man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Foreign Fields – What It Cost
Eric Hillman e Brian Holl são os Foreign Fields, uma dupla norte americana, natural de Nashville, que se tem notabilizado desde dois mil e doze, quando se estrearam com o registo Anywhere But Where Am I, uma consistente coleção de treze canções construídas com fino recorte e indesmentível bom gosto. Take Cover, o segundo longa duração do projeto, lançado no final de dois mil e dezasseis, assumiu-se como o lógico passo em frente desse glorioso percurso inicial, um disco assente em canções bastante emotivas e incisivo a expôr os dilemas e as agruras da vida comum à maioria dos mortais, mas também as alegrias e as recompensas que a existência terrena nos pode proporcionar.
No início de de dois mil e vinte, The Beauty Of Survival, o terceiro álbum da dupla, misturado por Joe Visciano, foi dissecado por cá com minúcia e já tem, finalmente, sucessor. O quarto disco dos Foreign Fields chama-se What It Cost e foi gravado no Wisconsin, nos estúdios Hive in Eau Claire, com o engenheiro e produtor Brian Joseph (Bon Iver, Sufjan Stevens, Volcano Choir).
O clima aconchegante e sedutor das cordas de After All convida-nos a entrar, pé ante pé, num disco que se percebe, logo à partida, que será um verdadeiro oásis de charme e bom gosto. E não seria de esperar outra coisa de uma dupla que sempre se mostrou tão criativa e feliz no modo como consegue sustentar uma simbiose perfeita entre dois músicos ímpares. Depois, à medida que o disco prossegue, a audição de canções do calibre de Faultlines ou a Little Longer, fazem de What It Cost uma banda sonora perfeita para elevar o ego e induzir a nossa alma de boas vibrações. São temas com uma indesmentível aúrea de beleza e esplendor que, juntamente com a riqueza do perfil percussivo de When You Are, uma composição com um groove indisfarçável ou, em oposição, o minimalismo profundamente tocante de Show Me Love, fazem de What It Cost um daqueles álbuns sinceros no modo como exalam uma intenção prática de mostrarem o que encharca o coração de quem os idealiza, enquanto encarnam um modo de criar música que, independentemente dos gostos pessoais do ouvinte, não deixa ninguém indiferente, tal é a sua beleza.
What It Cost é, em suma, um verdadeiro oásis de indie folk orquestralmente rico. Dominado, quase sempre, por cordas exuberantes, que se vão deixando enlear por diversos adornos e arranjos sintéticos, os seus pouco mais de quarenta minutos oferecem-nos uma trama melodicamente inspirada e com um travo de contemporaneidade único e fortemente inebriante. Espero que aprecies a sugestão...