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Lesbian Rainbows - The Holy River EP começa a ser desvendado.

Segunda-feira, 27.06.11

Já são conhecidos os primeiros temas do EP de estreia do mais recente projeto musical paivense, os Lesbian Rainbows que entrevistei no passado mês de março. Relembro que os Lesbian Rainbows são formados por André Fernandes (Irmãos Brothers, Ghost Orchid) na bateria e Rui Martelo (Blackswan, Irmãos Brothers, TV Paranoia) no baixo e voz.

Torpedo em dia de feiraA bruxa tirou os dedos da tomada, fazem parte do EP The Holy River, um disco com quatro músicas que começaram hoje a ser disponibilizadas, via youtube e facebook. Estas duas músicas e as restantes que serão conhecidas até ao final da semana, foram gravadas ao vivo, numa sessão de improviso, há alguns dias atrás. De acordo com o André, The Holy River é uma alusão ao rio Paiva, até porque foi gravado junto às suas margens, num estúdio improvisado de uma habitação na localidade da Várzea e ao filme The Holy Mountain, do realizador Chileno Alejandro Jodorowsky.

Na próxima semana será conhecido o videoclip oficial do primeiro single do EP, cujas gravações decorreram na tarde de ontem, pelo que consegui apurar. A banda está a dar os primeiros passos, mas já começa a encontrar o seu rumo, com  este EP de estreia para a Abutre Netlabel.

 
Já no passado mês de Abril os Lesbian Rainbows tinham divulgado um segundo mini documentário, referente  à gravação deste EP de estreia. Continuarei atento...

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publicado por stipe07 às 22:16

The National - Coliseu do Porto, 23.05.2011

Quinta-feira, 26.05.11

Os The National sempre fez disparar cá dentro o sinal de alarme. Com esta consciência e de espírito livre fui, pela segunda vez, assistir a um concerto da banda. Com base no mais recente High Violet e no antecessor Boxer, o espetáculo passou também por alguns momentos mais memoráveis dos primeiros discos, com destaque para Abel, de Alligator.

Foram imensos os momentos altos da noite; No entanto, não posso deixar de destacar a pujança de Apartment Story, a fúria controlada que toda a audiência sentiu em England, ter tido Matt com a mão no meu ombro enquanto cantava it’s a terrible love that I’m walking with spiders, o intimismo de About Today e o derradeiro momento arrepiante da noite, quando a enternecedora Vanderlyle Crybaby Geeks foi tocada e cantada sem amplificação e com a ajuda de todo o Coliseu. Espero revê-los em breve.

A primeira parte do concerto ficou a cargo dos Dark Dark Dark. O coletivo de Minneapolis, brilhantemente liderado pela voz límpida de Nona Marie Invie, contou as suas histórias de acordeão e clarinete em riste num ambiente que poderia muito bem ser o de um clube de jazz decadente. Foram a primeira surpresa agradável da noite. Ficam algumas imagens...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Runaway
Anyone's Ghost
Secret Meeting
Mistaken For Strangers
Bloodbuzz Ohio
Slow Show
Squalor Victoria
Afraid Of Everyone
Lemonworld
Abel
Driver, Surprise Me
Conversation 16
Apartment Story
Think You Can Wait
England
Fake Empire

Encore:
Santa Clara
Mr. November
Terrible Love 
About Today
Vanderlyle Crybaby Geeks

min. 3:05

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publicado por stipe07 às 18:15

Lesbian Rainbows

Sábado, 26.03.11

Em Castelo de Paiva há um novo projeto musical alternativo e experimental a despontar. Gostam de se considerar um power duo, chamam-se Lesbian Rainbows e são formados por André Fernandes (Irmãos Brothers, Ghost Orchid) na bateria e Rui Martelo (Blackswan, Irmãos Brothers, TV Paranoia) no baixo e voz.

Esta banda está a dar os primeiros passos, talvez não tenha ainda percebido claramente o seu rumo, mas já estão a gravar o EP de estreia para a Abutre Netlabel. Há poucos dias divulgaram um stúdio report  dessa gravação centrado nas suas próprias personagens e que clarifica o que os move e impele a fazer música em Castelo de Paiva e no mundo em que vivemos. A paixão pura e simples pela música enquanto forma de arte, sem pretensiosismos comerciais, para já, parece ser a grande catalisadora deste projeto. Esse mini-documentário pode ser visto aqui.

Entretanto coloquei algumas questões aos Lesbian Rainbows que foram respondidas pelo Rui Martelo...

 

-Como surgiu o conceito Lesbian Rainbows? Só os dois... Porquê?
Esta ideia advem em parte da minha necessidade de estar envolvido em "cenas" musicais diferentes! Por outro lado o baixo sempre foi o meu instrumento de eleição e que teve a minha maior dedicação. Surge então este novo projecto para saciar a minha vontade de voltar a "estrada" de baixo em punho e debitar rock n'roll.
Somos só dois pelo facto de querer fazer algo diferente e mais cru. Na maioria das bandas rock tens aquele standard de formação em que precisas sempre de uma guitarra no minimo, aqui trata-se de dizer que para se fazer rock n'roll não necessitas obrigatoriamente de uma guitarra.


Já é possível definir a sonoridade deste projeto?
Bem, isso, como deves imaginar, está tudo verdinho ainda, o que não quer dizer que seja mau. Sinto que muita coisa pode vir a mudar com o passar do tempo pois nunca compus com o baixo. Normalmente para fazer um tema pego na guitarra e começo a "destroçar" riffs até a coisa se ir construido. Em Lesbian Rainbows a ideia é diferente porque pego no baixo e sei que ao longo do tempo a minha maneira de fazer temas com raiz no baixo vai mudar.
A sonoridade? Imagina pegares nos Queens of the Stone Age e nos Death from Above 1979, coloca-os dentro de uma panela, agora liga ao Mr. Lucifer e diz lhe para ele pegar fogo a cozinha!! eheheh!
É uma especie de "Evil" Rock n'Roll, mas tem secções mais sludge e psicadélicas também.


Estão a gravar um EP; Podem dar detalhes? (Título, músicas incluídas, se são originais, versões...)
Neste momento estamos a gravar um single para sair com videoclip. As restantes musicas do EP ainda estão em fase de pré-produção e so entram em estúdio mais tarde. Os temas são todos originais.


O Lesbian Rainbows é apenas um projeto paralelo visto estarem ambos envolvidos noutros grupos e projetos, ou tem ambições mais sérias?
Este projecto tem ambições mais sérias. O objetivo é gravar o EP e promovê-lo com uma boa tour por esse underground (ou não) fora. Depois logo se vê. Mas não é para ir parar á gaveta, isso é certo!


Como pretendem divulgar os Lesbian Rainbows e até onde pretendem chegar?

A divulgação engloba tarefas para as quais o André tem mais jeito que eu. Mas no geral vai passar por mostrar ao público a banda pela net e tocar. É o normal de hoje em dia. Vamos adocicar mais um bocadinho as coisas com videos das sessões de estúdio para a malta ver um bocadinho a realidade da banda. Bem, as ambições são grandes, mas como deves imaginar para voar alto às vezes nem precisas de ser a melhor banda do mundo; É preciso conhecer a pessoa certa, ou estar no sitio certo no momento certo e é assim que na maioria das vezes consegues abrir as grandes portas. Também há hipotese de "lamber cús".

 


Como surgiu a hipótese Abutre Netlabel?
A Abutre foi facil, o André é o big boss... eheheh!


Perspetivas de futuro...
Não olho muito para o futuro, cada vez que olho vejo tudo a ir de mal a pior, por isso abordamos a nossa "cena" dia após dia. Dessa maneira conseguimos motivação para dar os passos necessários e de uma maneira mais certeira.
Actualmente o André tem andado ocupado a fazer sound design e a promover o album de Aura e que tem obtido muito boas reviews a nivel internacional. Para os meus lados, além de Lesbian Rainbows, os Blackswan estão a produzir um álbum que sairá ainda este ano. Tenho também o meu projeto a solo (Megalodon) que está parado por falta de tempo e estado de espirito. O post rock requer de mim um estado mais "Zen" e não tão sobressaltado pelo quotidiano, que acaba por ser reflectir mais em Lesbian Rainbows.


Aproveito para partilhar links dos projetos mencionados na entrevista;

 

http://www.myspace.com/blackswanmetal

 

http://www.myspace.com/auraportugal


http://www.myspace.com/megalodonplanet

 

Irei acompanhar este projeto com interesse e prometo divulgar novidades e avanços quando for o caso; Fica o stúdio report...

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publicado por stipe07 às 16:02

O meu Tributo a Castelo de Paiva.

Sábado, 05.03.11

Nestes dias Castelo de Paiva voltou a estar no centro das atenções devido à comemoração dos dez anos da queda da ponte de Entre-Os-Rios. Foi um acidente improvável e uma enorme tragédia; Não adianta escamotear o que é concreto, real e assumido. Mas esse acontecimento parece ter rotulado definitivamente a localidade com alguns adjetivos pouco favoráveis, usados quando se quer descrever uma localidade e enumerar os seus potenciais argumentos, quer humanos quer sociais.

Tenho lido e ouvido algumas verdades, mas também vários disparates que não fogem muito ao já habitual espírito português fatalista. Por isso e por considerar algumas citações que li e ouvi injustas e desfasadas daquela que é a actual realidade paivense, sinto-me impelido, também por gratidão e pela minha consciência, a dar o meu próprio testemunho.

Lembro-me perfeitamente desse chuvoso domingo à noite de março de 2001 como se tivesse sido ontem. Acompanhei de perto tudo o que aconteceu nos dias e semanas seguintes e, sendo uma espécie de espetador privilegiado de tudo o que se passou, por ser um residente temporário e não ter laços afetivos com vitimas, familiares e amigos, pude, no meu interior, tirar racionalmente algumas ilações no que diz respeito à forma como esta gente reagiu e soube levantar-se do caos e da desorientação que se apoderaram em quase todos os paivenses, como se estivessem a viver uma espécie de maldição. Nesses dias a minha admiração por estas gentes cresceu imenso, consciente e inconscientemente; Percebi com uma nitidez impressionante de que massa são feitos os paivenses e senti-me grato por me estarem a ensinar com exemplos diários e concretos de vida que para os momentos difíceis há sempre uma saída...

Tem sido dito nestes dias que Castelo de Paiva pouco ou nada evoluiu nestes dez anos, que se mantém refém de um isolamento atroz e que continua a ser uma terra flagelada pelo infortúnio, tendo em conta alguns dramas sociais que ainda subsistem por cá, derivados da falta de emprego e da estagnação económica que se vive. Não contrario a maioria destas afirmações, mas também não acho justo que se pinte um quadro tão negro. É que, acreditando em algumas dessas coisas que li e ouvi e não conhecendo esta terra, facilmente qualquer pessoa conclui que estamos perante um dos piores locais deste país para se viver, que Castelo de Paiva não é uma terra acolhedora e não tem nada de apelativo, sendo um local do qual se deve fugir à primeira oportunidade. E isso não é verdade! Há exemplos que contrariam esta ideia que tem sido fabricada ao longo do tempo e que mostram a antítese deste cenário. E eu talvez seja um deles...

Durante 22 anos da minha vida nunca tinha ouvido falar de Castelo de Paiva. Natural de outra localidade do mesmo distrito, supostamente mais desenvolvida e atrativa em todos os aspetos, pouco sabia deste concelho afinal tão bonito. Por motivos profissionais, Castelo de Paiva passou a fazer parte de mim e confesso, foi amor à primeira vista. E hoje, treze anos depois desse início de outono que acabou por significar uma nova primavera na minha vida, sinto um imenso orgulho por ser já um paivense de pleno e legal direito, outro motivo consistente que me faz achar que tenho todo o direito de opinar, além de sentir uma certa obrigação moral de transmitir publicamente este meu exemplo... De defender a minha terra! 

Por natureza introvertido perante estranhos, pouco tempo depois de andar por cá integrei-me com uma facilidade e abertura de espírito que até a mim impressionou! Rapidamente senti-me em casa e diminuiram os meus momentos de silêncio e reclusão iniciais, naturais em quem chega a uma espécie de mundo novo. E tal facto encontra explicação nestas gentes e na forma extraordinária como me acolheram. Acabei por não demorar muito tempo a perceber que este poderia ser, sem dúvida, um belo local para habitar parte do meu futuro; Os anos foram passando e mesmo exercendo a minha atividade profissional noutros locais bem mais distantes, nunca me desliguei daqui, frequentemente sentia necessidade de aportar a este porto seguro e por cá fui estando e ficando. Hoje, descrever aquilo que é a minha vida contraria firmemente toda a onda negativa em torno deste concelho.

Em Castelo de Paiva sou feliz e por imensos motivos! Aqui tenho Smartieees, o meu maior sorriso e o meu farol, tenho os Vândalos que são um verdadeiro tesouro e os melhores amigos que colecionei, tenho a minha herdade do Freixo que me dá uma vista única e privilegiada sobre o belo local onde essa tragédia ocorreu e tenho perspetivas de um futuro pelas quais sei que lutei imenso mas que em determinados períodos da minha vida achei que não iria atingir. E, acima de tudo isso, tenho-me a mim próprio e à minha consiciência que me diz, cada vez que cá chego e estou, que Castelo de Paiva é o melhor destino que posso ter diariamente e que não o trocava por nenhum outro deste mundo. No fundo, estar em Castelo de Paiva faz-me sentir que sou um privilegiado.

Castelo de Paiva tem um rio famoso, uma paisagem deslumbrante, o melhor vinho verde do mundo e imensa gente boa e com um enorme coração; Gente que sabe receber, pessoas humildes, verdadeiras e que lutam e trabalham diariamente para si e para os outros, que buscam incansavelmente um futuro melhor, que amam a sua terra e que têm um enorme apego às suas raízes. E eu admiro-as a todas por isso.

Alguns dos que me conhecem e me são próximos, profissional e afetivamente, interrogam-me com alguma insistência o porquê do meu fascínio por Castelo de Paiva e o que me levou a tomar a corrente de decisões que me trouxeram até aqui. Fazem-no porque provavelmente nunca tiveram ou terão a perceção plena do que Castelo de Paiva significa para mim, do que aprendi e cresci por cá e porque nunca tiveram o privilégio de viver a minha experiência. E quando lhes tento explicar tudo isto de forma clara, raramente resisto a sorrir enquanto o faço, por estar a falar de coisas boas e que estão guardadas no meu coração. E nesse preciso instante, algumas dessas pessoas começam a entender...

Sou feliz em Castelo de Paiva, é aqui que respiro verdadeiramente, é por cá que olho a vida de frente com esse tal enorme sorriso e é, por isso e por muitas outras razões que, não tenho nascido aqui, quero ficar cá o resto dos meus dias. E desafio todos aqueles que por cá nasceram a quando se sentirem tentados ao desencanto, darem mais valor ao que têm e a não se deixarem vergar por todo este negativismo!

E desafio igualmente todos aqueles que queiram, a arriscar e fazerem o que eu fiz; Castelo de Paiva tem qualidade de vida, mas precisa de pessoas novas e com capacidade de iniciativa! Não falta nas redondezas mercado para muitas áreas profissionais ainda não exploradas e sobram pessoas honestas, qualificadas e com vontade de trabalhar e se agarrar a quem acredite nelas.

Trago esta terra e a maioria destas gentes no meu coração; Amo Castelo de Paiva e recomendo-a vivamente... Só para que se conste!

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publicado por stipe07 às 16:16

Em dia de Greve...

Quarta-feira, 24.11.10

Em dia de greve, não vou tecer grandes considerações sobre ela. Concordo com esta forma de luta, já participei em greves mas, ao contrário desta, tinham reinvindicações mais concretas.  Os sindicatos são fundamentais para mediar os conflitos sociais e para assegurar o diálogo social, mas será que esta greve vai servir para mudar a realidade que temos? Ou será apenas uma válvula de escape do nosso natural descontentamento? No actual contexto, as alternativas preconizadas pelas centrais sindicais são, do meu ponto de vista, pouco claras e dificilmente servem os meus interesses e os da generalidade do povo português. Aquilo que o nosso país precisa é, como refere hoje, Santana Castillo no Público, regenerar o Portugal dos valores. É urgente remover os vendedores de fantasias; dizer basta aos que se apropriaram irresponsavelmente do Estado; despedir os que se serviram e abrir portas aos que queiram servir. Esta proposição não é romântica. É indispensável para devolver aos cidadãos a confiança no Estado.

O meu Benfica é que foi para a Terra Santa com um espírito grevista e o nosso treinador até estava a jogar em casa! Enfim... Uma vergonha.

Como não fiz greve e muito menos aqui, vou aproveitar este dia mais propício à reflexão social, para falar sobre dois temas que acho merecerem a minha divulgação e no fim partilhar um elogio, que me marcou imenso e me deu ânimo para continuar a alimentar Man On The Moon.

 

 

Começo por falar de uma notícia que já tem alguns dias, mas ainda não é tarde para a comentar. O Público, na sua edição on-line do passado dia 18, denunciou que, na Universidade de Évora, são usados cães saudáveis do canil municipal como cobaias pelos alunos do curso de Medicina Veterinária. Confere a notícia AQUI.

Penso não ser o único a achar que a evolução de um país também se vê pela forma como trata os seus animais. Este caso é chocante, ultrapassa, quanto a mim, os limites do respeito pela vida animal e acho que merece ser amplamente difundido para que situações como esta deixem de ocorrer. Nem um suposto avanço da medicina veterinária, ou treino específico dos seus futuros profissionais, a quem um dia poderemos dever as vidas dos nossos animais de estimação ou criação, justifica tais procedimentos. Arrancar órgãos a animais saudáveis, mesmo que já estejam condenados ao abate, é de uma crueldade extrema, mesmo que tenham sido sempre submetidos a anestesia geral e, depois da cirurgia, eutanasiados.

 

 

Outro assunto ainda na ordem do dia e sobre o qual quero opinar, é a Cimeira da Nato. Durante a mesma ouvi e li variadíssimas considerações acerca do evento e do papel da Nato no mundo actual. Não sou analista político ou militar, mas tenho algumas noções destes temas e de história mundial e que me permitem formular uma opinião, mesmo que modesta.

Não acho que a Nato seja uma organização terrorista, criminosa, dispensável e com propósitos e estratégias puramente belicistas, apenas para servir os interesses capitalistas da sociedade ocidental. Considero-a um garante da paz e estabilidade mundial e um instrumento de cooperação entre países e povos que partilham o mesmo espaço e têm interesses comuns, muitos com raízes milenares.

No que concerne à situação mundial actual, nomeadamente a intervenção da Nato no Afeganistão, ouvi slogans a pedir o fim imediato da mesma. Foi dito também, alto e bom som, que a presença desta organização nesse país era uma agressão selvagem ao seu povo! Sugiro então que a Nato saia rapidamente de lá, onde está enterrada há quase nove anos, se preocupe apenas com a segurança nas suas fronteiras e deixe o povo afegão decidir livremente (?) se quer ser governado por um regime Taliban, cujos líderes fundamentalistas lideram a maior organização terrorista e narcotraficante mundial. Deixemos em paz os férteis campos de tulipas desse país, que se fabrique em liberdade o ópio que depois vai entrar nas nossas fronteiras e, bem pior que tudo isso, deixe-se impôr a sharia ao povo afegão! Como sabemos, na sharia não há separação entre religião e direito sendo que, entre outras imposições à liberdade individual, as mulheres não podem frequentar o ensino e têm outras restrições impensáveis para qualquer uma que vive nos países da Nato. Esta prática mais radical do Islão que não faz a distinção entre vida religiosa e social, cobre não só os rituais religiosos e a administração da fé, mas também os mais variados aspectos do dia-a-dia, ou seja, estamos a falar de direitos que, pelos vistos, só quando convem é que são caros à nossa esquerda mais radical e a outros movimentos anarquistas que aproveitaram a cimeira para criticar ferozmente a presença da Nato nesse país. Onde a sharia é estabelecida, toda a liberdade individual é cruelmente sufocada; Qualquer leigo sabe-o.

Não acho que esta cimeira que decorreu em Lisboa no passado fim-de-semana tenha servido, como também li e ouvi, para fazer um favor aos nossos parceiros ditos mais poderosos, até porque temos deveres e compromissos a honrar. Somos um estado que felizmente, e com pena de algumas perspectivas mais leninistas que ainda persistem na nossa sociedade, não vive isolado do resto do mundo e apesar dos constrangimentos causados a todos aqueles que não tiveram direito à tolerância de ponto na capital, a cimeira foi importante para o país. Talvez por vivermos numa realidade social que respira um clima de relativa paz, segurança e tranquilidade, não se consegue ter uma perspectiva diferente, até porque este clima pacífico dá-nos a percepção natural que não precisamos da Nato; Mas não é essa a realidade e facilmente chegaremos a tal conclusão se não fecharmos os olhos perante o que se passa no resto do mundo e os novos perigos com que se debate o mundo ocidental!
Em suma, recuso-me a alinhar com quem apregoa que a Nato é um perigo para a segurança mundial! Não se deve ter a memória curta e esquecer que esta organização nasce em 1949, após uma Guerra que deixou a Europa no caos económico e social e, pior que isso, completamente dividida em dois blocos antagónicos, muito por acção de Estaline, um ditador tão louco e cruel como Hitler. A história tenta muitas vezes ilibar esta figura dos seus crimes porque, nesse conflito, mas só a partir de 1941, colocou a Rússia do lado certo da barricada, acabando por sobreviver ao jugo nazi devido à ajuda destas sociedades ocidentais. Depois virou-lhes costas, ainda na conferência de Ialta, poucos meses antes do fim da guerra e, logo no fim do conflito, quando submeteu todos os países libertados pelo exército vermelho ao braço protector do Kremlin. E este jugo, como todos também sabemos, só terminou em 1989 com a queda do Muro de Berlim.
No fundo, quem tiver alguma memória e interessar-se minimamente pela história da Europa contemporânea, facilmente concluirá que talvez se deva à Nato o facto de os nossos pais e avós terem sobrevivido à chamada Guerra Fria e o clima de relativa paz e segurança em que vivemos hoje! Foi através da dissuassão e do crescente investimento no poderio militar que isso se conseguiu? É verdade... Mas depois das fricções em que a Europa renasceu após a segunda grande Guerra e tendo em conta os dois blocos que se formaram, não restou, quanto a mim, outra alternativa.
 
 
Fotografei você no móvil
 
Para terminar, gostaria de partilhar com a autorização devida do autor, um email que foi enviado ontem por um amigo ao seu círculo de contactos, com o meu conhecimento e me deixou feliz. Falo do Tiago Garcia, que vive actualmente em Barcelona, onde trabalha e tira fotografias fantásticas com o seu móvil e que podem ser apreciadas AQUI.
Tenho períodos em que penso que ninguém lê Man On The Moon e que acho que coloco muitas propostas musicais, de leitura e de cinema às quais ninguém liga. Talvez esteja enganado mas, mais importante que sentir isso, é usufruir desta genuína e sentida demonstração de amizade! No que me for possível, será certamente retribuída... Grande abraço Tiago, estás sempre aqui! E um dia iremos lá...
 

Conheci o João em Faro, mas ele nem é de lá nem lá alguma vez viveu. Conhecemo-nos através de uma ideia/projecto/sonho dele e do qual fiz parte com muito gosto. A coisa chamava-se Takk Iceland 09, mais tarde Takk Iceland 10, actualmente está sem nome, mas seguramente mantém-se na pasta dos projectos por cumprir de alguns. Percebi de imediato três coisas acerca do João: é um apaixonado, a música move-o e gosta de partilhar.

 

No caso dele, a sua natureza leva-o diariamente a procurar tudo o que lhe possa soar a novo dentro do que ele já conhece. Falamos sobretudo de música, mas não só. Além disso, essa procura alarga-lhe horizontes por esse desconhecido infinito.

 

Para além do que se supõe que ele lá deve interiorizar, a sua procura e a sua - diria mesmo - necessidade de partilhar fazem com que nunca guarde só para si o que vai passando os seus filtros pessoais. Por vezes fá-lo de forma apenas informativa e por vezes deixa que os seus critérios pessoais sejam (ainda mais) evidentes.

 

Não deve haver dia em que o João não nos envia uma sugestão. Por vezes há condições para ir lá e dar un vistazo e por vezes pensa-se que lá vem o gajo outra vez… acontece-nos a todos, amigo. Hoje a sugestão é das boas. Foi também por uma sugestão dele sobre a mesma canção que comecei a gostar desta banda e isto já muito depois de meio mundo os venerar. Hoje fiquei ainda mais rendido aquela canção e ao que o génio detrás dela faz a cada vez que decide revolucionar a sua vida e a musica que dela resulta.

 

Para vocês e graças ao “esforço” de alguém que parece não querer crescer e, ao mesmo tempo, evoluir todos os dias, uma nova versão da canção que já faz parte do selectíssimo grupo das que assassino quando a hora até podia dar para a melancolia mas as rotações andam bem lá por cima das colinas e tudo o mais me rodeia nesta terra de Peter Pans: http://stipe07.blogs.sapo.pt/129013.html?view=90613#t90613
 

E aqui, a versão que mudou tudo entre mim e a banda: http://www.youtube.com/watch?v=Rq7tyhi_ChI .

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publicado por stipe07 às 22:15

Ecos da Cave - Desejo

Sexta-feira, 05.11.10

foto de Ecos da Cave

 

Os Ecos da Cave eram uma banda de Santo Tirso, formada em 1987. Fizeram parte do movimento rock de finais da década de 80, início da década de 90, no qual se incluiam os Ban, Diva, Radar Kadafi, Três Tristes Tigres, Sitiados, UHF, Mler If Dada, entre outros. Uma das suas maiores influências são, sem dúvida, os Heróis do Mar, algo bem patente no tema Desejo. Os elementos do grupo eram Carlos Lima (guitarra e harmónica), Armindo (baixo), Francisco (guitarra), José Augusto Costa (bateria) e Alfredo (voz), substituido no ano seguinte pelo Rafael.

Em 1988 concorrem ao 5º Concurso do Rock Rendez-Vous onde chegam às meias-finais. O tema Desejo apareceu na compilação Registos, que incluí as oito bandas melhor classificadas .

Gravaram o seu disco de estreia entre Fevereiro e Julho de 1991 nos Estúdios Pinguim; Refiro-me ao LP As Papoilas do Campo Estéril. Temas do Lado A : O Vôo da Gaivota na Praia Poluída, Ariana, Espírito Livre, Belzebu e Dilema. Lado B: Nocturnos, 4 Paredes, Farrapo Humano e Odeio Amar-te.

Em 1992 participaram na primeira edição das Noites Ritual Rock. Apresentam algumas composições em inglês e uma versão de um tema de José Afonso e, no ano seguinte, foram cabeça de cartaz da primeira edição do Festival Paredes de Coura.

Em 1994, os Ecos da Cave gravaram nos Estúdios Avé Mania, com produção de Carlos Lima. O disco com o título provisório de O Silêncio Extremo do Aborígena, iria incluir temas como Com o Álcool, Vejam Bem (versão de José Afonso), Drop Down Dead, Grande Lua, Corre Como Um Cão, Nova Guerra, Visão Utópica, Parte P'ra Vida, Velhote, Defeitos Humanos e Nada. Este disco não chegou a ver a luz do dia e o grupo acabaria por terminar em 1995.

Desejo é, sem sombra de dúvida, o tema mais conhecido dos Ecos da Cave e será certamente objecto de uma versão pelos Anégia.

 

 

Dia de chuva,
A praia deserta,
A brisa do mar,
Fico quente contigo.
E a água salgada,
Que bebi do teu corpo,
Embriagou-me,
Embriagou-me…
Talvez tu estejas
Em qualquer lado,
E a pensar em mim…
Talvez até estejas no teu quarto,
E me desejes aí,
E me desejes aí,
E me desejes aí…

 

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publicado por stipe07 às 16:36

Missão Cumprida.

Terça-feira, 02.11.10
Quando nos juntamos a música está presente! Gostamos de relembrar o passado e as músicas que acompanharam o nosso crescimento; Acaba por ser um dos nossos passatempos preferidos. Temos todos canções dentro de nós e que nos transportam para determinados momentos da nossa vida. Quando uma delas emerge, acabamos por ter uma vontade enorme de descortiná-la e ouvi-la de novo.

Este dilema já durava há duas semanas... Finalmente ficou resolvido!

 

The Mission - Like a Child Again

 

 

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publicado por stipe07 às 21:53

Levi's, NY - SF & Hard Rock Café, Marbella

Quarta-feira, 18.08.10

Tem feito enorme sucesso um novo anúncio da Levi's e que já leva, em poucos dias, mais de três milhões de visualizações no Youtube.

No referido anúncio, onde a única referência à minha marca de roupa preferida são as calças usadas pelo protagonista, o mesmo percorre os EUA, de costa à costa, em menos de 2 minutos, passando por pontes, estradas, ruas, monumentos famosos e outros símbolos do país, numa viagem que tem início em NY e termina em SF, Califórnia.

Os passos do jovem parecem mágicos, conseguidos através de duas técnicas cinematográficas que descobri chamarem-se stopmotion e timelapse. E a banda-sonora é excelente e adequada, apesar de ainda não ter conseguido identificar o autor. É impossível ficar indiferente a este anúncio porque, apesar do objectivo comercial subjacente ao filme, todo um país é retratado de forma bastante simples, original e concisa. Confere;

 

Entretanto chegou-me ontem esta foto, directamente do Hard-Rock Café de Marbella que, por razões óbvias, não resisto a partilhar.

Obrigado Mariline, abraço ao graúdo e miúdos e continuação de boas férias!

 

 

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publicado por stipe07 às 13:35

DuponD

Quarta-feira, 16.06.10

"Cheers"... DuponD.

 

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publicado por stipe07 às 22:18

Música do dia...

Sábado, 06.02.10

Todos os dias deviam não ser assim...

Mas esta noite vai brilhar mais uma estrela no céu...

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