man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Au Revoir Simone – Move In Spectrums
Este ano tem sido repleto de boas novidades e uma delas é o regresso aos discos das norte americanas Au Revoir Simone. Editado no princípio de outubro pela Moshi Moshi Records. Move In Sprectrums é o quarto disco desta banda de Erika Spring, um regresso que se saúda deste coletivo integralmente feminino a um espectro sonoro mais experimental e um trabalho que dá um maior relevo ao lado mais rockeiro destas miúdas, como Crazy, um dos destaques do disco, tão bem ilustra.
Quem conhece os três primeiros discos das Au Revoir Simone, constata rapidamente em Move In Spectrums que este novo álbum de Erika Forster, Annie Hart e Heather D’Angelo, parece ser um definitivo abrir de porta a algumas inovações, depois de um período incial do coletivo firmado no uso exlusivo dos sintetizadores para a criação de temas com uma toada essencialmente introspetiva e tímida. Já em Still Night, Still Light (2009) elas tinham mostrado a intenção de progredirem para algo diferente, mas agora, ao quarto disco, elas perdem de vez a vergonha, arriscam novas sonoridades, colocam também à frente o pedal da distroção e ao ombro as guitarras, que se aliam à bateria para a construção de temas mais ríspidos e elétricos.
Seja como for, esta alteração, como já disse, só será percetível para quem realmente está familiarizado com as Au Revoir Simone, porque quem contactar agora com este trio feminino pela primeira vez, poderá perfeitamente achar que a sonoridade que elas propôem é algo intimista e sombria. Por exemplo, More Than, o tema de abertura, deixa logo pistas claras sobre o restante alinhamento, já que assenta em sintetizadores lo fi e num jogo claro de esperiências sonoras, onde também há uma batida forte e uma sobreposição de harmonias. Assim, esclareço que há aqui realmente um salto qualitativo interessante e que temas como Shadows e All Or Nothing, mostram uma nítda tendência abertamente comercial e inédita.
Move In Spectrums vai jogando com o tempo e aos poucos revelando temas que recordam a nostalgia dos anos oitenta (We Both Know) e outros, como a tal Crazy, que realçam o que de melhor se escuta atualmente no rock alternativo, como se o disco fosse feito com a intenção de nos provocar e confundir.
Feito para ser ouvido com alguma insistência para que faça sentido, Move In Spectrums esconde vários pequenos segredos; Confissões sorumbáticas em Hand Over Hand, lampejos de luz e cor em Let the Night Win e momentos que tocam o etéreo, nomeadamente em Boiling Point. Quem insistir, conseguirá entrar no universo sonoro destas miúdas bastante talentosas e sentirá, também por isso, uma grata sensação de recompensa. Espero que aprecies a sugestão...
01. More Than
02. The Lead Is Galloping
03. Crazy
04. We Both Know
05. Just Like A Tree
06. Somebody Who
07. Gravitron
08. Boiling Point
09. Love You Don’t Know Me
10. Hand Over Hand
11. Let The Night Win