man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Underground Youth – Another Country
Naturais de Manchester, em Inglaterra, mas sedeados em Berlim, na Alemanha, os Underground Youth de Craig Dyer estão prestes a regressar aos discos à boleia de Nostalgia's Glass, um alinhamento de dez canções que terá a chancela da Fuzz Club e que será o décimo primeiro da carreira de um projeto que assume beber influências em nomes tão proeminentes como os The Brian Jonestown Massacre, The Velvet Underground, ou Bob Dylan.
Another Country é o último single retirado do alinhamento de Nostalgia's Glass. É uma intuitiva composição de forte cariz nostálgico e retro, assente numa guitarra vintage, tocada com argúcia de modo a replicar uma toada western spaghetti algo hipnótica e curiosa, sobre a qual a voz de Craig deambula livremente, num resultado final minimalista e cru e que tanto abraço o típico indie rock lo fi sessentista, quer o de cariz mais psicotrópico da década seguinte, ambas do século passado. Confere...
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The Notwist – Loose Ends (Live From Alien Research Center)
Considerados por muitos como verdadeiros pais do indie rock, os The Notwist, liderados pelos irmãos Archer, regressaram no final do inverno de dois mil e vinte e um aos lançamentos discográficos com Vertigo Days, um disco maravilhoso que viu a luz do dia à boleia da berlinense Morr Music. Esse alinhamento de catorze temas estava repleto de belíssimas composições e contava com as participações especiais de Juana Molina, Ben Lamar Gay, Zayaendo, Angel Bat Dawid e Saya dos Tenniscoats.
Um dos estrondosos momentos de Vertigo Days era a canção Loose Ends, que acaba de ser revista pelos The Notwist numa fantástica versão ao vivo, tocada no Alien Research Center, um complexo situado em Hiko, no estado norte-americano do Nevada. A canção, com uma orgânica muito fluída, coesa e plena de sentimentalismo, progride desde um simples e repetitivo dedilhar de cordas, que depois começa a ser trespassado por diversos efeitos e por uma grande variedade rítmica de proveniências, resvalando, até ao ocaso, para um clima mais progressivo e de forte pendor jazzístico, num resultado final que é uma intensa demonstração da filosofia única de um projeto sempre imponente e vertiginoso, que irradia positividade e onde, do mais ínfimo detalhe até à manipulação geral do arsenal instrumental que usa, tudo soa muito polido e com incomensurável diversidade sónica. Confere...
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Pink Turns Blue – Not Gonna Take It
Os alemães Pink Turns Blue têm no seu núcleo duro a dupla formada por Thomas Elbern (vox, guitars) e Mic Jogwer (vox, bass, and keyboards), que se inspirou num clássico dos Hüsker Dü para dar nome a um projeto que viu a luz do dia em mil novecentos e oitenta e cinco em Berlim. Hoje são um trio porque, entretanto, a ambos juntou-se o baixista Luca Sammuri. Fazem, portanto, parte da primeira geração de bandas que, na Alemanha, cimentaram o rock gótico, que tem, de há quatro décadas para cá, nesse país da Europa um vedadeiro viveiro de bandas do género.
Tendo já um apreciável catálogo em carteira, que vale bem a pena destrinçar com minúcia, que começou em mil novecentos e oitenta e sete com o disco If Two Worlds Kiss e que teve como mais recente capítulo o registo Tainted, o décimo da carreira do trio, lançado o ano passado, os Pink Turns Blue preparam-se para regressar aos lançamentos com um EP intitulado Tainted Tour 2022 EP e que, como o próprio nome indica, pretende, em quatro canções, celebrar o regresso dos Pink Turns Blue à estrada, para promover Tainted, depois do período pandémico que fez com que o grupo adiasse uma digressão mundial que teria passagem privilegiada pela América do Norte.
Not Gonna Take It, composição que insere o ouvinte com elevado grau de clareza no adn sonoro típico dos Pink Turn Blues, é o primeiro single revelado deste EP, um tema que reflete sobre o estado atual do mundo em que vivemos, nomeadamente a ditadura do capitalismo e a conjuntura politica atual. É uma majestosa canção, feita com aquele rock que impressiona pela rebeldia com forte travo nostálgico e que contém uma sensação de espiral progressiva de sensações, que tantas vezes ferem porque atingem onde mais dói. Fá-lo assentando num punk rock de forte cariz progressivo, com uma originalidade muito própria e um acentuado cariz identitário, por procurar, em simultâneo, uma textura sonora aberta, melódica e expansiva, mas sem descurar o indispensável pendor lo fi e uma forte veia experimentalista, abertamente nebulosa e cinzenta. Essa atmosfera é percetivel no perfil detalhista das distorções da guitarra, no vigor do baixo, nos sintetizadores vibrantes e, principalmente, num registo percurssivo compacto, que funciona com a amplitude necessária para dar à canção uma sensação plena de epicidade e fulgor. Confere...
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Milky Chance – Synchronize
A dupla germânica Milky Chance, formada por Clemens Rehbein e Philipp Dausch Milky, acaba de surpreende a nossa redação com o animado single Synchronize, uma canção que ainda não traz acoplado o anúncio de um novo disco do projeto, mas algo bem possível até porque muito recentemente também divulgaram uma outra novidade intitulada Colorado.
Synchronize é uma efusiante canção, com um perfil interpretativo exótico, luminoso, otimista e vincadamente pop, uma composição dominada pelos sintetizadores e que, à semelhança do que sucedeu com Colorado, resultou de uma estreita colaboração dos Milky Chance com uma outra dupla de compositores e produtores chamada DECCO. É, de acordo com Philipp Dausch, uma música sobre comunicação e conexão, já com direito a um vídeo assinado por Marie Schuller e que transporta o espectador para um culto do juízo final, enquanto fenómenos astrológicos bizarros iluminam o céu. Confere...
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JAGUWAR - GOLD
Os alemães Jaguwar são um trio formado por Oyèmi, Lemmy e Chris e que se divide entre Berlim e Dresden. chamaram a atenção da crítica há três anos com Ringthing, o disco de estreia e voltam agora a colocar os holofotes sobre si com Gold, um compêndio de sete canções que viu a luz do dia recentemente e que resultou, claramente, da predisposição da banda para experimentar sem limites pré-definidos.
O press release de lançamento do disco é feliz quando o descreve como uma explosão supercarregada de futuro pop, transcendendo fronteiras e desafiando os esconderijos, um álbum que não é apenas dançável, orelhudo e carinhosamente complexo, mas também vai contra o status quo, porque faz perguntas sobre o estado atual das coisas e os mecanismos opressores na nossa sociedade. GOLD não é uma denúncia directa mas sim uma trilha sonora para acompanhar a percepção de que há força na individualidade, desbloqueando assim um novo nível de produtividade. As suas melodias desviadas fundem-se com uma parede de som familiarmente vociferante para criar uma atmosfera que galvaniza a busca da banda pela liberdade.
Graças a um arsenal aparentemente ilimitado de dispositivos de efeito e uma pilha considerável de amplificadores, os JAGUWAR criaram, sem dúvida, um registo encharcado com uma riqueza de paisagens sonoras elegantes. Fragmentos tonais cintilantes infiltram-se em camadas e camadas de estratos auditivos, levando a ganchos de indie pop cativantes que preparam uma tempestade épica de guitarras estrondosas. Os vocais alternados de Oyèmi e Lemmy são os elos que faltam num mundo de contrastes gritantes.
O olhar desta banda alemã está claramente voltado para o futuro. GOLD é mais do que uma simbiose de brincadeira intrincada e a força fortalecedora dos desejos mais íntimos. GOLD é um pedido por justiça. Espero que aprecies a sugestão...
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The Notwist - Vertigo Days
Considerados por muitos como verdadeiros pais do indie rock, os The Notwist, liderados pelos irmãos Archer, regressaram no verão anterior aos lançamentos discográficos com Ship, um EP que quebrou um hiato de mais de meia década e que viu a luz do dia à boleia da berlinense Morr Music. Esse EP já tem sucessor e no formato longa-duração, o álbum Vertigo Days que acaba de ver a luz do dia à boleia da mesma etiqueta alemã e que conta com as participações especiais de Juana Molina, Ben Lamar Gay, Zayaendo, Angel Bat Dawid e Saya dos Tenniscoats.
Vertigo Days é um esplendoroso desfile de dissertações sónicas em que uma vasta pafernália de arsenal percurssivo e uma ímpar criatividade ne seleção dos melhores arranjos sintéticos em cada composiçaão. O modo como um simples e repetitivo dedilhar de cordas é trespassdo por diversos efeitos e uma variedade rítmica de proveniências várias em In Love, que depois resvala para um clima mais progressivo e de forte pendor jazzístico em Stars, transformando duas composições aparentemente díspares numa única plena de sentido, é, logo a abrir o registo, a mais intensa demonstração da filosofia única de um trabalho imponente e vertiginoso, que irradia positividade e onde, do mais ínfimo detalhe até à manipulação geral do álbum, tudo soa muito polido, o que acaba por gerar num resultado muito homogéneo e conseguido e com incomensurável diversidade sónica.
De facto, imponência e diversidade são adjetivos felizes para classificar o contéudo este registo. Se canções como Al Sur, que conta com a participação especial de Juana Molina e onde o registo vocal desta cantora argentina que aprecia ambientes estéticos eminentemente experimentais encaixa na perfeição, num exercício melódico exímio a piscar o olho ao indie rock psicadélico, o baixo que acomoda um efeito metálico impetuoso de uma guitarra frenética em Exit Estrategy To Myself, um delicioso tratado de eletro punk rock ou a batida linear e o constante desfile de cordas com forte timbre metáluco, que definem Where You Find Me, a preponderância da bateria e o fugaz charme dos sopros em Into The Ice Age, captam ambientes típicos de um krautrock que também passa pelo hip hop mais negro, o clássico indie rock e o jazz progressivo. Mas depois, a batida seca que lateja sem cessar, enquanto é constantemente rodeada por uma espiral sintetizada repetitiva e diversas aparições de uma guitarra que se insinua sempre à espreita do momento ideal para explodir em riffs e distorções incontroláveis em Ship, uma canção que conta com a participação vocal da japonesa Saya, vocalista da banda Tenniscoats e que impressiona pelo rigor percurssivo e o elevado acerto nostálgico em que navegam as águas calmas que suavemente nos salpicam em Loose Ends, são outros temas que, atestando o cariz camaleónico deste projeto, capturam, ao mesmo tempo, aquela tonalidade mais sintética e minimal que sempre marcou os The Notwist.
Disco mágico, magnético e indutor, Vertigo Days contém uma beleza muito imediata e acessível. É uma manifestação de pura classe destes The Notwist e, dentro de um espetro eminentemente rock e com tudo o que isso implica em termos de ruído, silêncio, minimalismo, crueza, requinte sintético, cosmicidade e visceralidade, é eximío a oferecer ao ouvinte melodias incisivas, com um elevado grau de epicidade e esplendor e que replicam com ímpar contemporaneidade a melhor herança do rock progressivo e do shoegaze setentista, sempre com um indesmentível travo pop. Espero que aprecies a sugestão...
01. Al Norte
02. Into Love / Stars
03. Exit Strategy To Myself
04. Where You Find Me
05. Ship (Feat. Saya)
06. Loose Ends
07. Into The Ice Age (Feat. Angel Bat Dawid)
08. Oh Sweet Fire (Feat. Ben LaMar Gay)
09. Ghost
10. Sans Soleil
11. Night’s Too Dark
12. *stars*
13. Al Sur (Feat. Juana Molina)
14. Into Love Again (Feat. Zayaendo)
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The Notwist – Al Sur (feat. Juana Molina)
Considerados por muitos como verdadeiros pais do indie rock, os The Notwist, liderados pelos irmãos Archer, regressaram no verão do ano passado aos lançamentos discográficos com Ship, um EP que quebrou um hiato de mais de meia década e que viu a luz do dia à boleia da berlinense Morr Music. Esse EP já tem sucessor e no formato longa-duração, o álbum Vertigo Days que irá ver a luz do dia a vinte e nove de janeiro à boleia da mesma etiqueta alemã e que conta com as participações especiais de Juana Molina, Ben Lamar Gay, Zayaendo, Angel Bat Dawid e Saya dos Tenniscoats.
São já vários os singles divulgados de Vertigo Days. O mais recente é Al Sur, canção que conta com a participação especial de Juana Molina, uma composição onde o registo vocal desta cantora argentina que aprecia ambientes estéticos eminentemente experimentais encaixa na perfeição, já que a proposta sonora de Al Sur sobrevive à sombra de guitarras e sintetizadores que se entrecruzam constantemente na definição do arquétipo melódico do tema, no fundo, os trunfos maiores de uns The Notwist sempre exímios a piscar o olho ao indie rock psicadélico e a sonoridades assumidamente camaleónicas. Confere...
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The Notwist – Where You Find Me
Considerados por muitos como verdadeiros pais do indie rock, os The Notwist, liderados pelos irmãos Archer, regressaram no verão deste ano aos lançamentos discográficos com Ship, um EP que quebrou um hiato de mais de meia década e que viu a luz do dia à boleia da berlinense Morr Music. Esse EP já tem sucessor e no formato longa-duração, com o álbum Vertigo Days que irá ver a luz do dia já em janeiro de dois mil e vinte e um, à boleia da mesma etiqueta alemã e que conta com as participações especiais de Juana Molina, Ben Lamar Gay, Zayaendo, Angel Bat Dawid e Saya dos Tenniscoats.
Where You Find Me é o mais recente single divulgado de Vertigo Days, uma composição que assenta numa batida linear e num constante desfile de cordas com forte timbre metáluco, atestando o cariz camaleónico deste projeto, ao mesmo tempo que captura aquela tonalidade mais sintética e minimal que marcou o registo Neon Golden que este coletivo alemão lançou no início deste século. Confere Where You Find Me e a tracklist de Vertigo Days...
1. Al Norte
2. Into Love / Stars
3. Exit Strategy To Myself
4. Where You Find Me
5. Ship (feat. Saya)
6. Loose Ends 05:31
7. Into The Ice Age (feat. Angel Bat Dawid)
8. Oh Sweet Fire (feat. Ben LaMar Gay)
9. Ghost
10. Sans Soleil
11. Night‘s Too Dark
12. *stars*
13. Al Sur (feat. Juana Molina)
14. Into Love Again (feat. Zayaendo)
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The Notwist - Ship EP
Considerados por muitos como verdadeiros pais do indie rock, os The Notwist, liderados pelos irmãos Archer, estão de regresso aos lançamentos discográficos com Ship, um EP que acaba de ver a luz do dia à boleia da Morr Music, etiqueta alemã, sendo o primeiro sinal de vida do projeto em seis anos. Recordo que em dois mil e catorze este grupo alemão incrível lançou o disco Close to The Glass, um tomo de onze canções assentes numa eletrónica cheia de elementos do krautrock, mas que também passava pelo hip hop mais negro, o indie rock e o jazz progressivo, um verdadeiro caldeirão sonoro onde cada elemento foi cuidadosamente tratado e que estava minuciosamente carregado de vida.
Já com um novo longa duração prometido ainda este ano, os The Notwist afagam-nos, para já, um pouco a alma e acalmam as expetativas desse longa duração, com três excelentes novos temas em que, seja entre o processo dos primeiros arranjos, até à manipulação geral dos cerca de doze minutos do EP, tudo soa muito polido, notando-se a preocupação por cada mínimo detalhe, o que acaba por gerar num resultado muito homogéneo e bem conseguido.
Abrindo, como seria de esperar, com o single homónimo do registo, uma canção que conta com a participação vocal da japonesa Saya, vocalista da banda Tenniscoats e que impressiona pelo rigor percurssivo, percebe-se, logo à partida, que Ship EP será um registo tremendamente hipnótico. Nesta canção, a batida seca que lateja sem cessar, enquanto é constantemente rodeada por uma espiral sintetizada repetitiva e diversas aparições de uma guitarra que se insinua sempre à espreita do momento ideal para explodir em riffs e distorções incontroláveis, são nuances típicas de um grupo exímio a tricotar, sem receio do risco, os alicerces fundamentais de um rock que se entrega a toda o universo sonoro alternativo, sem se alimentar apenas da clássica tríade guitarra, baixo e bateria.
Depois, a incomensurável diversidade sónica que, entre luminosas cordas, efeitos cósmicos, uma bateria embaladora e guitarras metálicas, dá sentido e cor ao sublime experimentalismo de Loose Ends e, para rematar, o forte pendor espiritual e reflexivo do instrumental Avalanche, são mais duas canções que carimbam, de modo indelével, a sagacidade e a sensação catártica de um alinhamento curto mas impressivo, criado por uns The Notwist hábeis a convidar-nos a uma real libertação de sentimentos ou emoções reprimidas, ao som das suas canções. Espero que aprecies a sugestão...
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The Notwist – Ship
Considerados por muitos como verdadeiros pais do indie rock, os The Notwist, liderados pelos irmãos Archer, estão de regresso aos lançamentos discográficos com Ship, um EP que irá ver a luz do dia ainda durante este mês de agosto, à boleia da Morr Music, etiqueta alemã, e que será o primeiro sinal de vida do projeto em seis anos. Recordo que em dois mil e catorze este projeto alemão único lançou o disco Close to The Glass, um tomo de onze canções assentes numa eletrónica cheia de elementos do krautrock, mas que também passava pelo hip hop mais negro, o indie rock e o jazz progressivo, um verdadeiro caldeirão sonoro onde cada elemento foi cuidadosamente tratado e que estava minuciosamente carregado de vida.
Para antecipar o lançamento deste EP, ao qual se seguirá, ainda de acordo com a banda, um novo longa duração ainda em 2020, os The Notwist acabam de divulgar o single homónimo do registo, uma canção que conta com a participação vocal da japonesa Saya, vocalista da banda Tenniscoats e que impressiona pelo rigor percurssivo, assente num registo tremendamente hipnótico, devido a uma batida seca que lateja sem cessar, enquanto é constantemente rodeada por uma espiral sintetizada repetitiva e diversas aparições de uma guitarra que se insinua sempre à espreita do momento ideal para explodir em riffs e distorções incontroláveis, algo que acaba por não acontecer. Confere...