man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Los Waves - Got A Feeling EP
Editado no passado dia onze de novembro, Got A Feeling é o novo EP dos Los Waves, uma dupla formada por José Tornada e Jorge da Fonseca e que tem dado nas vistas devido à sonoridade única e até algo inovadora, tendo em conta o panorama musical nacional. Começaram a carreira em Londres, em 2011, onde deram os primeiros concertos em salas icónicas como o Old Blue Last, Cargo e Camden Barfly e nesse mesmo ano, lançaram os primeiros EP’s, Golden Maps e How Do I Know, que deram logo que falar na imprensa, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. Rapidamente atravessaram o Oceano Atlântico para os EUA onde conseguiram colocar músicas em vários canais de televisão, nomeadamente a a MTV, FOX, AXN e CBS, com destaque para a participação em bandas sonoras de séries como Gossip Girl (com Strange Kind Of Love, umamúsica até hoje nunca editada), Jersey Shore (com a música Golden Maps) ou Mentes Criminosas (com a música Got A Feeling).
Apresentaram-se por cá em 2012 sob o nome League e rapidamente ganharam notoriedade, marcando presença em alguns festivais importantes no panorama nacional, como o EDP Paredes de Coura e o Milhões de Festa. Ainda em 2012, o EP Golden Maps é lançado em edição física no Japão pela Rimeout Recordings.
Los Waves é, sem dúvida, um projecto especial, o único do seu género no panorama nacional, com uma abordagem etérea, envolvente mas ao mesmo tempo fresca, pop, viciante e catalisadora. Vão beber influências à new wave, numa travessia Pop que funde a natureza, o psicadelismo, o tribalismo e uma sonoridade urbana e ambiciosa, resultante talvez de meses a viver num tenda em praias desertas e longas viagens pela América do Sul e pelo Oceano Índico.
Com apenas três canções no alinhamento, Got a Feeling, How do I Know e Two Wild Hearts, este trabalho tem a sonoridade eletrónica vintage de projetos hoje tão influentes como os Tame impala ou os MGMT, com a particularidade de serem canções envolvidas por uma psicadelia luminosa, fortemente urbana, mística, mas igualmente descontraída e jovial.
A música dos Los Waves é tão festiva, melodiosa e solarenga que faz deste projeto, como já disse, algo único e distinto a nível nacional. Confere abaixo a entrevista que a banda concedeu ao blogue e espero que aprecies a sugestão...
Os Los Waves começaram a carreira em 2011, em Londres e conseguiram editar, logo nesse ano, dois EPs que foram muito bem aceites pela crítica. Que importância teve para vocês abrir as hostilidades longe de Portugal? Acham que esse foi um factor decisivo para o sucesso?
E a passagem para o outro lado do atlântico, como aconteceu? Foi algo planeado, fruto de bons contactos, ou um resultado natural do vosso trabalho?
Um dia estávamos a andar de skate nas Caldas e um carro parou perto de nós e ficou a ver-nos. Era um rapaz canadiano que estava férias em Portugal . Depois percebemos que ele queria comprar erva, e acabou a andar de skate connosco e a sair connosco à noite durante uma semana. Gostou de nós e pagou-nos a viagem para o canadá para irmos ter com ele e fazer uma surf trip até Los Angeles, onde acabámos por ficar algum tempo.
A verdade é que as vossas primeiras canções conseguiram maior projeção na Inglaterra e nos Estados Unidos e só agora, com este EP, é que parece haver uma verdadeira aposta no nosso mercado, apesar de jáem 2012 terem aparecido por cá sob o nome League e com um excelente airplay e participação no cartaz de alguns festivais. Portugal é importante para o futuro da vossa carreira? Também vos agrada serem reconhecidos por cá devido à vossa música?
Sem dúvida, acho que é tao dificil ser reconhecido cá como lá fora, os contextos estéticos são diferentes, e ha muitas barreiras para vencer cá, para que consigamos chegar às pessoas. Mas ha sem duvida uma apoosta muito maior este ano, no ano passado ainda estavamos com um pé lá fora.
Em relação à vossa música, sou um grande apreciador do vosso estilo, desta indie pop luminosa e vibrante, com uma sonoridade urbana, cheia de instrumentos sintetizados e algo psicadélica. É este o género de música que mais apreciam?
Não, o que ouvimos e o que fazemos é muito diferente, ouvimos coisas de todos os géneros, raramente coisas tao vibrantes , mas por alguma razao na hora de criar , sai-nos assim!
Quais são as vossas expectativas para este EP? Querem que Got A Feeling vos leve até onde?
Já tivemos expectativas e possibilidades bastante altas quando estávamos a viver em Londres, e entendemos que mais vale nao ter nenhuma, normalmente as coisas boas que foram aparecendo vieram de onde menos se esperava e quando menos se esperava, mas era bom conseguir fazer o percurso contrário agora - sair para fora a partir de Portugal!
Adorei o artwork do EP. De quem é a autoria?
Encontrei este artwork num livro de ficçao científica, numa feira de velharias, chamou-me logo à atençao e nao consegui encontrar nada sobre ele na net, apenas algumas fotos da mesma capa.
Adorei o tema homónimo; E a banda, tem um tema preferido em Got A Feeling?
Sem dúvida também é a nossa preferida, foi um processo exaustivo conseguir chegar à sonoridade que queriamos, estamos contentes com isso.
Não sou um purista e acho que há imensos projectos nacionais que se valorizam imenso por se expressarem em inglês. Há alguma razão especial para cantarem em inglês e a opção será para se manter?
Não.
O que vos move é apenas esta indie pop com influências da new wave e do psicadelismo ou gostariam no futuro de experimentar outras sonoridades? Em suma, o que podemos esperar do futuro discográfico dos Los Waves?
Gostávamos de explorar uma sonoridade mais existencial, talvez mais calma também, vamos tentar fazer um pouco isso no álbum mas sabemos que é uma ponta do iceberg e que está fundida com a estética geral, mas queremos sair um pouco da estética upbeat e entrar em terrenos mais “perigosos” !
Reza a lenda que viveram um tempo numa tenda em praias desertas e em longas viagens pela América do Sul e pelo Índico. Falem-nos um pouco dessa experiência e da importância que isso teve na vossa música…
Não é lenda é mesmo verdade, ajudou-nos muito a ecrever letras, escrever em viagem é muito mais produtivo e estás mais afastado das coisas e do teu mundinho, é mais facil ver as coisas de fora. Viajámos sozinhos e ganhamos muitas histórias para contar.
Como vai decorrer a promoção deste EP? Onde poderemos ver os Los Waves a tocar num futuro próximo?
Vamos estar no mexefest, no autocarro, nos dois dias, a tentar rebentar com tudo e dar prejuizo aos senhores da Carris!