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Helado Negro – Lotta Love

Quarta-feira, 04.11.20

O projeto Helado Negro, liderado por Roberto Carlos Lange, um filho de emigrantes equatorianos, radicado nos Estados Unidos, começa em grande estilo a sua caminhada ao lado da etiqueta 4AD, para onde se transferiu recentemente, dando as mãos à cantora e compositora Jenn Wasner, que assina as suas obras sonoras como Flock of Dimes e a Devendra Banhart, para assinarem, em conjunto, uma versão do clássico Lotta Love de Neil Young.

Helado Negro

Na versão, assente em em cordas de elevado pendor acústico e com alguns detalhes sintéticos que recriam uma espécie de eletrónica em forma de dream pop de cariz lo fi e etéreo e que recria, no geral, um ambiente particularmente intimista e acolhedor e que encarna na perfeição o espírito muito particular e simbólico do original de Young, Lange, procurou respeitar a essência do tema, mas procurou também deixar a sua habitual marca de espiritualidade que e uma imagem de marca destw músico latino, conforme o proprio confessa (I was captivated by the song’s sincerity and wondered how to make a version that compelled you to step closer to the words. I wanted it to be hymnal and spiritual outside of religion. I interpreted the theme of the song to be about protection. How do we protect each other? Creating this version helped me find some sonic respite and hopefully it does the same for others). Confere...

Helado Negro - Lotta Love

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publicado por stipe07 às 21:02

Helado Negro – This Is How You Smile

Sexta-feira, 15.03.19

Pouco mais de dois anos após o excelente Private Energy, o projeto Helado Negro, liderado por Roberto Carlos Lange, um filho de emigrantes equatorianos, radicado nos Estados Unidos, está de regresso com This Is How You Smile, o seu sexto longa duração. Falo de doze belíssimas canções que plasmam mais um momento marcante deste músico sedeado em Brooklyn, um disco onde Lange amplia as suas experimentações com samples e sons sintetizados de modo a replicar uma multiplicidade de referências sonoras, desta vez em busca de ambientes mais intimstas e acolhedores, que encarnam na perfeição o espírito muito particular e simbólico da música de Helado Negro.

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Projeto que me é muito querido, Helado Negro tem conduzido o seu percurso musical sempre em busca da mescla entre aa especificidade sonora centro-americana, muito marcada por percurssões vibrantes e cordas de forte pendor orgânico, com a melhor eletrónica ambiental contemporânea. E de facto, se logo em Please Won't Please, uma sublime sapiência sintética e uma incontida sensação de relaxamento e conforto apoderam-se imediatamente do ouvinte, nos acordes de Imagining What To Do, é fácil viajarmos para as areias calientes do caribe. Depois planamos com os samples dos sons tipicamente sul americanos que adornam os teclados e os sopros ariscos de Fantas, e ficamos prontos para ao som da viola que conduz Pais Nublado, para levantar o nosso olhar para o horizonte sem deixar de querer alargar o diâmetro da nossa anca, possuída, sem dono e com vontade própria, porque ela não resiste a acompanhar, subtilmente, uma canção que fala que vai subindo de intensidade e emoção enquanto provoca igual efeito na temperatura do nosso corpo, que volta a estabilizar ao som do delicado piano que sustenta Running, um tema com forte pendor temperamental e com um ambiente único, feito de nostalgia, mas também de cor, de sonho e de sensualidade. Sabana de Luz é outra composição com um efeito soporífero que convida aquela intimidade que força o pensamento à divagar, mas sem deixar que o mesmo resvale para memórias menos felizes.

É assim a música de Helado Negro, intensa, palpável, urbana e dominada por um pendor acústico e tipicamente latino, mas com a eletrónica em forma de dream pop de cariz lo fi e etéreo e que incluí também travos deR&B, a ser cada vez mais um veículo privilegiado no processo de composição. Nela sente-se facilmente aquele aspeto geográfico e ambiental tão sul americano em que cidade, praia e floresta tropical amiúde se fundem, neste caso num registo com uma elevada vertente autobiográfica, já que nele Lange desabafa sobre experiências individuais da sua infância e juventude. O músico apresenta muito esta filosofia interpretativa, no que concerne à escrita das suas canções, mostrando, sem receios, ser alguém positivamente obcecado pela evocação de memórias passadas e, principalmente, pela concretização sonora de sensações, estímulos, reacções e vivências cujo fato serve a qualquer comum mortal.

Cada vez mais confiante, inspirado e multifacetado, Lange continua a aventurar-se corajosamente na sua própria imaginação, construída entre o caribe que o viu nascer e a América de todos os sonhos. Neste This Is How You Smile contorna, mais uma vez, todas as referências culturais que poderiam limitar o seu processo criativo para, isento de tais formalismos, compilar com música, história, cultura, saberes e tradições, num pacote sonoro cheio de groove e de paisagens sonoras que contam histórias que Helado Negro sabe, melhor do que ninguém, como encaixar. Espero que aprecies a sugestão...

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01. Please Won’t Please
02. Imagining What To Do
03. Echo For Camperdown Curio
04. Fantasma Vaga
05. Pais Nublado
06. Running
07. Seen My Aura
08. Sabana De luz
09. November 7
10. Todo Lo Que Me Falta
11. Two Lucky
12. My Name Is For My Friends

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publicado por stipe07 às 18:17

Helado Negro - Private Energy

Domingo, 09.10.16

Helado Negro é um projeto que me é muito querido, liderado por Roberto Carlos Lange, um filho de emigrantes equatorianos, radicado nos Estados Unidos e que lançou há poucos dias Private Energy, o seu quinto longa duração, como é habitual através da Asthmatic Kitty. Falo de catorze belíssimas canções que são mais um momento marcante deste músico sedeado em Brooklyn, um disco onde Lange amplia as suas experimentações com samples e sons sintetizados de modo a replicar uma multiplicidade de referências sonoras. Uma das particularidades deste disco é contar, nas apresentações ao vivo de promoção deste registo, com o contributo visual e artístico do coletivo Tinsel Mammal, um grupo de dançarinos com vestes prateadas e que encarnam na perfeição o espírito muito particular e simbólico da música de Helado Negro.

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Sublime sapiência e uma incontida sensação de relaxamento e conforto apoderam-se imediatamente do ouvinte logo que os acordes de Calienta sussurram nos nossos ouvidos. Depois planamos com os samples dos sons tipicamente sul americanos que adornam os teclados e os sopros épicos de Tartamudo, com a batida sintética de Lengua Larga a alargar quer os nossos horizontes quer o diâmetro da nossa anca, possuída, sem dono e com vontade própria, não resistindo a acompanhar uma canção que fala muito de lábios e que sobe de intensidade e emoção, assim como a temperatura do nosso corpo.

É assim a música de Helado Negro, intensa, palpável e dominada por um pendor acústico e tipicamente latino, mas com a eletrónica em forma de dream pop de cariz lo fi e etéreo e que incluí também travos de hip hop, a ser cada vez mais um veículo privilegiado no processo de composição.

Disco fortemente conduzido por uma tendência urbana e contemporânea, mas onde também não falta, em Obra Dos, Tres, Cuatro e Cinco, aquele aspeto geográfico e ambiental tâo sul americano em que cidade e floresta tropical amiúde se fundem, em Private Energy Lange desabafa sobre experiências individuais que poderão indicar a presença de uma elevada vertente autobiográfica. Escuta-se o verso I Feel Invisible Without Your Wisdom em Transmission Listen, uma profunda canção sobre muitas das dicotomias subjacentes ao amor e no love can cut our knife in two em Runaround, o primeiro single divulgado do álbum, um tema com forte pendor temperamental e com um ambiente feito com cor, sonho e sensualidade e percebe-se esta filosofia de alguém positivamente obcecado pela evocação de memórias passadas e, principalmente, pela concretização sonora de sensações, estímulos,reacções e vivências cujo fato serve a qualquer comum mortal.

Ao quinto disco, cada vez mais confiante, inspirado e multifacetado, Lange continua a aventurar-se corajosamente na sua própria imaginação, construída entre o caribe que o viu nascer e a América de todos os sonhos. Nestas suas novas canções contorna, mais uma vez, todas as referências culturais que poderiam limitar o seu processo criativo para, isento de tais formalismos, não recear misturar tudo aquilo que ouviu, aprendeu e assimilou e que é, mais uma vez, sonoramente tão bem retratado, com enorme mestria e um evidente bom gosto, ao mesmo tempo que reflete com indisfarçável temperamento sobre si próprio, enquanto compila com música, história, cultura, saberes e tradições, num pacote sonoro cheio de groove e de paisagens sonoras que contam histórias que Helado Negro sabe, melhor do que ninguém, como encaixar. Espero que aprecies a sugestão...

Helado Negro - Private Energy

01. Calienta
02. Tartamudo
03. Obra Dos
04. Lengua Larga
05. Runaround
06. Young, Latin And Proud
07. Obra Tres
08. Transmission Listen
09. Persona Facil
10. Mi Mano
11. Obra Cuatro
12. It’s My Brown Skin
13. We Don’t Have Time For That
14. Obra Cinco

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publicado por stipe07 às 22:25

Helado Negro – Double Youth

Quinta-feira, 04.09.14

Helado Negro é um projeto liderado por Roberto Carlos Lange, um filho de emigrantes equatorianos radicado nos Estados Unidos e que também encabeça o projeto Ombre. Depois de no início de 2013 ter lançado Invisible LifeHelado Negro dedicou-se depois à compilação com Island Universe Story, um conjunto de vários EPs que contêm momentos mais experimentais do músico, ajudado por alguns convidados especiais. Agora, no passado dia dois de setembro, chegou aos escaparates Double Youth, o novo longa duração do músico, como é habitual através da Asthmatic Kitty.


Em mais um tomo da sua já apreciável e bastante recomendável discografia, Roberto Carlos continua a sua demanda pela busca da canção perfeita, em mais um trabalho onde predomina uma sonoridade acústica e tipicamente latina, liderada pelas cordas e com as letras quase sempre em castelhano. Num disco fortemente conduzido por uma tendência urbana e contemporânea, alicerçada na eletrónica e numa dream pop de cariz lo fi e etéreo e que incluí também travos de hip hop, Lange desabafa sobre experiências individuais que, de acordo com o título do disco, poderão indicar a presença de uma elevada vertente autobiográfica. Além de este disco, o quarto da carreira, ter sido gravado no seu estúdio caseiro, apenas com um computador e a sua voz, pelos vistos o terceiro elemento decisivo do trabalho é o poster que ilustra a capa, uma fotografia que ele encontrou na casa onde cresceu durante a sua infância e que, de repente, fez com que ele sentisse necessidade de evocar algumas das suas memórias passadas, plasmando-as nestas suas novas canções.

Em mais um álbum com um forte pendor temperamental, como não podia deixar de ser, e carregado de ambientes feitos com cor, sonho e sensualidade, Double Youth é mais um disco que transpira uma enorme sensação de dinamismo e coerência, na forma como consegue, em simultâneo, abraçar uma forte veia contemplativa e incluir igualmente temas que podem servir como uma espécie de banda sonora de uma festa pop, psicadélica e sensual, sem que se percam importantes elos de ligação e de correspondência sonora, instrumental e até melódica entre os mesmos. Canções como I Krill You, Triangulate ou Queriendo, aparentemente díspares, se escutadas com atenção facilmente se percebe que entroncam num mesmo ramo sonoro feito com aquele charme típico do vagaroso e caliente ritmo latino, muito bem acompanhado por um sintetizador delicioso e uma viola com cordas cheias de luz e esplendor.

Algures entre Toro Y Moi e Caetano Veloso, Lange aventura-se na sua própria imaginação, construída entre o caribe que o viu nascer e a América de todos os sonhos. Nestas suas novas dez canções contorna todas as referências culturais que poderiam limitar o seu processo criativo para, isento de tais formalismos, não recear misturar tudo aquilo que ouviu, aprendeu e assimilou e que é sonoramente tão bem retratado,por exemplo, em That Shit Makes Me Sad, uma canção onde tudo o que o atrai e influencia é densamente compactado, com enorme mestria e um evidente bom gosto, ao mesmo tempo que reflete com indisfarçável temperamento sobre um acontecimento significativo da sua infância.

Nos Helado Negro este músico equatoriano transforma-se numa espécie de fantasma latino-americano e faz mais do que música eletrónica, cantada, normalmente, em castelhano; Aqui, ele compila com música, história, cultura, saberes e tradições, num pacote sonoro cheio de groove e de paisagens sonoras que contam histórias que transitam entre dois mundos que Roberto sabe, melhor do que ninguém, como encaixar. Espero que aprecies a sugestão...

Helado Negro - Double Youth

01. Are I Here
02. I Krill You
03. It’s Our Game
04. Myself On 2 U
05. Friendly Arguments
06. Triangulate
07. Ojos Que No Ven
08. Queriendo
09. Invisible Heartbeat
10. That Shit Makes Me Sad

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publicado por stipe07 às 21:39






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