man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Young Knives – Sick Octave
Tendo iniciado a carreira discográfica com Voices Of Animals And Men e depois Superabundance, os Young Knives dos irmãos Henry e Thomas Dartnall, aos quais se juntou Oliver Askew, obtiveram rapidamente uma boa reputação e um interessante sucesso comercial de vendas. Depois, em 2011 com Ornaments From The Silver Arcade, chegaram ainda mais longe na divulgação da sua música, mudaram um pouco o seu som, dando-lhe uma componente mais soul, introduziram novos instrumentos no processo de gravação, contaram com o reputado produtor Nick Launay e alguns músicos, cantores e percussionistas e, através desse trabalho, plasmaram o gosto pelo experimentalismo e pela chamada música de dança. O resultado foi uma míriade de sonoridades, assentes no punk, mas com pinceladas de groove, house, soul, jazz e até alguma eletrónica.
Agora, quase no final e 2013, chegou mais um álbum dos Young Knives, um trabalho dinâmico e cheio de pequenas surpresas. O disco chama-se Sick Octave e propõe uma viagem intensa por diversas sonoridades, climas, emoções e inspirações.
Sick Octave foi pensado e desenvolvido numa atmosfera de total liberdade criativa; Os Young Knives decidiram fazer um lançamento independente, trabalhar com os próprios recursos financeiros do grupo e sem reportar fosse a quem fosse o andamento do trabalho e o conteúdo sonoro do mesmo. Assim, uma das grandes virtudes de Sick Octave está no fato de poder plasmar genuinamente o som que mais agrada ao trio e que parece ser, pelo conteúdo, uma enorme heterogeneidade de influências e carateristicas sonoras que atravessam diferentes décadas e géneros, abraçando o indie rock, o post punk e a eletrónica.
Sick Octave tem instantes sombrios e luminosos, outros bastante melancólicos e ainda momentos inusitados, nomeadamente a introdução, 12345, cantada por crianças, ou o interlúdio Score, que leva o reportório dos Young Knives para um lugar novo e diferente. Na verdade, a impressão que fica é que cada música possui esse mesmo papel, de invocar diferentes mundos e géneros, ainda que algumas se destaquem justamente por isso.
Sick Octave é o tipo de disco que melhora à medida que o alinhamento avança e o número de audições aumenta. Tem muitos destaques, como as mudanças dentro de All Tied Up, a animação de Green Island Red Raw ou Bed Warmer, ou mesmo as guitarras de Something Awful, mas White Sands acaba por se destacar das demais e ser aquela canção que te deixa de algum modo extasiado com o disco.
Sick Octave é uma excelente proposta para quem gosta de discos que contagiam com bruscas mudanças de direção e que nos impressionam constantemente com algo inesperado e diferente. Espero que aprecies a sugestão...
02. Owls Of Athens
03. We Could Be Blood
04. All Tied Up
05. White Sands
06. Something Awful
07. Preset Columns/Default Comets
08. Bella Bella
09. Marble Maze
10. Green Island Red Raw
11. Score
12. Bed Warmer
13. Maureen
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1 comentário
De Alex Sergio a 03.01.2014 às 14:17
De tanta musica ruim que tem por ai e que fica na mídia... ai tem algo tão bem produzido (mesmo que de forma independente) e tão legal mas que fica fora do mainstream por ser o que é... Indie.
As vezes eu gostaria que algumas coisas indies/alternativas ganhassem notoriedade para ver se a industria musical se renova um pouco. Assim como foi na época do Nirvana e tal. Algo musicalmente tão bom não deveria passar despercebido.
Enfim, um puta álbum!