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Mira Kendô - Yo Debo

Sexta-feira, 17.01.25

Braima Galissá nasceu na Guiné-Bissau e cresceu na tradição familiar dos griots, figuras íntimas da história cultural e identitária do povo Mandinga. Durante anos, dedicou-se a explorar as profundezas da sua herança, praticando a arte e o ofício da Kora.

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A história sonora do projeto Mira Kendô começa no estúdio do holandês Jori Collignon, quando Braima lhe foi apresentado por um amigo comum, Francisco Sousa (Fininho). Assim que Braima começou a tocar a Kora, surgiram composições maravilhosas. Instintivamente, Jori agarrou nas suas drum machines e começou a adicionar camadas. Foi tudo muito natural, como se estivessem a conversar através da música. Apesar de terem referências musicais tão diferentes, começaram imediatamente a compor juntos.

Juntamente com o célebre guitarrista da Guiné-Bissau, Eliseu Forna Imbana e o baterista de Selma Uamusse, Gonçalo Santos, reuniram-se para criar algo verdadeiramente especial, misturando influências diversificadas e a paixão comum por uma música que transcende fronteiras e incubando, deste modo, o disco homónimo de estreia do projeto, um alinhamento de sete canções que viu a luz do dia em novembro último.

Já foram extraídos vários singles de Mira Kendô, um testemunho do poder da colaboração e da beleza que surge quando diferentes culturas e tradições se encontram e dialogam através do som. O mais recente chama-se Yo Debo; É uma canção sobre ciclos, que conta uma história sobre como podemos inspirar os nossos filhos a serem as melhores versões de si próprios e que, de modo simples e cativante, representa o que existe de mais clássico nas composições musicais de Braima Galissá, tendo sido feita para dançar, para unir as pessoas, música para fazer as pessoas sentirem-se bem. Confere...

Spotify: https://open.spotify.com/Mira_Kendô

Instagram: https://www.instagram.com/mirakendo/

Facebook: https://www.facebook.com/mirakendo.musica/

Bandcamp: https://mirakendo.bandcamp.com/album/mira-kend

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publicado por stipe07 às 16:42

Vampire Weekend – Only God Was Above Us

Sexta-feira, 05.04.24

Cerca de meia década depois do excelente Father Of The Bride, os Vampire Weekend de Ezra Koenig, Chris Baio e Chris Tomson, estão de regresso aos discos com Only God Was Above Us, o quinto compêndio da carreira do grupo de Nova Iorque. Only God Was Above Us tem dez canções produzidas por Ariel Rechtshaid, habitual colaborador da banda e viu a luz do dia hoje mesmo, com a chancela da Columbia Records.

Album Review: Vampire Weekend reach fond heights in Only God Was Above Us  (2024 LP) - The AU Review

Ao quinto disco da carreira, os Vampire Weekend resolvem homenagear figuras e eventos importantes da história de Nova Iorque, a sua cidade natal, das duas décadas finais do século passado, enquanto apresentam o disco mais eclético e abrangentedo seu catálogo. O trio sempre enriqueceu o seu cardápio à custa de canções divididas entre um travo afro e o rock alternativo, bastante impresso no disco homónimo de estreia, de dois mil e dezoito, um modus operandi que com Contra e nos anteriores Modern Vampires Of The City e Father Of The Bride, também evoluiu para sonoridades mais maduras e experimentais, mas Only God Was Above Us, sem deixar de apostar nesta lógica de continuidade evolutiva, apresenta elementos inéditos que beliscam universos tão díspares como o hip-hop ou o punk rock, comprovando esta busca de uma ainda maior heterogeneidade e complexidade para o cardápio do grupo.

De facto, logo que foram conhecidas as composições Capricorn e Gen-X Cops , percebeu-se que os Vampire Weekend estavam a apostar numa tonalidade mais rugosa e crua do que as propostas anteriores, mas sem colocarem de lado a minúcia ao nível dos detalhes e dos arranjos que sempre caraterizou o arquétipo sonoro das canções do projeto. Depois, quando escutámos Classical, mesmo havendo uma maior preponderância, ao nível dos arranjos, das teclas e dos sopros, não amainou essa tónica num registo sonoro exuberante e ruidoso e instrumentalmente rico e diversificado.

Seja como for, a herança riquíssima da banda e o fio condutor com o seu catálogo não podia deixar de existir. De facto, canções como Mary Boone, composição que coloca todas as fichas numa mescla entre um clima intimista comandado pelo piano e um refrão encharcado em exuberância e cor, sensações proporcionadas por um coro gospel e diversos entalhes percussivos, onde não falta um sample do loop de bateria do clássico dos Soul II Soul, Back To Life (However Do You Want Me) e Ice Cream Piano, um bem suceiddo exercício de simbiose que de forma experimental e criativa sustenta uma melodia pop com um certo cariz épico e melancólico e, enquanto tema perfeito de abertura, nas suas nuances rítmicas se divide constantemente entre a simplicidade e a grandeza dos detalhes, são excelentes exemplos de um adn sempre radiante e que também se explica pelo modo peculiar e sempre criativo como interseta toda a amálgama instrumental de que o trio se serve quando entra em estúdio, seja orgânica, seja sintética. Depois, se Connect nos oferece um planante e charmoso exercício rítmico que divide o protagonismo entre piano e bateria, na busca de um universo simultaneamente intrincado e lisérgico, Prep-School Gangsters acaba por ser a canção que melhor condensa todo este receituário, no modo como cruza uma guitarra elétrica buliçosa com batidas e ritmos com funk e com um travo tropical delicioso, com alguns dos arquétipos essenciais do rock psicadélico setentista, rematados por detalhes de cordas de forte indole orgânica.

Com um travo geral com um forte travo classicista, charmoso e sentimentalmente tocante, Only God Was Above Us divide-se constantemente entre a simplicidade e a grandeza dos detalhes, enquanto se entrega, de forma experimental e criativa, à busca incessante de melodias com um forte cariz pop e radiofónico, mas sem deixarem de piscar o olho aquele universo underground e mais alternativo que sempre serviu de inspiração aos Vampire Weekend e que acabou por ser um elemento chave para conseguirem criar mais um brilhante naipe de canões que amplifica ainda mais a notoriedade que já hoje os distingue. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 17:24

Kumpania Algazarra - Let's Go (Dr. Fre & Sam Rabam remix)

Sexta-feira, 27.11.20

O coletivo Kumpania Algazarra é exímio a criar música que celebra a vida, os afectos e a partilha de um mesmo céu, um mesmo planeta e um mesmo amor. Nasceram nas ruas de Sintra em dois mil e quatro e, sendo saltimbancos por natureza e filhos da rua por destino, é ao vivo que mostram sempre toda a sua potência máxima, pondo toda a gente a dançar, nos quatro cantos do mundo. Na verdade, já atuaram em diversos países, como a Bélgica, Itália, Suíça, Brasil, França, Espanha, Macau, Reino Unido e Sérvia, entre tantos outros.

Kumpania Algazarra… Tour “Let's Go” a fazer a festa de norte a sul do país  – Glam Magazine

Os Kumpania Algazarra trazem tatuadas na pele influências musicais de todas as cores, formas, geografias e latitudes, do ska ao folk, dos ritmos latinos ao funk e ao afro, do reggae às inebriantes melodias dos Balcãs. A comemorar quinze anos de vida e para assinalar a data, a banda gravou o álbum ao vivo Live onde reúnem temas de todos os discos editados até ao momento. Agora, no início de dois mil e vinte e um, preparam o lançamento do álbum Remixed Vol. 2, um compêdio de remisturas produzidas por diversos artistas nacionais e internacionais durante o período de reclusão da pandemia. Para materializar o álbum, resolveram pôr termo ao sossego de vários produtores nacionais e internacionais e convidaram-nos a reinventar um tema à sua escolha pertencente aos vários álbuns da banda.

Para assinalar a divulgaçáo do lançamento deste registo de remisturas, os Kumpania Algazarra já nos deram a conhecer uma das remisturas, a do clássico da banda Let's Go. O original foi revisitado por Dr. Fre & Sam Rabam, produtores belgas que têm trabalhado sobretudo com electro swing, balkan beat e house music. Combinando batidas modernas com melódicas clássicas dos Balcãs, estes produtores tornaram-se nomes de referência no panorama europeu de balkan beats. O videoclipe da remistura foi gravado por João Guimarães na mítica discoteca 2001 - Catedral do Rock no Autódromo do Estoril. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:16

Melt Yourself Down - Last Evenings On Earth

Sábado, 23.07.16

Depois de um homónimo lançado em 2013, os britânicos Melt Yourself Down de Kushal Gaya estão de regresso com mais uma incandescente e festiva dose de afrobeat, à boleia de Last Evenings On Earth, nove canções que viram a luz do dia em abril com a chancela da The Leaf Label e que se debruçam sobre o contínuo apocalipse que o mundo vive, principalmente desde o início do século passado, feito de guerras, doenças, uma desenfreada corrida às armas e, principalmente, um choque civilizacional que cava um fosso cada vez maior entre uma pequena casta de privilegiados e o resto da humanidade, muito nela ainda a viver de modo desumano e em absoluta pobreza.

Percorrer o sinuoso e labiríntico alinhamento de Last Evenings On Earth é nunca saber o que está um pouco mais à frente ou do outro lado da esquina, que se apresenta na forma melódica menos esperada. Batidas orgânicas são subitamente trespassadas por teclados, particularmente impressivos na monumentalidade de Jump The Fire e os sopros estão sempre presentes, com canções como The God Of You, a ébria Listen Out, ou o punk aparentemente descontrolado de Communication a criarem um falso clima de festa. É que, se por um lado o corpo é continuamente convidado à dança despreocupada e enérgica, também não há como ficar indiferente ao conteúdo incisivo da escrita destas canções onde a virulância da morte e das doenças e o sortilégio da guerra são áreas vocabulares continuamente presentes e transversais.

Melt Yourself Down é um compêndio muito próprio e sui generis, que numa mescla do referido afrobeat com alguns dos melhores detalhes do jazz atual, que comporta cada vez mais e sem aparente pudor alguns artifícios eletrónicos e do próprio indie rock, exemplarmente expresso no fuzz da guitarra de Bharat Mata, nos oferece um verdadeiro caldeirão sonoro nada ingénuo e bastante criativo. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 15:28






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