man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Mira Kendô - Yo Debo
Braima Galissá nasceu na Guiné-Bissau e cresceu na tradição familiar dos griots, figuras íntimas da história cultural e identitária do povo Mandinga. Durante anos, dedicou-se a explorar as profundezas da sua herança, praticando a arte e o ofício da Kora.
A história sonora do projeto Mira Kendô começa no estúdio do holandês Jori Collignon, quando Braima lhe foi apresentado por um amigo comum, Francisco Sousa (Fininho). Assim que Braima começou a tocar a Kora, surgiram composições maravilhosas. Instintivamente, Jori agarrou nas suas drum machines e começou a adicionar camadas. Foi tudo muito natural, como se estivessem a conversar através da música. Apesar de terem referências musicais tão diferentes, começaram imediatamente a compor juntos.
Juntamente com o célebre guitarrista da Guiné-Bissau, Eliseu Forna Imbana e o baterista de Selma Uamusse, Gonçalo Santos, reuniram-se para criar algo verdadeiramente especial, misturando influências diversificadas e a paixão comum por uma música que transcende fronteiras e incubando, deste modo, o disco homónimo de estreia do projeto, um alinhamento de sete canções que viu a luz do dia em novembro último.
Já foram extraídos vários singles de Mira Kendô, um testemunho do poder da colaboração e da beleza que surge quando diferentes culturas e tradições se encontram e dialogam através do som. O mais recente chama-se Yo Debo; É uma canção sobre ciclos, que conta uma história sobre como podemos inspirar os nossos filhos a serem as melhores versões de si próprios e que, de modo simples e cativante, representa o que existe de mais clássico nas composições musicais de Braima Galissá, tendo sido feita para dançar, para unir as pessoas, música para fazer as pessoas sentirem-se bem. Confere...
Spotify: https://open.spotify.com/Mira_Kendô
Instagram: https://www.instagram.com/mirakendo/
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Orville Peck – Death Valley High (feat. Beck)
A revelação country Orville Peck está de regresso aos discos no início do próximo mês de agosto, com Stampede, o terceiro ábum do músico sul africano, um alinhamento de quinze canções, muitas delas duetos, que conta com várias participações especiais de nomeada, com especial destaque para Beck Hansen, Elton John, JT Nero, Bernie Taupin, Drew Lindsay, Ben Cramer, Amiel Gonzales, Tobias Jesso Jr., Molly Tuttle e Nathaniel Rateliff, entre outros.
Já foram divulgados varios singles do alinhamento de Stampede e o mais recente é Death Valley High, a canção que conta com a participação especial de Beck e que cruza, com elevada mestria, o melhor dos dois mundos dos dois protagonistas. Várias interseções sintéticas e uma batida encharcada num groove corrosivo, duas imagens de marca do catalogo de Beck, cruzam-se com um registo melódico eminentemente country, adornado por cordas vintage, uma marca indelevel do catálogo de Peck, enquanto os dois músicos dissertam sobre uma noite bem vivida em Las Vegas, com jogos de azar, festas e comportamentos extravagantes, como não podia deixar de ser.
Death Valley High já tem direito a um vídeo, dirigido por Austin Peters e que conta com as participações especiais de Sharon Stone e da drag queen Gigi Goode. Confere...
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Damon Albarn And The Heavy Seas – Live At The De De De Der
O melancólico, mas sempre genial, brilhante, inventivo e criativo Damon Albarn, personagem central da pop britânica das últimas duas décadas, regressou este ano aos discos em nome próprio e em grande estilo com Everyday Robots, um trabalho que viu a luz do dia a vinte e oito de abril e um belíssimo compêndio de doze canções produzidas por Richard Russell e lançadas por intermédio da Parlophone, que entraram diretamente para o top dos melhores discos de 2014 para este blogue.
A quinze e dezasseis de novembro últimos, Damon Albarn deu dois excelentes espetáculos no mítico Royal Albert Hall, em Londres, com a particularidade de terem sido gravados pelos técnicos dos estúdios de Abbey Road e terem ficado imediatamente disponíveis para venda após cada um dos concertos. Além dos The Heavy Seas, a banda que acompanha Albarn em estúdio e ao vivo, os concertos contaram com as participações especiais de Brian Eno, De La soul, Kano e Graham Coxon, seu parceiro nos Blur.
Escutar estes dois concertos permite-nos fazer uma visita guiada sobre toda a herança sonora essencial que Damon Albarn nos deixou, principalmente nas duas últiams décadas, num alinhamento que contém temas dos Gorillaz, dos The Good The Bad And The Queen, dos Blur, Mali Music e, obviamente, do seu projeto a solo, com destaque para o mais recente e acima citado Everyday Robots.
Falar de Damon Albarn como artista a solo e não abordar as experiências musicais do artista em projetos tão significativos como os Blur, os Gorillaz ou os The Good The Bad and The Queen é algo impossível e Live At The De De De Der transpira a tudo aquilo que Albarn idealizou e criou nestes projetos, com canções que vale bem a pena escutar num formato mais cru e orgânico, umas mias despidas e outras notavelmente enriquecidas e que, desse modo, ganham uma outra personalidade.
Albarn é, por excelência, um minimalista viciado pelos detalhes, uma contradição apenas aparente e que se torna ainda mais audível no modo como, ao vivo, este artista viciado em tecnologia, mas também apaixonado pela natureza orgânica de um enorme espetro de instrumentos e permanentemente inquieto e numa pesquisa constante sobre o modo como os pode tocar, transborda modernidade, juntamente com uma extraordinária sensação de proximidade com o público, a que não será também alheio o facto de ter-se feito sempre acompanhar por outros músicos extraordinários, mesmo nunca tendo deixado de ser o protagonista maior de todas as bandas e projetos que criou.
Impecavelmente produzido e conseguindo transpirsar todas aquelas boas sensações que distinguem um espetéculo ao vivo das versões de estúdio, Live At The De De De Der é absolutamente fundamental para quem quiser rever o cardápio de um músico que é, antes de tudo, um homem comum, às vezes também solitário e moderno. Em palco o coração traiçoeiro de Albarn converte-se num portento de sensibilidade e optimismo, a transbordar de um amor que o liberta definitivamente de algumas das amarras que filtrou ao longo do seu percurso musical e, sem deixar completamente de lado a melancolia que, como ele tão bem mostra, tem também um lado bom, diante de um público entusiasta e que o venera, empenha-se em mostrar-nos que a existência humana e tudo o que existe em nosso redor, por mais que esteja amarrada à ditadura da tecnologia, pode ser um veículo para o encontro do bem e da felicidade coletivas. Espero que aprecies a sugestão...
CD 1
01. Spitting Out The Demons
02. Lonely Press Play
03. Everyday Robots
04. Tomorrow Comes Today
05. Slow Country
06. Kids With Guns
07. Three Changes
08. Bamako City
09. Sunset Coming On
10. Hostiles
11. Photographs (You Are Taking Now)
12. Kingdom Of Doom
13. You And Me
14. Hollow Ponds
CD 2
01. El Manana
02. Don’t Get Lost In Heaven
03. Out Of Time
04. All Your Life
05. End Of A Century
06. The Man Who Left Himself
07. Tender
08. Mr. Tembo
09. Feel Good
10. Clint Eastwood
11. Heavy Seas
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Sinkane - Mean Love
Quase dois anos após o magnífico Mars, Sinkane está de regresso aos discos com Mean Love, o seu novo registo a solo, novamente com a chancela da insuspeita DFA Records de James Murphy. Extraordinário músico e compositor, oriundo de uma família de professores universitários e músicos do Sudão, Sinkane desembarcou nos Estados Unidos da América em 1989 como refugiado político e cresceu no Ohio a ouvir punk, reggae, música eletronica e sons típicos da sua terra natal. Entretanto mudou-se para Brooklyn, em Nova Iorque, onde, antes de iniciar a carreira a solo, tocou com nomes tão importantes do universo indie como os Of Montreal, Yeasayer, ou Caribou e, nesta última década, tem-se debruçado a fundo sobre aquilo que vai escutando e acontecendo musicalmente ao redor, num bairro musicalmente tão efervescente como é Brooklyn, tendo já abordado espetros sonoros tão divergentes como o post rock ou a música de cariz mais erudito, mas nunca renegando as suas raízes africanas, sendo esse, muitas vezes, o elo de ligação privilegiado entre os diferentes géneros que remexe e onde se posiciona.
Se a sonoridade de Mars apontava, acima de tudo, para a sua origem nos povos sudaneses e as suas raízes músicais africanas, em Mean Love Sinkane olha com outra profundidade para aquilo que mais o seduz na música norte-americana e em especial na soul. Com a permanente parceria com os nomes de peso acima citados e, mais recentemente, tendo sido incumbido da direção musical de Atomic Bomb, de Willian Onyeabor, Sinkane acabou por se especializar num espetro sonoro que diz muito ao país que o acolheu. Desse modo, Mean Love é uma bela homenagem à soul que o adotou, mas onde não falta o R&B ou a bossa nova, por exemplo, para enriquecer ainda mais um quadro sonoro magnífico, feito de dez canções que merecem a nossa mais completa devoção. Sejamos, ou não, verdadeiros apreciadores deste universo musical, devemos olhar para Mean Love como uma jóia rara, já que seste disco é um paraíso soul em todos os sentidos e isso deve-se à sua sonoridade universal, dançante e, ao mesmo tempo, íntima e suave.
Ouve-se Mean Love com alguma descontração e somos atravessados por uma certa homogeneidade sonora, como se o alinhamento fosse um todo constituido pela soma de várias partes que pouco diferem entre si. No entanto, da pop luminosa e assente num jogo entre o orgânico, audível na percurssão das palmas e o sintético fornecido pelo efeito do teclado sintetizado em How We Be, ao afrobeat de New Name, passando pelo funk de Yacha, o meu tema preferido do disco, a pop melancólica de Hold Tight e de Son, a bossa nova que sustenta Moonstruck, o reggae que alimenta Young Trouble, o jazz e o blues de Mean Love, o tema homónimo, ou a implícita toada folk de Galley Boys, que se torna mais festiva devido ao efeito de sopros em Omdurman, Mean Love é uma verdadeira passerelle de uma diversidade incrivel de traços e tiques, uma mistura de sonoridades do passado com as ilimitadas possibilidades técnicas que o desenvolvimento tecnológico proporciona e disponibiliza aos produtores e compositores.
Como sempre, Gallab toca quase todos os instrumentos e não se fez rogado no uso de efeitos, quer nas batidas, quer nas guitarras, conseguindo soar, em simultâneo e de forma inteligente, sofisticado e descontraído, havendo no ambiente criado pelas canções um certo humor e boa disposição, numa atmosfera típica de um afável e acolhedor dia de verão.
Em Mean Love, Sinkane deitou-se numa nuvem feita com a melhor pop atual e operou mais um milagre sonoro; Tornou-se expansivo e luminoso, encheu essa nuvem com uma sonoridade eminentemente introspetiva, mas que não deixa de ser alegre, floral e perfumada e fê-lo sem grandes excessos e com um belíssimo acabamento açucarado, duas das permissas que justificam coerência e acerto na estratégia musical escolhida. Mean Love é um belíssimo disco, com um conteúdo grandioso e um desempenho formidável ao nível instrumental e da voz, um tratado musical leve, cuidado e que encanta, não sendo difícil ficarmos rendidos ao seu conteúdo. Espero que aprecies a sugestão...
01. How We Be
02. New Name
03. Yacha
04. Young Trouble
05. Moonstruck
06. Mean Love
07. Hold Tight
08. Galley Boys
09. Son
10. Omdurman
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Throes + The Shine - Mambos de Outros Tipos
Os Throes + The Shine são uma espécie de fusão de coletivos do Porto formado por André do Poster (voz) e Diron (voz), os dois angolanos que formam os The Shine e Igor Domingues (bateria e percurssão), João Brandão (baixo e produção) e Marco Castro (guitarra e sintetizadores), o trio Throes. Lançaram no passado dia vinte e oito de abril, através da Lovers & Lollypops e disponível no bandcamp da banda, Mambos de Outros Tipos, o segundo disco do grupo e mais um casamento entre o rock despreocupado e o kuduro angolano capaz de fazer mexer ancas e multidões, no fundo, uma espécie de rockuduro, cheio de ritmo, plasmado em nove canções que misturam, de forma luminosa, vibrante e psicadélica, um cocktail explosivo com uma sonoridade urbana, cheio de instrumentos orgânicos e sintetizados.
Mambos de Outros Tipos é um excelente disco para esta altura do ano, com o início, feito com Tuyeto Mukina e Mambo (Estás a dançar, estás a curtir o mambo de outros tipos), a dar logo o mote para cerca de quarenta e cinco minutos onde o cheiro a África e a terra quente subsiste e o jogo de palavras e de batidas e de sons que se estabelece entre os The Shine e os Throes, respetivamente, vai-se expandindo à medida que esta dialética permanente entre o rock cheio de riffs e distorção e o groove ritmado das batidas dá vida a atmosferas envolventes e sensuais, que nos obrigam a abanar o corpo com ânimo e alegria.
Este cocktail é ponderado e, de acordo com a entrevista que a banda me concedeu e que podes conferir abaixo, resulta de ensaios e trocas de riffs, batidas e linhas vocais maioritariamente entre os quatro membros originais deste projecto, havendo uma abertura de mentes e um entendimento muito grande entre todos.
Como seria de esperar, apesar do equilibrio natural entre as duas grandes componentes do projeto, há canções em que sobressai mais o poder da bateria e das percurssões dos Throes, como em Dombolo e outros em que o sabor a África domina, como em Wazekele,talvez os dois exemplos onde é mais acessível fazer esta distinção.
Mambos de Outros Tipos é um passo em frente relativamente ao que os Throes + The Shine produziram em Rockuduro, o trabalho de estreia, um disco que envolve-nos num festim luso africano bastante original, mágico, especial, e único, por ser simultaneamente excêntrico e inédito. Espero que aprecies a sugestão...
Os Throes + The Shine são uma multinacional composta por dois angolanos, Diron e André do Poster, os The Shine, que conferem ao projeto o lado mais africano e irrequieto e por Marco Castro, Igor Domingues e João Brandão, os Throes, responsáveis pela sonoridade rock. Como é que funciona a química dentro do grupo? E a dinâmica do processo de criação?
O processo criativo tem sido muito semelhante desde os primórdios da banda. A composição tem sido sempre assente em ensaios e trocas de riffs, batidas e linhas vocais maioritariamente entre os quatro membros originais deste projecto. Há uma abertura de mentes e um entendimento muito grande entre todos nós.
Vocês estrearam-se há dois anos com Rockuduro, um trabalho muito bem recebido pela imprensa e pelo público em geral e agora regressam com Mambos de Outros Tipos. Em relação aos dois trabalhos, é mais aquilo que os une ou aquilo que os separa?
São dois trabalhos distintos entre si, mas que acreditamos fazerem todo o sentido em conjunto. Este novo disco é um passo evolutivo em relação à sonoridade que começamos a explorar em 2012 e acreditamos que ainda temos muito para experimentar e abordar em lançamentos futuros.
Os Throes + The Shine já têm uma rodagem internacional interessante, com participação ativa no alinhamento de vários festivais de nomeada, com particular destaque para Roskilde, na Dinamarca, Electron Festival, na Suíça e o World Music Festival, na Noruega. Como têm sido recebidos por essas multidões?
Tem sido excepcional. Ainda não houve nenhum concerto dentro desses moldes onde nos tenhamos sentido mal amados ou que não estamos a divertir as pessoas. E no geral, toda a experiência de conseguirmos levar a nossa música além portas, retirar dividendos de algo que nos dá trabalho e sentir que as pessoas vão apreciando o que fazemos em diferentes pontos do globo é algo de extraordinário.
Vocês estão a destacar-se imenso pela vossa performance ao vivo, pela energia que colocam nos concertos e pelo ambiente de festa que procuram sempre criar. Numa época em que, infelizmente, a venda de discos, mesmo através de edições digitais, está em forte declínio, as apresentações ao vivo são a vossa grande aposta, em termos profissionais, ou no ADN de cada um e da banda já há, à partida, este gosto e esta vontade de serem felizes e viverem em festa em cima do palco e de contagiarem quem assiste aos vossos espetáculos?
Todos nós gostamos verdadeiramente do que estamos a fazer com este projeto e isso acaba por se refletir na nossa forma de estar em palco. Se sorrimos, saltamos e dançamos é porque nos estamos a divertir genuinamente com o que estamos a fazer. Se sentirmos que as pessoas estão a partilhar esse sentimento connosco, só torna tudo ainda melhor e cada vez mais efusivo da nossa parte. Há toda uma relação de simbiose com as pessoas que assistem aos nossos concertos, sem duvida nenhuma.
A verdade é que algumas das vossas primeiras canções conseguiram maior projeção lá fora e só agora, com este disco, é que parece haver um maior reconhecimento do no nosso mercado. Portugal é importante para o futuro da vossa carreira? Onde vos agrada serem mais reconhecidos devido à vossa música?
É sempre importante sermos bem amados no nosso país de origem, uma vez que é aí que constróis uma base e que tudo parte. No entanto, no panorama mais real das coisas, se almejarmos ter um projeto que permita uma vida confortável, é necessário sair para lá de Portugal. E é algo que temos andado a tentar fazer nos últimos dois anos.
Em relação à vossa música, sou um grande apreciador do vosso estilo, desta mistura luminosa vibrante e psicadélica, um cocktail explosivo com uma sonoridade urbana, cheio de instrumentos orgânicos e sintetizados. É este o género de música que mais apreciam?
Todos nós temos gostos muito distintos e acaba por ser isso que cria essa mistura que falas. A capacidade que temos de deixar que os diferentes membros da banda insiram os seus cunhos pessoais em várias músicas permite que surja um resultado final que todos gostam, mesmo que não seja o que cada um imaginou inicialmente.
Os vossos dois discos foram editados sob a alçada da recomendável Lovers & Lollypops. Que importância tem para vocês fazer parte dessa família?
Tem sido uma boa experiência e um alicerce importante no crescimento da banda e na conjunção de várias etapas no nascimento deste projeto. São um selo que nutre um amor pelo que faz e é algo que sempre nos agradou, pelo menos até aos dias de hoje.
Quais são as vossas expectativas para este álbum? Querem que Mambos de Outros Tipos vos leve até onde?
Estamos contentes com a resposta que tem sido dada na imprensa, quer em Portugal, quer na Europa. 2014 vai ser passado em concertos por Portugal e pelo centro da Europa. Gostaríamos de saltar para outros continentes no decorrer de 2015, mas claro que é um pequeno “monstro” que é preciso domar. Mas talvez, quem sabe.
Adorei o artwork do disco. De quem é a autoria?
O artwork foi feito pela Cãoceito. Eles tem trabalhos muito bons, vale a pena ver.
Adorei o tema Triba Triba; E a banda, tem um tema preferido em Mambos de Outros Tipos?
Nem por isso, cada um de nós tem um tema que aprecia mais, o que é perfeitamente normal. Mas no final das contas, todos nós gostamos do alinhamento final do Mambos de Outros Tipos. Alguns temas ficaram pelo caminho por não serem consensuais com todos os membros da banda.
O que vos move é apenas este cruzamento entre o rock e o kuduro ou gostariam no futuro de experimentar outras sonoridades? Em suma, o que podemos esperar do futuro discográfico dos Throes + The Shine?
Não é apenas este cruzamento de sonoridades que nos move, mas claro que será sempre um ponto importante no nosso cunho. Futuramente iremos continuar a tentar explorar algumas coisas diferentes a nível melódico, como já fizemos neste segundo disco, e a nível rítmico também é algo que já estamos a começar a fazer em novas composições (já pós-Mambos de Outros Tipos).
Como tem decorrido a promoção do disco? Onde poderemos ver os Throes + The Shine a tocar num futuro próximo?
A promoção do disco tem corrido bem, já tivemos diversos concertos por Portugal, França e Suiça este ano. Futuramente poderão apanhar-nos em Julho nas Festas Sebastianas, no Quintanilha Rock e no Festival Meda +. Em Agosto iremos andar pela Bélgica e por terras lusas e em Setembro e Outubro voltaremos a andar por terras gaulesas. É uma questão de irem dando uma vista de olhos pelas nossas páginas do facebook\twitter\bandcamp.
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Rocketjuice and the Moon - Rocketjuice and the Moon
Os Rocket Juice and the Moon são uma espécie de super grupo musical e mais um encabeçado por Damon Albarn (voz, guitarras), ao qual se juntaram Flea (baixo) dos Red Hot Chili Peppers e Tony Allen (bateria, percussão), um conceituado baterista e produtor musical que já colaborou com Albarn noutros projectos.
Os Rocket Juice and the Moon tocaram juntos pela prmeira vez a vinte e oito de outubro de 2011 em Cork, na Irlanda, no Cork Jazz Festival e editaram no passado dia vinte e sete de março o homónimo disco de estreia que conta com as colaborações especiais de Erykah Badu, Hypnotic Brass Ensemble e muitos outros.
Rocketjuice and the Moon está carregadinho de funk até ao tutano! E também, muito honestamente, não era de esperar algo diferente tendo em conta as influências dester trio. Há aqui uma clara intenção de trabalhar numa base melódica que privilegiou a groove experimental assente no baixo de Flea, ajudada por ritmos e batidas típicas do chamado afrobeat, salientando que Allen parece tocar bateria como se ela fosse uma espécie de brinquedo. O baixo e a bateria são mesmo os instrumentos de maior destaque nas canções, muitas delas longos instrumentais apenas com esses dois instrumentos.
01. 1-2-3-4-5-6
02. Hey, Shooter (feat. Erykah Badu)
03. Lolo (feat. Fatoumata Diawara & M.anifest)
04. Night Watch
05. Forward Sweep
06. Follow-Fashion (feat. Fatoumata Diawara & M.anifest)
07. Chop Up (feat. M.anifest & M3nsa)
08. Poison (feat. Damon Albarn)
09. Extinguished (feat. Cheick Tidiane Seck)
10. Rotary Connection
11. Check Out
12. There
13. Worries
14. Benko (feat. Fatoumata Diawara & Damon Albarn)
15. The Unfadable (feat. M.anifest)
16. Dam(n) [feat. Erykah Badu & M.anifest]
17. Fatherless
18. Leave-Taking
19. Fatala (Bonus Track) (feat. Fatoumata Diawara)
20. Manuela (Bonus Track) (feat. Erykah Badu)