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Unknown Mortal Orchestra - II

Domingo, 24.02.13

Os Unknown Mortal Orchestra vêm da Nova Zelândia e são liderados por Ruban Nielsen, vocalista e compositor, ao qual se juntaram, Jake Portrait e Greg Rogove. II é o segundo álbum da banda, viu a luz no passado dia cinco de fevereiro, sucede ao homónimo de 2011 e reforça de forma comercial e ainda assim específica o que há de mais tradicional e inventivo na curta trajetória da banda, estreitando os laços entre a psicadelia e o R&B.

Em II, os Unknown Mortal Orchestra aperfeiçoam letras e ruídos, duas vertentes essencias do seu cariz identitário. Em relação à estreia, tem uma sonoridade mais grandiosa e controlada, ao mesmo tempo. As canções têm um maior volume e densidade, mas continuam a soar muito bem em ambientes fechados e reduzidos. A simplicidade não deixa de se fazer notar e o disco flutua num ambiente próprio, livre de exageros e coerente com a proposta determinada pela banda e que, como ficou patente na estreia, sustenta-se na dualidade existente nos tais laços entre a psicadelia e o R&B. Assim, há uma espécie de contraste sequencial; Enquanto a dolorosa So Good At Being In Trouble, por exemplo, se perde em passagens sombrias pelo passado recente do vocalista, One At A Time quebra esse mesmo regime de sofrimento e morosidade musical com acordes sujos que tocam no garage rock. Liricamente, ao reforçar o disco com as confissões de Ruban Nielson, a banda pisa um território de transformações expressivas e trata da intimidade e da dor de forma adulta.

No que diz respeito à produção, as aproximações ao lo fi patentes em Unknown Mortal Orchestra, foram relegadas para um novo plano e a relação com os sons marcantes da década de setenta ocupam um lugar fundamental na construção da obra, transformando II num trabalho de referências bem estabelecidas. Esta arquitetura musical que solidifica o álbum, garante ao grupo a impressão firme da sua sonoridade típica e ainda permite-lhes terem margem de manobra para futuras experimentações. Faded In The Morning é um tema que não destoa no disco, mas que nos seus pouco mais de quatro minutos de duração abrange as referências musicais e a estética de II, além de reviver marcas típicas do rock novaiorquino do fim da década de setenta. A própria Secret Xtians, canção que encerra o disco, ao ressuscitar referências dos The Velvet Underground, aponta marcas do que pode vir a ser encontrado num futuro próximo, quando o sucessor de II for entregue.

Coerente com vários discos que têm revivido os sons outrora desgastados das décadas de sessenta e setenta, II é uma viagem ao passado sem se desligar das novidades e marcas do presente. Espero que aprecies a sugestão...

01 – From The Sun
02 – Swim And Sleep (Like A Shark)
03 – So Good At Being In Trouble
04 – One At A Time
05 – The Opposite Of Afternoon
06 – No Need For A Leader
07 – Monki
08 – Dawn
09 – Faded In The Morning
10 – Secret Xtians

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publicado por stipe07 às 21:20






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