man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Foxing – Hell 99
Em dois mil e vinte e três os aclamados Foxing celebraram uma década do lançamento do seu disco de estreia Albatross, considerado hoje um verdadeiro clássico do emo rock norte-americano contemporâneo. No entanto, a banda formada pelo vocalista Conor Murphy, o guitarrista Eric Hudson, o baterista Jon Hellwig e o baixista Brett Torrence, o mais recente membro, não ficou presa ao passado e tem já um novo disco pronto. É um homónimo com doze canções, produzido e misturado por Hudson, o guitarrista e que vai ver a luz do dia a treze de setembro, com a chancela da Grand Paradise.
No inicio deste mês de agosto partilhámos com os nossos leitores e ouvintes Greyhound, o primeiro avanço revelado do alinhamento de Foxing, um disco que,já agora, sucede ao aclamado álbum Draw Down The Moon, que o grupo natural de St. Louis, no Missouri, lançou em dois mil e vinte e um. Greyhound era uma imponente e vertiginosa parada de emo rock experimental e progressivo, um manancial lisérgico de cordas abrasivas, distorções incontroladas, detalhes percussivos da mais variada proveniência, tudo rematado exemplarmente com o inconfundível falsete de Murphy.
Agora chega a vez de conferirmos Hell 99, a segunda composição do álbum. Vigorosa, crua, caótica, efusiva, rugosa, frenética, contundente e, principalmente, abrasiva, Hell 99 é uma composição cantada pelo guitarrista Eric Hudson e que reflete sobre a sensação de fadiga extrema e de burnout, com os gritos de Eric a quererem personificar aquele desejo que todos nós temos, amiúde, de deitar cá para fora tudo aquilo que nos asfixia e abafa. Confere...
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Vundabar – I Got Cracked
Oriundos de Boston, no Massachusetts, os Vundabar são uma dupla formada por Brandon Hagen e Drew McDonald e um caso sério no panorama alternativo da costa leste dos Estados Unidos da América. Algo desconhecidos do lado de cá do atlântico, têm, no entanto, já excelentes álbuns em carteira. A saga discográfica iniciou-se em dois mil e treze com o registo Antics. Dois anos depois viu a luz do dia Gawk e, no dealbar de dois mil e dezoito, Smell Smoke, um trabalho que viu sucessor em dois mil e vinte e dois, um disco chamado Either Light, que teve a chancela da Gawk Records e que era bastante inspirado pela personagem Tony Soprano, da série Os Sopranos, interpretada pelo malogrado ator James Gandolfini.
Dois anos depois desse álbum, a dupla regressa ao nosso radar à boleia de uma canção intitulada I Got Cracked, a primeira com a chancela da Loma Vista Recordings, a nova etiqueta dos Vundabar. Canção incisiva, com uma cadência frenética, explosiva e com uma indesmentível toada garageira, que oscila entre o épico e o hipnótico, o lo-fi e o hi-fi, I Got Cracked foi gravada num momento particularmente caótico da vida de Brandon Hagen, o vocalista dos Vundabar. O pai faleceu, pela mesma altura, o músico, que estava na Europa com a banda em digressão, partiu um braço numa queda num hotel e de regresso, para o funeral do pai, grava esta música, uma semana depois desse evento, num estúdio em Los Angeles. O próprio vídeo da canção, que versa sobre cinzas espalhadas ao vento, corações partidos e leis infringidas, assinado por Christopher Phelps, ironiza, de modo particularmente incisivo, sobre o absurdo da nossa existência. Confere...
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Cloud Nothings – Running Through The Campus
Como certamente se recrodam, em novembro último divulgámos um tema intitulado Final Summer, assinado pelos Cloud Nothings de Dylan Baldi, Jayson Gerycz e Chris Brown, um dos expoentes do punk, emo e hardcore norte-americanos. Três meses depois a banda de Cleveland, no Ohio, está de regresso com o anúncio de um novo álbum, um alinhamento de dez canções que se chamará exatamente Final Summer e que marcará a estreia do trio no catálogo da etiqueta Pure Noise Records.
Final Summer será o oitavo disco da carreira dos Cloud Nothings, irá ver a luz do dia a dezanove de abril e foi gravado com a ajuda do produtor Jeff Zeigler, habitual colaborador de Kurt Vile e dos War On Drugs e misturado por Sarah Tudzin.
Running Through The Campus é o primeiro single divulgado do alinhamento de Final Summer. É uma canção jovial e que plasma alguns dos melhores ingredientes daquele indie rock alternativo noventista, conduzido por guitarras cruas, encharcadas em efeitos metálicos exuberantes e com um forte pendor imediatista e orgânico. Além disso, esta canção está também imbebida numa indesmentível destreza melódica, enquanto procura, sem receios, uma elevada faceta radiofónica. Confere Running Through The Campus e o artwork e a tracklist de Final Summer...
01 Final Summer
02 Daggers of Light
03 I’d Get Along
04 Mouse Policy
05 Silence
06 Running Through The Campus
07 The Golden Halo
08 Thank Me For Playing
09 On The Chain
10 Common Mistake
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There Will Be Fireworks – Summer Moon
A Escócia está, claramente, na ordem do dia com bandas e projetos como King Creosote, Tiny Skulla, The Magnetic North, Frightened Rabbit, The Twilight Sad ou We Were Promised Jetpacks, a carimbarem relevância na contemporaneidade indie que nos vai invandindo, feita de boa música, mas também de algum excesso de fácil radiofonia e de exagerada popularidade. Os There Will Be Fireworks são mais um nome a juntar à listagem, uma banda escocesa, mas atualmente sedeada em Londres, que acaba de deixar em verdadeiro sentido a nossa redação devido a Summer Moon, o novo disco do projeto, que coloca fim a um hiato de uma década, já que sucede ao álbum The Dark, Dark Bright, que o grupo lançou em dois mil e treze.
Summer Moon é um extraordinário alinhamento de treze canções que tem a chancela da The Imaginary Kind, uma equena etiqueta escocesa detida por elementos dos There Will Be Fireworks, que se movem confortavelmente a calcorrear caminhos, mais ou menos sinuosos, que os levam do indie rock, ao rock progressivo, à folk e ao emo rock, uma curiosa amálgama que, no caso de Summer Moon, é também uma marca sonora que vinca, neste disco, a transição entre a juventude e a vida adulta dos membros do grupo, uma passagem que ocorreu durante o período que separa este álbum do antecessor. Summer Moon contém, portanto, esta marca de maturidade, com canções filosoficamente mais intrnicadas e profundas, mas sem colocarem em causa a habitual delicadeza e elevado sentimentalismo que os There Will Be Fireworks colocam, mesmo quando o manto sonoro é rugoso, imponente e ruidoso.
Como se percebe logo em Smoke Machines (Summer Moon), Summer Moon é um disco de guitarras, mas também um exemplo consistente de como as mesmas, eletrificadas, podem delinear interseções, junções e sobreposições com os sintetizadores. É um jogo entre o orgânico e o sintético feito com mestria e com enorme apuro melódico. Holding In The Dark, por exemplo, cativa logo ao primeiro instante, pelo modo como um trecho cósmico sintético acompanha, exemplarmente, uma repetitiva linha de guitarra hipnótica, durante quase seis minutos enleantes e vibrantes. Mesmo quando em Bedroom Door existe um apelo mais intenso por parte da acusticidade, não é colocada em causa uma riqueza e uma diversidade instrumental, uma permissa que ganha ainda maior ênfase, logo a seguir, em Love Comes Around, canção em que a bateria assume a linha da frente, enquanto aquela lágrima fácil no canto do nosso olho resolve deslizar face abaixo e sem qualquer hesitação.
Até ao final de Summer Moon, grandiosidade e consistência são termos que assaltam instintivamente a mente do ouvinte, enquanto se delicia, na impulsividade eletrizante de Our Lady Of Sorrows, ou no baixo embalador e na soul do timbre metálico da guitarra que se vai insinuando em Dream Song, até a canção explodir, quase no sentido literal do termo, com um naipe de canções abrigadas por alguns dos melhores pilares estilísticos e conceptuais que sustentam a nata do rock alternativo atual, um modus operandi que também não descura piscares de olhos descarados a ambientes eminentemente progressivos, mas sempre de um modo polido e orquestralmente rico. É uma trama que acaba por ajudar a puxar o ouvinte para um lado eminentemente reflexivo e sonhador, num disco que é um marco de preserverança e de exaltação, criado por uns There Will Be Fireworks que sempre conseguiram inflamar a sua música com uma quase incontrolada paixão. Espero que aprecies a sugestão...
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Into It. Over It. – Figures
O projeto norte-americano Into It. Over It. liderado por Evan Thomas Weiss, regressou recentemente com um trabalho intitlado Figures, que viu a luz do dia à boleia do consórcio Triple Crown/Big Scary Monsters. Figures sucede a Standards, sendo o primeiro trabalho da banda de Chicago em quatro anos, período durante o qual Weiss este ocupado com o seu outro projeto Pet Symmetry.
Uma das máximas na música e nas artes em geral consiste na ideia de mudança contínua, para que não se caia no esquecimento, algo ainda mais urgente para quem conseguiu um sucesso estrondoso com Standards, há pouco menos de meia década. Figures são doze canções que personificam uma clara tentativa deste projeto Into It. Over It. em conseguir abranger novos campos sonoros que não se restringam apenas ao típico emo rock que marca, desde sempre, o ADN do projeto. O ponto de partida para tal demanda foi a ressaca de uma digressão que, nessa altura, fez Weiss perder a companheira e ter que trabalhar numa outra área que não a música para pagar as dívidas que contraiu durante esse período.
Figures tem como um dos elementos centrais a voz apelativa de Weiss, uma opção de destaque feliz porque as canções que compôem o alinhamento gozam de uma ímpar intimidade, contendo um travo de melancolia e introspeção bastante vincados. Mas, como é óbvio, o registo vocal do autor não se destacaria se não estivesse envolto num painel instrumental rico e diversificado e que soubesse como fazer brilhar os poemas aos quais dá vida sem nunca se deixar notar. Assim, como se percebe, por exemplo, no single Living Up To Let You Down, um efusiante tratado de emo rock, Figures tem como ingredientes sonoros essenciais arranjos de cordas subtis, guitarras aceleradas e uma bateria algumas vezes com um andamento imparável, um modus operandi tremendamente nostálgico e que nos leva até à melhor herança de um subgénero do rock que marcou de modo indelével e bastante impressivo a última década do século passado e que também, pelos vistos, pode ter um lado mais solarengo e tremendamente pop. Espero que aprecies a sugestão...
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Into It. Over It. – Living Up To Let You Down
O projeto norte-americano Into It. Over It. liderado por Evan Thomas Weiss, já tem disco novo pronto, um trabalho intitlado Figures, que irá ver a luz do dia a dezoito de setembro próximo à boleia do consórcio Triple Crown/Big Scary Monsters. Figures sucede a Standards, sendo o primeiro trabalho da banda de Chicago em quatro anos, período durante o qual Weiss este ocupado com o seu outro projeto Pet Symmetry.
Living Up To Let You Down é o primeiro single divulgado de Figures, um efusiante tratado de emo rock, assente em arranjos de cordas subtis, guitarras aceleradas e uma bateria com um andamento imparável, mesmo com instantes de pausa, um modus operandi tremendamente nostálgico, levando-nos até à melhor herança de um subgénero do rock que marcou de modo indelével e bastante impressivo a última década do século passado e que também pode ter um lado mais solarengo e tremendamente pop. Confere...