01. Glyphs
02. God Bless Her, I Miss Her
03. Lazee Son
04. Polka Vat
05. Wake Up, It’s Over II
06. Drink Up!
07. Thylacine Man
08. Moviehead
09. Rock Races
10. See You On the Slope
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Sic Alps – Sic Alps
Os Sic Alps são uma banda norte americana, natural de São Francisco e liderada por Mike Donovan e Matthew Hartman. Estão desde o ano passado na Drag City e continuam, orgulhosos, a passear distorção doce sobre melodias e acordes, algo bem audível no disco homónimo, editado no passado dia onze de setembro.
Os Sic Alps são uma das bandas mais originais do chamado garage rock dos últimos anos e já criaram uma sonoridade estranhamente familiar e sua. Sonoramente abordam memórias dos anos sessenta e dos Pavement e reminiscências do noise pop e criam, desse modo, canções simples, daquelas que vão direitinhas para o compêndio do bom rock americano.
Não têm a agressividade, nem a demência de alguns nomes fundamentais dentro do género musical que abordam, nomeadamente os já citados Pavement, os My Bloody Valentine, os Sonic Youth, ou os The Jesus And Mary Chain, mas sobra-lhes a capacidade e a vontade de atropelar carinhosamente o garage rock, o lo fi e a pop, algo bastante ambicioso se pensarmos que usam apenas uma guitarra, a bateria e a voz. Em jeito de curiosidade, é impressionante perceber que os elementos do grupo desdobram-se pelos instrumentos e trocam de posição com uma versatilidade pouco vista.
Neste disco homónimo que, já agora, sucede a A Long Way Around To A Shortcut e a U.S. EZ (EZ lê-se easy), nota-se um cuidado enorme ao nível dos arranjos, a cargo de Ryan Francesconi (colaborador assíduo de Joanna Newsom). Assim, as canções transpiram sujidade e um rock duro, libidinoso, cheio de virtuosismo, como se a essência mais bastarda da América estivesse, afinal de contas, traduzida numa guitarra e numa bateria armadas com sentido prático e depois emaranhadas em eco, sem complicações ou mensagens profundas.
Em suma, nos Sic Alps o rock soa ressacado, a meio gás e, no entanto, contém um magnetismo psicótico difícil de explicar e de resistir, como as melhores as coisas na vida, se calhar. Parece fácil, tem estilo e é aconselhável que, se souberem tocar, tentem isto em casa.
A banda anda em digressão com os Thee Oh Sees, por agora apenas em solo norte-americano. Espero que aprecies a sugestão...