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Minta & The Brook Trout - Olympia

Terça-feira, 18.09.12

Lançado ontem pela Optimus Discos, Olympia é o delicado e saboroso novo disco do projeto nacional Minta & The Brook Trout, formado por Francisca Minta Cortesão (voz e guitarra), Mariana Ricardo (voz, baixo e ukulele), Manuel Dordio (guitarra eléctrica e lap steel) e Nuno Pessoa (bateria e percussão). Olympia sucede ao disco de estreia homónimo de 2009.

A estreia da banda nos discos ocorreu em 2008, com o EP You e no ano seguinte, como já referi, surgiu um disco homónimo que, na altura, foi bastante elogiado pela crítica devido à perfeição como a banda conseguiu interpretar uma espécie de binómio luminosidade/simplicidade, muito presente nas canções. Depois desse sucesso que, infelizmente, não lhes deu a merecida visibilidade, escreveram mais dez canções que irão, espero eu, catapultá-los definitivamente para a linha da frente do panorama musical nacional.

Este Olympia foi produzido por Mariana Ricardo e Francisca Cortesão, gravado e misturado em Paço de Arcos por Nelson Carvalho e terminado em Phoenix, no Arizona, onde foi misturado por Roger Siebel, um reputado nome que já pôs as mãos em discos de Bill Callahan, Dodos, Laura Veirs, Elliott Smith e M. Ward.

Falcon, disponível para download gratuito aqui, foi o primeiro single retirado de Olympia e, de acordo com a banda, a música mais rápida de escrever e de arranjar do novo disco, por ser uma típica canção pop. Este tema conta com convidados de luxo, como Afonso Cabral e Salvador Menezes (You Can't Win, Charlie Brown), Madalena Palmeirim (Nome Comum) nos coros e uma seção de sopros liderada pelo saxofonista João Cabrita e é um excelente ponto de partida para descobrir o restante conteúdo de Olympia.

Pessoalmente gostei muito do tema Future Me; Dou por mim a cantarolar aquele uhuhuhh do refrão imensas vezes, um excerto lírico e sonoro que demonstra a saúde critiva desta banda e como a simplicidade é, tantas vezes, a melhor amiga da perfeição! Mas também há alguns detalhes, nomeadamente em determinados arranjos, que espelham a míriade de influências que de algum modo balizam e inspiram os Minta & The Brook Trout. Bons exemplos são, como refere Francisa Cortesão na entrevista que deu a este blogue e que transcrevo abaixo, Falcon, sobretudo com o som dos sopros e da bateria e o conjunto de instrumentos e vozes que conseguiram encaixar no tema The Right Boulevards.

Olympia resulta certamente de um processo consciente de escrita e composição, durante o qual terão havido também vários momentos criativos cheios de espontaneidade e posteriormente reaproveitados e sabe a uma certa inocência romântica, daquela boa porque consegue mexer com os nossos sentimentos mais profundos e sinceros.

Este disco figurará certamente na lista dos melhores lançamentos nacionais do ano. Confere a entrevista que a Francisca Minta Cortesão deu a Man On The Moon e os dois álbuns do grupo.

Agradeço à Let's Start A Fire, na pessoa da Raquel Lains, pelo exemplar do disco, que me possibilitou já escutá-lo inúmeras vezes e assim escrever estas breves notas e divulgá-lo. E também lhe agradeço por ter intermediado o meu contato com os Minta & The Brook Trout, de forma a que me respondessem a algumas questões sobre este excelente álbum. Espero que aprecies a sugestão... 

Eggshells

Falcon

Blood And Bones

Future Me

Family

Devil We Know

From The Ground

The Right Boulevards

Gold

At Your Will

 

Depois do homónimo de 2009, os Minta & The Brook Trout estão finalmente de volta... muito sinteticamente, como é que nasceram estas dez novas canções? Houve, em Olympia, mais geração espontânea ou trabalho de sapa?

Creio que há das duas, quase em partes iguais! As canções tendem a surgir mais de geração espontânea, embora tenham sempre de ser buriladas depois disso. Os arranjos normalmente implicam mais trabalho de sapa, mas num ou noutro caso também surgiram tão naturalmente que podemos falar em geração espontânea.

 

A Francisca disse um dia que vocês soam a uma  confusão confortável, “entre uns Fleet Foxes e um Bill Callahan. Estmos a falar de duas referências para o projeto, ou só no final das canções e depois de ouvirem Olympia na íntegra é que perceberam esta ligação?

São duas das minhas incontáveis referências, não posso falar pelo resto da banda. Na verdade, embora tenhamos muitos gostos em comum, não ouvimos de todo exactamente as mesmas coisas – o que acho que só enriquece o som que fazemos juntos.

 

Adorei Future Me; Dou por mim a cantarolar aquele uhuhuhh imensas vezes! E para a banda... há uma canção preferida neste álbum?

São dez e ainda estamos muito apaixonados por todas! Em termos de gravação, acho que ficámos unanimemente muitíssimo satisfeitos com o "Falcon", sobretudo com o som dos sopros e da bateria, e com o conjunto de instrumentos e vozes que conseguimos encaixar no "The Right Boulevards".

 

Como surgiu a oportunidade de contar com as participações de Afonso Cabral e Salvador Martins (You Can´t Win Charlie Brown) e Madalena Palmeirim (Nome Comum)? foi tudo muito espontâneo ou houve convites que resultaram de uma profunda ponderação?

Temos a sorte de viver em Lisboa em 2012. Temos muitos amigos músicos e as coisas têm se proporcionado desta forma, muito naturalmente. Assim como esses três amigos vieram gravar coros neste nosso disco, estive eu a gravar coros com o Walter Benjamin, com a Márcia ou o B Fachada. A comunidade musical de Lisboa é muito variada e generosa, e creio que temos todos aproveitado isso da melhor maneira.

 

O disco foi produzido por Mariana Ricardo e Francisca Cortesão  e terminado em em Phoenix, no Arizona, onde foi misturado por Roger Siebel, um reputado nome que, como sabemos, já pôs as mãos em discos de Bill Callahan, Dodos, Laura Veirs, Elliott Smith e M. Ward. Que importância teve este nome no resultado final?

A masterização é o último processo pelo qual o som passa antes do disco ser finalizado. Na mistura, que foi feita pelo Nelson Carvalho, que também gravou o disco, decidiram-se os volumes e os espaços de cada instrumento. A masterização é uma espécie de "verniz" que se passa no final: os timbres ficam mais definidos. Fiquei muito contente com o som do disco; escolhemos o Roger Siebel por gostarmos tanto do som de alguns dos discos desses nomes de que falas e não ficámos desiludidos.

 

Confesso que assim que pus as mãos ao meu exemplar de Olympia, saltou-me à vista o fantástico artwork de José Feitor e fiquei bastante curioso... Há naqueles desenhos algo de conceptual e relacionado com o conteúdo sonoro do disco?

O José Feitor foi ouvindo as músicas e apresentou-nos aquelas artes gráficas, de que gosto imenso. Não houve indicações directas, é a interpretação dele do disco – e eu não podia estar mais satisfeita com a capa e o artwork.

 

Como têm corrido os concertos de promoção ao disco... Onde é que os leitores de Man On The Moon vos podem ver e ouvir por cá nos próximos tempos?

Tivemos o primeiro concerto na D'Bandada no Porto, e correu muitíssimo bem. No nosso site –www.minta.me – pode consultar-se a agenda de concertos, mas para já é mesmo importante dizer que nesta quinta lançamos oficialmente o disco no Conservatório, no Bairro Alto, com três dos magníficos cantores que gravaram o disco: o Afonso Cabral, o Salvador Menezes e a Madalena Palmeirim.

 

Tem sido importante para os Minta o casamento com a Optimus Discos?

A Optimus Discos, através do Henrique Amaro, tem-nos tratado muitíssimo bem.

 

Desde You, o EP de estreia em 2008, até este Olympia, consideram ir já a meio de uma longa viagem, ou acham que ainda estão a descolar?

Acho que só vou conseguir responder a essa pergunta daqui a uns dez anos! Não sei bem em que momento da viagem é que vamos, mas vamos felizes, é a única coisa que posso dizer com toda a certeza.

 Olympia

Minta & The Brook Trout

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publicado por stipe07 às 19:12


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