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Raio de Amor - MEC

Segunda-feira, 16.02.09

No último sábado, dia 14 de Fevereiro de 2009,  comemorou-se o dia de São Valentim.  Acho que quando duas pessoas se amam, não há dias mais especiais que outros, ou que devam ser marcados. Quando se ama, não há dias nem tempo.  Há uma constância e harmonia intemporais dentre de nós, que nos levam a achar e sentir que os dias são todos iguais e deliciosamente diferentes, porque sabemos que o outro existe e faz parte da nossa vida.

Seja como for,  este dia tem sempre interesse porque motiva à reflexão acerca do amor e leva muitos pensadores a escrever sobre o assunto.

Como é habitual, comprei o "Publico" e, como é normal e muito natural, a efeméride foi abordada em vários textos.  

Fiquei positivamente perplexo com a crónica de Miguel Esteves Cardoso, intitulada Raio de Amor. Nunca na minha vida tinha lido um texto acerca do amor que personificasse de forma tão clara, tão lúcida, tão real e tão concreta aquilo que penso acerca do amor e também aquilo que já vivi por causa desse sentimento.

Fica a transcrição do texto...

Não há maior atentado contra a Declaração Universal dos Direitos do Homem do que o amor. O amor vai contra todos os princípios de igualdade, da liberdade, da dignidade e de identidade. É o sentimento mais reaccionário que existe: só não é abolido porque está tão generalizado e traz tantas regalias que logo se levantariam contra a abolição os mais poderosos interesses.

Hoje é dia de São Valentim e não é por acaso que só há um dia por ano para lembrar os aspectos positivos (e decorativos) do amor. O resto do ano é a selvajaria que se sabe. Sofrer por amor é uma constante e uma banalidade. Para mais, sofre-se em silêncio porque o sofrimento afugenta a pessoa amada e aborrece de morte os amigos.

O amor transforma-nos numa pilha de nervos e de medos; de hesitações e de incertezas. O amor faz ódio; faz ciúmes; faz fazer e dizer as maiores barbaridades. Os peritos dizem que os instintos de posse têm de ser controlados e até negociados, muitas vezes com a ajuda de pessoal especializado. Balelas. O mais que conseguem é fazer-nos aceitar que o amor, como o futebol, é mesmo assim. O amor é caríssimo – não por ser raro e valioso mas porque não temos voto na matéria. O preço que se paga em ansiedades e sofrimentos e saudades e remorsos não vale os poucos momentos de puro paraíso nem a relativa raridade da mera calma e harmonia. Mas nós pagamo-lo sem querer. Não chegamos a pensar duas vezes. Não temos hipótese. Ainda bem que nunca conseguiremos livrar-nos dele.

 

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publicado por stipe07 às 14:23






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