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These New Puritans – Field Of Reeds

Sexta-feira, 21.06.13

Chegou no passado dia dez de junho aos escaparates Field Of Reeds, a nova obra prima dos britânicos These New Puritans, o terceiro disco desta banda londrina e que sucede ao aclamado Hidden, disco editado em 2010. Fragment Two é o primeiro single já retirado de Field Of Reeds, um disco que foi editado pela insuspeita etiqueta Infectious Music.

Um dos predicados deste coletivo britânico prende-se com a capacidade que tem em inovar e ser imprevisível em cada novo registo discográfico que apresenta. Exatidão e previsibilidade não são palavras que constem do dicionário dos These New Puritans e desde que deram a conhecer Beat Pyramid (2008), um registo que se tornou numa referência do cenário alternativo local à época, encabeçado por bandas como os Foals, Klaxons e Late Of The Pier e depois Hidden em 2010, onde tudo foi alterado, agora Field Of Reeds, ao ser desenvolvido dentro de uma ambientação essencialmente experimental, plasma mais uma completa reestruturação no que parecia ser o som já firmado na premissa original da banda.

Field Of Reeds impressiona pelo seu teor altamente climático e soturno mas simultaneamente épico, algo só possível devido à acertada escolha do arsenal instrumental que sustenta as canções. Uma verdadeira orquestra de violinos, pianos, coros de vozes e instumentos de sopro vários, reproduzem batidas e alguns componentes tribais, mas sempre com controle e suavidade. O álbum prova que o grupo ao confrontar-se com a saída da habitual teclista, teve de voltar arregaçar as mangas e dedicar-se novamente à expansão do seu cardápio sonoro, algo que Jack Barnett, George Barnett e Thomas Hein sempre fizeram, mas nunca com uma dose tão arriscada de experimentalismo, feito de imensos detalhes e uma elevada subtileza.

Numa espécie de versão moderna dos Talk Talk, os These New Puritans servem-se do jazz, do art rock e da música ambiental e clássica para partirem à descoberta de texturas sonoras onde o piano, mesmo que timidamente em alguns temas, é sempre o principal fio condutor e o elo de ligação entre as nove canções do disco. Aliás, já que falamos de ligação entre canções, importa alertar o ouvinte que a audição de Field Of Reeds merece alguma dedicação e tempo já que as cançõess interagem umas com as outras, como se todo o disco fosse uma só imensa composição sonora homogénea, como se a abertura doce de The Way I Do se cruzasse com a herança do Kid A dos Radiohead em V (Island Song), até finalizar o disco com o envolvente tema homónimo.

Ao longo de Field Of Reeds abunda a sobreposição de texturas, sopros e composições jazzísticas contemplativas, uma paisagem imensa e ilimitada de possibilidades, um refúgio bucólico dentro da amálgama sonora que sustenta a música atual. Naturalmente corajoso, Field Of Reeds  acaba por ser uma espécie de antítese relativamente ao que Londres atualmente exporta, já que, só para citar os nomes mais relevantes, quem estiver à espera de uma possível relação entre a pop e as experimentações à exemplo do que o Foals conseguiu em Holy Fire, ou os Everything Everything com Arc, encontrará nas nove composições deste álbum algo muito mais complexo e até encantador. Espero que aprecies a sugestão...

01. The Way I Do
02. Fragment Two
03. The Light In Your Name
04. V (Island Song)
05. Spiral
06. Organ Eternal
07. Nothing Else
08. Dream
09. Field Of Reeds

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publicado por stipe07 às 21:39






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