man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Simon Love - Sincerely, S. Love x
Três anos depois de se estreado nos discos com o muito apetecível registo pop It Seemed Like A Good Idea At The Time, o britânico Simon Love regressou no início deste mês de setembro aos lançamentos discográficos com Sincerely, S. Love X, dez canções abrigadas à sombra da Tapete Records e que além da superior bitola qualitativa da sua escrita, dão-nos a certeza de formarem uma sequência eloquente e grandiosa, proporcionada por um artista com uma linguagem sonora que até já foi influenciada por sonoridades mais cruas, mas que hoje subsiste, de modo bastante particular, à sombra de uma pop encharcada com melancolia e romance.
Quase sempre conduzidos por um efusivo piano, adornado por cordas e sopros, nomeadamente trompetes e com muitos outros dos melhores ingredientes da mais genuina herança da brit pop, Sincerely, S. Love x apresenta dez excelentes temas gravado nos últimos dois anos em Londres. É um disco que reflete, parece-me, um estado de espírito de quem vive numa espécie de crise de meia idade. Digo-o porque na ironia de canções do calibre de The Ballad of Simon Love (I’ll never own a house) ou God Bless The Dick Who Let You Go, tema sobre as típicas agruras de uma vida a dois que não é, como todos sabemos, feita só de bons momentos, Simon expressa um modo de pensar habitual numa mente que tem de lidar diariamente com medos e dilemas, mas que, nem por isso, deixa de ser uma pessoa optimista e crente em relação ao seu universo pessoal. Aliás, de acordo com o press release do lançamento, o próprio Simon confessa toda esta trama sem qualquer tipo de complexo: Please, buy the álbum, my son eats like a horse and he need new shoes. Sincerely, Simon Love. Façam-no, porque certamente não se arrependerão, já que neste alinhamento todos os sons que se escutam, orgânicos ou sintéticos, posicionam-se, claramente, com um propósito bem definido e não é preciso ser um expert para se perceber essa filosofica interpretativa, bastando o charme das canções para nos elucidar, intuitivamente, acerca dessa permissa. Espero que aprecies a sugestão...