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Flagship – The Electric Man

Terça-feira, 18.04.17

Oriundos de Charlotte, na Carolina do Norte, os Flagship de Drake Margolnick e Michael Finster são já um caso sério no panorama indie norte-americano e arriscam-se, com The Electric Man, o seu novo registo de originais, a atravessar novas fronteiras e a receberem justo reconhecimento junto de um novo público, também do lado de cá do atlântico. Editado através da Bright Antenna Records e produzido pelo reputado e insuspeito Joey Waronker (Beck, Brandon Flowers, Yeasayer, Atoms for Peace, Air), este é um trabalho que nos oferece uma maravilhosa jornada sonora, capaz de nos levar em várias viagens de ida e volta, da luz à escuridão, abrigados por onze canções assentes num rock atmosférico de elevada intensidade e superior calibre.

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Exímios a criar e replicar melodias bastante aditivas e com forte sentido pop, estes Flagship conseguiram compôr algumas verdadeiras pérolas neste seu segundo registo de originais, bastante inspirado na morte, em 2015, de Grant Harding, que fez parte da formação incial deste projeto. Assim, se Midnight contém aquela epicidade épica de forte cariz sentimental que fez escola nos anos oitenta do século passado, já a viola que introduz Hurricane e o modo como a bateria e um efeito subtil e metálico da guitarra a ela se juntam, fazem-nos erguer o queixo sem receio numa qualquer avenida apinhada de gente que deambula sem destino. Depois, quando o baixo e o sintetizador de Mexican Jackpot piscam os olhos aquele indie rock contemporâneo leve e sorridente e quando The Ladder nos mostra a faceta mais progressiva e ruidosa da dupla, fica claramente plasmada a filosofia de um alinhamento onde sentimentalismo e grandiosidade andam permanentemente de mãos dadas e com um propósito bem definido e pensado; Fazer o ouvinte olhar para o que está diante de si e ter a noção de que, por muito agreste que a vida pareça hoje, o amanhã contém sempre uma infinitude de oportunidades e caminhos por desvendar.

Para os Flagship escrever e cantar sobre eventos importantes e marcantes da sua existência não tem de ser necessariamente um exercício reflexivo de assimilação eminentemente intimista. Nota-se que sentem-se realizados e completos a gritar ao mundo inteiro as suas agruras e inquietações, mas também as alegrias e realizações que vão conquistando, como se quisessem deixar, de modo bem vincado, não só o modo como as suas experiências pessoais se refletem na personalidade de cada um, mas também a ousadia de quererem alertar e aconselhar quem se predispuser a deixar-se levar pela sua vastidão encantatória e que exala deste The Electric Man. Escuta-se as cordas de Burn It Up e o modo como depois uma intensa miríade instrumental se sobrepôe a elas, ou a curiosa rugosidade melancólica do sintetizador que conduz 100 Lives e percebe-se claramente que a melhor forma de exorcizar fantasmas é, se calhar, assustá-los com o nosso próprio âmago. Espero que aprecies a sugestão...

Flagship - The Electric Man

01. Mexican Jackpot
02. Midnight
03. The Ladder
04. Burn It Up
05. 100 Lives
06. In The Rain
07. China Star Man
08. Hurricane
09. The Electric Man
10. Faded
11. It’ll All Work Out

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publicado por stipe07 às 23:14

ElisaRay – All Creatures

Segunda-feira, 03.12.12

ElisaRay não é uma pessoa mas uma banda norte americana, de Charlotte, formada por Tommy Chesebro (voz, guitarra), Christina Brooke (violoncelo, voz), David Wimbish (banjo e voz) e Hayden Cooke (baixo). No dia dezasseis de abril deste ano editaram All Creatures, um álbum produzido por Stephen Price e misturado por Dave Harris. All Creatures sucede a For The Creator For Music, disco de 2010.

A sonoridade de All Creatures assenta numa indie folk acústica, instrumentalmente muito bem executada, com praticamente todas as músicas a serem escritas em torno da guitarra e com o banjo e o violoncelo a acompanharem, num complemento perfeito. O fluxo e refluxo dos instrumentos cria uma atmosfera exuberante e muito peculiar. Tudo isto é suportado por vozes masculinas e femininas, que facilmente nos impressionam, em particular o timbre único de Tommy, uma voz que quando grita consegue emocionar e penetrar, com frequência, nas nossas produndezas.

Os ElisaRay não receiam também prendar o ouvinte com momentos sonoros mais enérgicos, mas o grande trunfo desta banda está na capacidade que transmite de conseguir aproximar-se de quem os ouve de uma forma algo pessoal, muito por causa também da escrita profunda das suas canções, que falam da natureza da Deus, do poder do perdão e da redenção, da vida e das nossas dúvidas existenciais. Cada canção é muito pessoal e soa como um diário, uma espécie de derramar do coração e da alma. A honestidade e a vulnerabilidade estão presentes, de uma forma muito poética e bonita.

Os ElisaRay não são, certamente, mais uma banda folk; Estão longe de redifinir esse género musical, mas destacam-se da miríade de bandas que atualmente apostam neste tipo de sonoridade e All Creatures é um dos melhores álbuns de música popular norte americana dos últimos tempos. Espero que aprecies a sugestão...

01. Intro
02. Anxious
03. It’s In Your Hands
04. Blessed
05. Rocks In My Stomach
06. Foxden
07. All Creatures
08. Brother Caleb
09. Profound Distractions
10. Samson (Pt. 1)
11. Hoping
12. I Look At All Of This
13. Outro

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publicado por stipe07 às 13:15






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