man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Quiet Company – Quiet Company (heart)’s Pixies
Oriundos de Austin, no Texas, os Quiet Company, estrearam-se no já longínquo ano de dois mil e seis com o registo Shine Honesty e são atualmente formados por Taylor Muse, o cantor, escritor e grande mentor da banda, o guitarrista Tommy Blank, o baixista Thomas Garcia, o baterista Drew Silverman e o multi-instrumentista Bill Gryta.
No início do já longínquo ano de dois mil e dezanove, os Quiet Company chamaram a nossa atenção com o single Aloha, uma lindíssima canção e um dos destaques de um EP intitulado On Corners & Shapes, que a banda editou nesse ano. Agora, voltam a entrar em alta rotação na nossa redação devido a uma dupla de covers que incubaram para dois dos maiores clássicos dos Pixies, de Black Francis, os temas Monkey Gone To Heaven e Wave Of Mutilation.
Estas covers de duas canções fundamentais do catálogo da banda natural de Boston, no Massachusetts, nascida em mil novecentos e oitenta e seis, foram gravadas durante o período pandémico que todos vivemos há quase meia década, tendo o processo de criação das mesmas sido quase todo da inteira responsabilidade de Taylor Muse, o líder dos Quiet Company, enquanto esteve confinado em sua casa. O resultado final são duas composições explosivas e vibrantes, feitas de guitarras exemplarmente eletrificadas e que mantêm intacto o espírito garageiro, cru e épico dos originais. Confere...
01. Monkey Gone To Heaven
02. Wave Of Mutiliation
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Sea Shapes – I Can’t Go Back
Desde dois mil e vinte e três que temos estado muito atentos a um projeto oriundo do cenário indie e alternativo nova iorquino, que começa a emergir de modo bastante sugestivo e que captou definitivamente o nosso interesse com um EP de quatro canções chamado A Question Of Balance. Eram os Sea Shapes, com origem no bairro de Queens da cidade que nunca dorme e que estiveram no nosso radar em dois mil e vinte e quatro devido a uma série de singles que revelaram na sua página bandcamp.
Uma das canções que este curioso e algo misterioso grupo editou ainda o ano passado mas só agora aterrou na nossa redação chama-se I Can't Go Back. É uma canção vibrante, impulsiva, enleante e hipnótica. Com um perfil rítmico frenético, I Can't Go Back é mais um soporífero com forte travo lisérgico, uma composição em que a robustez do baixo e a aspereza do timbre metálico das guitarras, com forte identidade oitocentista, incubaram um fantástico tratado de indie punk rock que espreita perigosamente uma sonoridade muito próxima da pura psicadelia. Confere...
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Cassettes On Tape – Blue Nine
Os Cassettes On Tape são uma banda post punk de Chicago formada por Joe Kozak (guitarras e voz), Greg Kozak (baixo e voz), Shyam Telikicherla (guitarras e voz) e Chris Jepson (bateria), que deram o pontapé de saída há cerca de uma década com os eps Cathedrals (2012) e Murmurations (2014). Estrearam-se nos lançamentos discográficos em formato longa duração em dois mil e dezassete com Anywhere, dez canções produzidas e misturadas por Jamie Carter no Atlas Studio e na Pie Holden Suite, em Chicago e masterizadas por Carl Saff.
Cinco anos após essa auspiciosa estreia, os Cassettes On Tape regressaram em dois mil e vinte e dois ao processo criativo, começando por divulgar, no início do verão desse ano, duas novas canções que, já na altura, lançaram rumores de poder estar para breve um novo disco do grupo. Os temas chamavam-se Pinks And Greys e Summer In Three e ambos assentavam numa receita assertiva que, olhando com gula para a simbiose de legados deixados por nomes como Ian Curtis ou Robert Plant e não descurando a habitual cadência proporcionada pela tríade baixo, guitarra e bateria e uma outra tendência mais virada para a psicadelia, primavam por um sofisticado bom gosto melódico, com forte impressão oitocentista.
Depois, já em pleno outono desse mesmo ano, os Cassettes On Tape voltaram às luzes da ribalta com um naipe de novas canções. Começaram por divulgar um novo tema intitulado Hopeful Sludge, dias depois voltaram à carga com High Water e, já em dois mil e vinte e três, há precisamente um ano, chegou à nossa redação Summer Ghost e Alright Already.
Agora, já em dois mil e vinte e quatro, e sem a confirmação de um novo álbum, os Cassettes On Tape, voltaram a revelar uma fornada de novas canções, sendo a mais recente Blue Nine. É um tema de forte pendor nostálgico, que volta a colocar os Cassettes On Tape a olharem com gula para o melhor rock alternativo oitocentista, com a herança dos míticos The Sound a surgir logo na retina assim que se começa a escutar a composição. Guitarras com um delicioso travo lo fi, mas que também debitam cascatas de distorções rugosas e impulsivas, são o modus operandi essencial de Blue Nine, canção que vai agradar a todos os amantes deste espetro sonoro. Confere...
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Polyenso – Pocket Knife Shadow
Os Polyenso são uma banda de rock experimental norte americana sedeada em St. Petersburg, na Flórida. A banda é composta pelo vocalista e teclista Brennan Taulbee, pelo multi-instrumentista e vocalista Alexander Schultz e pelo percussionista Denny Agosto. Impressionaram esta redação em janeiro de dois mil e dezanove com o registo Year Of The Dog, oito canções, algumas instrumentais, impregnadas com uma tonalidade refrescante e inédita, um disco cheio de personalidade, com uma produção cuidada e que nos aproximou do que de melhor propõe a música independente americana contemporânea.
Em outubro do ano passado voltaram a chamar a nossa atenção com um EP intitulado Lost In The Wheel que, além desse tema, incluia um curto instrumental chamado “Tempo” e que introduzia MissU (Loops And One-Shots), um devaneio de eletrónica climática, algo sujo e caótico, mas bastante hipnótico.
Agora, cerca de um ano depois desse tomo, os Polyenso voltam a dar sinais de vida com uma nova canção intitulada Pocket Knife Shadow. A mesma está disponível no bandcamp da banda e faz adivinhar finalmente sucessor para o aclamado disco Year Of The Dog, acima referido. É uma deslumbrante canção, incubada num território firme de experimentações sonoras. Nela, um registo percurssivo arritmado enleia-se continuamente com diversos efeitos sintéticos provenientes de teclados e de guitarras, com o resultado final a permitir ao ouvinte saborear um travo lisérgico algo incomum no panorama alternativo atual. Confere...