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We Are Us - And This Is You

Sábado, 21.12.13

Lançado no passado dia vinte e cinco de setembro, And This Is You é o EP de estreia dos italianos We Are Us, uma dupla de indie punk formada por Silvio Pasqualini e Maddalena Zavatta e que ainda se encontra numa fase muito embrionária da carreira. Silvio e Maddalena conheceram-se num festival de rock onde tocaram com as suas bandas anteriores.

And This Is You são três magníficas canções, You, Talking To My Baby e Call Me, que do punk ao rock, passando pela new wave, abarcam diferentes espetros sonoros e que me deixaram a salivar quanto ao futuro dos We Are Us.  São canções assentes na voz delicada e com uma toada muito pop de Maddalena, a que se junta os riffs rasgados das guitarras de Pasqualini.Ficarei muito atento a esta dupla e espero que aprecies a sugestão..

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publicado por stipe07 às 23:19

I'm In You - Trust

Quarta-feira, 27.11.13

Juntos desde 2007 os I'm In You são Chris McHenry, Dmitry Ishenko, Sebastian Ischer, mais um grupo natural de Brooklyn, Nova Iorque. Lançaram no passado dia cinco de novembro Trust, o terceiro longa duração da banda, por intermédio da Mean Recordings. As gravações de Trust contaram com a participação adicional de outros músicos, nomeadamente Katie Eastburn (voz), Rob Mitzner (bateria) e Glenn White (saxofone), tendo o disco sido gravado por Charles Burst e Ken Rich e misturado por este último.

Trust é mais um dos muitos compêndios musicais que vão surgindo por Nova Iorque e que procuram recriar o ambiente sonoro que surgiu nos anos oitenta, assente num indie rock clássico, mas algo sombrio e que teve como alguns expoentes os Sparks, David Bowie e os Roxy Music, entre outros. Mas estes I'm In You conseguem criar algo distinto e que raramente se encontra, já que a isso há que juntar uma vertente mais eletrónica, com determinadas batidas a recordarem os New Order e também algumas influências do chamado glam rock, audíveis no arsenal instrumental utilizado pelos I'm In You e que a vasta legião de convidados para a gravação deste álbum comprova.

As dez canções de Trust, logo desde Call Me When You’re Drunk, fazem-nos então retroceder até um tempo que musicalmente, e não só, está hoje mais atual que nunca. Esta primeira canção tem aquele ambiente rock dançável dos Interpol misturado com a arte de um Lou Reed e impressiona ainda pelo solo de saxofone. E a confusão instala-se ainda mais com a sexy Lock, um tema que nos obriga a alargar ainda mais a míriade sonora que influencia o grupo, e a admirar os mesmos pelo bom gosto com que navegam de inluência em influência e acabam, desse modo, por construir algo inédito e a sua própria marca sonora identitária.

Nesta Lock percebemos de imediato que serão Chris e Sebastian a assumir a primazia nas vozes e que ambos, com registos algo distintos, complementam-se na perfeição. E este jogo entre as duas vozes e, instrumetalmente, entre os vários estilos que cruzam as dez canções, firmam a atmosfera de um álbum que obriga-nos a esperar o inesperado e a ouvi-lo em constante sobressalto, excitados pela sensualidade de algumas letras e por nunca sabermos muito bem o que poderá vir a seguir.

Um dos temas que mais me impressionou e fez-me crer que realmente o inesperado está sempre ao virar da esquina, foi Ex-cults e o minmalismo jazzístico que sustenta essa canção. Mas também merecem especial referência o cardápio instrumentla de Disclosure e a luminosidade harmónica de Years.

Chamem-lhe indie rock, rock industrial, post punk, ou new wave, mas a verdade é que Trust acerta na forma como o alinhamento está envolvido por uma áurea que tem tanto de misteriosa como de hipnótica. Este é um daqueles discos que contêm algo de novo e fraturante, vicia e faz-nos querer tê-lo sempre por perto, quase obsessivamente. É o álbum perfeito para aqueles dias escuros, chuvosos e confusos, para que possamos hibernar um pouco da realidade que nos rodeia e poder subir um pouco mais além, acima das nuvens carregadas de um cinza tão escuro como um certo pedaço de Nova Iorque em que este trio certamente se inspira. Espero que aprecies a sugestão...

Rock Cover Hi res option 3

1. Call Me When You’re Drunk
2. Lock
3. Sure
4. Years
5. Disclosure
6. Absentee
7. Fates Worse Than Death
8. Come With Me
9. Ex-cult
10. Decide

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publicado por stipe07 às 18:39

Brandenburg - Empires Will Fall

Domingo, 10.11.13

Naturais de Moscovo, os russos Brandenburg são uma banda formada por quatro músicos com as misteriosas iniciais d.i (guitarra e voz), d.d (guitarra), a.n (bateria) e a.g (baixo).

Empires Will Fall, o disco de estreia dos Brandenburg, foi editado no passado dia vinte de outubro e contém nove canções que replicam a herança dos Joy Division, com a voz grave e carregada de pujança e rebeldia de d.i a ditar as regras e a funcionar como uma espécie de imagem de marca.

O disco é rápido! São cerca de trinta minutos, com os temas a serem curtos e diretos, assentes numa sonoridade muito homogénea e fortemente revivalista. Concentrado no uso do baixo e das guitarras, o grande ponto de acerto das diferentes composições, o álbum tem um ambiente fortemente melancólico e estável, com uma forte carga hipnótica, verdadeiramente aditiva e visceral, que replica com enorme intensidade o movimento new wave e post punk inaugurado há pouco mais de três décadas.

As tais guitarras têm o acompanhamento exemplar do baixo, nomeadamente em A Lovely Place, um dos singles retirados de Empires Will Fall e talvez o maior destaque comercial deste trabalho, que assim termina em beleza. Impressiona o virtuosismo dos músicos e nota-se que, além de serem excelentes intérpretes, existe uma enorme empatia e sincronização no seio dos Brandenburg.

Ainda novatos mas mestres em dissecar uma já clássica relação estreita entre o rock de garagem e o punk psicadélico e exímios na forma como colocam na voz aquele cariz algo sombrio que tão bem os carateriza, em Empires Will Fall os Brandenburg apresentam-nos nove canções viscerais e cheias de estilo, tão enevoadas como a penumbra que rodeia o próprio grupo, mas também tão luminosas como só as bandas que sabem ser eficazes à sombra das suas próprias regras conseguem ser. O disco está disponível para audição no canal youtube do grupo, partilhado abaixo. Confere...

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publicado por stipe07 às 21:08

The Features – The Features

Segunda-feira, 15.07.13

Os The Features são Matthew Pelham, Roger Dabbs, Rollum Haas e Mark Bond, um quarteto norte americano e uma das bandas mais excitantes do cenário musical alternativo de Nashville, um grupo que se estreou já em 1997 com um Ep homónimo e que lançou em 2003 outro EP chamado The Beginning. Agora há mais um título homónimo num trabalho desta banda, mas desta vez um longa duração com onze canções. The Features, lançado pela editora local Serpents and Snakes no passado dia catorze de maio, sucede a Wilderness, disco editado em 2011 pela mesma etiqueta. Um dos destaques deste novo trabalho dos The Features é This Disorder, um single disponível para download na Rolling Stone.

Não terá sido inocente a escolha do nome do grupo para título do álbum já que The Features pretende ser o espelho do percurso musical e vivencial de uma banda com já dezasseis anos de existência e que viveu diferentes fases profissionais e pessoais, já que durante este perídoo alguns dos elementos do grupo, constituiram família, casaram, foram pais e amadureceram  não só a conta das suas vidas pessoas como do próprio percurso do grupo. O tema que abre o disco explicita com clareza esta pretensão já que as questões que coloca relacionam-se exatamente com as dúvidas que muitoas vezes nos assolam quando pensamos na nossa evolução pessoal  (When did I lose my youth? Where’s everything I knew?)

Tal como o resto do álbum, essa canção aborda diferentes sonoridades que combinam elementos da new wave, da música de dança dos anos oitenta e do rock psicadélico, tudo de uma forma muito própria, já que este grupo de Nashville acabou por criar, ao longo deste tempo, uma sonoridade bastante vincada. Outro tema que fala um pouco disso é Regarding PG, uma canção que descreve a experiência de ver uma criança a crescer.

As reflexões sobre os dias de hoje e a evolução, não se limitam a abordar questões meramente pesoais já que, por exemplo, em This Disorder os The Features falam do avanço da teconologia, refletem sobre este dito mundo moderno em que vivemos e como isso alterou os nossos hábitos e, por isso, é importante que se aja sempre com naturalidade e não de forma excessivamente mecanizada. Até ao final do disco retive Ain’t No Wonder, uma canção com uma sonoridade bastante funky, um orgão algo incomum e uma voz que tanto nos remete para Brian Moloko como para Jim Morrisson e a batida de The New Romantic.

Ao longo da carreira os The Features não precisaram de ajudas ou favores para chegar ao topo e apesar do pouco reconhecimento que têm na Europa e que parece não lhes fazer grande falta, são hoje um dos nomes mais sólidos do universo musical norte americano e The Features só serve para comprovar o total merecimento relativamente a esse estatuto. Espero que aprecies a sugestão...

The Features - The Features

01. Rotton
02. Tenderly
03. This Disorder
04. Won’t Be Long
05. Fox On The Run
06. With Every Beat
07. Ain’t No Wonder
08. The New Romantic
09. In Your Arms
10. Regarding PG
11. Phase Too

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publicado por stipe07 às 21:38

Bravestation - IV

Sexta-feira, 17.05.13

Depois de Giants Dreamers, álbum editado no verão passado e que divulguei oportunamente, os Bravestation dos irmãos Devin Wilson (voz e baixo) e Derek Wilson (guitarra) e de Andrew Heppner (teclados e sintetizadores) e Jeremy Rossetti (bateria e percurssão), estão de regresso aos discos com IV, um EP editado no passado dia catorze de maio. Entretanto já divulgaram alguns singles desse novo álbum, sendo o mais recente Somewhere We Belong, canção disponível para download no bandcamp da banda, assim como o restante EP.

Liricamente, as quatro canções deste EP contam histórias que misturam fantasia com realidade e que depois ganham vida com canções emotivas, luminosas e cheias de cor (We use emotional experiences from real life and try to recreate them in another world).

Sonoramente, estes quatro rapazes de Montreal, no Canadá, misturam elementos do R&B com a new wave e a eletrónica, criando paisagens sonoras com uma atmosfera e abordagem tendencialmente pop. Conseguem colocar uma elevada dose de groove nas canções, salientadas pelo ligeiro abanar de ancas que proporcionam. Os anos oitenta estão bastante presentes, quer nos efeitos hipnóticos colocados na voz, como nos sintetizadores, que recriam a sonoridade típica dessa década. E, à semelhança do que acontece com outros projetos similares contemporâneos, é possível sentir aqui que a abordagem a esses gloriosos anos da pop soa, ao mesmo tempo, como um retrocesso temporal, mas também algo sonoramente futurista. Confere...

01. All We Have Is Us
02. Somewhere We Belong
03. Ancient Kids
04. Rain Child

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publicado por stipe07 às 22:19

Light FM – Buzz Kill City

Sábado, 11.02.12

Os Light FM são uma banda com sede em Los Angeles, mas que se formou bem no coração da América, nomeadamente em Chicago, liderada por Josias Mazzaschi. Os restantes membros são Nicki Nevlin no baixo, Jimmy Lucido na bateria e Wheeler Savannah nos teclados. O grupo tem já um culto alargado no país natal; Além de terem andado em digressão com os Smashing Pumpkins, os Ra Ra Riot, os Grandaddy e os The National, participaram am vários programas de televisão norte americanos. Lançaram no passado dia um de outubro, Buzz Kill City, o segundo disco da discografia da banda.

A sonoridade de Buzz Kill City é dominada inteiramente pelas guitarras e não é propriamente um disco fácil de ouvir. Os Light FM parecem querer ao longo do disco esmurrar o ouviente com várias camadas sonoras, quase sempre cruas e com alguma distorção.

Logo a abrir, Mercy é conduzida por uma guitarrada com um riff acompanhado por uma voz nasal a fazer lembrar Billy Corghan. A bateria é tocada de forma irrepreensível e os teclados sintetizados dão à canção um charme muito próprio. Estes teclados acabam por se fazer ouvir em várias canções, nomeadamente em Last Chance, uma brilhante canção indie pop, com um refrão simples e contagiante.

Outras canções que merecem ser ouvidas são Homeless Love Anthem e Ode To Hollywood, a primeira bastante influenciada pela synth pop dos anos oitenta e conduzida pela bateira e pelas guitarras e a outra com arranjos que misturam rock alternativo com tiques da new wave, resultando numa sonoridade muito à Sonic Youth. Aliás, a plástica Hollywood, cidade das ruturas e dos sonhos perdidos, é uma temática muito presente ao longo do disco.

No geral, Buzz Kill City é um disco talvez demasiado cru, com canções que poderiam conter uma maior delicadeza nos arranjos e centelhas de algo mais melódico; No entanto, tendo em conta que canções como Kill The Landlord e a já citada Mercy mostram um potencial enorme, é este o álbum que está a levar os Light FM para a ribalta, numa espécie de viagem sonora em que somos levados por uma experiência voyeurista através de ritmos cativantes e letras bastante biográficas e, por isso, sinceras. Espero que aprecies a sugestão...

01. Mercy
02. Last Chance
03. For Better Or Worse
04. Homeless Love Anthem
05. Thrown Against A Wall
06. Indirect Communication
07. Kill the Landlord
08. $5 Paradise
09. Ode To Hollywood
10. Bad Gene

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publicado por stipe07 às 16:45






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