man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Teenage Fanclub – Nothing Lasts Forever
Trinta anos após o registo de estreia e quatro do excelente disco Here, os icónicos veteranos escoceses Teenage Fanclub, formados por Norman Blake, Raymond McGinley, Francis Macdonald, Dave McGowan e Euros Childs, voltaram em dois mil e vinte e um ao ativo e mais efusivos e luminosos do que nunca, com Endless Arcade, doze canções de um projeto simbolo do indie rock alternativo e que provou, nesse registo, que ainda tem um lugar reservado, de pleno direito, no pedestal deste universo sonoro.
Um ano depois desse belíssimo regresso, ou seja, o ano passado, o projeto escocês voltou a dar sinais de vida com uma nova composição intitulada I Left A Light On, que acabou por ser a primeira amostra de um novo trabalho dos Teenage Fanclub, um disco intitulado Nothing Lasts Forever, que acaba de chegar aos escaparates, com a chancela da Merge Records e da PeMa, etiqueta do próprio grupo.
A ideia de luz é o foco central de um portentoso alinhamento de dez canções que, no seu todo, encarnam um tratado de indie rock com aquele perfil fortemente radiofónico que sempre caracterizou os Teenage Fanclub. De facto, Nothing Lasts Forever, um álbum encharcado em positividade, sorridente melancolia, inocente intimismo e ponderado pendor reflexivo, é um caminho seguro, retílineo e consistente rumo aquele indie rock que provoca instantaneamente sorrisos de orelha a orelha, independentemente do estado de espírito inicial. É um disco cheio de canções leves, melodicamente sagazes e, se forem analisadas tendo em conta o catálogo já vasto do projeto, são imperiosas no modo como, com uma intensidade nunca vista no quinteto, desbravam caminho até uma mescla contundente entre os primórdios da indie folk, a britpop e o melhor rock oitocentista.
Logo a abrir o disco, em Foreign Land, o modo como uma rugosa e épica distorção é trespassada por cordas vibrantes e melodicamente irrepreensíveis, cativa de imediato o ouvinte, ao mesmo tempo que o esclarece devidamente acerca da caraterização do adn que fez dos Teenage Fanclub, ao longo destas décadas, uma banda de pedestal, ou seja, uma referência obrigatória para muitos outros grupos que também procuram o seu lugar ao sol. A guitarra elétrica que acama Tired Of Being Alone é outra imagem de marca e, ao mesmo tempo, um porto seguro para uma canção sentimentalmente desafiante e o piano de I Left A Light On, a prova do apurado ecletismo e da superior sagacidade interpretativa de um quinteto que, por incrível que pareça, pode muito bem estar, à boleia de Nothing Lasts Forever, no pináculo da carreira.
O disco prossegue e no embalo percurssivo de It's Alright, uma canção com um espírito veraneante anguloso, no travo surf punk de Falling Into The Sun, ou na singela acusticidade que atiça a lágrima fácil ao som de Middle Of My Mind, somos afagados por quase quarenta minutos feitos de canções assobiáveis, mas com substância, que dão vida a um bom disco de indie pop rock, feito da mais pura estirpe escocesa. Nothing Lasts Forever é calor e luz, mas ouve-se em qualquer altura do ano. Intenso, poético e cheio de alma, exala um sedutor entusiasmo lírico, uma atmosfera sempre amável e prova que, quando os intérpretes têm qualidade, escrever e compôr boa música não é uma ciência particularmente inacessível. Aliás, para os Teenage Fanclub nunca foi. Espero que aprecies a sugestão...
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Teenage Fanclub – Back To The Light
Trinta anos após o registo de estreia e quatro do excelente disco Here, os icónicos veteranos escoceses Teenage Fanclub, formados por Norman Blake, Raymond McGinley, Francis Macdonald, Dave McGowan e Euros Childs, voltaram em dois mil e vinte e um ao ativo e mais efusivos e luminosos do que nunca, com Endless Arcade, doze canções de um projeto simbolo do indie rock alternativo e que provou, nesse registo, que ainda tem um lugar reservado, de pleno direito, no pedestal deste universo sonoro.
Um ano depois desse belíssimo regresso, ou seja, o ano passado, o projeto escocês voltou a dar sinais de vida com uma nova composição intitulada I Left A Light On, que poderia ser a primeira amostra de um novo trabalho dos Teenage Fanclub, novidade que se confirma agora, em dois mil e vinte e três, com o anúncio de um novo disco dos Teenage Fanclub intitulado Nothing Lasts Forever. É um trabalho que irá chegar aos escaparates a vinte e dois de setembro com a chancela da Merge Records e da PeMa, etiqueta do próprio grupo e que incluirá no seu alinhamento de dez canções esse tema I Left A Light On, Foreign Land, a composição que abre o disco e que divulgámos em maio passado e Tired Of Being Alone, o single que divulgámos no mês seguinte.
Agora, já na reta final da espera pelo lançamento de Nothing Lasts Forever, os Teenage Fanclub editam mais uma das suas canções em formato single. É o tema Back To The Light, uma composição conduzida por uma guitarra elétrica plena de luz e que, como tem sido hábito nos temas divulgados do disco, conjura de modo irrepreensível com a bateria de modo a dar vida a um tratado de indie rock com aquele perfil fortemente radiofónico que sempre caracterizou os Teenage Fanclub. Confere...
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Teenage Fanclub – Tired Of Being Alone
Trinta anos após o registo de estreia e quatro do excelente disco Here, os icónicos veteranos escoceses Teenage Fanclub, formados por Norman Blake, Raymond McGinley, Francis Macdonald, Dave McGowan e Euros Childs, voltaram em dois mil e vinte e um ao ativo e mais efusivos e luminosos do que nunca, com Endless Arcade, doze canções de um projeto simbolo do indie rock alternativo e que provou, nesse registo, que ainda tem um lugar reservado, de pleno direito, no pedestal deste universo sonoro.
Um ano depois desse belíssimo regresso, ou seja, o ano passado, o projeto escocês voltou a dar sinais de vida com uma nova composição intitulada I Left A Light On, que poderia ser a primeira amostra de um novo trabalho dos Teenage Fanclub, novidade que se confirma agora, em dois mil e vinte e três, com o anúncio de um novo disco dos Teenage Fanclub intitulado Nothing Lasts Forever. É um trabalho que irá chegar aos escaparates a vinte e dois de setembro com a chancela da Merge Records e da PeMa, etiqueta do próprio grupo e que incluirá no seu alinhamento de dez canções esse tema I Left A Light On, Foreign Land, a composição que abre o disco e que divulgámos em maio passado e Tired Of Being Alone, o último single retirado do álbum.
Tired Of Being Alone é uma canção instintiva, melodicamente irrepreensível, com guitarras e percurssão a conjurarem entre si de modo a dar vida a um tratado de indie rock com aquele perfil fortemente radiofónico que sempre caracterizou os Teenage Fanclub. Confere...
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Teenage Fanclub – Foreign Land
Trinta anos após o registo de estreia e quatro do excelente disco Here, os icónicos veteranos escoceses Teenage Fanclub, formados por Norman Blake, Raymond McGinley, Francis Macdonald, Dave McGowan e Euros Childs, voltaram em dois mil e vinte e um ao ativo e mais efusivos e luminosos do que nunca, com Endless Arcade, doze canções de um projeto simbolo do indie rock alternativo e que provou, nesse registo, que ainda tem um lugar reservado, de pleno direito, no pedestal deste universo sonoro.
Um ano depois desse belíssimo regresso, ou seja, o ano passado, o projeto escocês voltou a dar sinais de vida com uma nova composição intitulada I Left A Light On, que poderia ser a primeira amostra de um novo trabalho dos Teenage Fanclub, novidade que se confirma agora, em dois mil e vinte e três, com o anúncio de um novo disco dos Teenage Fanclub intitulado Nothing Lasts Forever. É um trabalho que irá chegar aos escaparates a vinte e dois de setembro com a chancela da Merge Records e que incluirá no seu alinhamento de dez canções esse tema I Left A Light On.
Juntamente com o anúncio do título, da tracklist e da data de lançamento de Nothing Lasts Forever, os Teenage Fanclub revelam o tema que vai abrir o disco. É uma espetacular canção, animada e optimista, intitulada Foreign Land. Nela, piano, cordas e uma bateria incrivelmente aditiva, conjuram entre si, para dar vida a uma composição melodicamente irrepreensível e com aquele cariz fortemente radiofónico que sempre caracterizou os Teenage Fanclub. Confere Foreign Land e a tracklist e o artwork de Nothing Lasts Forever...
Foreign Land
Tired Of Being Alone
I Left A Light On
See The Light
It’s Alright
Falling Into The Sun
Self-Sedation
Middle Of My Mind
Back To The Light
I Will Love You
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Blur - The Narcissist
The Ballad Of Darren tem data de lançamento prevista para vinte e um de julho próximo, com a chancela da Parlophone e será o primeiro álbum dos britânicos Blur de Graham Coxon, Damon Albarn, Alex James e Dave Rowntree, desde o extraordinário The Magic Whip de dois mil e quinze. Este novo alinhameno de dez canções dos Blur é o tão badalado regresso à ribalta de uma banda fundamental da música ocidental das últimas três décadas, liderada pelo melancólico e sempre genial, brilhante, inventivo e criativo Damon Albarn, personagem central da cultura pop britânica contemporânea.
O curioso nome deste disco, The Ballad Of Darren, foi inspirado em Darren Smoggy Evans, guarda costas da banda há vários anos e ajudante pessoal de Damon Albarn. Com uma capa também bastante original, feita a partir de uma fotografia captada em dois mil e quatro por Martin Parr e que ilustra a piscina de uma localidade chamada Gourock, na Escócia, este registo funciona como uma espécie de tributo a essa personalidade sempre dedicada e leal e tem como single de avanço uma espetacular canção intitulada The Narcissist.
Inspirada na figura do Pierrot que se olha ao espelho e procura encontrar e descrever o seu próprio ego, The Narcissist é um portento de pop rock, assente numa inspirada e repetitiva linha de guitarra assinada por Coxon, que vai recebendo diferentes nuances instrumentais e rítmicas, à medida que a canção cresce em charme e majestosidade e, simultaneamente, em abrangência e ecletismo. Confere The Narcissist e o artwork e a tracklist de The Ballad Of Darren...
1. The Ballad
2. St. Charles Square
3. Barbaric
4. Russian Strings
5. The Everglades (For Leonard)
6. The Narcissist
7. Goodbye Albert
8. Far Away Island
9. Avalon
10. The Heights
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We Were Promised Jetpacks – A Complete One-Eighty EP
Dois mil e vinte e um foi um ano marcante na carreira dos We Were Promised Jetpacks. Convertidos num trio desde a saída de Michael Palmer, um dos membros fundadores do projeto, o grupo escocês, atualmente formado por Adam Thompson, Sean Smith e Darren Lackie, lançou, em setembro desse ano, o extraordinário registo Enjoy The View, trabalho que sucedeu ao álbum The More I Sleep The Less I Dream, um alinhamento que, no final do verão de dois mil e dezoito, chamou definitivamente a nossa atenção para este projeto oriundo de Edimburgo.
Enjoy The View viu a luz do dia à boleia da Big Scary Monsters e o seu alinhamento de dez canções assentava naquele universo sonoro algo nostálgico que mistura rock e pop, com uma toada noise qb e um elevado pendor shoegaze. Era um disco repleto de canções baseadas numa guitarra rugosa e plena de efeitos metálicos, acompanhada, quase sempre, por uma bateria falsamente rápida, dupla em volta da qual gravitam diferentes arranjos, que ampliam a luminosidade do conjunto final.
Agora, para colocar uma cereja em cima do topo desse bolo intitulado Enjoy The View, os We Were Promised Jetpacks resolveram editar um EP intitulado A Complete One-Eighty EP, um alinhamento de seis temas que contém novas versões e remisturas de alguns dos temas mais emblemáticos do disco acima referido. São novas aproximações e roupagens, de pendor mais clássico e com um maior lustro, que acabaram por resultar da vontade da banda em se entregar ao prazer do trabalho de estúdio, impulsionados pela química que sentiram a tocar na digressão de suporte a Enjoy The View, depois do período pandémico que deixou o grupo um pouco afastado. Andy Monaghan, elemento dos Frightened Rabbit e que acompanhou os We Were Promised Jetpacks no processo criativo que desaguou neste EP, foi também peça preponderante no pulsar de temas que, se por um lado têm um cariz de certo modo mais intimista que os originais, por outro, refletem um brilho, um esmero e uma paciência diferentes.
As remisturas assinadas pelo próprio Andy Monaghan, por Zoe Graham e pelos Manchester Orchestra, carimbam com ainda maior bitola qualitativa essa tal cereja, cheia de vigor e energia, num EP que projeta as inúmeras possibilidades sonoras que a capacidade criativa deste trio contém, ao mesmo tempo que ilustra ser este grupo um membro de pleno direito da premier league rockeira do arquipélago de Sua Majestade. Espero que aprecies a sugestão...
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Dropkick – All I Want For Christmas Is A Rest (Is It Only Another Day?)
Os escoceses Dropkick encontram-se em estúdio a gravar um novo registo de originais e aproveitarma a presença em estúdio para gravar uma nova canção de natal, algo que não faziam há já uma década. O novo tema do natal desta banda formada por Andrew Taylor, que partilha com o espanhol Gonzalo Marcos o projeto The Boys With The Perpetual Nervousness (TBWTPN), que foi dissecado por cá recentemente, Ian Grier e Alan Shields, chama-se All I Want For Christmas Is A Rest (Is It Only Another Day?) e foi gravado no quartel general da banda, os estúdios Inch House, em Edimburgo.
All I Want For Christmas Is A Rest (Is It Only Another Day?) é um tema feito com todos os ingredientes daquele indie rock melodicamente sagaz e que, desbravando caminho até uma mescla contundente entre os primórdios da surf pop e o melhor rock oitocentista, deslumbra pelo jogo charmoso que, ao longo da canção, se vai estabelecendo entre cordas e a percussão, no meio de algum fuzz constante. Confere...
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Storm the Palace - La Bête Blanche
Três anos depois de Delicious Monster, o coletivo escocês Storm The Palace está de regresso aos lançamentos discográficos com La Bête Blanche, o terceiro álbum da carreira de uma banda atualmente formada por Sophie Dodds, Reuben Taylor, Willa Bews, Jon Bews e Alberto Bravo. É um alinhamento de quinze canções incubadas durante o atípico período pandémico e que nos oferecem diversos relatos impressivos de sonhos, desejos, aspirações, anseios, medos, crenças e sensações, com o universo cinematográfico mais fantasioso a ser também pedra de toque basilar e nomes como Bowie, Hedningarna, Broadcast, Cocteau Twins, Vangelis, Harold Budd, Alice Coltrane, Kate Bush ou Magnet Wickerman referências declaradas.
É de indie rock na sua essência mais tradicional e singela que se faz o conteúdo de La Bête Blanche, mas também de punk e folk, duas marcas identitárias do cancioneiro tradicional e contemporâneo britânico, num registo que se pode definir como clássico e até intemporal. Esta é a simbiose que marca o ADN dos Storm The Palace e que o terceiro álbum do projeto carimba com fulgor, criado por uma banda que não renega até, se for necessário, apropriar-se de sonoridades estranhas e bizarras, que acabam por, no resultado final, mostrar-se inovadoras, sedutoras e repletas de charme.
Canções como Born On The Other Side, um portento daquela luz barroca que deslumbra e ofusca, através de um imponente registo vocal e de violinos inquietantes, ou a lamechice encapotada de The Witch Bitch, são apenas duas das várias provas concretas da excentricidade deste grupo e da rara graça com que os seus membros combinam e manipulam, com sentido melódico e lúdico, a estrutura de uma canção, no fundo, um esforço indisciplinado, infantil e claramente emocional, mas bem sucedido de se manterem à tona de água na lista das bandas imprescindíveis para contar a história atual da pop de Terras de Sua Majestade.
La Bête Blanche pode ser aconchegante, mas também incómodo e até, imagine-se insuportável, consoante o nosso estado de espírito e a nossa condição em determinado momento. E essa miscelânea de sensações que o disco proporciona, que às vezes parece que saí daquele velhinho rádio a pilhas com um napron rendado por cima, além de cimentar uma forte proximidade entre banda e ouvinte, também firmada na crueza instrumental de praticamente todas as canções, faz-nos penetrar num verdadeiro antro de perdição que atiça todos os nossos sentidos, sempre com uma elevada toada nostálgica e uma luminosidade muito peculiar. Espero que aprecies a sugestão...
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The Boys With The Perpetual Nervousness – The Third Wave Of…
The Boys With The Perpetual Nervousness (TBWTPN) é um curioso projeto formado pela dupla Gonzalo Marcos, um músico espanhol natural de Madrid e membro dos míticos El Palacio de Linares e Andrew Taylor, um escocês oriundo de Edimburgo e membro dos também muito recomendáveis Dropkick. Acabam de regressar aos discos com um alinhamento de dez canções intitulado The Third Wave Of..., que sucede aos aclamados registos Dead Calm, de dois mil e dezanove, o trabalho de estreia e Songs From Another Life, lançado o ano passado.
The Third Wave Of... é um caminho seguro, retílineo e consistente rumo aquele indie rock que provoca instantaneamente sorrisos de orelha a orelha, independentemente do estado de espírito inicial. É um disco cheio de canções leves, melodicamente sagazes e, se forem analisadas tendo em conta o seu catálogo inflenciador, são imperiosas no modo como desbravam caminho até uma mescla contundente entre os primórdios da surf pop e o melhor rock oitocentista. As cordas estridentes de As The Day Begins e o vigor das distorções em Look Back, dão-nos logo esta impressão firme relativamente às preferências sonoras desta dupla, que não receia até olhar, em Isolation, para a folk e em In The Right para o garage e, em ambos os casos, com uma indisfarcável gula.
Até ao ocaso de The Third Wave Of... os The Boys With The Perpetual Nervousness mantêm-se firmes e disponíveis na empreitada que resolveram levar a cabo com um alinhamento sempre intenso, poético e cheio de alma, que exala uma leveza pop intimista e um sedutor entusiasmo lírico. Este é um daqueles discos que mantém sempre uma atmosfera amável, que deslumbra pelo jogo charmoso que se estabelece entre cordas e a percussão e, mesmo no meio de algum fuzz constante, impressiona, inclusive no modo como nos oferece camadas sofisticadas de arranjos criativos e bonitos, obedecendo à melhor herança estilística de nomes tão proeminentes como os The Byrds, Teenage Fanclub ou os The Feelies. Confere...
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Belle And Sebastian – A Bit Of Previous
Cordas acústicas ou eletrificadas e de diferentes fontes, mas dedilhadas com inusitado prazer e uma prestação melódica irrepreensível, são o prato forte dos escoceses Belle And Sebastian e do seu novo disco, um trabalho intitulado A Bit Of Previous, que sucede ao registo Girls in Peacetime Want to Dance, que foi editado há sete anos atrás e que, tal como este novo trabalho, tinha o selo da Matador Records.
A nossa redação tem estado particularmente atenta, nos últimos meses, ao lançamento deste disco, nomeadamente com a divulgação que fez dos temas If They’re Shooting At You, Unnecessary Drama e Young And Stupid, a canção que abre o alinhamento de A Bit Of Previous. E, de facto, as elevadas expetativas relativamente ao conteúdo global de A Bit Of Previous, um alinhamento de doze canções produzidas pela própria banda e por Brian McNeill, Kevin Burleigh, Matt Wiggins e Shawn Everett, confirmam-se. Estamos na presença de um registo animado e festivo, mas também nostáligo e encantador, principalmente em temas como Do It for Your Country, A World Without You e Deathbed of my Dreams. É um álbum repleto de canções melodicamente felizes e, mesmo com estes instantes menosefusivos, no seu todo, empolgante e frenético, com as canções a sucederem-se em catadupa sem quebrarem o espírito e a filosofia positiva e vibrante que carateriza a sua essência.
De facto, os Belle And Sebastian ainda conseguem fazer juz à sua riquíssima carreira e manter elevada a bitola, sem mostrarem desgaste ou erosão pelo tempo, neste já clássico. Pelo contrário, conseguem manter firme a sua identidade e, em simultâneo, acompanhar as novas tendências e dar sempre um cunho contemporâneo às suas canções, não resvalando para a repetição exaustiva de uma fórmula que, por muito bem sucedida que tenha sido nos já onze alinhamentos que fazem parte do catálogo do grupo natural de Glasgow, carece sempre de ajustes, inovação e modernidade.
Portanto, um superior registo interpretativo da vasta diversidade instrumental que acama um álbum que faz uma ponte feliz entre ironia e melancolia, delicados arranjos, uma superior agregação de diversas camadas instrumentais e vozes sempre efusiantes e exemplarmente acamadas e retocadas, são as grandes matrizes de um álbum que, como se pede em qualquer alinhamento dos Belle And Sebastian, nos conduz de volta ao indie pop mais orelhudo, com aquele requinte vintage que revive os gloriosos anos setenta e oitenta. Confere...