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Graham Coxon - A+E

Terça-feira, 17.04.12

O conhecido guitarrista dos Blur, Graham Coxon, músico nascido a doze de Março de 1969 na Alemanha Ocidental, lançou três álbuns de estúdio enquanto estava na banda encabeçada por Damon Albarn, e agora A+E, lançado no início de abril pela conceituada Parlophone é o quarto lançamento do músico. Coxon, escolheu o produtor Ben Hillier e juntos gravaram vinte e uma músicas em apenas dois meses de estúdio e ele mesmo tocou quase todos os instrumentos. Estas canções foram divididas em dois álbuns, este A+E e ainda outro disco que deve ser lançado no final do ano.

As canções de A+E são um passeio pelas influências de Graham e pela sua capacidade inventiva na hora de usar essas referências para criar. Espalhado pelo álbum há muito da energia adolescente de bandas como os Superchunk e experiências dissonantes ao estilo Pavement, no fundo, heranças diretas do punk e do pós punk britânico, onde não falta também um pouco de Sonic Youth, Joy Division e... Blur, obviamente. Mas também há vias sonoras abertas para o pop rock, a new wave e o grunge, tudo feito com riffs rasgados de guitarra e aquele jeito meio desajeitado e aparentemente pouco sóbrio de cantar.

São, portanto, dez canções ruidosas, ásperas, cheias de ganchos, improvisos e colagens, que nasceram, segundo Hillier, num processo de gravação rápido e divertido, onde foram captados, sempre que possível, os primeiros desempenhos de Coxonsenão ele ficava entediado. Coxon tocou todos os instrumentos, com tudo junto na mesma sala e todos os microfones abertos, de modo que vozes e ruídos estranhos eventualmente captados pudessem depois ser aproveitados no processo de mistura e produção.

Hillier considera que Coxon é de longe o músico rock mais talentoso com quem já trabalhou, compara-o a virtuosos clássicos, diz que a sua musicalidade é tão avançada que é como se a guitarra fosse uma extensão do seu corpo e assim tudo o que ouve na sua cabeça vai diretamente para a música.

Este A+E de Graham Coxon acaba por soar à banda sonora de um livro que explica como se pode ser miúdo e adulto ao mesmo tempo, no fundo aquilo que o próprio artista representa e é, uma espécie de reguila pop que nasceu para fazer canções que a guitarra cobre com um molho sonoro ácido e picante em três minutos e meio de harmonia, a mesma guitarra esquizofrénica (que os Deuses a guardem) força motriz de uma banda que ficou conhecida por compor canções que se esfumavam tão rapidamente e sabiam tão bem como um cigarro. Coxon está melhor que nunca, com tanta vontade de fazer dançar como de experimentar os limites da eletrónica rock com sotaque alemão (Meet and Drink and Pollinate), sempre a partir da garagem com vista para os subúrbios da Old Albion. Espero que aprecies a sugestão...

1. Advice
2. City Hall
3. What’ll It Take
4. Meet and Drink and Pollinate
5. The Truth
6. Seven Naked Valleys
7. Running for Your Life
8. Bah Singer
9. Knife in the Cast
10. Ooh, Yes Yeh

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publicado por stipe07 às 19:31






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