man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Suuns – The Breaks
Os Suuns são um dos segredos mais bem guardados do panorama alternativo canadiano. Apareceram em dois mil e sete pela mão do vocalista e guitarrista Ben Shemie, ao qual se juntam, atualmente, Joseph Yarmush e Liam O’Neill. Estrearam-se nos álbuns em dois mil e dez com Zeroes QC e três anos depois chegou o extraordinário Images Du Futur, um trabalho que lhes elevou o estatuto grandemente, tendo merecido enormes elogios, não só no Canadá, mas também nos Estados Unidos e na Europa. Já na segunda metade da última década a dose dupla Hold/Still e Felt manteve a bitola elevada, dois discos que confirmaram definitivamente que estamos na presença de um grupo especial e distinto no panorama indie e alternativo atual.
Em dois mil e vinte e quatro os Suuns continuam a enriquecer o seu catálogo com um novo disco intitulado The Breaks. É o sexto compêndio da carreira do trio sedeado em Montreal e acaba de ver a luz do dia, com a chancela da Joyful Noise Recordings.
Tomo de oito canções exemplarmente buriladas e encharcadas com o já habitual ambiente místico, nebuloso, exemplarmente caótico e tremendamente orgânico que alimenta o catálogo dos Suuns, The Breaks abre as hostilidades com cândura, imagine-se, à boleia de Vanishing Point, canção perfeita para servir de banda sonora para uma início de manhã tranquila, de preferência de um dia sem rumo ou planos. É um perfil sonoro bastante intimista e até sentimental que volta a impressionar quase no ocaso do disco, em Doreen, tema que encontra no minimal mas aconchegante dedilhar de uma guitarra o braço direito do registo vocal envolvente de Ben, dupla que depois cede o pódio a um jogo subtil, mas intrincado, de diversas interseções sintéticas, com um intenso travo progressivo e experimental.
Pelo meio, os Suuns dedicam-se a demonstrar, com irrepreensível criatividade, uma mestria interpretativa que estes verdadeiros músicos e filósofos exalam com superior requinte na sedutoramente intrigante Fish On A String, no eletronoise pop apimentado de Rage, ou na impetuosidade atmosférica bastante peculiar e climática de Road Signs and Meanings, o âmago de The Breaks.
O registo eminentemente experimental e intuitivo do tema homónimo, composição que se projeta num conjunto de rugosas e abrasivas sintetizações, com uma base sonora bastante peculiar e climática, ora banhadas por um doce toque de psicadelia narcótica a preto e branco, ora consumidas por uma batida com um teor ambiental denso e encorpado e o perfil abrasivo, mas tocante, de Wave, tema agregado em redor de um sintetizador artilhado de diversos efeitos cósmicos e de um registo vocal robotizado clemente, rematam com superior quilate o conteúdo magistral de um disco em que quem mais ordena é uma peculiar e distinta pafernália de ruídos sintéticos, mas em que o modo como as cordas espreitam no meio desse minucioso caos, não é notoriamente obra do mero acaso, algo bem vincado, por exemplo. na já referida Doreen.
Masterizado por James Plotkin e produzido por Adrian Popovich, The Breaks é música futurista para alimentar uma alquimia que quer descobrir o balanço perfeito entre idealismo e conflito e que aos poucos, para o conseguir, acaba por revelar uma variedade de texturas e transformações que configuram uma espécie de psicadelia suja, assente numa feliz união entre o orgânico e o sintético, simbiose com uma certa tonalidade minimalista mas que costura todas as canções do álbum, sem excessos e onde tudo é moldado de maneira controlada. Novamente assertivos e capazes de romper limites, os Suuns oferecem-nos, entre belíssimas sonorizações instáveis e pequenas subtilezas, um portento sonoro de invulgar magnificiência, um verdadeiro orgasmo volumoso e soporífero, disponível para quem se deixar enredar numa espécie de armadilha emocionalmente desconcertante, feita com uma química interessante e num ambiente despido de exageros desnecessários, mas que busca claramente a celebração e o apoteótico. Espero que aprecies a sugestão...
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TOPS – Sunday Morning (Margo Guryan cover)
Foi em dois mil e vinte e um que faleceu a cantora e compositora Margo Guryan, um icone da pop, do jazz e da folk dos anos sessenta do século passado e que que lançou em mil novecentos e sessenta e oito o aclamado registo Take A Picture, um alinhamento de onze canções que continha temas tão intemporais como Sunday Morning, Love, Someone I Know ou Sun.
Agora, cerca de três anos depois da morte de Margo Guryan, a Sub Pop Records prepara-se para colocar nos escaparates Like Someone I Know: A Celebration Of Margo Guryan, um disco de beneficiência, com os lucros a reverterem para serviços de saúde reprodutiva canadianos e que irá conter no seu alinhamento covers destas e de outras composições essenciais do catálogo da autora.
Um dos destaques deste disco de versões vai ser, sem dúvida, a cover assinada pelos TOPS para Sunday Morning, a canção que abria o alinhamento de Take A Picture. Se o original já era luminoso e um festim de cordas reluzentes, que replicam uma base melódica intimista e cativante, os TOPS mantiveram essa essência e conferiram à sua roupagem uma tonalidade mais contemporânea, com a sublime cosmicidade de algumas sintetizações e o registo vocal adociado de Jane Penny, a vocalista dos TOPS, a rematarem com mestria uma canção que fala sobre uma manhã de domingo relaxante e como pode ser especial e única se for vivida com alguém que nos diga muito. Confere...
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Meltt – Within You, Within Me (Bayonne Remix)
Oriundos de Vancouver, no Canadá, os Meltt têm já uma assinalável reputação no país natal, como uma das bandas que melhor replica aquele rock majestoso e de forte cariz progressivo, enquanto não renega contactos mais ou menos estreitos com outros espetros sonoros, com particular destaque para a eletrónica ambiental, a música de dança e o próprio R&B. Já com um vasto catálogo em mãos, surpreenderam a nossa redação o ano passado com Another Quiet Sunday, um EP com cinco canções que valeram bem a pena destrinçar.
Um dos grandes destaques desse EP era o tema Within You, Within Me, uma canção tremendamente nostálgica, delicada e contemplativa, que acaba de ser revista pelo projeto Bayonne, encabeçado pelo músico e compositor norte-americano Roger Sellers, natural de Austin, no Texas. Esta remix de Within You, Within Me ofereceu ao original um perfil sonoro ainda mais charmoso, com a guitarra e a bateria a replicarem repetitivamente um trecho melódico simples mas orelhudo, ao qual vão sendo induzidos arranjos percussivos e outras nuances das mais variadas proveniências, num resultado final imponente e que não deixa de conter uma simplicidade marcante. Confere a remix assinada por Bayonne e o original...
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Suuns – Overture
Os Suuns são um dos segredos mais bem guardados do panorama alternativo canadiano. Apareceram em dois mil e sete pela mão do vocalista e guitarrista Ben Shemie, ao qual se juntam, atualmente, Joseph Yarmush e Liam O’Neill. Estrearam-se nos álbuns em dois mil e dez com Zeroes QC e três anos depois chegou o extraordinário Images Du Futur, um trabalho que lhes elevou o estatuto grandemente, tendo merecido enormes elogios, não só no Canadá, mas também nos Estados Unidos e na Europa. Já na segunda metade da última década a dose dupla Hold/Still e Felt manteve a bitola elevada, dois discos que confirmaram definitivamente que estamos na presença de um grupo especial e distinto no panorama indie e alternativo atual.
Em dois mil e vinte e quatro os Suuns vão continuar a enriquecer o seu catálogo com um novo disco intitulado The Breaks. Será o sexto compêndio da carreira do trio sedeado em Montreal e irá ver a luz do dia a seis de setembro, com a chancela da Joyful Noise Recordings.
Já há vários singles divulgados do alinhamento de The Breaks e no início do passado mês de julho demos aqui conta de um deles, uma canção chamada Doreen, com um perfil interpretativo bastante intimista e sentimental, que tinha, inicialmente, no minimal mas aconchegante dedilhar de uma guitarra o braço direito do registo vocal envolvente de Ben, dupla que depois cedia o pódio a um jogo subtil, mas intrincado, de diversas interseções sintéticas, com um intenso travo progressivo e experimental.
Agora, um mês depois de termos escutado Doreen, chega a vez de conferirmos Overture, o último single que os Suuns vão revelar do disco antes de o mesmo chegar aos escaparates. Overture são pouco mais de dois minutos assentes num indie rock experimental e progressivo exaltante, que impressiona pelo registo vocal pleno de sentimentalismo e pelo modo como é acamado por cascatas de sintetizações pulsantes e um registo percussivo contundente e tremendamente visceral, nuances que conferem a Overture uma epicidade e uma magnificiência únicos. Confere...
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Devarrow – Holy Ghost & All The Little Things
Sedeado em Halifax, na Nova Escócia, o músico e produtor canadiano Graham Ereaux, que assina a sua música como Devarrow, vai regressar aos discos em outubro, com um registo intitulado Heart Shaped Rock, que terá a chancela da Paper Bag Records.
Heart Shaped Rock, o quarto disco da carreira de Devarrow, terá treze canções no seu alinhamento e Graham acaba de lançar duas em formato EP, os temas Holy Ghost e All The Little Things. A primeira canção, Holy Ghost, é um frenesim folk que impressiona pela inquietude das guitarras acústicas que acamam o registo vocal vibrante de Glenne e que nos agarram pelos colarinhos, de modo intenso e impiedoso.
Por outro lado, All The Little Things contém uma tonalidade mais sofisticada e intrincada, com um piano a tomar as rédeas do andamento melódico da canção, exemplarmente acompanhado pela bateria e, pouco depois, por uma guitarra que debita uma distorção insinuante mas plena de charme e soul. Confere Holy Ghost, All The Little Things e o artwork e a tracklist de Heart Shaped Rock...
1. Lightning Bolt
2. Likewise
3. Heart Shaped Rock
4. Together Again
5. Holy Ghost
6. Pictures
7. Half Of You
8. Bus Baby
9. Falling Into Pieces
10. Help Me
11. All The Little Things
12. Talking Shit
13. Come Again
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Will Butler + Sister Squares – Burn It Away
Depois de no mês de março de dois mil e vinte e três ter surpreendido (ou talvez não) meio mundo, com o anúncio do fim da sua ligação aos Arcade Fire, após duas décadas na formação desta extraordinário banda canadiana, que deu um grande concerto há poucos dias, no NOS Alive, Will Butler de as mãos a Sara Dobbs, Julie Shore, Jenny Shore e Miles Francis, para criar o projeto Will Butler + Sister Squares. Estes músicos já tinham colaborado anteriormente com Butler nos seus três discos a solo, Policy (2015), Friday Night (2016) e Generations (2020) e estrearam-se o ano passado com um excelente disco intitulado Sister Squares.
Agora, quase um ano depois do lançamento desse álbum, Will Butler e as Sister Squares estão de volta com uma nova canção intitulada Burn It Away que, para já, ainda não traz atrelado o anúncio do sucessor de Sister Squares.
Em pouco mais de quatro minutos, Burn It Away oferece-nos um tratado sonoro intenso e particularmente cinematográfico no modo como descreve um hipotético fim do mundo, ao som de uma composição que vai crescendo em vigor e astúcia instrumental, à medida que a bateria toma as rédeas e se enlea com uma vasta miríade de adornos de origem eminentemente sintética, num resultado final de forte travo épico e pleno de exaltação. Confere...
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Suuns - Doreen
Os Suuns são um dos segredos mais bem guardados do panorama alternativo canadiano. Apareceram em dois mil e sete pela mão do vocalista e guitarrista Ben Shemie, ao qual se juntam, atualmente, Joseph Yarmush e Liam O’Neill. Estrearam-se nos álbuns em dois mil e dez com Zeroes QC e três anos depois chegou o extraordinário Images Du Futur, um trabalho que lhes elevou o estatuto grandemente, tendo merecido enormes elogios, não só no Canadá, mas também nos Estados Unidos e na Europa. Já na segunda metade da última década a dose dupla Hold/Still e Felt manteve a bitola elevada, dois discos que confirmaram definitivamente que estamos na presença de um grupo especial e distinto no panorama indie e alternativo atual.
Em dois mil e vinte e quatro os Suuns vão continuar a enriquecer o seu catálogo com um novo disco intitulado The Breaks. Será o sexto compêndio da carreira do trio sedeado em Montreal e irá ver a luz do dia a seis de setembro, com a chancela da Joyful Noise Recordings.
Já há vários singles divulgados do alinhamento de The Breaks e o mais recente é Doreen. Trata-se de uma canção com um perfil interpretativo bastante intimista e sentimental, que tem, inicialmente, no minimal mas aconchegante dedilhar de uma guitarra o braço direito do registo vocal envolvente de Ben que, quando termina, quer ele quer as cordas cedem o pódio a um jogo subtil, mas intrincado, de diversas interseções sintéticas, com um intenso travo progressivo e experimental. Confere Doreen e o vídeo que ilustra a canção, dirigido pela própria banda...
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PONY - Freezer
Toronto, no Canadá, é o poiso do projeto PONY, uma dupla formada por Sam Bielanski e Matty Morand e que impressionou fortemente a crítica especializada o ano passado com Velveteen, o disco de estreia. A dupla está de regresso e com isso acaba de chamar a nossa atenção à boleia de Freezer, uma nova canção do grupo, que tem a chancela da Take This To Heart Records e que deverá ser o prenúncio de que os PONY já trabalham no sempre difícil segundo disco.
Freezer é um verdadeiro tratado de radiofonia, uma ruidosa canção, vibrante e animada, de forte travo noventista e que nos faz planar em redor de um indie surf pop, de elevado cariz lo fi. Freezer está repleta de guitarras vigorosas, que também dão, em alguns instantes, primazia ao baixo no apuro melódico, sendo tudo rematado por um registo vocal reverberizado charmoso e por alguns arranjos proporcionados por um teclado insinuante.
Mantendo a bitola em lançamentos próximos, os PONY arriscam-se vir a fazer parte dos compêndios futuros que compilarem nomes e bandas que serviram de referência essencial ao desenvolvimento da pop e do rock alternativo desta década. Confere...
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Cola - Pulling Quotes
O trio Cola é formado por Tim Darcy e Ben Stidworthy, antigos membros dos Ought, aos quais se juntam Evan Cartwright, baterista dos projetos U.S. Girls e The Weather Station. Estrearam-se nos lançamentos discográficos em dois mil e vinte e dois com o registo Deep In View, um alinhamento de dez canções que já tem sucessor pronto. O novo álbum dos Cola chama-se The Gloss, irá ver a luz do dia no final desta semana com a chancela da Fire Talk e Pulling Quotes é o mais recente tema divulgado do disco.
Pulling Quotes versa sobre o início de um relacionamento e oferece-nos quase cinco minutos de indie punk rock algo cru e minimal, mas claramente pulsante e hipnótico, conduzido por uma repetitiva mas insinuante melodia, proporcionada por uma guitarra com um efeito metálico encorpado, que é depois acamada por um baixo seguro e vigoroso. Uma grande canção deste projeto sedeado em Montreal, no Canadá e que irá fazer parte daquele que será, certamente, um dos discos obrigatórios de dois mil e vinte quatro. Confere Pulling Quotes e os outros quatro singles já divulgados de Fire Talk...
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The Besnard Lakes – (Dizzy) Eagle
Pouco mais de dois anos depois de The Besnard Lakes Are The Last Of The Great Thunderstorm Warnings, os canadianos The Besnard Lakes, do casal Jace Lasek e Olga Goreas e aos quais se juntam Sheenah Ko, Kevin Laing, Gabriel Lambert, estão de volta ao nosso radar devido a uma nova canção intitulada (Dizzy) Eagle, gravada nos estúdios The Rigaud Ranch e que infelizmente ainda não traz atrelada o anúncio de um novo disco da banda de Montreal.
(Dizzy) Eagle é um fabuloso portento de rock progressivo, com um forte pendor cinematográfico e de elevado cariz experimental, um tema intrincado e complexo, repleto de nuances e variações rítmicas, como é apanágio deste quinteto. É uma canção eloquente e épica e onde das guitarras aos sintetizadores, todas as porções sonoras que nela desfilam encaixam como um enorme puzzle que, no seu todo, cria uma atmosfera sonhadora e plena de hipnotismo, muito por culpa também da voz única de Olga, que nos embala rumo a um mundo onde também abunda um elevado travo vintage particularmente psicadélico. Confere...