man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Dela Marmy - Flying Fishes
Com um passado relevante no projeto The Happy Mess, Joana Sequeira Duarte aposta agora numa carreira a solo e assina o projeto Dela Marmy. Estreou-se o ano passado com a edição dos singles Empty Place, Stellar, Mari Wolf e Secretly Here, uma coleção de canções que viria a resultar num EP homónimo. Dela Marmy foi editado à boleia da KPRecords*KillPerfection, um alinhamento já com sucessor e no mesmo formato. Captured Fantasy é o novo EP da cantora, tem também a chancela também da KPRecords*KillPerfection e viu a luz do dia a vinte e sete de março último, tendo sido destrinçado por esta redação pouco tempo depois, como certamente alguns de vocês se recordam.
Captured Fantasy contém cinco canções e foi produzido pelo experiente produtor inglês Charlie Francis, uma opção que conferiu uma maior maturidade e consistência ao cardápio da autora, sem colocar em causa a puerilidade intrínseca à sua filosofia sonora. O EP também conta com as colaborações especiais da escritora e poetisa Raquel Serejo Martins, que credita a letra de Flying Fishes e o lyricist galês TYTUN que participa no introspetivo tema Take Me Back Home. Os músicos que acompanharam Dela Marmy em estúdio foram Vasco Magalhães (bateria), Tiago Brito, Steven Goundrey (guitarras) e o próprio Francis (baixo).
Todas as canções do registo são potenciais singles e, tal como já sucedeu com Not Real, ainda antes do alnçamento do EP, Flying Fishes, a canção que abre o alinhamento de Captured Fantasy, acaba de ter direito a tal nomeação, uma composição sustentada por um notável festim sintético que adorna uma inspirada guitarra planante e que, de acordo com a própria Joana Duarte, é propositadamente metafórica. É sobre peixes que voam. É sobre pássaros que nadam. É sobre o desamparo e o encontro. É sobre noites em que a solidão pesa mais. É sobre dois solitários que por uma noite, em bando, em cardume, se sentem menos sós.
De facto, cada composição do EP Captured Fantasy é uma pequena viagem que nos pede tempo, num resultado final tremendamente detalhístico, porque atenta às pequenas coisas, às pequenas histórias e ao marginal, um paradoxal compêndio de canções, já que todo este intimismo acaba por ter uma universalidade muito própria, visto ser um alinhamento passível de ser apropriado por qualquer comum mortal, que com o seu conteúdo facilmente se identificará. Confere...