo percussivo, do perfil encorpado do baixo, da distorção da guitarra e do perfil vocal para o melhor catálogo do mítico Prince. Nela, os All We Are, enquanto fazem uma espécie de ode ao malogrado artista de Minneapolis, piscam o olho à soul e ao R&B mais retro, assim como ao discosound dos anos oitenta, convidando-nos, durante pouco mais de quatro minutos, a uma postura corporal enleante e que, fisicamente, não deixa de nos induzir com um grau elevado de lisergia. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:40

Clinic - Fine Dining

Terça-feira, 08.06.21

Míticos mestres do indie rock psicadélico, os britânicos Clinic de Ade Blackburn, Hartley, Brian Campbell e Carl Turney, têm uma inquestionável carreira de mais de duas décadas aos ombros, alicerçada num modo muito peculiar e sui generis e até quase marginal de criar música e de a expôr ao grande público, fazendo-o sempre com uma elevada dose de sarcasmo e de fina ironia.

Clinic Share new single “Fine Dining”

O ano passado comemoraram os vinte anos do lançamento de Internal Wrangler, o disco de estreia, com o registo Wheeltappers And Shunters. e agora, cerca de um ano depois, regressam com um novo single intitulado Fine Dining, que não vem ainda, infelizmente, acompanhado do anúncio de um novo disco dos Clinic.

Em Fine Dining mantém-se aquela saudável insolência, típica deste projeto de Liverpool, que, ao longo dos quase três minutos da canção, insinua um clima punk que pisa um terreno bastante experimental, através de uma lisergia cósmica repleta de têmpora e invulgarmente pop, feita com sintetizações pulsantes e uma batida de forte travo disco, num ambiente sonoro que nos remete para aquele universo setentista algo corrosivo e exótico. Confere...

 

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publicado por stipe07 às 13:20

Aviator – All You Haters

Quinta-feira, 25.06.20

É Pete Wilkinson, antigo baixista dos projetos Cast, Shack e Echo & The Bunnymen, todos de Liverpool, de onde o músico também é natural, quem encabeça o projeto britânico Aviator. A ele juntam-se Paul Hemmings, Keith O'Neill e Nick Graff, para criarem composições com uma tonalidade psicadélica única e pouco vulgar no modo como se cruza com alguns dos melhores detalhes do indie rock. All You Haters é o novo registo de originais do projeto, dez canções que viram a luz do dia recentemente através da etiqueta The Viper Label.

FLYING: PETE WILKINSON AND AVIATOR |

All You Haters oferece-nos uma luxuosa pafernália de explosões sónicas, afirmadas e comprovadas num registo interpretativo em que a acusticidade vibrante das cordas não tem qualquer pudor em dar as mãos a riffs rugosos e enleantes, sendo este, claramente, o grande conceito definidor da sonoridade do disco. Canções como All Around You (Omni), The Ballad Of Tempest Brown, um tema hipnótico e intrigante e a composição homónima são excelentes exemplos desta trama interpretativa que, aliás, tinha ficado logo no início evidenciada em Scarecrow, um intro instrumental vibrante e no qual um violão desliza impecavelmente por uma melodia de forte pendor melancólico.

Depois, os arranjos percussivos que adornam K Tripper, tema de superior requinte letárgico, ou os efeitos sintetizados que sobram em Av8tor e que nos levam direitinhos rumo à melhor pop psicadélica setentista, alargam o espetro criativo de um trabalho exuberante e hirto, que sabe aquela brisa amena que aparentemente não fere nem inclina, mas que não deixa de penetrar na nossa pele até ao âmago, de nos fazer tremer e de eriçar todos os nossos sentidos.

Álbum espontâneo, mágico e com com uma beleza muito imediata e acessível, All You Haters é uma manifestação de pura classe destes Aviator e muito em particular do líder Pete Wilkinson que é, dentro de um espetro eminentemente rock e com tudo o que isso implica em termos de ruído, sujidade e visceralidade, eximío a criar melodia incisivas, com um elevado grau de epicidade e esplendor e que replicam com ímpar contemporaneidade a melhor herança do rock progressivo e do shoegaze setentista, sempre com um indesmentível travo pop. Espero que aprecies a sugestão...

Aviator - All You Haters

01. Scarecrow
02. The Wrong Turn
03. All Around You (Omni)
04. K Tripper
05. All You Haters
06. AV8TOR
07. The Ballad Of Tempest Brown
08. Here Comes The Gun
09. Catching The Blues
10. Scarecrow (Reprise)

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publicado por stipe07 às 14:45

Clinic – Wheeltappers And Shunters

Sexta-feira, 07.06.19

Já considerados, com toda a justiça, míticos mestres do indie rock psicadélico, os britânicos Clinic de Ade Blackburn, Hartley, Brian Campbell e Carl Turney, têm uma inquestionável carreira de mais de duas décadas aos ombros, alicerçada num modo muito peculiar e sui generis e até quase marginal de criar música e de a expôr ao grande público, fazendo-o sempre com uma elevada dose de sarcasmo e de fina ironia.

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Wheeltappers and Shunters, o novo disco deste projeto oriundo de Liverpool, editado a dez de maio pela Domino Records, gravado na cidade natal da banda e misturado por Dilip Harris, chega sete anos depois do escelente registo Free Reign e, ao contrário do antecessor, que contou com a colaboração do músico e produtor norte-americano Daniel Lopatin, mentor do projeto Oneohtrix Point Never e que estava recehado com algumas canções de longa duração e particularmente intrincadas, é um trabalho de curta duração, com doze temas sempre abaixo dos três minutos mas, nem por isso, menos majestoso, cósmico e experimentalista que esse Free Reign.

Oitavo álbum do grupo, Wheeltappers and Shunters tem o seu nome inspirado num programa de variedades dos anos setenta e que satirizava de modo contundente a sociedade britânica desse tempo. Movendo-se nas areias movediças de uma psicadelia lisérgica particularmente narcótica, estes Clinic são ricos no modo como utilizam uma hipnótica subtileza, assente, essencialmente, na dicotómica e simbiótica relação entre o fuzz da guitarra e vários efeitos sintetizados arrojados, com uma voz peculiar e muitas vezes manipulada a rematar este ménage, que fica logo tão bem expresso no clima corrosivo e incisivo de Laughing Cavalier. É uma musicalidade prática, concisa e ao mesmo tempo muito abrangente, num disco marcado pela proximidade entre as canções, fazendo com que o uso de letras cativantes e bem humoradas e de uma instrumentação focada em estruturas técnicas simples, amplie e renove com indiscutível contemporaneidade o já rico catálogo destes verdadeiros mestres do punk rock experimental, que começou a ser listado em dois mil com o extraordinário Internal Wrangler, já depois de três promissores eps terem deixado a crítica em sobressalto no ano anterior.

Já perfeitamente identificados com o modus operandi dos Clinic que vai trespassar o resto do alinhamento do disco, em Complex, com a passagem de uma batida seca e um efeito no teclado algo cínico e acompanhado por um flash e um rugoso e cru riff de guitarra, percebe-se uma saudável insolência, insinuando-se um clima punk que pisa um terreno bastante experimental e que, algures entre os Liars e os The Flaming Lips, é banhado por uma psicadelia ampla e elaborada, sem descurar um lado íntimo e resguardado, que dá, não só a esta canção, mas a todo um disco, um inegável charme, firme, definido e bastante apelativo.

A tal insolência não é, em momento algum do disco, sinónimo de amálgama ou ruído intencional; Se a rebeldia que exala da crueza percurssiva e dos efeitos e samples que adornam a ríspida Rubber Bullets, se as nuances mais translúcidas do clima western spaghetti de Ferryboat Of The Mind, se o travo grunge de Rejoice! e o frio e contemplativo efeito planante que abraça a batida de Mirage mostram-nos que este é um registo onde cada instrumento parece assumir uma função de controle, nunca se sobrepondo demasiado aos restantes, evitando a todo momento que o alinhamento desande, apesar das batidas e das teclas mostrarem uma constante omnipresença, já a aparente toada jazzística que define o baixo e a bateria de Flying Fish e o travo sensual ecoante e esvoaçante de Congratulations, uma ode majestosa ao rock experimental setentista, fazem o contraponto num disco que sem nunca descurar a faceta algo obscura e misteriosa que estes Clinic apreciam radiar, também contém momentos de inegável destreza melódica, esculpida com superior criatividade e bom gosto.

Em suma, a receita que os Clinic assumiram em Wheeltappers And Shunters arrancou do seio do grupo o melhor alinhamento que apresentaram até hoje, expresso em doze canções que exaltaram o superior quilate de cada intérprete. Se as guitarras ganham ênfase em efeitos e distorções hipnóticas e se bases suaves sintetizadas, acompanhadas de batidas, cruzam-se com o baixo, também num piscar de olhos insinuante a um krautrock, já o constante enganador minimalismo eletrónico, prova o minucioso e matemático planeamento instrumental de um disco que contém um acabamento que gozou de uma clara liberdade e indulgência interpretativa, dividida entre redutos intimistas e recortes tradicionais esculpidos de forma cíclica e onde tudo se orientou com o propósito de criar um único bloco de som, fazendo do álbum um corpo único e indivisível e com vida própria, onde couberam todas as ferramentas e fórmulas necessárias para que a criação de algo verdadeiramente imponente e que obriga a crítica a ficar mais uma vez particularmente atenta a esta nova definição sonora que deambula algures pela cidade que acaba de se sagrar com toda a justiça campeã europeia. Espero que aprecies a sugestão...

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01. Laughing Cavalier
02. Complex
03. Rubber Bullets
04. Tiger
05. Ferryboat Of The Mind
06. Mirage
07. D.I.S.C.I.P.L.E.
08. Flying Fish
09. Be Yourself / Year Of The Sadist
10. Congratulations
11. Rejoice!
12. New Equations (At The Copacabana)

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publicado por stipe07 às 12:45

The Wombats – Bee-Sting

Domingo, 02.09.18

The Wombats - Bee-Sting

Os ingleses The Wombats regressaram aos discos no início deste ano com Beautiful People Will Ruin Your Life, registo que sucedeu com distinção ao excelente Glitterbug de dois mil e quinze. Quarto registo da carreira desta banda de Liverpool formada por Matthew Murphy, Daniel Haggis e Tord Øverland-Knudsen, Beautiful People Will Ruin Your Life oferece-nos canções cheias de guitarras aceleradas, inflamadas com letras divertidas, sempre com um audível elevado foco na componente mais new wave do indie rock e com elevada bitola qualitativa.

No início do próximo mês de novembro Beautiful People Will Ruin Your Life vai ser reeditado à boleia da AWAL Recordings, com três novas canções; um single intitulado Bee-Sting, uma versão acústica de Lethal Combination e um outro inédito intitulado Oceans. Bee-Sting é o primeiro desses três temas já conhecido e o foco deste artigo, uma canção melodicamente muito rica e indutora, que impressiona pela luminosidade das cordas, uma composição com uma forte aurea classicista, dentro daquilo que o rock tem de mais genuíno e os The Wombats de melhor no seu adn identitário. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:02

The Coral - Move Through The Dawn

Quarta-feira, 22.08.18

Os britânicos The Coral de James Skelly, Ian Skelly, Nick Power, Lee Southall e Paul Duffy acabam de regressar aos discos com Move Through The Dawn, onze canções gravados nos Parr Street Studios de Liverpool e produzidas pelos próprios The Coral e por Rich Turvey. Sucessor do aclamado Distance Inbetween de 2016, Move Through The Dawn, o nono álbum da carreira deste mítico grupo da cidade dos Beatles, viu a luz do dia via Ignition Records e não defrauda a herança de uma banda essencial não só para a descrição da típica britpop, mas também para a catalogação de alguns dos projetos que foram sabendo resistir à erosão do tempo sempre com elevado nível qualitativo, disco após disco, mantendo uma linha de coerência que tipifica um adn onde consistência e epicidade são duas caraterísticas essenciais de um catálogo rock efusivo, vibrante e claramente optimista.

Resultado de imagem para The Coral Move Through The Dawn

Tendo sempre o vigor das guitarras como ponto de partida para as canções de Move Though The Dawn, neste disco os The Coral mostram novamente que a fórmula em que costumam apostar volta a resultar e em pleno. Na luminosidade e no otimismo de Eyes Like Pearls e no registo claramente radiofónico e de elevado sentido pop de Reaching Out For A Friend e, principalmente, no rock anguloso do extraordinário single Sweet Release, um extraordinário tratado rock efusivo e vigoroso, já com direito a um curioso vídeo realizado por James Slater, é dado o pontapé de partida para um majestoso alinhamento indie, onde não faltam alguns tiques psicadélicos, a maioria da rsponsabilidade do excelente teclista Nick Power, baladas arrebatadoras (ouça-se Undercover Of The Night) e refrões bastante orelhudos que nos colocam a cantar ou, pelo menos a sussurrar, no imediato e sem darmos conta.

A vibe sessentista com elevado travo surf pop de She's A Runaway, a densidade de Stormbreaker, a acusticidade blues de Eyes Of The Moon, a luminosidade pop de Strangers In The Hollow ou o clima retro das guitarras de Love Or Solution ajudam a cimentar a firme certeza de estarmos perante um registo sólido, incubado por um projeto que tem sabido, ao longo das duas décadas de carreira, manter-se firme num posição cimeira, de relevo e influenciadora no seio do indie rock britânico, uma epopeia que começou logo em grande com uma nomeação para um Mercury Prize em dois mil e dois e que segue, registo após registo, a fornecer aos ouvintes e seguidores bons portos de abrigo para quem pretende deliciar-se com um rock simples e despretensioso, mas onde também não falte aquela riqueza e densidade lírica que tanto apreciam todos aqueles que gostam de se apropriar das canções para refletirem sobre si e sobre a realidade em redor. Espero que aprecies a sugestão...

The Coral - Move Through The Dawn

01. Eyes Like Pearls
02. Reaching Out For A Friend
03. Sweet Release
04. She’s A Runaway
05. Strangers In The Hollow
06. Love Or Solution
07. Eyes Of The Moon
08. Undercover Of The Night
09. Outside My Window
10. Stormbreaker
11. After The Fair

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publicado por stipe07 às 14:12

The Coral – Sweet Release

Terça-feira, 24.04.18

The Coral - Sweet Release

Os britânicos The Coral de James Skelly, Ian Skelly, Nick Power, Lee Southall e Paul Duffy vão regressar a dezassete de agosto aos discos com Move Through The Dawn, onze canções gravados nos Parr Street Studios de Liverpool e produzidas pelos próprios The Coral e por Rich Turvey.
Sucessor do aclamado Distance Inbetween de 2016, Move Through The Dawn, o nono álbum da carreira deste mítico grupo, verá a luz do dia via Ignition Records e Sweet Release é o primeiro single divulgado do registo, um extraordinário tratado de indie rock efusivo e vigoroso, já com direito a um curioso vídeo realizado por James Slater. Confere...

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publicado por stipe07 às 21:48

The Wombats - Beautiful People Will Ruin Your Life

Terça-feira, 13.02.18

Os ingleses The Wombats estão de regresso aos discos depois do excelente Glitterbug de 2015, um disco que se notabilizou por oferecer canções cheias de guitarras aceleradas, inflamadas com letras divertidas, sempre com um audível elevado foco na componente mais new wave do indie rock. O novo álbum desta banda de Liverpool formada por Matthew Murphy, Daniel Haggis e Tord Øverland-Knudsen chama-se Beautiful People Will Ruin Your Life e viu a luz do dia a nove de fevereiro último, confirmando tais expetativas e com elevada bitola qualitativa.

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Liricamente deliciosamente inspirado na relação de Murphy com a sua esposa e sonoramente mais distante daquele rock que pisca o olho à eletrónica através do sintetizador, um instrumento desta vez menos audível, Beautiful People Will Ruin Your Life é um registo com uma forte aurea classicista, dentro daquilo que o rock tem de mais genuíno. Assim, abundam ao longo das onze canções do alinhamento solos de guitarra preenchidos com riffs inspirados e frequentemente escuta-se o baixo e a bateria a conduzirem o ritmo e muitas vezes a melodia de alguns temas, fazendo-o de modo particularmente audacioso e vincado em Out Of My Mind, com a vertente mais sintética neste e noutros temas a servir apenas para florear ou adicionar pequenas nuances ao grosso do arquétipo das canções. Exemplos disso são o refrão de Lemon to a Knife Fight, uma canção sobre aquilo que de mais conturbado pode ter uma relação a dois e que sem renegar a luminosidade das cordas, aprofunda uma relação da banda cada vez mais próxima do trio com a pop mais radiofónica, ou no início inspirado de Lethal Combination, uma das composiçoes mais divertidas e luminosas do disco. Depois, nas oscilações de intensidade que o piano, mas também as cordas e a percurssão  mostram em I Only Wear Black, na rugosidade das guitarras de Ice Cream ou na energia contagiante de White Eyes, desfila um álbum surpreendentemente assertivo, bem estruturado e instrumentalmente sonante, repleto de poemas que retratam com acerto situações e sentimentos que podem ser adotados e adaptados ao quotidiano de qualquer um de nós.

Na segunda década deste século os The Wombats cresceram e nesse processo de mutação natural continuam a amadurecer e a sair com limpeza daquele estado algo ébrio que mostraram no início da carreira rumo a um novo acordar mais sério e sóbrio que os faz ver a vida de um modo mais decidido e realista, não tendo vindo a dar-se nada mal com essa mudança. Espero que aprecies a sugestão...

The Wombats - Beautiful People Will Ruin Your Life

01. Cheetah Tongue
02. Lemon To A Knife Fight
03. Turn
04. Black Flamingo
05. White Eyes
06. Lethal Combination
07. Out Of My Head
08. I Only Wear Black
09. Ice Cream
10. Dip You In Honey
11. I Don’t Know Why I Like You But I Do

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publicado por stipe07 às 21:06






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