music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Os britânicos Swin Deep acabam de chamar a atenção dos nossos radares devido a Hard To Come Back, um novo single do projeto liderado por Austin Williams, que é mostrado ao grande público depois de em junho último terem lançado There's A Big Star Outside, o quarto registo de originais do quinteto sedeado em Birmingham.
Assumindo-se como uma espécie de tema bónus desse disco que foi produzido por Ryder-Jones, Hard To Come Back é uma canção que coloca grande parte das fichas na distorção ecoante de uma guitarra, nuance que nos fez recordar, de imediato, o clássico The Other Side Of The World dos Dishwalla. É, sem dúvida, um pormenor fulminante da canção, até na forma como transporta até nós o glorioso ambiente alternativo dos anos noventa.
O travo jazzístico da bateria e diversos entalhes sintéticos que. num misto de rugosidade e epicidade, dão corpo, cor, alma e movimento à canção, que também tem como um dos seus maiores atributos o jogo vocal que se vai estabelecendo entre os diferentes elementos da banda, nomeadamente no refrão, são outros detalhes preciosos de uma composição capaz de nos empolgar, devido a essa míriade de sons que fluem livres de compromissos, enquanto encarnam um louvável intuíto de nos fazerem regressar ao passado. Confere...
Já chegou aos escaparates The Ceiling, o novo registo de originais dos Jaws de Connor Schofield. Este novo registo do trio de Birmingham foi produzido por Gethin Pearson, que já tinha trabalhado com a banda há três anos no registo Simplicity e tem a chancela da Rough Trade Records, firmando o projeto numa posição relevante no que concerne àquele indie rock que oscila entre nuances algo etéreas e contemplativas, mais típicas da dream pop e outras mais efusiantes e progressivas.
Driving At Night e Feel, os dois temas que abrem as hostilidades em The Ceiling, comprovam, desde logo e respetivamente, os territórios sonoros que os Jaws trilharam neste seu novo trabalho e que acabam por definir o adn do grupo. Portanto, este é um disco de continuidade relativamente ao som do grupo e de aprimoração de alguns dos seus principais atributos, num claro sinal de maturidade. A esse propósito, o tema Do You Remember? não terá sido escolhido ao acaso como um dos singles já extraídos do registo, visto ser uma canção onde o trio põe prego a fundo no pedal da distorção de modo a criar uma composição que encontra as suas raízes sonoras no típico rock alternativo de final do século passado, mas com um travo shoegaze muito apetecível. De facto, esta canção é fruto de uma produção cuidada que, nunca disfarçando a intensidade e o vigor elétrico, também demonstra uma atitude corajosa por parte dos Jaws de quererem conciliar limpidez e capacidade de airplay radiofónico, sem que isso castre a extraordinária capacidade criativa que o grupo demonstra possuir, sempre com a objetiva direcionada para a diversidade sonora descrita e que tem muitas vezes na sujidade de guitarras efusiantes, numa percurssão trememendamente intuitiva e ritmada e num baixo imponente, fortes aliados e mais valias.
O modo como a guitarra e algumas texturas sintéticas e samples vocais se relacionam em Fear, acaba por ser o instante mais intringante e menos linear do registo, deixando no ar um curioso ponto de interrogação acerca de uma possível inflexão sonora futura dos Jaws para territórios menos orgânicos e imediatos. Patience, um pouco depois, também se deixa deslizar para uma espécie de electrorock ambiental, mas as guitarras durante o refrão conseguem normalizar, de algum modo, a composição. Seja como for, se a acusticidade de January proporciona ao ouvinte um inspirado contacto com o lado mais experimental dos Jaws, em End of the World a banda volta ao rock mais direto, desta vez com a distorção metálica da guitarra a proporcionar uma toada mais punk e sombria que eu particularmente saúdo e que, na minha opinião, acaba por ser o melhor momento de um disco, abrigado numa filosofia interpretativa com um travo indie de excelência e onde apesar de sobressair o travo oitocentista, não deixa de exalar uma diversidade e uma abrangência que terá o louvável intuíto de nos proporcionar quarenta e cinco minutos de rock vibrante, majestoso e algo saudosista e nostálgico, mas também, a espaços, contemplativo e contemporâneo. Espero que aprecies a sugestão...
01. Driving At Night 02. Feel 03. Do You Remember? 04. Fear 05. End Of The World 06. Patience 07. Looking / Passing 08. The Ceiling 09. Please Be Kind 10. January
A dupla de Manchester Lamb, formada por Lou Rhodes e Andy Barlow, já anda por cá desde meados dos anos noventa, altura em que lançaram um disco homónimo de estreia que é um verdadeiro clássico da pop contemporânea. A dupla tem-se mantido sempre à tona mesmo durante longos hiatos em que Rhodes se dedicou a uma promissora carreira a solo a Barlow à produção de outros artistas.
O último sinal de vida dos Lamb tinha sido em dois mil e catorze com o álbum Backspace Unwind, que parece ter finalmente sucessor. O sétimo e novo trabalho da dupla chama-se The Secret of Letting Go, verá a luz do dia a vinte e seis de abril através da Cooking Vynil e Armageddon Waits é o primeiro single divulgado do registo, um tema também já com direito a um video gravado em Goa, local que inspirou a dupla durante o processo de composição do disco.
Composição vibrante, rugosa e evocativa, Armageddon Waits é um feliz exercício de fusão de diversos cânones da eletrónica com um rock de cariz eminentemente progressivo, assente numa percussão bastante ritmada, guitarras planantes e diversos arranjos de sopros, dentro de um alinhamento que tem no espaço a sua ideia central, por aquilo que tem sido divulgado. Confere...
Será a cinco de abril quie irá chegar aos escaparates The Ceiling, o novo registo de originais dos Jaws de Connor Schofield. Este novo registo do trio de Birmingham foi produzido por Gethin Pearson e Do You Remember? é o mais recente single extraído do registo.
Do You Remember? é uma canção onde o trio põe prego a fundo no pedal da distorção de modo a criar uma composição que encontra as suas raízes sonoras no típico rock alternativo de final do século passado, mas com um travo shoegaze muito apetecível. De facto, a canção é fruto de uma produção cuidada que, nunca disfarçando a intensidade e o vigor elétrico, também demonstra uma atitude corajosa por parte dos Jaws de quererem conciliar limpidez e capacidade de airplay radiofónico, sem que isso castre a extraordinária capacidade criativa que o grupo demonstra possuir, sempre com a objetiva direcionada para o universo sonoro já referido e que tem muitas vezes na sujidade de guitarras efusiantes, numa percurssão trememendamente intuitiva e ritmada e num baixo imponente, fortes aliados e mais valias. Confere palavras recentes de Connor Schofield acerca deste novo single dos Jaws e o áudio do mesmo...
This song is a self observation of my social anxiety, and how i always compare ourselves to others when i should be working out how to be more comfortable in my own skin. Musically i think I’ve managed to merge my love for bands like The Cure and bands like Title Fight quite well on this one and its definitely one of my favourites on the record that i’m very much looking forward to playing live.
Finalmente In Dream, o aclamado álbum que os Editors de Tom Smith editaram em 2015, já tem sucessor. O sexto álbum de estúdio desta banda britânica oriunda de Birmingham viu a luz do dia a nove de março à boleia da Play It Again Sam e chama-se Violence. Nele é possível escutar nove canções forjadas por uma banda que se mantém apostada em se assumir definitivamente como um grupo de massas e deixar de vez o universo mainstream para fazer parte da primeira liga do campeonato mundial do indie rock.
Os Editors são donos de uma discografia conduzida pela típica intensidade emocional da escrita de Tom Smith e pelo carisma do seu tímbre vocal grave único, ao qual se juntam as habituais guitarras angulares, sintetizadores progressivos e um baixo imponente. Estas são, no fundo, as principais matrizes identitárias deste grupo que nunca tendo conseguido ser consensual no universo sonoro alternativo, apesar de The Back Room, o disco de estreia, ser, quanto a mim, um marco no género pós punk, acabou por manter uma assinalável coerência ao longo de quase duas décadas, um trajeto que parece agora querer piscar o olho a latitudes sonoras mais consentâneas com as tendências atuais do espetro sonoro em que os Editors se movimentam.
Assim, com a eletrónica em cada vez maior plano de destaque no seio dos Editors, Violence não renega a habitual atmosfera algo sombria impressiva que confere um charme inconfundível a este projeto, mas há aqui um refinamento dessa demanda, com a procura de territórios mais dançantes e, por isso, também mais festivos e otimistas. Em temas como a radiofónica Cold, na atmosfera intrigante de Nothingness ou no travo vintage oitocentista da homónima Violence, os sintetizadores debitam efeitos e melodias rugosas e texturalmente profundas e algo negras, mas há depois no ritmo e em algumas nuances do reverb das guitarras detalhes que dão aos temas um balanço e uma expressão mais colorida e sorridente do que o habitual. Para cimentar ainda mais esta filosofia subjacente ao registo, a imponência orquestral do edifício melódico que envolve o single Magazine, canção com um refrão avassalador, a toada pop e o charme luminoso deDarkness At The Door e o piano cintilante deNo Sound But The Wind, são outras canções que, tomando como ponto de partida o já referido referencial sonoro que tipifica os Editors, acrescentam e ampliam o adn que sustenta o historial da banda.
Pleno de dramatismo e particularmente incisivo no modo como aborda alguns dos grandes dilemas da atualidade, Violence acaba por ser um título simultaneamente feliz e enganador para um alinhamento de canções que podem, na sua esmagadora maioria, servir para justificar esta ideia contraditória e oposta, já que, não deixando de navegar nas habituais águas lúgubres em que os Editors se sentem como peixes, este é um álbum que também exala uma faceta algo sonhadora e romântica, o que naturalmente se aplaude. Espero que aprecies a sugestão...
01. Cold 02. Hallelujah (So Low) 03. Violence 04. Darkness At The Door 05. Nothingness 06. Magazine 07. No Sound But The Wind 08. Counting Spooks 09. Belong
Finalmente In Dream, o aclamado álbum que os Editors de Tom Smith editaram em 2015, parece já ter sucessor. O sexto álbum de estúdio desta banda britânica oriunda de Birmingham irá ver a luz do dia a nove de março próximo à boleia da Play It Again Sam e chamar-se-à Violence.
Há alguns dias os Editors deram a conhecer juntamente com alguns detalhes deste seu novo trabalho uma canção intitulada Magazine, o primeiro single retirado desse novo alinhamento do quinteto. Já há também um vídeo disponível para este tema, realizado pelo iraniano Rahi Rezvani com quem os Editors tinham já trabalhado em In Dream. Sonoramente, Magazine é conduzida pela típica intensidade emocional da escrita de Tom Smith e pelo carisma do seu tímbre vocal grave único, ao qual se juntam as habituais guitarras angulares, sintetizadores progressivos e um baixo imponente, ou seja, aquelas que são, no fundo, as principais matrizes identitárias deste grupo que nunca tendo conseguido ser consensual no universo sonoro alternativo, apesar de The Back Room, o disco de estreia, ser, quanto a mim, um marco no género pós punk, parece apostada em se assumir definitivamente como um grupo de massas e deixar de vez o universo mainstream para fazer parte da primeira liga do campeonato mundial do indie rock. Confere...
Os Editors de Tom Smith estão de regresso aos discos com In Dream, o quinto álbum de estúdio desta banda britânica oriunda de Birmingham e que nunca tendo conseguido ser consensual no universo sonoro alternativo, apesar de The Back Room, o disco de estreia, ser, quanto a mim, um marco no género pós punk, parece apostada em se assumir definitivamente como um grupo de massas e deixar de vez o universo mainstream para fazer parte da primeira liga do campeonato mundial do indie rock.
Gravado na Escócia, In Dream é um disco bastante homogéneo, coeso e sofisticado e que contém alguns dos melhores detalhes estilísticos que os Editors foram fazendo escorrer pelo seu cardápio sonoro. Assim, além da já típica intensidade emocional da escrita de Tom Smith e do seu carisma pode-se escutar o seu tímbre vocal grave único (além de Ian Curtis, Nick Cave e Neil Diamond são referências evidentes), perceber a sua postura confiante e conferir as habituais guitarras angulares, os sintetizadores progressivos e um baixo geralmente imponente, as principais matrizes identitárias deste grupo. Em In Dream, além de serem transversais a todo o alinhamento, recebem, em algumas canções, outras nuances que importa de algum modo destacar. Sendo assim, as teclas sintetizadas de No Harm, a imponência orquestral do edifício melódico que envolve Salvation, canção com um refrão avassalador, a cadência única da percussão e da batida de Our Love, a toada pop e o charme luminoso de All The Kings e o piano cintilante de Ocean Of Night, são alguns desses detalhes inéditos presentes em In Dream e que, tomando como ponto de partida o já referido referencial sonoro que tipifica os Editors, acrescentam e ampliam o adn que passa a sustentar o historial da banda, além de reforçarem a referida pretensão de obtenção de uma posição de maior relevo, reconhecimento e abrangência junto do público em geral.
Com um resultado final mais nostálgico e polido, que a capa de algum modo contraria já que vai mais ao encontro do conteúdo de trabalhos anteriores, In Dream não é também aquilo que se pode chamar de um disco colorido ou particularmente intenso. Seja como for, não deixando de navegar nas habituais águas lúgubres em que os Editors se sentem como peixes, exala uma faceta algo sonhadora e romântica que se aplaude e que é também fruto de uma produção cuidada e que irá certamente agradar a todos os apreciadores do género. Espero que aprecies a sugestão...
01. No Harm 02. Ocean Of Night 03. Forgiveness 04. Salvation 05. Life Is A Fear 06. The Law (Feat. Rachel Goswell) 07. Our Love 08. All The Kings 09. At All Cost 10. Marching Orders
Oriundo de Birmingham, o quarteto inglês Peace continua a revelar novos detalhes do seu segundo disco de originais. Lost On Me é o novo single retirado do álbum e já tem direito a vídeo oficial, por sinal bastante engraçado e criativo. Nele, a banda fica presa num loop infinito de passos de dança que os levam a arriscar as suas vidas e, ao que parece, a morrer ao final. Confere...