man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Booby Trap - Overloaded
Os aveirenses Booby Trap de Pedro Junqueiro, Pedro Azevedo, Carlos Ferreira e o novo baterista Hugo Lemos, já têm sucessor para Survival, o excelente disco que lançaram no final de 2013. Overloaded é o nome do novo registo de originais do quarteto e parecendo que mal passaram cerca de três anos desde o disco de estreia, é claramente evidente o progresso evidenciado pelo quarteto, algo claramente plasmado neste segundo trabalho, que em pouco mais de meia hora nos oferece uma verdadeira obra-prima de crossover thrash, um género musical que surgiu nos anos oitenta e que se define pela mistura entre o hardcore punk e o trash metal. Recordo que enquanto o trash metal nasceu quando parte da cena metal incorporou influências vindas do hardcore punk, o crossover thrash nasceu pelo caminho inverso, quando as bandas hardcore punk passaram a metalizar a sua música.
Editado pela Firecum Records, Overloaded contém, desde logo, uma personalidade e uma amplitude sonora mais agressiva, no bom sentido, num alinhamento mais eclético que o antecessor e com a cereja de se ter também ampliado a técnica e o apuro interpretativo, quer instrumental quer vocal, com a percussão a ser o aspeto em que isso mais se nota, já que o Hugo Lemos, fazendo jus ao posto que lhe foi designado, demonstra enorme criatividade e competência e trouxe, claramente, um novo ânimo para a banda.
O álbum impressiona logo pouco depois do início com o tema homónimo, feito de guitarras bem elaboradas, uma bateria impecável no modo como transmite alma e robustez e a voz inconfundível de Pedro Junqueiro a mostrar-se irreprensível no modo com replica os inconfundíveis traços deste género sonoro, sem deixar de se mostrar afinada e particularmente melodiosa. Em seguida, Fuck Off And Die retoma a nítida influência da escola thrash do final dos anos oitenta, ou seja, suja, rápida e com solo de guitarra requintado, para depois chegar Bloody Mary, canção que faz uma espécie de síntese perfeita de todo o legado dos Booby Trap, também plasmada na renovada versão do tema que dá nome ao quarteto. Já agora, merece igualmente audição atenta e dedicada a cover de Beber até Morrer, um dos momentos altos do cardápio dos míticos Ratos de Porão e até ao ocaso de Overloaded é impossível ficar indiferente ao riff da guitarra de Drunkenstein, uma canção repleta de ironia e simbolismo, duas das imagens de marca mais vincadas desta banda aveirense.
Em Overloaded os Booby Trap mostram-se tremendamente inspirados, passam com distinção o sempre difícil teste do segundo disco, transpiram uma enorme união e uma superior cumplicidade entre todos os músicos e deixam percetível, ao longo do alinhamento, todas as influências que trazem de muitos anos de estrada e um maior rigor interpretativo, mas sem perderem a originalidade e aquela irreverência que tão bem os carateriza. Espero que aprecies a sugestão...
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Noiserv @ Castelo de Paiva
Uma das mentes mais brilhantes e inspiradas da música nacional chama-se David Santos e assina a sua música como Noiserv. Vindo de Lisboa, Noiserv trará na bagagem um compêndio de canções que fazem parte dos EPs 56010-92 e A Day in the Day of the Days , dos álbuns One Hundred Miles from Thoughtless e Almost Visible Orchestra e do DVD Everything Should Be Perfect Even if no One's There, uma já assinalável discografia, ímpar no cenário musical nacional, de um artista que trouxe uma nova forma de compôr e fazer música e que gosta de nos deixar no limbo entre o sonho feito com a interiorização da cor e da alegria sincera das suas canções e a realidade às vezes tão crua e que ele também sabe tão bem descrever.
No próximo dia dezanove de junho, Noiserv estará em Castelo de Paiva, no auditório municipal, a partir das 21:30, para nos embalar com os seus acordes, num espetáculo organizado em parceria por este blogue, a Academia de Música de Castelo de Paiva, a Rádio Paivense FM e a Câmara Municipal de Castelo de Paiva.
Este espetáculo servirá também para homenagear Sérgio Vieira, uma figura incontornável do universo musical paivense, que recentemente nos deixou e que era leitor assíduo deste blogue, além de um grande fã de Noiserv e da sua música.
Os bilhetes, com um preço único de 5 euros e limitados a uma lotação de duzentos lugares, podem ser já adquiridos através do contacto 962751689, nas instalações Rádio Paivense, no Posto de Turismo local, no Café Central ou, caso ainda existam disponíveis no dia do concerto, na bilheteira do Auditório Municipal. Oportunamente serão divulgados mais locais de venda.
Contamos com a tua presença numa noite que será certamente muito bonita e inesquecível! Para já, fiquemos com uma pequena amostra do que poderá ser este concerto único...
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Cityspark - Violet
Formados a 1 de Dezembro de 2008 entre Castelo de Paiva e Cinfães, os Cityspark abraçaram, de acordo com a banda, o desafio a novas sonoridades que passam pelo rock, a pop e o indie. Começaram por gravar, em 2009, o EP Made In Cityspark e um ano depois regressaram ao estúdio para gravar um novo tema intitulado Butterfly. Agora, alguns anos depois e após muitas dores de cabeça de persistência, de concertos realizados mas, acima de tudo, muita vontade de cumprir um dever realizado, chegou aos escaparates Violet, o primeiro longa duração da banda.
Violet foi gravado nos estúdios Replay Studios, produzido por Mário de Sá e a própria banda e já teve direito a um concerto de apresentação em Castelo de Paiva, que contou com a presença de diversos convidados especiais, estando a decorrer em bom ritmo a promoção do disco.
Independentemente do estado atual daquele indie rock de cariz mais alternativo e que aposta no revivalismo de outras épocas, nomeadamente os primórdios do punk rock mais sombrio que fez furor nos finais da década de setenta e início da seguinte, com nomes com os Joy Division, The Chameleons, ou os Cure à cabeça, o género nunca foi particularmente desenvolvido por cá, apesar do sucesso de algumas bandas nos anos oitenta, que se destacaram confessando essas influências e que, agregadas a esse estigma, procuraram também evoluir, nos trabalhos seguintes, para outras sonoridades e para a exploração de diferentes territórios sonoros.
Duas décadas depois, os Cityspark contêm no seu alinhamento músicos que sempre se mostraram expansivos e claro no modo como confessaram uma profunda devoção por essas referências fundamentais, mas Violet é um sinal claro que, se estes quatro músicos se orgulham dos atalhos e das rotas convergentes e divergentes com as suas preferências pessoais que já exploraram, também querem quebrar o enguiço de quem insiste em querer catalogar com injusto menosprezo alguns instantes discográficos de determinados projetos, afirmando que procuram apenas perceber zonas de conforto. Os Cityspark não renegam as suas raízes, mas também procuram romper com as mesmas e, de modo incisivo, alargar os horizontes até um presente que no universo do rock alternativo, aposta cada vez mais na eletrónica, mesmo que, para este quarteto seja essencial apostar em guitarras angulares, feitas de distorções e aberturas distintas e num baixo cheio daquele groove punk, com a bateria a colar todos estes elementos, com uma coerência exemplar.
Violet são, portanto, onze canções dominadas pelo rock festivo e solarengo, mas onde a eletrónica tem também uma palavra importante a dizer, já que, apesar do papel fundamental da guitarra na arquitetura sonora dos temas, os sintetizadores conduzem também o processo melódico, de modo a replicar uma sonoridade que impressiona pelo equilíbrio perfeito entre a contemporaneidade e um certo charme vintage.
O primeiro single retirado de Violet chama-se Sun Will Shine e o vídeo da canção já pode ser visto e partilhado por todos nas redes sociais. A canção é uma belíssima composição envolvida numa psicadelia luminosa, fortemente urbana, mística, mas igualmente descontraída e jovial, mas não o único grande destaque deste excelente disco; Os riffs de guitarra harmoniosos e a percurssão vincada de Come On e, principalmente, de Everybody, o meu tema preferido do disco, abrem-nos uma janela imensa de luz e cor e se, mais adiante, em Ugly Man, os Cityspark nivelam com elevada bitola qualitativa as suas experiências eletrónicas, em Why Have You Forgotten Me? o jogo de sedução que se estabelece inicialmente entre o orgão e a bateria, acaba por chamar a atenção da guitarra, que pouco depois junta-se e todos mostram como as belas orquestrações podem viver e respirar lado a lado e harmoniosamente com distorções e arranjos mais agressivos. Este quinto tema do alinhamento de Violet atravessa o atlântico para o lado de cá, vindo dos subúrbios de Brooklyn até aquela assumida pompa sinfónica e inconfundível e que nunca descurava as mais básicas tentações pop e que também fez escola no cenário indie britânico na década de noventa.
A busca de diferentes ambientes e a capacidade dos Cityspark em abarcar um leque aprofundado de referências fica também plasmada nos efeitos e no fuzz das guitarras de People Say e Run To The Lady, mais dois temas do disco que merecem audição cuidada. Em ambos, os Cityspark piscam o olho descaradamente ao rock progressivo mais enérgico e ao indie rock dançável e anguloso nova iorquino e à energia do punk que se alia com alguns laivos de eletrónica que, neste caso, casaram impecavelmente com a voz, que, já agora, ao longo do disco evidencia uma elevada elasticidade e a capacidade de reproduzir diferentes registos e dessa forma atingir um significativo plano de destaque. Everybody é um tema essencial para se perceber a capacidade do vocalista em atravessar diferentes picos de tonalidade sem colocar em causa a firmeza e a visceralidade que as distorções a vertente lírica exigem e o jogo de vozes que se estabelece em Ugly Man, assim como os efeitos em eco de Come On também atestam o elevado nivel do registo vocal de Violet.
Com onze canções com uma sonoridade impar, em Violet é possível absorver a obra como um todo, mas entregar-se aos pequenos detalhes que preenchem o trabalho é outro resultado da mais pura satisfação, como se os Cityspark quisessem projetar inúmeras possibilidades e aventuras ao ouvinte em cada canção do alinhamento. Conforme me confessaram na entrevista que podes conferir abaixo, este disco é para ser consumido de forma agradável e fluente e sem pressões, para que o desejo de carregar novamente no play seja uma realidade. Espero que aprecies a sugestão...
Depois de terem começado a carreira em 2008 e terem editado um EP logo no ano seguinte, porque é que foi preciso esperar tanto tempo para ver a luz do dia o primeir longa duração?
Na realidade boa parte deste álbum já tinha sido gravado em 2013 mas depois de ouvirmos achamos que não reunia as condições necessárias para ser lançado, juntando a tudo isso o facto de ser preciso alguma “capital” para o pôr ca fora. Tudo tem um custo e por vezes esse custo fica caro e quando não se tem apoios fica difícil mas não impossível e o resultado está à vista.
Violet parece-me um título fantástico para um disco de estreia e bastante apelativo. Sabe a uma espécie de grito de revolta colorido, uma daquelas entradas em grande no palco em início do espetáculo, de forma tão ruidosa que desperta logo o espetador mais incauto. É isso que vocês pretendem com o vosso trabalho de estreia? Causar um forte impacto? Como esperam que seja recebida a vossa música?
Evidente que todas as bandas por mais pequenas e anonimas que sejam tem como objectivo causar sempre impacto pela positiva e obvio que não fugimos a essa regra, o nome “violet” surge na simplicidade de querer “abrir” os olhos a quem de repente passa o olhar pela capa do nosso CD, e assim sendo pensamos que isso foi conseguido pelas várias críticas que nos foi feito relativamente ao “violet”. Esperamos que seja consumido pelas pessoas de forma agradável e fluente sem pressões e que o possas ouvir e no final dizer “tenho que ouvir de novo”. O que hoje em dia se passa é bem diferente disso, é meter a ferro e fogo nos ouvintes o que não se quer ouvir.
Quando confessam fazer música como forma de desafio a novas sonoridades que passam pelo rock, a pop e o indie. À medida que iam gerando Violet, preocuparam-se em experimentar e compor de acordo com as vossas preferências, ou também tiveram o foco permanentemente ligado na vertente mais comercial? No fundo, em termos de ambiente sonoro, o que idealizaram para o álbum inicialmente, correspondeu ao resultado final ou houve alterações de fundo ao longo do processo?
Tudo o que está no “violet” foi feito para nos satisfazer, existem músicas que sem dúvida gostamos mais que outras mas no geral foram e são da nossa preferência.
Quando se fala no “comercial” fala-se quase sempre de algo que agrada a 99% das pessoas e sim não temos problemas em assumir que queremos alcançar o máximo de ouvintes possíveis mas para isso não significa que tenhas que ser ridículo e fazer o tal “lixo “ comercial. Na fase de produção do álbum ouve músicas que entraram de uma forma e saíram de outra mas no final ficamos satisfeitos. Na banda existem músicos com varias preferências musicais e de certa forma ate se torna engraçado porque o que fazemos é juntar tudo e agradar a “gregos e a troianos” onde está presente o rock, pop, indie etc…
Sempre senti uma enorme curiosidade em perceber como se processa a dinâmica no processo de criação melódica. Numa banda com vários elementos, geralmente há sempre uma espécie de regime ditatorial (no bom sentido), com um líder que domina a parte da escrita e, eventualmente, também da criação das melodias, podendo os restantes músicos intervir na escolha dos arranjos instrumentais. Como é a química nos Cityspark? Acontece tudo naturalmente e de forma espontânea em jam sessions conjuntas, ou um de vocês domina melhor essa componente?
O processo criativo dos Cityspark é simples e creio que seja assim na maioria das bandas e porquê? Porque tem duas vertentes ou seja tanto podemos criar algo em dez, vinte minutos numa jam como andar um mês para finalizar algo já começado. Tanto podes fazer uma música para a vida nuns minutos como uma valente merda em meses, é como a veia criativa estiver. Mas na realidade o que acontece na maioria das vezes nas nossas composições é trabalho de casa onde eu (Hugo) e o Jorge temos um papel mais activo trazendo as musicas e letras e depois os arranjos são feitos no local de ensaio. Mas o importante de tudo isto é que seja Cityspark.
Liricamente, este disco deverá ser certamente resultado de experiências pessoais e da vossa percepção acerca daquilo que vos rodeia. No que diz respeito à escrita das letras, o que mais vos inspira? E, já agora, qual é a dinâmica da banda nesse aspeto?
As letras de facto são elaboradas em experiencias vividas mas nada de extermínios cerebrais onde a depressão e o fascínio pelas coisas negativas esteja presente, pelo menos por enquanto não são feitas nessa direcção. A parte lírica tem como base num simples gesto ou observação ou ate mesmo a preocupação em chamar atenção dos outros em fazer algo de interessante onde o amor e a fantasia estão presentes.
Violet foi produzido por vocês e por Mário de Sá. Como surgiu a possibilidade de trabalhar com uma verdadeira referência? Que peso teve no produto final?
Cruzamo-nos com o Mário num concurso e logo de início houve um interesse da parte dele em crer saber o que fazíamos e os projectos que tínhamos para o futuro, achamos que era uma boa oportunidade para trabalhar com alguém que já tinha passado pelo mesmo e o interesse foi crescendo por ambos ate que surgiu o “Violet”. Quando tens alguém que sabe o que queres é sempre fácil de alcançar certos objectivos e o Mário ajudou-nos muito a nível de aprendizagem e na construção musical. Foi como disse nas palavras acima referidas, houve musicas que entraram de uma forma e saíram de outra e isso chama-se pré produção onde ele teve de facto um papel fundamental.
Como estão a decorrer os concertos de apresentação do disco? E onde podemos ver os Cityspark a tocar num futuro próximo?
Logo após o lançamento do “violet” foram dados alguns concertos para a promoção do álbum onde tivemos convidados e amigos naquela que podemos chamar “a nossa festa”. Neste momento está ser feito todo um trabalho de marcação de concertos
onde brevemente a banda estará na estrada.
Para terminar, outra curiosidade… Quais são as três bandas atuais que mais admiram?
As bandas que mais admiramos é sempre muito complicado responder pois somos cinco músicos onde passa de tudo nos nossos ouvidos e onde os gostos são distintos, mas de uma forma mais simples podemos dizer as bandas que mais impacto tem na cena musical actual e de certa forma nos incentivam para continuarmos a fazer música. São elas, The Killers, The Editors,Coldplay, U2
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Man On The Moon - EP1 (Everything Is New TV)
Além da versão rádio, na Paivense FM, o blogue Man On The Moon também já tem versão TV, na Everything Is New TV. O 1.º episódio acaba de ir para o ar e fala do álbum Help Me! dos suecos The Sweet Serenades. Confere...
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Conheces os Booby Trap?
Uma das míticas bandas da década de noventa do universo punk, rock e e trash metal hardcore foram os Booby Trap. De acordo com a au biografia oficial, nasceram em 1993 na cidade de Aveiro e marcaram uma época com o seu som thrash metal/hardcore, apesar de misturarem outras influencias como o rock ou punk). Da sua formação original faziam parte Pedro Junqueiro (voz), Pedro Azevedo (guitarra), Miguel Santos (bateria) Nuno Barbosa (guitarra) e Ricardo Melo (baixo).
Lançam a sua demo de estreia “Brutal Intervention”em 1994 e o split CD “Mosh It Up" em 1996 com as bandas brasileiras T.I.T. e Locus Horrendus entre várias outras aparições por diversas colectâneas.
Deram mais de uma centena de concertos, partilhando palcos com bandas de renome como Cruel Hate, Inkisição, Dorsal Atlantica, G.B.H., Cradle Of Filth, Gorefest, Grave, Hypocrisy, Moonspell, Primitive Reason, Hate Over Grown, Genocide, WC Noise, entre muitas outras. Os Booby Trap eram conhecidos por dar concertos muito poderosos em que a descarga de energia e a interacção com o público eram muito valorizadas. Tocaram em locais míticos do rock/metal em Portugal como o Johnny Guitar, Cave das Quimicas, Voz do Operario, C.T.S. De Celas ou o festival Penafiel Ultra Brutal. As suas letras mostravam uma forte opinião e critica de cariz social por entre laivos de humor negro.
Os Booby Trap foram pioneiros e deram a cara por um movimento musical desenvolvido na região que viria a ser conhecido a nível nacional como “Aveiro Connection. Após o seu prematuro desaparecimento em 1997, os seus elementos deram origem a varias outras bandas como Anger, Konk, Superego, Strange Airplane, Snowball e Wild Bull.
A boa notícia é que depois de no ano passado se terem reunido novamente para dois concertos de comemoração, contando agora com Carlos Ferreira no baixo, e depois de estas duas actuações terem sido muito bem recebidas por parte do publico e após constatarem que a vontade de continuarem a tocar juntos, deicidiram dar continuidade á sua actividade como banda e estão a preparar um novo EP. Enquanto esse trabalho não chega convido-te a fazeres o download gratuito de uma antologia da banda, relativa ao seu percurso na década de noventa, uma coletânea disponível no bandcamp dos Booby Trap. Confere...
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Sigur Rós, Coliseu do Porto (13.02.13)
Brosandi
Hendumst í hringi
Höldumst í hendur
Allur heimurinn óskýr
Nema þú stendur
Rennblautur
Allur rennvotur
Engin gúmmístígvél
Hlaupandi inn í okkur
Vill springa út úr skel
Vindurinn
Og útilykt af hárinu þínu
Ég anda eins fast og ég get
Með nefinu mínu
Hoppípolla
I engum stígvélum
Allur rennvotur (rennblautur)
I engum stígvélum
Og ég fæ blóðnasir
En ég stend alltaf upp
Og ég fæ blóðnasir
Og ég stend alltaf upp
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Carnaval é Sorte Tribal.
Como é carnaval, o samba é a banda sonora do dia. E todos precisamos, diariamente, de sorte. Fica o Samba Enredo do Grupo de Samba Tribal, A.R.C de Estarreja, em modo É Fartar, Vilanagem. Sorte para eles hoje...
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Flyer
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Man On The Moon - Radio version.
Conheces a Paivense FM?
Estreia amanhã, dia 19 de maio, à meia noite (de sábado para domingo), o programa Man On The Moon, a versão rádio deste blogue. Arriscas?! Mais informação no Facebook de Man On The Moon.
Como é natural, estou muito entusiasmado com esta nova etapa de vida de um blogue com quatro anos de história, um percurso enriquecedor sempre em prol desta minha grande paixão que é a música, na sua vertente mais alternativa.
A Nova Paivense FM é uma rádio muito importante na região de origem, com um longo e válido historial no panorama das rádios locais nacionais e hoje dirigida por pessoas amigas, competentes, dedicadas e com uma enorme abertura para apoiarem novos e diferentes projetos e acolherem pessoas que queiram, responsavelmente, assumir a vontade de fazer rádio. Assim, desde já e para eles, o meu profundo agradecimento público pela oportunidade.
Espero que quem ouvir o programa aprecie o conteúdo e, como nunca fiz rádio e pretendo evoluir de emissão para emissão, agradeço todas as críticas, comentários e sugestões que posteriormente dirigam. Será muito importante para o futuro do programa o feedback de todos, em relação a este grande passo...
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R.E.M. Gone Wrestling...
Ontem, dia 21 de setembro, os R.E.M. anunciaram ao mundo o fim de uma grande aventura com mais de 30 anos no site oficial da banda. Estava sentado no sofá de casa a ouvir a primeira faixa de Rumspringa, o disco mais recente do projeto Canon Blue, quando oportal Stereogum, através da rede social Facebook, surgiu-me perante o olhar com uma atualização onde se lia R.E.M. quits. Muito sinceramente, tenho uma dificuldade imensa em descrever o que senti naquele preciso momento, o enorme vazio que instantaneamente se apoderou de mim! Fiquei sem vontade nenhuma de abrir o link e ler o conteúdo e senti uma necessidade imensa de abrir bem os meus olhos e respirar fundo para não me deixar abater emocionalmente pelo que iria ler. Carreguei então no dito link que de imediato me remeteu para o comunicado oficial da banda e que ontem transcrevi neste blogue.
À medida que os anos vão passando, crescemos, a nossa vida evolui e avança, passamos por experiências boas e amargas e, se tudo for correndo bem, atingimos sonhos e objetivos. E ao longo dessa caminhada há sempre marcas, pessoas, circunstâncias e factos da nossa vida, ideias, sonhos e desejos que nos acompanham e marcam a nossa identidade, como se fossem um carimbo ou uma tatuagem invisivel, que não se vê, mas que nós e os que connosco convivem sabem que existe e que está lá. E os R.E.M. são, sem a mínima hesitação, uma marca na minha vida, um descritor essencial da minha identidade, algo indissociável da meu eu enquanto pessoa, doa a quem doer, como sabem todos aqueles que porventura me conhecem minimamente e possam estar a ler este texto.
Poderá haver quem me ache demasiado sentimental e lamechas (só eu sei o quanto algumas músicas dos R.E.M. contribuiram ao longo da minha vida para alimentar esta marca da minha personalidade) em determinados momentos e situações da minha existência; Neste facto concreto, o fim dos R.E.M. enquanto banda, tenho todo o direito de o ser e de extravasar a minha imensa mágoa, exatamente porque eles são, como referi, uma caraterística essencial da minha identidade!
Sei que pode haver quem ache um exagero falar assim, mas sinto que ontem perdi um bom amigo e que ele deixou um vazio cá dentro que ninguém (neste caso uma banda) poderá colmatar! Foi como se tivesse deixado de ter ao meu lado um ser que estava sempre ali, que me ouvia quando colocava um disco deles a tocar, com quem falava nos meus passeios e viagens, nos meus momentos de solidão e mais pessoais e por quem esperava avidamente por notícias e novidades! Agora ficam-me apenas as recordações desse amigo, na vasta discografia que guardo lá em casa, como se fossem cartas que me escreveu e me deixou para eu ler sempre que queira!
No comunicado oficial a banda refere que se despede com enorme sentido de gratidão e de deslumbramento por tudo o que conseguiram. Eu é que agradeço com enorme sentido de gratidão e deslumbramento por tudo o que consegui por vossa causa! Sem vocês não teria nunca feito Djing, não teria iniciado a coleção de discos que agora tenho, não teria criado este blogue, não teria convencido os extintos The Otherside a fazerem uma versão acústica de I've Been High, não me teria privado de bens que gosto para poder segui-los e adquirir a sua discografia e não teria feito tantas outras coisas que agora não me consigo recordar...
Obrigado R.E.M.
Deixo agora um vídeo da NASA que mostra como há alguns dias atrás Michal Stipe entrou em direto com alguns astronautas da última missão do Space Shuttle Atlantis para partilhar com eles Man On The Moon e (decisão difícil), por ordem cronológica, algumas das minhas mais...