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Pond – So Lo (Andrew VanWyngarden Remix)

Quinta-feira, 08.08.24

Pouco mais de dois anos após 9, um disco que colocou os Pond voltados para ambientes sonoros com elevado sentido melódico e uma certa essência pop, numa busca de uma maior acessibilidade e abrangência, a banda liderada por Nick Allbrook, baixista dos Tame Impala, regressou aos discos em junho último com Stung!, um alinhamento de catorze canções, que teve a chancela da Spinning Top e que foi cuidadosamente dissecado pela nossa redação.

Pond Drop "So Lo (Andrew VanWyngarden Remix"

Um dos maiores destaques de Stung! é, sem dúvida, So Lo, a quarta canção do alinhamento do disco, uma composição conduzida por uma guitarra insinuante que debita um riff metálico fulminante e com um baixo exemplar no modo como acama uma batida com um groove tremendamente sensual. Além das cordas, diversos entalhes sintéticos com elevada cosmicidade, são outros ingredientes que alimentam So Lo, um estrondoso compêndio de funk rock cheio de fuzz e de acidez.

Agora, cerca de dois meses depois do lançamento do disco, é divulgada uma espetacular remistura de So Lo, assinada por Andrew VanWyngarden, uma das duas caras metades dos MGMT que, recordo, também já têm em dois mil e vinte e quatro um espetacular disco em carteira intitulado Loss Of Life.

Andrew VanWyngarden ofereceu a So Lo um cunho ainda mais anguloso do que o original, incubando um extraordinário tratado de eletropop, vigoroso, insinuante, sexy e cheio de funk, tremendamente dançável e divertido e sem deturpar a essência melódica da canção. Confere...

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publicado por stipe07 às 12:07

Rui Gabriel – Compassion

Sexta-feira, 26.07.24

Nascido na Venezuela, com a infância vivida na Nicarágua e emigrante nos Estados Unidos, primeiro em Nova Orleães, onde fez parte da banda punk Lawn e agora sedeado em Fort Wayne, no Indiana, Rui Gabriel acaba de se estrear nos discos com um álbum intitulado Compassion, dez canções coproduzidas por Nicholas Corson e que refletem sobre estas mudanças do músico na sua vida, as pessoas que o marcaram e que, no fundo, abordam a transição para a vida adulta.

Rui Gabriel's Wise Yet Innocent Debut, 'Compassion' - SPIN

Compassion é um capítulo eufórico e radiante de abertura de carreira de um músico que promete criar uma epopeia estilística sonora que vai privilegiar e colocar sempre em declarado ponto de mira, apostamos, a herança do melhor indie rock alternativo da década de noventa do século passado. Mas não se pense que esta nossa impressão é depreciativa, no que concerne à predisposição de Rui Gabriel, na hora de criar e compôr, se dedicar apenas a um processo criativo de recorte e colagem de influências, sem induzir um cunho próprio e algo inédito. Logo a abrir o disco, as cordas acústicas, o piano e o violoncelo que adornam com mestria Dreamy Boys e, no ocaso do álbum, em Money, a batida sintética planante, exemplarmente acompanhada pelo piano e pelo baixo, uma trama que nos remete para a melhor herança de uns Primal Scream, entroncando no leque de influências preferencial do autor, comprovam a abrangência das mesmas e o modo como o músico consegue, navegando num leque tão vasto, arquitetar o seu adn sonoro, com subtileza, arrojo, desenvoltura e superior habilidade criativa.

De facto, é essa a grande ideia que transparece da audição de Compassion, uma capacidade superior de abrir um leque muito específico e esticá-lo o mais possível, sem que se parta. O rugoso perfil folk de Church of Nashville, uma canção que os Wilco não se importariam nada de terem criado nos dias de hoje, o travo psicadélico de Target, induzido por uma melodia sintética hipnótica, uma batida vibrante, diversos detalhes percussivos, o clima cósmico tremendamente dançante e anguloso de Change Your Mind e o fuzz insinuante de uma guitarra e o timbre solarengo e surf lo fi das cordas vibrantes que sustentam Summertime Tiger, comprovam que este músico dá razão a quem considera que o melhor indie rock alternativo não é nada mais nada menos do que aquele rock que consegue agregar pitadas daqui e de acolá, com subtileza, arrojo, desenvoltura e superior habilidade criativa, algo que sucede neste álbum de estreia de Rui Gabriel com ímpar sabedoria.

Em suma Compassion tem como grande atributo conseguir, umas vezes com indisfarçável subtileza e outras com esplendoroso requinte, unir, congregar, construir e desconstruir e sublinhar todo um universo de géneros e estilos que influenciam o autor e que, curiosamente, ou talvez não, no fundo também demarcam as fronteiras do melhor cancioneiro norte americano alternativo atual. Uma grande estreia de um projeto que promete imenso. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 15:48

POND - Stung!

Sábado, 29.06.24

Pouco mais de dois anos após 9, um disco que colocou os Pond voltados para ambientes sonoros com elevado sentido melódico e uma certa essência pop, numa busca de uma maior acessibilidade e abrangência, a banda liderada por Nick Allbrook, baixista dos Tame Impala, está de regresso as discos com Stung!, um alinhamento de catorze canções, que viu recentemente a luz do dia, com a chancela da Spinning Top.

Pond - Stung! | Reviews | Clash Magazine Music News, Reviews & Interviews

O início da carreira dos POND foi particularmente marcante, pelo modo como da psicadelia, à dream pop, passando pelo shoegaze e o chamado space rock, nos deliciaram com a mistura destas vertentes e influências sonoras, sempre em busca do puro experimentalismo e com liberdade plena para irem além de qualquer condicionalismo editorial que pudesse influenciar o processo criativo de um grupo. O disco Man It Feels Like Space Again, editado em dois mil e dezasseis e já, à época, o sexto da carreira da banda australiana, terá sido o expoente máximo desta filosofia estilística que tinha no fuzz rock a sua pedra de toque, talvez a expressão mais feliz para caraterizar o caldeirão sonoro que os Pond reservaram para nós no início da sua carreira. No entanto, a partir do sucessor deste trabalho, o álbum The Weather, lançado no ano seguinte, percebeu-se logo, e um pouco à imagem do que sucedia com a discografia dos Tampe Impala, que as agulhas iriam começar a virar rumo a territórios menos orgânicos e que aquele modus operandi sonoro que fez escola nos anos oitenta e que misturava funk, com pop, R&B, new wave e jazz e que terá tido em Prince o seu expoente máximo, começava a ser influência declarada dos POND no momento de entrarem em estúdio para compôr.

9, lançado em dois mil e vinte e um, sucessor de The Weather e antecessor deste Stung!, confirmou essa tendência, com canções como America's Cup, Human Touch ou Czech Locomotive a aprimorarem um som cada vez mais camaleónico e a colocarem um pouco de lado aquelas guitarras alimentadas por um combustível eletrificado que inflama raios flamejantes que cortam a direito, feitas, geralmente, de acordes rápidos, distorções inebriantes e plenas de fuzz e acidez e que eram a grande imagem de marca dos POND na fase inicial da carreira. Stung! acaba por ser consequência óbvia desta nova fase evolutiva dos POND, com as catorze canções do seu alinhamento a não deixarem de contar com as cordas como sustento importante, mas colocando-as num plano menor, nomeadamente ao nível dos arranjos e dos adornos, cabendo aos sintetizadores e aos teclados o papel principal no que concerne ao arquétipo das composições, quer rítmico, quer melódico.

Logo em Constant Picnic, fica óbvio esta busca de uma certa lisergia sintética planante que calcorreia ambientes sonoros com elevado sentido melódico e uma certa essência pop, numa busca de elevada acessibilidade e abrangência, sem deixar de homenagear, com elevada epicidade, aquela filosofia psicadélica e sensualmente charmosa com que os anos setenta e oitenta do século passado nos brindaram. (I’m) Stung, o segundo tema do alinhamento do álbum, não deixa de contar com uma guitarra encharcada com um riff metalico fulminante, que trespassa uma viola acústica vibrante, uma bateria vigorosa e repleta de variações rítmicas, mas são diversos entalhes sintéticos com elevada cosmicidade, os principais ingredientes que alimentam uma canção opulenta, vigorosa, majestosa e instrumentalmente repleta de detalhes inebriantes e cheios de fuzz e de acidez.

A partir daí, se  no eletropunk blues enérgico e libertário de Neon River e, um pouco adiante, de Boys Don't Crash, temos dois fulminantes exercícios de fusão entre o orgânico e o sintético, em So Lo volta a haver uma guitarra que se insinua enquanto debita um riff metálico fulminante, acompanhada por um baixo exemplar no modo como acama uma batida com um groove tremendamente sensual, mas voltam a ser diversos entalhes sintéticos com elevada cosmicidade, o grande sustento de um estrondoso compêndio de funk rock. Depois, se Black Long pisca o olho a territórios mais progressivos e experimentais, numa espécie de viagem esotérica setentista e se Sunrise For The Lonely e Elf Bar Blues são dois curiosos exercícios de pop eletrónica contemplativa, temas como a majestosa e intrincada Edge Of The World Pt.3, um portentoso exercício de rock progressivo flamejante encharcado com sintetizadores abrasivos e Fell From Grace With The Sea, uma composição que tem num clemente piano a sua grande força motriz, atestam o exercício sensorial a que o disco nos convida incessantemente e mostram o imenso potencial de energia que estas composições recheadas de marcas sonoras rudes, suaves, pastosas, imponentes, divertidas e expressivas, às vezes relacionadas com vozes convertidas em sons e letras e que atuam de forma propositadamente instrumental, nos proporcionam.

Até ao ocaso de Stung!, o instante de eletrofolk psicadélica O'UV Ray e o travo soul jazzístico de Elephant Gun, cimentam a elevada bitola qualitativa de Stung!, um disco que nunca deixa de transparecer, ao longo da sua audição, uma sensação de euforia e de celebração, num alinhamento que tanto ecoa e paralisa, como nos faz dançar como se não houvesse amanhã, sempre no meio de uma amálgama assente numa programação sintetizada de forte cariz experimental e que nos embarca numa demanda triunfal de insanidade desconstrutiva e psicadélica. Se quisermos escutar Stung! com a dedicação que o registo merece, devemos estar cientes de que no som dos POND não há escapatória possível de uma ode imensa de celebração do lado mais estratosférico, descomplicado e animado da vida. Espero que aprecies a sugestão...

 

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publicado por stipe07 às 11:11

PONY - Freezer

Terça-feira, 11.06.24

Toronto, no Canadá, é o poiso do projeto PONY, uma dupla formada por Sam Bielanski e Matty Morand e que impressionou fortemente a crítica especializada o ano passado com Velveteen, o disco de estreia. A dupla está de regresso e com isso acaba de chamar a nossa atenção à boleia de Freezer, uma nova canção do grupo, que tem a chancela da Take This To Heart Records e que deverá ser o prenúncio de que os PONY já trabalham no sempre difícil segundo disco.

PONY Share Video for New Song 'Freezer' - Our Culture

Freezer é um verdadeiro tratado de radiofonia, uma ruidosa canção, vibrante e animada, de forte travo noventista e que nos faz planar em redor de um indie surf pop, de elevado cariz lo fi. Freezer está repleta de guitarras vigorosas, que também dão, em alguns instantes, primazia ao baixo no apuro melódico, sendo tudo rematado por um registo vocal reverberizado charmoso e por alguns arranjos proporcionados por um teclado insinuante.

Mantendo a bitola em lançamentos próximos, os PONY arriscam-se vir a fazer parte dos compêndios futuros que compilarem nomes e bandas que serviram de referência essencial ao desenvolvimento da pop e do rock alternativo desta década. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:04

Cage The Elephant – Metaverse

Sábado, 11.05.24

Cinco anos depois de Social Cues, os norte americanos Cage The Elephant, de Matt Schultz (voz), Brad Schultz (guitarra), Jared Champion (bateria), Daniel Tichenor (baixo), Nick Bockrath (guitarra) e Matthan Minster (teclados), estão finalmente de regresso com um novo disco intitulado Neon Pill. Este novo alinhamento de doze canções do projeto natural de Bowling Green, no Kentucky, foi gravado nos Texas, produzido por John Hill e irá ver a luz do dia a dezassete de maio, com a chancela da RCA Records.

Cage the Elephant Tease That Next Album Is Done | Billboard

Já foram extraídos vários singles do alinhamento de Neon Pill, tendo a saga tido início em janeiro deste ano com a divulgação do tema que dá nome ao disco e que foi dissecado na nossa redação. Depois disso, as composições Out Loud e Good Time já mereceram o mesmo destaque, chegando agora a vez de escutarmos Metaverse, a quinta composição do alinhamento de Neon Pill.

Metaverse é um tema rápido, cru e incisivo, um intratável tratado de punk rock feito com guitarras explosivas e com um fuzz abrasivo que não deixa ninguém indiferente, um baixo e uma bateria exemplarmente interligados e tremendamente encorpados, em suma, um festim sonoro explosivo que nos suga para uma espécie de centrifugadora psicadélica, que mistura alguns dos mais saborosos ingredientes do rock alternativo atual e nos faz sentir emoções fortes e verdadeiramente inebriantes. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:26

Ride – Peace Sign

Domingo, 14.01.24

Cinco anos após This Is Not A Safe Place, os míticos Ride, uma banda britânica nascida em mil novecentos e oitenta e oito e formada por Andy Bell, Mark Gardener, Laurence "Loz" Colbert e Steve Queralt, estão de regresso aos discos à boleia de Interplay, o terceiro registo de originais após a segunda fase da vida do grupo, iniciada em dois mil e quinze, um alinhamento de onze canções que vai ver a luz do dia a vinte e nove de março, com a chancela do consórcio PIAS / Wichita Recordings.

Ride: “Peace Sign” - Música Instantânea

Os Ride são grandes mestres do indie fuzz rock e, tendo em conta Peace Sign, a composição que abre o registo e a primeira amostra revelada do alinhamento de Interplay, o novo disco da banda de Oxford será um verdadeiro oásis para os amantes desse género sonoro, já que é uma imponente canção, cheia de guitarras inebriantes e abrasivas, sintetizações cósmicas e um registo percurssivo fenético e algo hipnótico.

Peace Sign, um portentoso hino shoegaze, tem origem numa jam session dos Ride, que decorreu, algures em dois mil e vinte e um, nos estúdios OX4 studios, de Mark Gardener e liricamente inspira-se no filme O Alpinista, produzido por Peter Mortimer, Nick Rosen  e que conta a história do visionário alpinista canadiano Marc-André Leclerc. Confere Peace Sign e o artwork e atracklist de Interplay...

01. Peace Sign
02. Last Frontier
03. Light in a Quiet Room
04. Monaco
05. I Came to See the Wreck
06. Stay Free
07. Last Night I Came
08. Sunrise Chaser
09. Midnight Rider
10. Portland Rocks
11. Essaouira
12. Yesterday Is Just a Song

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publicado por stipe07 às 20:47

Cloud Nothings – Final Summer

Sexta-feira, 10.11.23

Dois anos e meio depois de The Shadow I Remember, o sétimo disco da carreira do grupo de Cleveland, no Ohio, os Cloud Nothings de Dylan Baldi, Jayson Gerycz e Chris Brown e um dos expoentes do punk, emo e hardcore norte-americanos, estão de regresso com um novo tema intitulado Final Summer, composição que marca a estreia do trio no catálogo da etiqueta Pure Noise Records.

Cloud Nothings: “Final Summer” - Música Instantânea

Final Summer tem todos os ingredientes que caraterizam o adn dos Cloud Nothings. É uma canção conduzida por guitarras cruas e com um forte pendor imediatista e orgânico, mas também imbebidas numa indesmentível destreza melódica, que rapidamente resvala para um turbilhão de visceralidade e imponência únicos. É um hardcore efusiante e visceral, gravado em parceria com Jeff Zeigler, misturado por Sarah Tudzin  e masterizado por Jack Callahan. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:33

The Underground Youth – Another Country

Terça-feira, 11.07.23

Naturais de Manchester, em Inglaterra, mas sedeados em Berlim, na Alemanha, os Underground Youth de Craig Dyer estão prestes a regressar aos discos à boleia de Nostalgia's Glass, um alinhamento de dez canções que terá a chancela da Fuzz Club e que será o décimo primeiro da carreira de um projeto que assume beber influências em nomes tão proeminentes como os The Brian Jonestown Massacre, The Velvet Underground, ou Bob Dylan.

THE UNDERGROUND YOUTH — SPACE AGENCY

Another Country é o último single retirado do alinhamento de Nostalgia's Glass. É uma intuitiva composição de forte cariz nostálgico e retro, assente numa guitarra vintage, tocada com argúcia de modo a replicar uma toada western spaghetti algo hipnótica e curiosa, sobre a qual a voz de Craig deambula livremente, num resultado final minimalista e cru e que tanto abraço o típico indie rock lo fi sessentista, quer o de cariz mais psicotrópico da década seguinte, ambas do século passado. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:58

Kids On A Crime Spree – Goods Get Got

Sexta-feira, 14.01.22

Os norte-americanos Kids On A Crime Spree, de Mario Hernandez (antigo membro dos Ciao Bella e dos From Bubblegum To Sky), que se estrearam há uma década com o extraordinário registo We Love You So Bad, estão prestes a regressar aos discos com um trabalho intitulado Fall in Love Not in Line, que irá ver a luz do dia a vinte e dois de janeiro do próximo ano, à boleia da Slumberland Records.

Kids On A Crime Spree – The Fire Note

Ultimamente temos vindo a conferir alguns dos avanços já revelados de Fall In love Not In Line, que nos têm mostrado que vem aí um disco novo dos Kids On A Crime Spree assente num indie punk rock abrasivo, contundente e de elevado quilate. De facto, se canções como When Can I See You Again? e All Things Fade, foram claras relativamente a essa permissa, Goods Get Got, a última canção divulgada do registo, a sexta na ordem do alinhamento e que nos oferece um buliçoso e agreste tratado punk, ruidoso e efervescente, aguça ainda mais a nossa ânsia pela chegada aos escaparates do alinhamento integral deste novo álbum do grupo norte-americano. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:43

The Telescopes - Songs Of Love And Revolution

Sábado, 06.03.21

Com mais de trinta anos de carreira e já descritos pela imprensa musical britânica como uma revolução da psique, os The Telescopes estão de regresso aos discos com Songs Of Love And Revolution, o décimo segundo álbum do quarteto e mais uma explosão solar de ritmos indutores de transe, presa no leme por uma parede de baixo pulsante e mantida no lugar por um enxame de guitarras ao redor, como é apanágio num projeto com um legado cheio de momentos “eureka”, alimentados via intravenosa através de uma racha no ovo cósmico, e que sempre revelou algo novo dentro de um espetro indie de forte cariz lisérgico e amplamente progressivo.

The Telescopes – Songs of Love and Revolution – P3DRO

Neste Songs Of Love And Revolution, em quase quarenta minutos de absoluta hipnose e nebulosa alienação,  temas como Mesmerised, composição assente num registo minimalista e crú, com o vibrante hipnotismo da relação frutuosa que se estabelece entre um repetitivo dedilhar da guitarra e a voz a criarem uma espécie de fuzz acústico psicadélico, ou Strange Waves, tema em que a tónica é colocada, primordialmente, na criação de um ambiente com forte travo lisérgico e cósmico, proporcionado pela eficaz interseção entre um efeito tenebroso de uma guitarra e um efeito reverbante de outra, são pináculos de uma experiência auditiva de forte pendor metafísico e sensorial.

Como se percebe então Songs Of Love And Revolution atiça, enquanto impressiona o ouvinte devido ao modo como se serve das guitarras para construir canções embrulhadas numa espécie de névoa radioativa, que intoxica pela majestosidade e ímpeto, nuances conjuradas com elevada mestria  e que cimentam essa relação simbiótica perfeita entre instrumento e intérprete, oferecida por um projeto sempre visionário, revolucionário e marcadamente experimental. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 18:29






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