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Cass McCombs – Interior Live Oak

Terça-feira, 23.09.25

Presença assídua na nossa redação e neste espaço de crítica e divulgação musical, Cass McCombs está de regresso aos discos em dois mil e vinte e cinco à boleia de Interior Live Oak, o décimo primeiro álbum deste artista natural de Concord, na Califórnia e que tem a chancela da Domino Recordings.

Cass McCombs - Interior Live Oak (2025) - mente cultural

Interior Live Oak é um álbum com dezasseis canções, inspirado no nome de uma árvore nativa do norte da Califórnia. O registo conta com as participações especiais de nomes como Jason Quever (Papercuts), Chris Cohen, Matt Sweeney e Mike Bones. Para incubar o alinhamento do registo, McCombs foi vasculhar alguns inéditos antigos do seu catálogo, que resultaram de intensos e profícuos períodos de experimentação livre e sem contrangimentos e que ainda não tinham visto a luz do dia. Deu-lhes uma nova roupagem e polimento, com o resultado final a comprovar que estamos, de fato, na presença de um nome fundamental da indie folk contemporânea, ao mesmo tempo que demonstra a enorme versatilidade do autor como letrista e compositor, até porque o jazz, o blues e o próprio rock, quer clássico, quer alternativo, também vagueiam por aqui, muitas vezes sem despudor.

Cometa repleto de brilho e de cor, Interior Live Oak é, portanto, uma verdadeira experiência imersiva e metafórica, plena de densidade, onde muitas vezes o acústico e o elétrico se confundem. É um disco otimista e feliz e que transmite esperança, vigor e aconchego, ao longo de quase setenta e cinco minutos assentes num vasto oceano de nostalgia que se espraia nos nossos ouvidos com particular deleite.

Canções como a frenética Juvenile, composição plena de groove e conduzida por um teclado pueril e com um charme enleante, Peace, tema em que Cass McCombs, habituado a apontar a mira aos pilares essenciais da mais pura indie folk, fez uma ligeira e feliz inflexão para territórios mais exuberantes e elétricos, através de guitarras frenéticas, acústicas e ligeiramente distorcidas, Priestess,  um tema que sobrevive à boleia do maravilhoso timbre uma guitarra que assenta naquela vibração que carateriza o melhor indie tipicamente americano, ou I Never Dream About Trains, uma composição eminentemente intimista e contemplativa, conduzida por um melancólico piano, exemplarmente acompanhado por uma bateria com um elevado pendor jazzístico, num resultado final que encarna um inebriante instante sonoro de indie soul, com um forte e intenso cariz sentimental e reflexivo, são apenas quatro exemplos felizes da elevada bitola qualitativa de um disco que tem também como grande trunfo transportar-nos constantemente para o tradicional jogo de sons e versos que caracterizam este artista tão eclético, inspirado e, no fundo, inspirador.

O estilo encorpado, rugoso e até quase cavernoso do tema homónimo, feito de uma espécie de punk folk carregado de psicadelia, em que uma guitarra desgovernada e um baixo corpulento ditam as suas leis, quase ao acaso, acaba por ser uma excelente forma de encerrar um disco generoso e esteticamente inquietante, porque não lhe falta diversidade. Mas também é um trabalho emocionalmente acolhedor, porque tem uma estética conselheira e dialogante que não é de descurar. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 18:19






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