man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
António Vale da Conceição - Remedy
António Vale da Conceição é um produtor e músico de Macau, integrante da banda Turtle Giant, e agora residente em Portugal. Além da sua carreira já vasta nesse projeto macaense, é também autor de temas e bandas sonoras para Cinema e Televisão, destacando-se na relação próxima com o realizador António Caetano Faria.
O ano passado António Vale da Conceição lançou o seu primeiro álbum, intitulado Four Hands Piano e realizou e compõs a música para o documentário Beyond the Spreadsheet: The Story of TM1, um documentário que conta a história de vida e contributo tecnológico de Manny Pérez - o génio matemático que criou em 1983 a tecnologia que permitiu ao mundo efectivamente lidar com a complexidade de dados no mundo - A Base de dados Funcional (ou o Excel em esteróides). O documentário foi vencedor do Festival Internacional de Cinema de Anatolia e Selecção Oficial do OFF Berlin e Madrid e do Portland Film Festival.
Agora, na primavera de dois mil e vinte dois, António Vale da Conceição anuncia o lançamento de um EP, que tem como avanço uma canção intitulada Remedy. É um tema que, de acordo com a nota de imprensa, nos apela a não nos contaminarmos pelas sedutoras imagens e sons que nos rodeiam e, ao invés, sermos sãos, verdadeiros e autênticos. O remédio está muitas vezes na não-contaminação, na prevenção, portanto. E por isso, impermeabilizar-mo-nos de venenos (como as fake news, redes sociais, o desejo de fama, egos) é o nosso dever e responsabilidade, como indivíduos e como colectivo.
Remedy também já tem direito a um vídeo filmado pela realizadora do Porto Francisca Siza. A nota de imprensa refere que a ideia foi desdobrar a personagem António Vale da Conceição em várias personalidades ou alter-egos, que compõem a banda que actua a música “Remedy”. O resultado foi uma colagem de imagens destes alter-egos contra imagens que reflectem as ideias por trás duma canção que apela a que nos tornemos impermeáveis a desejos, ambições destrutivas, maus vícios, vitimizações. E que, por sua vez, apela a que usemos a mente, a cabeça, o intelecto, - para que estendamos a mão ao outro e nos reconheçamos a nós próprios, relembrando-nos que viemos todos na mesma matéria, da mesma mãe. Tudo, com vontade de rir. Confere...
Site: www.antoniovaledaconceicaomusic.com
Instagram: https://www.instagram.com/iamantonioconceicao/
Shop: https://thedonutworks.threadless.com
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC1DyVIGoq0-Vt06WASrSjhA
Spotify: https://open.spotify.com/artist/0O6mVy6NiE9cigEcv0rd29?si=AFekjtGlSXSkuDC6JjYcog
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Fugly - Dandruff
Quase meia década depois do excelente Millenial Shit, os portuenses FUGLY estão de regresso aos lançamentos com um novo disco intitulado Dandruff, que tem o selo da portuense Saliva Diva. Recordo que os Fugly são liderados por Pedro Feio, ou Jimmy, ao qual se juntam Rafael Silver, Nuno Loureiro e Ricardo Brito.
Com Millennial Shit os Fugly deram a volta a Portugal, à Europa. A carrinha, o seu panzer do rock turbo negro, ficou demasiado cansada e morreu. Agora têm uma carrinha nova e um álbum novo, que traz consigo um novo mestre dos tambores, Ricardo Brito (esse mesmo). Quase cinco anos depois, Dandruff não engana o ouvinte mais incauto nas referências, que se acamam naquele rock alternativo que há três décadas atrás fez mossa no stock mundial de ténis All Star, de Yamahas DT 50 e de flanelas em xadrez, enquanto a internet era apenas uma ténue miragem que se vislumbrava nos sonhos mais milaborantes de uma noite de sono revolto, que teria o seu epílogo numa manhã de inevitável ressaca.
Filhos dos anos noventa e adolescentes nos anos zero, os Fugly desenham, em doze temas, um caminho sinuoso entre músicas de correr rápido, genéricos de desenhos animados, muzak de guitarras cremosas, dedicatórias, dedos do meio e outras coisas. Avançam em frente, num frenesim roqueiro, feito com guitarras agrestes, mas encharcadas em acordes e distorções luminosas e um registo percurssivo repleto de groove e, qual cereja no topo do bolo, à boleia de uma propositada ingenuidade lírica com acordes simples e refrões que se penduram na cabeça como um morcego atarantado, com direito a coro e tudo.
A parte mais importante naquilo que é um disco de Fugly são as gargalhadas. É fixe estar feliz e lidar com o stress da renda, de ter um não-trabalho, da namorada, do namorado ou do gato com manchas nos olhos com um sorriso na cara. Este disco dá para rir dos assuntos sérios que daqui a uns tempos vão ser parvos. Pelo menos para eles. Espero que aprecies a sugestão...
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Fugly - Music
Quase meia década depois do excelente Millenial Shit, os portuenses FUGLY estão de regresso aos lançamentos com um novo disco intitulado Dandruff, que tem o selo da portuense Saliva Diva. Recordo que os Fugly são liderados por Pedro Feio, ou Jimmy, ao qual se juntam Rafael Silver, Nuno Loureiro e Ricardo Brito.
Enquanto a nossa redação não se debruça sobre o conteúdo de Dandruff, um álbum que desenha, em doze temas, um caminho sinuoso entre músicas de correr rápido, genéricos de desenhos animados, muzak de guitarras cremosas, dedicatórias, dedos do meio e outras coisas, aproveitamos para sugerir a audição do single Music.
Este quarto single retirado do alinhamento de Dandruff é um hino rock à vida de músico com referências a Frank Sinatra e Silence 4. Tens vinte e poucos anos e tocas numa banda que faz um género que se diz morto. A paixão pela música não te dá muito dinheiro, não é respeitada por quem te rodeia, e nem uma cerveja tens no frigorífico. Felizmente tens concertos, em que te podes divertir com os teus amigos no carro com os teus amigos no carro. À tua maneira. Pelo menos não pagas cerveja nos concertos, fazes o que gostas, e vais-te desmultiplicando noutros trabalhos para pagar a renda. É esta a base de "Music", que acompanha a sua propositada ingenuidade lírica com acordes simples e um refrão que se pendura na cabeça como um morcego atarantado, com direito a coro e tudo. Confere...
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Gongori - There Is Nowhere
Gonçalo Alegre, natural de Mangualde, nasceu em Julho de mil novecentos e oitenta e oito. Cresceu numa atmosfera onde predominava a música e assume-se como autodidata em vários instrumentos, iniciando estudos em baixo elétrico aos dezassere anos e mais tarde em contrabaixo, na variante de Jazz. Ainda na adolescência, junta-se a amigos e passa por vários projetos como Crying Machine, Sense?, Metamorfose ou Apiores. A Escola de Jazz do Porto e alguns professores particulares também do Porto foram guias determinantes para a aprendizagem desta linguagem e do contexto artístico e musical português, bem como a descoberta dos músicos que naquela altura partilhavam o mesmo palco nas jam sessions da Esmae.
Em dois mil e oito, ingressa no curso de música no ISEIT em Viseu - Licenciatura de Instrumento – Contrabaixo – variante Clássica, que conclui seis anos depois. Cedo começa a trabalhar em estúdio, estreando-se em dois mil e quinze com o produtor Tim Tautorat nos Hansa TonStudios – Berlim, na gravação de um disco que, curiosamente, nunca foi lançado.
Durante cinco anos, entre dois mil e onze e dois mil e dezasseis, Gonçalo Alegre faz Direção de Produção de Espetáculos na Moita Mostra - Encontro de Artes em Meio Rural, onde conhece Pedro Branco, filho de José Mário Branco, que o convida a produzir o seu disco de estreia - Contigo, nos estúdios Namouche – Lisboa. É nesta mostra que Galo Cant’Às Duas, projeto seu com Hugo Cardoso, que já passou por cá, se estreia em concerto. Em dois mil e dezoito envolve-se na criação da banda Senhor Jorge, que apresentámos também neste blogue, com Rui Sousa, também conhecido por Dada Garbeck, João Pedro Silva, dos The Lemon Lovers e Jorge Novo, sacristão e “fadista por paixão”.
O ano passado, outra banda sua, os Burning Casablanca’z, lança o primeiro single, Getting Over, do disco de estreia Kind of Truth, com composições suas e de Hugo Cardoso, Bernardo Simões, Bernardo Pardo e Marlow Digs.
Agora, Gonçalo decide dar o impulso maior ao seu projeto a solo que assina como Gongori. É um projeto artístico de cruzamentos disciplinares que envolve o cinema, a música, a dança, a fotografia e as artes performativas. VAZIO, o disco de estreia, é lançado dentro de semanas, sendo também o nome do filme que Gonçalo Alegre realiza e conta com argumento de António Sanganha.
There Is Nowhere é o single de apresentação de VAZIO, uma canção que reflete sobre ser-se Humano, e sobre o conflito interior que carregamos no percurso da vida. O tema é uma introspeção sobre a introspeção individual e coletiva, uma camada de luz na sombra, uma lembrança de aceitar quem fomos, somos e podemos ser; que na escuridão existe esperança, e na descoberta uma lembrança, de que estamos vivos. There is Nowhere é a primeira parte de uma viagem para um portal onde no vazio, pode estar tudo, assente em sintetizadores que exploram cruzamentos com o contrabaixo, a guitarra elétrica, a bateria, as percussões e até a voz. Confere...
https://www.instagram.com/gongori.gongori/
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Lisa Lex - Sirens
Nascida em Seattle, mas a viver em Lisboa desde a adolescência, Lisa Lex escreveu a sua primeira música aos onze anos para lidar com o seu primeiro desgosto. Esse foi o momento em que percebeu o incrível poder das palavras e o seu amor por contar histórias, que se vai materializar num EP masterizado por Rafael Smolen e produzido pela própria autora.
Sonoramente, Lisa Lex aposta numa feliz fusão de pop experimental, trip hop e sons cinematográficos e da natureza com influências de melodias do Médio Oriente. Além disso, ela usa a sua voz sensual para compartilhar com o mundo os seus pensamentos e sentimentos mais íntimos usando a música como uma ferramenta para processar a dor e, mais importante, abraçá-la. Fá-lo através de letras honestas, carregadas de notas melancólicas de harpa, que nos ajudam a superar pensamentos sombrios e tempos difíceis.
O registo de estreia acima referido tem como primeiro vislumbre sonoro o single Sirens, uma contemplativa e submersiva canção, alicerçada por cordas e com um minimalismo orgânico impiedoso, mas tremendamente acolhedor e reflexivo, que pretende materializar uma exploração daquelas lutas internas que todos enfrentamos de tempos em tempos. Confere...
Facebook: https://www.facebook.com/LisaLexx
Instagram: https://www.instagram.com/lisalexlisa/
TikTok: https://www.tiktok.com/@lisalexlisa
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Tiago Vilhena - Não Posso Ter Nada
O músico e compositor Tiago Vilhena, que já foi George Marvison noutro projeto e membro dos Savana, estreou-se nos lançamentos discográficos há pouco mais de dois anos com Portugal 2018, um trabalho que tinha a chancela da Pontiaq e que era cantado quase na sua totalidade em português. Portugal 2018 continha dez composições filosóficas e relaxadas, introspetivas e reveladoras, sendo um registo com um forte cunho ativista, mas também um álbum fantástico porque retratava profetas, dilemas da morte e da vida, poções e milagres.
Agora, em dois mil e vinte e dois, Tiago Vilhena irá presentear-nos com o sempre difícil segundo disco, um trabalho que irá sendo apresentado ao longo do ano e que viu o seu alinhamento composto durante o período de isolamento devido à situação pandémica que todos conhecemos
Não Posso Ter Nada é, portanto, o primeiro single revelado do novo álbum de Tiago Vilhena, uma canção bastante orelhuda e imediata, arquitetada pela guitarra e adornada por sintetizações reluzentes, pensada para dançar, cantar e sorrir. De facto, com uma estrutura clássica, um refrão orelhudo, um verso desafiante e evolutivo e uma letra subjetiva, mas fácil de acolher, Tiago Vilhena revela que está por cá para nos oferecer músicas para ouvir, repetir e reter. A aura da canção de intervenção está presente, mas trocou a camisa por uma t-shirt e o relógio de pulso pelo smartphone. O vídeo da canção foi filmado em Lisboa e realizado por Mariana Romão. Transpira boa disposição, saúde e cor. Todas as cores. Confere...
Spotify: https://open.spotify.com/artist/4LNwjlVorhFaH23ASPzKTA?si=0PG1Z99aQ-S6Y2YrWBQYzg
Instagram: https://www.instagram.com/tiagovilhena/
Facebook: https://www.facebook.com/GeorgeMarvinson
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Trio Alcatifa - Sempre Na Viagem
Especialistas em enfeitiçar tudo e todos com o seu apelo irresistível à alegria e à dança, os Trio Alcatifa são os inebriantes, hilariantes e festivos, dr. Alban (trompete), dr. Bombazine (sax alto) e dr. Rashid (teclado), três músicos que deram descanso aos tapetes voadores, assentaram arraiais no estúdio e gravaram um disco intitulado Triofásico, com doze composições que misturam diversas e exóticas influências desde o turbo folk ao arábico psicadélico e que resultam de uma pesquisa intensa, com o objectivo de aproximar sonoridades de diversas culturas, através da experimentação e fusão de elementos distintos, para criar uma sonoridade original.
Triofásico conta com as participações especiais de Senhora do Ó (voz), Mateja Dolsak (saxofone), Drezaro (turntables), Gulami Yesildal (sax), Ululo (gimbri) e Marc Planells (alaúde), músicos que, tal como os membros dos Trio Alcatifa, trazem no sangue as melodias inebriantes do oriente. Todos juntos criaram um compêndio vestido com a modernidade das batidas electrónicas e pintado de alegria e festa com os sopros inspirados na música de leste, num álbum de estreia capaz de reflectir definitivamente a identidade criativa de um projeto que irá contribuir, certamente, para a diversidade musical no panorama cultural português.
Sempre na Viagem é uma das canções já conhecida do alinhamento de Triofásico. A composição abre as portas ao universo dos Trio Alcatifa. Passando por montes e montanhas, camelos e pirâmides, convida a fechar os olhos e a seguir viagem a bordo de um tapete voador musical que nunca para de subir e trazer paisagens e aromas exóticos. O videoclipe, realizado por Mateja Dolsak, é um aperitivo para a viagem que sempre nos propõe a música dos Trio Alcatifa. Confere...
https://www.facebook.com/TrioAlcatifa
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Fugly - Mom
Quase meia década depois do excelente Millenial Shit, os portuenses FUGLY estão de regresso aos lançamentos com um novo disco intitulado Dandruff, que irá ver a luz do dia a dezoito de Março com selo da portuense Saliva Diva. Recordo que os Fugly são liderados por Pedro Feio, ou Jimmy, ao qual se juntam Rafael Silver, Nuno Loureiro e Ricardo Brito.
Mom é um dos singles de Dandruff, cujo alinhamento tem sido desvendado já desde dois mil e vinte, uma canção rugosa, intensa e vibrante, assente numa desbravada e inquieta guitarra e num ritmo frenético com um inconfundível vigor punk, que, de acordo com a sua nota de lançamento, pretende ser uma carta de amor tipo carta de reclamação para as mães das crianças crescidas da sociedade sem salário no fim do mês. Objectivos diferentes, estradas mais aos “ésses” do que se quer, nas metas parecidas e cumpridas com distinção. Confere...
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCiA17QHA29eFaO0rg5p82Fg
Facebook: https://www.facebook.com/fuglyfuglyfugly/
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Twitter: https://twitter.com/fuglyfuglyband
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Galo Cant’Às Duas - Coragem
Moita, no concelho de Castro Daire, é um ponto geográfico nevrálgico fulcral para o projeto Galo Cant’às Duas, uma dupla natural de Viseu, formada por Hugo Cardoso e Gonçalo Alegre e que tocou pela primeira vez nesse local, de modo espontâneo, durante um encontro de artistas. Nesse primeiro concerto, o improviso foi uma constante, com a bateria, percussões e o contrabaixo a serem os instrumentos escolhidos para uma exploração de sonoridades que, desde logo, firmaram uma enorme química entre os dois músicos.
Inspirados por esse momento único, Hugo e Gonçalo arregaçaram as mangas e há cerca de meia década e começaram a compor, ao mesmo tempo que procuravam dar concertos, sempre com a percussão e o contrabaixo na linha da frente do processo de construção sonora. A guitarra e o baixo elétrico acabam por ser dois ingredientes adicionados a uma receita que tem visado, desde Os Anjos Também Cantam, o disco de estreia do projeto editado na primavera de dois mil e dezoito, a criação de um elo de ligação firme entre duas mentes disponíveis a utilizar a música como um veículo privilegiado para a construção de histórias, mais do que a impressão de um rótulo objetivo relativamente a um género musical específico.
No início de dois mil e dezanove, cerca de ano e meio depois dessa estreia auspiciosa, os Galo Cant’Às Duas deixaram a guitarra em casa, olharam com maior gula para os sintetizadores e colocaram nos escaparates o sempre difícil segundo disco, um trabalho chamado Cabo da Boa Esperança, que marcou, claramente, um rumo mais abrangente, ousado e criativo para a dupla.
Agora, já em dois mil e vinte e dois, os Galo Cant’Às Duas voltam ao nosso radar por causa do seu terceiro álbum, um trabalho intitulado Amor em Água Ardente e do qual divulgámos recentemente o single Selfish Boy, um verdadeiro cocktail pop que conta com a participação especial do rapper português Chullage e, também, com o contributo do beatmaker Marlow Digs. Agora, a poucos dias, da chegada do álbum aos escaparates, chega a vez de conferirmos a canção Coragem, composição que, de acordo com a nota de imprensa de lançamento do tema, fala de um constante desafio que é o impulso e a sua relação com dois pilares que nos sustentam: a verdade e a intuição. Que nos recorda da inocência que existe e irá existir para sempre dentro de cada um de nós, se assim quisermos. É desta coragem presa na confiança e na amizade que livremente se solta a crença na intuição e a procura constante pela verdade. E seguimos, nesta viagem que vamos traçando, acreditando que o amor nos unirá para sempre, pela verdade, pela intuição, pelo que for e tiver de ser, assim será.
Coragem já tem direito a um vídeo assinado por Rafael Farias e sonoramente é uma das canções mais imediatas e empolgantes do disco. Um vigoroso baixo, exemplarmente acompanhado pela bateria, que não se inibe, quando é necessário, de variar o ritmo sem perder vigor e cordas amiúde reluzentes, formam o núcleo duro de uma filosofia interpretativa sonora que seduz, enquanto nos convida a embarcar numa nostálgica e bem sucedida viagem ao melhor indie pop rock noventista do século passado, cujos alicerces nomes tão proeminentes como os Yo La Tengo ou os Pavement ajudaram a cimentar. Confere...
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Galo Cant’Às Duas - Selfish Boy (feat. Chullage)
Moita, no concelho de Castro Daire, é um ponto geográfico nevrálgico fulcral para o projeto Galo Cant’às Duas, uma dupla natural de Viseu, formada por Hugo Cardoso e Gonçalo Alegre e que tocou pela primeira vez nesse local, de modo espontâneo, durante um encontro de artistas. Nesse primeiro concerto, o improviso foi uma constante, com a bateria, percussões e o contrabaixo a serem os instrumentos escolhidos para uma exploração de sonoridades que, desde logo, firmaram uma enorme química entre os dois músicos.
Inspirados por esse momento único, Hugo e Gonçalo arregaçaram as mangas e há cerca de meia década e começaram a compor, ao mesmo tempo que procuravam dar concertos, sempre com a percussão e o contrabaixo na linha da frente do processo de construção sonora. A guitarra e o baixo elétrico acabam por ser dois ingredientes adicionados a uma receita que tem visado, desde Os Anjos Também Cantam, o disco de estreia do projeto editado na primavera de dois mil e dezoito, a criação de um elo de ligação firme entre duas mentes disponíveis a utilizar a música como um veículo privilegiado para a construção de histórias, mais do que a impressão de um rótulo objetivo relativamente a um género musical específico.
No início de dois mil e dezanove, cerca de ano e meio depois dessa estreia auspiciosa, os Galo Cant’Às Duas deixaram a guitarra em casa, olharam com maior gula para os sintetizadores e colocaram nos escaparates o sempre difícil segundo disco, um trabalho chamado Cabo da Boa Esperança, que marcou, claramente, um rumo mais abrangente, ousado e criativo para a dupla.
Agora, já em dois mil e vinte e dois, os Galo Cant’Às Duas voltam ao nosso radar por causa do seu terceiro álbum, um trabalho intitulado Amor em Água Ardente e do qual foi extraído um single em dezembro último. Chama-se Selfish Boy e é um verdadeiro cocktail pop que conta com a participação especial do rapper português Chullage e, também, com o contributo do beatmaker Marlow Digs, uma canção que, de acordo com a sua nota de imprensa, fala sobre a pressão social cada vez maior das redes, dos likes, dos dislikes ou mesmo de toda a mentira, personagens criadas de uma suposta perfeição que é criada atrás de um ecrã. Confere...