man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Matt Berninger – Inland Ocean
Pouco mais de quatro anos após o lançamento de Serpentine Prison, o registo de estreia da sua carreira a solo, Matt Berninger tem já pronto o sucessor, um álbum produzido por Sean O’Brien, intitulado Get Sunk. O disco vai chegar aos escaparates a trinta deste mês, com a chancela da Book Records, uma etiqueta subsidiária da Concord Records e detida pelo próprio Berninger e pelo produtor Booker T. Jones.
Com as participações especiais de Meg Duffy (Hand Habits), Julia Laws (Ronboy), Kyle Resnick (The National, Beirut), Garret Lang, Sterling Laws, Harrison Whitford, Mike Brewer e Walter Martin e Paul Maroon, dos The Walkmen, Get Sunk deverá ser mais um passo em frente na carreira do artista natural de Nova Iorque rumo a territórios sonoros que, nunca renegando o adn essencial do melhor indie rock contemporâneo, procura calcorrear detalhes e nuances com uma abrangência diferente, relativamente ao perfil estilístico que marca o catálogo dos The National.
Bonnet Of Pins foi o primeiro single divulgado do alinhamento de Get Sunk, uma luminosa e imponente canção, que chamou a atenção pela contundência das cordas e pelo frenesim da percurssão. Já em abril chegou a vez de escutarmos Breaking Into Acting, tema que contava com a contribuição especial da acima referida Meg Duffy e que, sonoramente, nos ofereceu um instante tratado de indie folk clássica instrumentalmente rico, texturalmente bastante intimista e que emocionalmente ganhava contornos de excelência e vigor no modo como as vozes dois dois intervenientes se entrelaçam, sem nunca se confundirem, construindo um diálogo intenso e revelador.
Agora, em pleno mês de maio, Matt Berninger proporciona-nos a audição de uma das mais bonitas composições que a nossa redação teve o privilégio de conferir em dois mil e vinte e cinco. Trata-se de Inland Ocean, um tema bastante refinado no modo como assenta num perfil percussivo eminentemente sintético, conferido por uma linha de teclado algo hipnótica que, a espaços, abraça a bateria sem pudores. Depois, guitarras ecoantes, saxofones atrevidos e a voz grave de Berninger, exemplarmente acompanhada por Julia Laws (aka Ronboy), são nuances que acentuam um clima algo melancólico e reflexivo, mas também revelador no modo como nos ensina que, mesmo não sendo fácil aceitar de bom grado deixar ir quem não nos quer, seguir em frente, de punhos cerrados, é sempre, por muito que isso custe, a opção certa a tomar. Confere...