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Sam Duckworth – Amazing Grace

Quarta-feira, 30.09.15

Natural de Essex, na Inglaterra, Sam Duckworth tem cerca de três décadas de existência mas uma carreira musical já bastante cimentada. Aos dezoito anos decidiu que iria viver da música e adoptou para o seu projeto a solo o peculiar nome Get Cape. Wear Cape. Fly., retirado de um artigo da revista de jogos de vídeo ZX Spectrum. Pouco depois consegue um contrato com a Atlantic Records e em 2006 estreia-se nos discos com The Chronicles Of A Bohemian Teenager. Dois discos depois dessa estreia e de uma aventura a solo em 2011 (The Mannequin), regressou em 2012 com Maps, um trabalho que juntamente com o sucessor, London Royal, lançado dois anos depois, conseguiu cimentar uma posição de relevo junto da massa crítica que passou a acompanhá-lo com superior atenção.

Agora, em 2015, Sam volta a virar agulhas para o seu projeto em nome próprio, com Amazing Grace, onze narrativas emocionais onde o músico tenta criar, à boleia da Alcopop! e de cerca de quarenta músicos que participam em diferentes instantes do disco, a sua própria marca de indie alegre e extrovertida, mas também intensa e emocional, através das cordas de uma viola, quase sempre plena de luz e esplendor, com temas do calibre da animada e charmosa Only A Fool ou da boémia El Loco a demonstrarem a versatilidade deste compositor londrino e o bom gosto com que seleciona arranjos que conferem à sua música uma graciosidade e uma delicadeza incomuns. Basta escutar-se os violinos e o coro de vozes que decoram Property Pages ou o clamor que brota do dedilhar das cordas e das teclas de um teclado em Long Division, depois surpreendidos pelo sopro angustiado de um tímido trompete para se ter a perceção plena que estamos na presença de um registo discográfico com bases sólidas para não darmos por perdido o tempo que dispendermos a saborear um cardápio de canções que deveriam estar ao alcance do mais comum dos mortais e fazer parte das suas obrigações diárias, como receita eficaz para a preservação da integridade sentimental e espiritual de cada um de nós, duas das facetas que, conjugadas com a inteligência, nos distinguem dos outros animais.

Sam Duckworth coloca então a viola como principal veículo de diálogo com a sua voz, em canções que falam sobre o amor, a autoestima, a morte e a solidão, fazendo de Amazing Grace uma plena evolução relativamente a The Mannequin, mostrando-se mais intenso nas palavras e alargando a possibilidade no plano dos arranjos, invulgarmente deliciosos nos efeitos da guitarra e na percussão em Hiding Place, redefinindo, assim, as fundações de uma obra que faz já do seu autor, um dos nomes mais importantes da indie pop folk deste tempo, num disco ideal para se ouvir quando o sol finalmente decide ir dormir. Espero que aprecies a sugestão...

Sam Duckworth - Amazing Grace

01. El Loco
02. Hiding Place
03. Only A Fool
04. As It Is
05. Get By
06. Long Division
07. Cities In The Sky / Defence
08. Geldermalsen Cargo
09. Property Pages
10. The Way You Said
11. High Achievers

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publicado por stipe07 às 21:54






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