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EELS – Extreme Witchcraft

Segunda-feira, 31.01.22

Cerca de dois anos depois do excelente registo Earth To Dora, os Eels de Mark Everett já têm sucessor, um disco intitulado Extreme Witchcraft, que confirma também mais uma digressão do projeto, agendada para a próxima primavera, que vai começar por cá, na Europa, em março e que termina nos estados Unidos da América dois meses depois.

Eels – 'Extreme Witchcraft' album review: dispatches for current times

Extreme Witchcraft contém doze canções produzidas por John Parish, que já não trabalhava com o grupo desde o registo Souljacker, a comemorar vinte anos de existência. E realmente, para quem conhece a fundo este projeto com já mais de duas décadas de existência, basta a primeira audição do disco, para a memória daquele punk rock direto, abrasivo e contundente que acamou o álbum de dois mil e um vir logo à tona.

De facto, logo a abrir o registo, a ligeireza eletrificada das sobreposições das guitarras com a bateria e o registo vocal de Amateur Hour, confirmam estarmos na presença do disco mais direto e intuitivo da discografia mais atual dos Eels. E logo a seguir, o fuzz da guitarra de Good Night On Earth, semelhante à distorção que rasgou Souljacker de alto a baixo à duas décadas, confirma a vontade saudosista de Mr. E de voltar a um receituário que lhe ofereceu substância para as melhores atuações ao vivo da carreira do grupo. Depois, em temas como The Magic, um orgasmo de décibeis e distorções inebriantes, a psicadélica Stumbling Bee, o blues de Steam Engine, ou o groove efusiante de Grandfather Clock Strikes Twelve, o momento maior do registo, são mais achas para a fogueira que incendeia Extreme Witchcraft, um alinhamento que mesmo em momentos mais burilados, como a alt-pop Strawberries & Popcorn, uma lindíssima alegoria pop sobre a vida mundana, ou a bela canção de amor I Know You're Right, sobrevive, no seu âmago, a sombra  daquele rock experimental mais abrasivo, frenético e visceral, com elevado travo punk, que, diga-se de passagem, assenta que nem uma luva às capacidades interpretativas dos Eels, sempre frescos e atuais e prontos e de mala cheia de novas canções impecáveis para sobressairem em mais um punhado de grandes concretos nos próximos meses. Mesmo que estas canções tenham sido incubadas na ressaca de mais um revés na vida pessoal de Everett, com algumas chagas do seu segundo divórcio ainda muito vivas em várias canções, são, claramente, doze composições felizes e empolgantes e que mantêm bem viva a aúrea de um grupo essencial no momento de contar a história do melhor rock alternativo das últimas três décadas. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 17:57






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